31 de mai. de 2009

Minas Gerais; agora é a vez de Belo Horizonte, ato contra o AI-5 digital.

Depois da manifestação em São Paulo chegou a vez de Belo Horizonte.
Ato contra a ditadura de colocar regras na internet, censura e criminaliza o seu uso, destruindo a liberdade dos internautas, lei imposta pelo Senador Azeredo (PSDB) de Minas Gerais.

Não dá para ficar calado. Professores, alunos, entre outros, participem. Vamos nos unir e dizer basta a esta ditadura digital.

Organizado pelo Sindicato dos Jornalistas,

com a presença dos professores Sérgio Amadeu e Idelber Avelar.
Dia 01 de junho, às 19:30 h, no Teatro Cidade (Rua da Bahia, 1341).

O Brasil tem que participar contra todas as ditaduras, vamos praticar o ato de cidadania em defesa da ética e justiça social.

Veja aqui maiores informações no site de
Idelber Avelar.
E no blog do professor Sérgio Amadeu, Sociólogo e Doutor em ciência política, você encontrará mais detalhes. Sérgio, ainda, cita no Twiter, outra matéria no Último Segundo em 22.05.

Eu não sou do PT, o PT é que é MEU

Por pouco que esse "trem" não descarrilha de vez da "blogosfera", tamanha a frustração, o desânimo e o abatimento de me sentir persistentemente falando de nós para nós mesmos, escrevendo para o próprio umbigo ou para os umbigos de quem partilha dos mesmos sentimentos e mesmos ideais. Parei por uns tempos e fui visitar e ler o que outros estão pensando por aí. É sabido por todos os "passageiros" de nossas viajens, de que sou assíduo frequentador do blog "Balaio do Kotscho" hospedado no portal IG e que lá por ter um espectro de amplitude maior de leitores e comentaristas é comum me verem metido em "esfregas" e "dedos nas caras" com adversários ideológicos das mais variadas marcas. Tem de tudo, de "raparigas inocentes" a "cachorros loucos indecentes", de "provocadores amestrados" a "dissimulados desavisados", de "metidos a caba hômes" a "boquirrotos menestréis" e de "apenados Serafins" a "arrependidas Jezebéis". Mas lá há também alguns poucos opositores dignos de imenso respeito, de admiração, de honra e que fazem por merecer que construamos uma prazeirosa, gratuita e duradoura amizade. Um desses é o Sr. Manoel Ferreira, ferrenho e teimoso opositor de Lula e do PT, mas que JAMAIS em nossos debates ousou se valer de qualquer ofensa que seja ou de alguma falta de respeito e educação. Defende suas posições com galhardia e "truca" ou retruca com conhecimento de causa. "Mané Véinho", (como de forma carinhosa eu lhe chamo) mora no Vale do Paraíba em São Paulo, é um ex-militar e distinto PROFESSOR de tantos e tantos jovens por este mundão afora, trocamos vários e-mails e com esse meu amigo eu pude saber das tantas batalhas e guerrilhas por que já passou nesta vida (e ainda passa). Gosto muito dele, apesar de enxergarmos o mundo por angulos contrarios e direções antagônicas. Outro dia depois de alguns "bate-bocas estabefados" por lá, ele me repreendeu da seguinte forma:

-"...Quanta ironia, será que isto não acaba, será que isto que leio é o melhor de vocês?
Bem o Enio eu já conversei algumas vezes em particular com ele, conheço seu posicionamento e seu comprometimento, mas mesmo assim Enio, isto é o seu melhor? Cara, acredito que você é maior que isto, e maior que o próprio PT, seja SÓ por você Enio, e todos os comentaristas vão te respeitar, esqueça um pouco o partido, seja só você!"

Parei, murchei as orelhas, refleti, e por ser ele uma extraordinária figura humana e um grande amigo, lhe respondi assim:

-"Meu Caro Manoel Ferreira
Sempre digo que a minha participação na area de comentários aqui do nosso Balaio (que é também do Kotscho ) se dá por pura diversão. Não é aqui que faremos qualquer revolução e nem é aqui que elegeremos o melhor destino para o nosso país. Essas questões são muito mais amplas e mais importantes do que os embates do tipo “Fla-Flu” que envolvem de um lado os petistas e de outro os anti-petistas. Concordo com voce que essa inútil troca de farpas e xingamentos nada constrói.
PORÉM, ACHO EU que o BALAIO DO KOTSCHO é o melhor palco ou espaço da internet hoje em dia para um verdadeiro debate CIVILIZADO de idéias e de propostas ou projetos de país e nação, dada as características e variedades dos temas aqui apresentados (QUE NÃO TRATAM SÓ DE POLÍTICA) que fazem com que as pessoas reflitam, se coloquem e opinem para que todos possam enxergar um pequeno mas significativo RETRATO DO POVO BRASILEIRO. E isso só é possível graças ao talento, a generosidade e a LIBERDADE CONCEDIDA pelo nosso amigo e excepcional jornalista Ricardo Kotscho. As regras (se é que existam) estão bem claras na sua “carta de intenções” apresentada desde o início da publicação deste apaixonante blog. Não estou bajulando ninguém (o Kotscho não precisa), estou constatando FATOS. Aqui não há censura e se eu quiser, todos quiserem, guardadas as boas maneiras, o respeito e a devida educação, “manda-lo pra onde a Luzia ganhou destaque” eu posso, “Yes We Can” e ELE PUBLICA !!! e isso SÓ ACONTECE AQUI !!! (é triste a sina de um blogueiro democratico mas acredito também ser o seu momento mais apaixonante )
Isto posto, querido "Véinho", aqui pode e acredito que deva ser um maravilhoso palco ou espaço para que haja um GRANDE DEBATE QUALIFICADO para as pertinentes disputas naturais sobre os destinos do nosso amado Brasil. Mas nós constatamos (voce também) que alguns comentaristas insistem em somente agredir e não em debater (voce foge a essa regra) e às vezes um lado acaba, para se defender, agredindo também ao outro e isso não ajuda, não constrói, é realmente tedioso como voce diz e acaba por “sujar” o chão da sala a nós gratuitamente oferecida pelo nosso bom Kotscho (mesmo ele moderando).
“Mané Véinho”, quantas vezes eu já não escrevi bobagens por aqui e depois me arrependido e até de certa forma me envergonhando por determinadas colocações infelizes? já cheguei até a ser repreendido “justa e justificadamente ” pelo Ricardo pelos meus exageros, mas te digo que jamais foram com a intenção de magoar ou denegrir ninguém, isso não faz parte das minhas maneiras de bem viver, FOI NO CALOR DO FUROR DAS MINHAS IDEOLOGIAS EXÓTICAS. Sou um socialista por instinto e convicção e um solidário por escolha e vocação e acredito na construção de uma sociedade mais justa, humanitária, igualitária e libertária onde as minorias tenham voz e sejam respeitadas e as maiorias sejam dignas de merecimento de louvor até que um dia se torne real a utopia de sermos de um só mundo mas não de uma humanidade só (só, de solitária ao invés de solidária). Onde não hajam mandantes e mandados ou donos de todas as verdades e ouvintes sem expressão. Um mundo melhor onde não haja (aja ) o opressor e não há o oprimido (saudades do Augusto Boal)
Manoel Ferreira, EU SOU PETISTA !!! E sou petista porque nunca encontrei no nosso Brasil outro partido onde eu pudesse sonhar dos meus sonhos sem os grilhões da imposição de dialéticas que enrigessem almas e entorpecem corações. Encontrei no PT a honra de poder ser companheiro, conviver e aprender com homens como o Perseu Abramo e mulheres como a sua irmã Lélia Abramo. Com homens como o Carlito Maia, que dizia "Eu não sou do PT. O PT é que é MEU !!!", com homens como o historiador Sérgio Buarque de Holanda e o seu filho, o magnífico Chico, com o Florestan Fernandes que foi professor e mestre de FHC sem também nunca possuir “diploma” universitário, era professor da USP por mérito e acumulo intelectual e não por título ou “papel impresso” e o seu mais conhecido aluno negou tudo o que com ele aprendeu e tudo o que depois escreveu. Conheci e convivi no PT com Mário Pedrosa, escritor, crítico de arte e líder socialista; Manoel da Conceição, líder camponês que amedrontou generais e que teve a perna amputada sob tortura; o educador do mundo Paulo Freire (com quem trabalhei no governo Luiza Erundina), Apolônio de Carvalho, combatente na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa, um dos maiores líderes dos movimentos da resistência popular no Brasil (ele era também oficial do Exercito Brasileiro). com o filólogo Antonio Houaiss, com o escritor e pensador Antonio Candido, com Chico Mendes; com o inesquecível compositor Gonzaguinha que nos ensinou “O que é, o que é” A VIDA, com os que se foram e com os que ainda estão presentes na incansável luta por nosso sonho de um Brasil decente e digno. Conheci, ri, chorei e aprendi com o Henfil e fui um dos que sonhou com a volta do seu irmão, o Betinho, eternizados na voz da Elis Regina em “o Bêbado e a Equilibrista”. No PT eu ajudei no que pude ao Herbert de Souza, o Betinho, na formação dos seus “comitês de combate à fome” e "Ação pela Cidadania"em plena adversidade da “Era FHC”, que fazia de tudo para atrapalhar em razão dos seus sentimentos anti-povo e de suas alianças com os “coronéis dos grotões” e toda marca de gente de direita. Enquanto o Betinho em seu santo e incansável trabalho humanitário tentava matar a fome dos brasileiros menos favorecidos, FHC chamava o nosso povo de vagabundo e de caipira. Betinho era segundo ele mesmo, nascido mineiro, católico, hemofílico, maoísta e meio deficiente físico. Por ser hemofílico ELE, E OS SEUS IRMÃOS FORAM ASSASSINADO PELA SAÚDE PÚBLICA comandada por essa gente que nos governava naquela época por conta das suas necessárias e cotidianas transfusões de sangue que garantiriam as suas sobravivências ( não vejo ninguém morrendo de Aids hoje em dia por omissão do governo). Como soropositivo e sabedor da morte iminente ao invés de ir viver o "resto de vida que lhe restava" para seus ultimos prazeres pessoais, ELE FOI TENTAR ACABAR COM A FOME NO BRASIL ATÉ O DIA DE MORRER !!! O Betinho só poderia ter sido, E FOI, mais um filiado do PT !!!
Manoel Ferreira, eu ficaria horas aqui te lembrando e me lembrando de tantos nomes, e preste atenção, EU NÃO CITEI AINDA nenhum parlamentar, prefeito, governador ou até mesmo o nosso PRESIDENTE LULA !!! Digo e repito: GOVERNOS PASSAM, MAS O PT FICA !!!
A disputa política E PARTIDÁRIA não só é legítima como é inerente aos seres vivos, SEMPRE HAVERÁ DISPUTA PELO PODER. Desde o início das civilizações, havia e ainda há um só castelo para ser conquistado e ocupado e quem estava dentro se defendia e quem estava de fora atacava, É DO JOGO !!! E O JOGO É JOGADO !!!

SOU VERMELHO, “MANÉ” !!! porque desde meados do Século 15 a bandeira vermelha é conhecida como a “bandeira de desafio”. Foi hasteada em cidades e castelos sob ataque para indicar que NÃO HAVERIA RENDIÇÃO. O oposto era a bandeira branca. Ainda não vejo condições de sequer pensar em hastea-la pois OS NOSSOS ATUAIS OPOSITORES NÃO APRESENTAM NENHUMA PROPOSTA OU PROJETO ALTERNATIVO ao enorme sucesso do Governo Lula para aqui debatermos de forma civilizada.
SÓ SE PRESTAM PARA NOS AGREDIR E NOS XINGAR !!!

Abraços e fique com Deus também. Meu querido e sempre bem vindo “bom opositor” !!!"

Este post do Kotscho tratava de "Fla-Flu dos leitores e jornalismo isento” onde mais tarde apareceria também este outro comentário:

"19/05/2009 - 23:30
Enviado por: Ana Luiza
Kotscho, pena que entrei tarde na net. Li seu texto e fui até o do Ênio Barroso Filho, 18:51. . É de fato como você diz. Pesa, fica um clima de revolta, recalque e sangue. Será que é isso que o povo quer? Parabéns ao Ênio por ser tão explícito, gentil e educado. Não tenho tanto conhecimento sobre os bastidores da política e estava aprendendo bastante, mas há coisas que é melhor que eu continue ignorando. Enio mostrou que a oposição pode e deve existir seja qual for a cor da bandeira. Defender suas idéias não vai dividir pessoas. Afinal todos queremos o melhor para o País e consequentemente para nós. Ou não?
Ana Luiza"

Os leitores mais assíduos do Balaio do Kotscho por afinidades ou nem tanto, acabaram por se conhecerem e trocarem e-mails entre si de forma paralela e chegamos até a criar um grupo, uma legítima família, amorosa e que se tornou de fato e de direito a principal "filial" do blog. Nós o denominamos o "Boteco do Balaio" e foi através do querido amigo Robson de Oliveira deste Boteco, que eu vim a saber que este foi o ULTIMO comentario em vida da nossa doce "borboletinha amarela", a Ana Luiza. Essa menina nos deixou no dia seguinte àquele, vitima de complicações cardíacas e de um infarto fulminante com apenas 29 aninhos.
Ela comentava sempre por lá e também no nosso Boteco, o Robson que se tornou seu mais proximo amigo disse depois que a Ana Luiza era uma ferrenha anti-petista e descrente de tudo por conta de vida sofrida com intensidade e repleta de perdas, apesar da sua pouca idade. Mas que este ultimo comentário dela revelava uma certa mudança em relação ao teor e grau da sua raiva ao PT em temas por eles antes conversados.
Que pena Ana Luiza !!! Te preferia mil vezes mais opositora, mais questionadora e adversária a ter que receber da pior forma possível esta GRANDE LIÇÃO que agora nos ensina. A de que somos TODOS BRASILEIROS, que AMAMOS TODOS NÓS ao mesmo país e que despidos das bandeiras ideológicas, somos TODOS IGUAIS !!! DE UMA MESMA NAÇÃO !!! Mesmo que flagelados de patriotismo por história curta e ainda por tantos maus exemplos do passado e do presente também. Mas nem assim entendo o sentido dessas discussões inúteis e enfadonhas de tantos blogs controlados por estúpidos provocadores de "fla-flu" e de tantas declarações mútuas de ódio, se a nós o que interessa de fundo é que o Brasil realize de vez esse sonho de GRANDE NAÇÃO para o qual esta destinada a NOSSA QUERIDA PÁTRIA. Para isso precisamos todos ouvirmos mais uns aos outros e quando possível falarmos de menos.

Mas veja bem :
-Não precisamos e nem devemos contudo abdicarmos dos nossos ideais e da nossa história para isso ( muito pelo contrario ) . O que devemos sim e PODEMOS é disputar a política e o nosso ideário intensamente e com ardor, posto que somos seres que pensam e que só sobrevivem no coletivo, mas SEMPRE lutando de forma correta, honrada, democrática, sem desvios e entupida de valores da ÉTICA. Valores sem os quais NADA se constrói e todo sonho se desfaz. Já dizia Lênin:
-"Infeliz do revolucionário incapaz de revolucionar-se !!!"
É possível mudar para a casa nova sem destruir a casa antiga, é possível ganhar sem fazer o outro perder seus valores, é possível fazer valer tua grandeza sem humilhar e diminuir teu irmão da Pátria e companheiro, é possível fazer toda uma Revolução sem desferir um só tiro. E revoluções se fazem a todo tempo e a todo instante, basta te sentires um eterno revolucionário de ti mesmo.

Gostaria muito, Ana Luiza, se o tempo concordasse, de ter te oferecido dados da razão e do intuito de que nós os petistas, assumimos nossas convicções e nossos sonhos com tanto amor, fé, dedicação e despreendimento de tudo, até das nossas vidas, na defesa da nossa causa socialista e solidária, mas não podendo por enquanto, te dedico este vídeo aqui em baixo (e daqui de baixo) para que quando eu também vier a virar estrela, possamos nós, lá aprofundarmos, aprimorarmos ou "acertarmos" para sempre as nossas questões e quiziras.

É PELA ANA LUÍZA QUE ESSE "TREM" AGORA VAI É VOAR !!!

Por Ênio - 31.05.09

Serra é vaiado por professores em Presidente Prudente

Do Blog do Chicão - 30.05

Agência Estado

"
O governador de São Paulo, José Serra, foi vaiado nesta sexta-feira (29) por professores e servidores da saúde durante uma visita a Presidente Prudente, no interior paulista, para inaugurar obras".

"Durante o discurso, o governador chegou a ser chamado de "ditador" pelos manifestantes. Em resposta aos gritos - de "ditador, ditador" -, Serra ironizava: "Eles são contra a saúde, são contra até os deficientes (referindo-se a projetos que beneficiam deficientes). São de seitas e 'partidecos'. Nós governamos para toda a população de São Paulo. Não somos de 'trololó'", disse Serra".

"Ele não negocia nem paga o dissídio dos professores desde 2006. Não repassa nem a inflação acumulada e não discute o reajuste salarial com os professores", acusou Agripino Miguel Costa, conselheiro regional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp)".

"Os professores querem reajuste salarial de 27,5%, enquanto os servidores da Saúde pedem reposição salarial de 47%. No começo da noite de hoje os professores estaduais decidiram entrar em greve a partir de quarta-feira
".

Desde 2006 os professores estaduais não recebem nem o "aumento" referente a inflação acumulada. É muito tempo.

Imagine se fosse você?

Isto significa que o salário dos professores de São Paulo está ficando cada dia mais DEFASADO.

A diferença entre o que o governo do estado paga e a cidade de Valinhos, SP, paga chega a ser MAIS QUE O DOBRO. Alguns anos atrás não chegava a tanto.

A questão é política: quanto mais economiza com a NÃO educação, mais sobra para obras. Nesta visão política mesquinha nada vale manter ou reformar escolas, nem vale nada pagar condignamente os professores. O que vale é fazer uma ponte, com muita propaganda.

Na saúde é a mesma coisa. Os hospitais estaduais que JÁ EXISTEM estão sendo sucateados MAIS AINDA. Há pouquíssimo investimento no que já existe. Equipamento médicos destes hospitais ou estão quebrados ou demoram uma eternidade para serem consertados. Bons e experientes profissionais pedem demissão e são contratados recém-formados, com isto o nível cai.

Voltando para a educação: quando o governo do estado NÃO contrata professores (dizem: vamos, contratar - sempre no futuro, esperando chegar o finalzinho da gestão) ele ECONOMIZA muito dinheiro. Um professor é barato. Dezenas de milhares de professores É CARO.

Além de caros, contratar dezenas de milhares de professores impacta as estatísticas conservadoras que apregoam que deve haver poucos funcionários públicos. Eles, os conservadores, até elogiam o FHC por ter deixado milhões de adolescentes e universitários sem aulas POR ANOS.

Esta situação política péssima é avalizada por grandes parcelas da classe média. São pessoas que repetem o discurso conservador e jogam pedras em quem contrata professores e tecem loas a que tem uma "ótima estatística".

Portanto, o dinheiro economizado da NÃO contratação de professores e NÃO reajuste de salário dos professores pelo governo do estado, servem para colocar um pouco mais de concreto no nosso estado. ( Economizando com a NÃO educação )

Enquanto isto a educação de São Paulo, que é o ESSENCIAL, fica relegada à um conjunto de ESCÂNDALOS que parece não ter fim.

E o futuro do Brasil se dissolve na sacanagens de políticos e na falta de consciência da população.

PS: Estive pensando: se os professores não tiveram nem a reposição da inflação e os médicos e enfermeiros tiveram aumentos medíocre, quais categorias tiveram grandes aumentos salariais para a folha de pagamento do governo ter subido 25%.

Da folha de SP: "Candidato mais bem colocado nas pesquisas à sucessão de Lula, o tucano José Serra responde por um aumento de 25% da folha paulista até o ano passado, praticamente empatado com os 26,2% do petista. No governo mineiro, do também potencial candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves, a alta é de 33,2%".

Leia mais:

Boa Notícia: Lula anula enxugamento de servidores públicos após o Plano Real
A educação na época do ex-ministro Paulo Renato
Aumento de gastos com o funcionalismo em SP, MG e no Brasil
Educação: saiba como os conservadores lidam com ela

Senhora morre em Paraisópolis por descaso da prefeitura

Do Blog Paraisópolis exige respeito - 06.05.09
A irresponsabilidade da prefeitura fez mais uma vítima em Paraisópolis. Na noite de sábado, dia 2 de maio, morreu Maria de Lourdes Oliveira Silva, 56 anos, que morava em um alojamento da prefeitura, próximo ao CÉU Paraisópolis.

Maria escutava música, quando um curto-circuito iniciou um incêndio em sua casa. Como o alojamento não possuía extintores, os vizinhos e familiares tiveram que buscar baldes e mangueiras nas redondezas para poderem apagar o fogo. Segundo os moradores, os bombeiros não demoraram a chegar, mas como havia apenas uma saída em cada alojamento, Maria de Lourdes ficou presa e foi intoxicada pela fumaça.

Entretanto, não é a primeira vez que acontecem incêndios neste alojamento. Há seis meses, um curto-circuito fez com que outra moradora perdesse todos os seus bens, e os habitantes narram que é muito comum as tomadas estourarem ou os eletrodomésticos queimarem no local.

O mais lamentável, entretanto, foi a posição da prefeitura em relação à família da vítima. Da casa em que ocorreu o incêndio só restaram destroços, e mesmo assim as autoridades não cederam nenhum tipo de abrigo provisório às outras oito pessoas, dentre elas 5 crianças, que moravam no local.

A prefeitura disse à filha de Maria de Lourdes que esperasse 15 dias para conseguir um aluguel. A família, entretanto, não tem comida, abrigo, roupas ou documentos, e está sobrevivendo graças à ajuda dos vizinhos.

Segundo a prefeitura, o abrigo em questão seria apenas provisório, e abrigaria as famílias que moravam em área de risco enquanto não ficam prontas suas novas casas. A prefeitura afirmou que o tempo máximo de permanência no local seria um ano, mas a maioria das famílias estão lá há dois ou três anos.

Estes alojamentos não têm a mínima condição de receber os moradores. Além de não terem itens para combater incêndios, são muito pequenos, com apenas um cômodo e um banheiro. Uma moradora ainda narrou que já achou aranhas caranguejeiras, escorpiões e cobras em sua casa, aonde mora com seus cinco filhos pequenos.

A prefeitura não permite que os moradores façam nenhum tipo de mudança na estrutura da casa, nem mesmo a colocação de grades de segurança nas janelas, além de não permitir a instalação de internet ou telefones no local.

Manifestação

Indignados com essa situação, os moradores do alojamento e de diversas outras partes de Paraisópolis se reuniram e se dirigiram à sede da Planova, responsável pela construção das instalações provisórias.

Lá eles ocuparam uma sala, e informaram que não sairiam enquanto não fossem atendidos. Algum tempo depois apareceram alguns funcionários da prefeitura, que informaram que não poderiam atender as reivindicações, apenas encaminhar aos órgãos responsáveis. A população então pediu para que os representantes destes órgãos fossem chamados.

Leia mais (clique aqui)


E abaixo, veja esta matéria publicada dia 31.05 - no Blog do Favre

Serraluf na segurança: a receita que dá voto em São Paulo

29 de mai. de 2009

Os livros didáticos em São Paulo

Do Blog do Nassif - 29.05

Confesso não entender o que se passa com os livros didáticos em São Paulo.

O Ministério da Educação criou um modelo de seleção dos livros didáticos - creio que desde a época de Paulo Renato - que consistiu em definir comitês, provenientes das diversas Universidades, para analisar os livros. Depois monta-se uma publicação com todos os livros selecionados, que é enviada para todos os professores do país, para poderem escolher livremente. O MEC envia os livros sem nenhum custo para os estados.

Nesse ínterim, teve penetração em algumas prefeituras os chamado cursos apostilados - muitas vezes negociado pelas empresas direto com o prefeito, em vez da equipe da Educação. Foi uma luta feroz, em que um dos competidores era a Abril - conforme você pode conferir na série sobre a Veja.

Quando assumiu, a Secretaria Maria Helena, da Educação de São Paulo, me deu uma entrevista garantindo que iria acabar com a farra dos apostilados. A Secretaria contrataria professores, pagaria pelo conteúdo e pelos direitos autorais, e ela mesmo imprimiria e distribuiria, reduzindo substancialmente o custo.

De repente, muda tudo. Pelo Diário Oficial do estado se fica sabendo de compras imensas, periódicas, de livros sem licitação. E, pelos abusos que estão sendo revelados, sem avaliação pedagógica. Aparentemente, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação vai alocando verbas para cada editora e, depois, que se vai atrás de qualquer livro para preencher a cota acertada.

Leia mais

28 de mai. de 2009

Audiência sobre pedágios


Dia 01 de Junho, às 14 horas,
Auditório Franco Montoro - Assembléia Legislativa - São Paulo
Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 (Ibirapuera)

Contato: 11-3886-6776 ou email: Gabinete - Dep. Rui Falcão

Educação de Serra distribui mais “horror” em livro para crianças. “Horror é quem escolhe essas obras para crianças”, disse autor do poema

Do Blog do Favre - 28.05

Jornal descobre mais livros impróprios para crianças de 9 anos, distribuido pelo governo Serra.

Após “sumir” com Uruguai e Equador acrescentando dois Paraguai, de livros didáticos com palavrões, agora é poesia irônica para adolescentes erradamente entregue para quem não pode entender o sentido. Está certo o autor de responsabilizar os que assim escolhendo mostram seu despreço pela educação. “É pau no cu, mesmo”, como figurava em livro de quadrinhos também distribuídos.

Antes de cuidar “da gente”, Serra nos mostra como cuida das crianças. Um verdadeiro pedagogo. LF

Arte do jornal AGORA


Livro para adolescentes é entregue a crianças em SP

A obra, uma coletânea de poesias, tem frases como “Nunca ame ninguém. Estupre”

Volume faz parte do mesmo programa da rede estadual de ensino que teve um livro recolhido por conter palavrão e conotação sexual

FÁBIO TAKAHASHI - FOLHA SP

O governo de São Paulo enviou a alunos de terceira série (faixa etária de nove anos) um livro feito para adolescentes, que possui frases como “nunca ame ninguém. Estupre”.A coletânea de poesias faz parte do mesmo programa de melhoria da alfabetização que teve um livro recolhido por conter palavrões e expressões de conotação sexual: “Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol”, também distribuída para a terceira série.A nova obra, “Poesia do Dia -Poetas de Hoje para Leitores de Agora”, foi enviada às escolas há cerca de duas semanas para ser usada como material de apoio. Foram distribuídos 1.333 exemplares.“Não é para crianças de nove anos. São várias ironias, que elas não entendem”, afirmou o escritor Joca Reiners Terron, autor do poema mais criticado por professores da rede, chamado “Manual de Auto-Ajuda para Supervilões”.Alguns dos versos são “Tome drogas, pois é sempre aconselhável ver o panorama do alto”; e “Odeie. Assim, por esporte”.“Espero que o Serra [governador José Serra] não ache o texto um horror, como ele disse do outro livro. Horror é quem escolhe essas obras para crianças”, disse Terron.Em nota, a direção da Abril Educação (responsável pela Ática) afirma que o livro é recomendado para adolescentes de 13 anos, “indicação reforçada na contracapa, na apresentação e no suplemento ao professor”.Após questionamento da Folha, a Secretaria da Educação da gestão José Serra (PSDB) decidiu ontem retirar os livros das salas de aula. Os exemplares, no entanto, permanecerão nas escolas, para consulta de alunos mais velhos.O entendimento é que os assuntos do poema devem ser abordados na escola, mas com supervisão de um especialista.

A secretaria não esclareceu como é feita a escolha dos livros. A sindicância aberta para apurar o caso do outro livro ainda não foi concluída.

Críticas

Professor da Faculdade de Educação da USP, Vitor Paro afirma que a escolha do livro para crianças de nove anos “é produto da incompetência e ignorância do governo”.“Por que os livros só foram retirados após o jornalista questionar? A análise não deveria ter sido feita antes?”, diz.A coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Angela Soligo, classifica como “um horror” o poema. “Tem uma ironia que talvez só o adulto entenda. É totalmente desnecessário para uma escola.”

“Já é o segundo caso. Os professores ficam inseguros com o material”, disse ela.

27 de mai. de 2009

Lula sanciona lei para divulgação das contas públicas

De O Último Segundo - 27.05

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no início da noite desta quarta-feira a lei que determina que a União, Estados e municípios passem a divulgar, em tempo real, na internet, suas contas.

O texto, no entanto, não define qual meio deve ser usado. A lei é um complemento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A lei sancionada por Lula prevê que a União, Estados, o Distrito Federal e municípios com mais de 100 mil habitantes terão um ano para se adequar à nova regra.

Os municípios que tenham entre 50 mil e 100 mil habitantes terão dois anos de prazo. Já para os municípios com até 50 mil, o prazo será de quatro anos, a partir da publicação da lei no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nesta quinta-feira.

Leia mais - Transparencia Brasil de Claudio Weber Abramo


“Não reeleja ninguém” é uma campanha burra e alienada

A questão é bastante polêmica, votar em quem!

Uma análise bastante crítica, se informar,
procurar a verdadeira notícia.
Conhecer os bastidores dos políticos, faria bastante diferença.
A falta de informação provoca atraso da sociedade.

Veja abaixo:

Do blog do Avelar - 27.05

Acho que não uso a palavra “alienação” desde minha época de militância trotskista. Mas não há outro termo para definir essa irresponsável campanha disseminada na internet por Daniela Thomas e Marcelo Tas. É a alienação e o conformismo em sua típica versão Morumbi-Leblon: quero mudar tudo o que está aí, desde que eu não tenha que me dar ao trabalho de procurar informação ou tirar as pantufas. "Não reeleja ninguém" significa: Tire todos os 513 deputados de lá e coloque outros 513 que exercerão seus mandatos sem serem incomodados. Assim você poderá passar mais quatro anos vociferando indignação vazia e repetindo a cantilena de que todos os políticos são corruptos, enquanto fura mais uma filinha, sonega mais um imposto e joga mais uma embalagem de Doritos pela janela do seu Toyota Camry.

Leia mais

A GLOBOTRIX e a manipulação da sociedade

Do site NOVA E


Desmontando a Matrix
[Christina Carvalho Pinto] Precisamos tratar a alma das corporações. Trocar o culto carnavalesco à informação pela busca profunda de conhecimento. Semear a ética, os valores mais nobres, a compaixão, o espírito de co-criação, a auto-estima, a esperança, o respeito, a dignidade.

Da Matrix ao Self: o desafio evolucionário da mídia e das organizações
[Rosa Alegria] Submersos pelos naufrágios noticiados da crise, estamos vivendo a dialética de uma era extraordinária, com potencial para a evolução da consciência e abrir as portas para novos estilos de vida. Mas ao mesmo tempo, a nossa capacidade de imaginar um futuro desejado tem sido cada vez mais precária.

O mundo ilusório da Matrix
[Carolina Borges] A humanidade vive e compartilha um mundo ilusório, um pesadelo coletivo, um mundo das representações, das formas fixas, das marcas, das referências, da homogeneização; porém criado e mantido não por computadores, mas pela mídia de massa, pelas instituições detentoras do poder.

Até quando estaremos plugados na Matrix
[Tanira Lebedeff] A "realidade" do "mainstream media": Jessica Lynch, após suposto "resgate", perde a memória. Rachel Corrie, após ser esmagada por uma escavadeira, some do noticiário. Plugados na matriz têm direitos a prazeres mundanos. Nem os Irmãos Wachowski fariam melhor.

"The Matrix" e o Mundo Real em que Vivemos
[Maurício F. Pinto] O paralelo que podemos fazer com o nosso "mundo real" é a insatisfação que cresce dentro das comunidades em relação aos ditames de uma economia globalizada e seus agentes financeiros transnacionais.

Menos Matrix ! Mais humanidade
[Gislene Bosnich] Todavia, para mim, um dos problemas da internet é que ela está desconectada da realidade. Desconectada das carências efetivas que as pessoas têm por informação precisa e de qualidade.

Matrix: Farsa e tragédia
[José Arrabal] A toda hora, no dia-a-dia, recebemos, por múltiplos canais de informação, adequados scripts de modelos comportamentais para nossa existência, lado a lado à insistência na idéia do desesperado perigo que é viver com autonomia, senso crítico, identidade precisa e segura do que se é.

O homem é o lobo do homem
[Hernani Dimantas] A pílula vermelha é o atalho para 'toca do coelho'. Estamos sempre atrasados para a vida. A pílula vermelha nos mostra a verdade. Transparente e real. Tira as máscaras de uma sociedade que vive num eterno sonho.

O dia da estaca zero
[Marcelo Estraviz] 11 de setembro será marcado como o dia estaca zero. Onde, ou tudo se transforma em espetáculo midiático ("o" espetáculo), ou então, e preferencialmente, as vidas passam a ser consideradas como o real valor. O dia que a economia humanizou-se. O dia que caiu a ficha. E o WTC.

Um livro para lembrar da resistência Venezuelana
[Manoel Fernandes Neto] O livro de Renato Rovai, "Midiático Poder", com certeza mostra a história de uma das frentes de resistência ao império da Matrix.

A GloboTrix:

Estratégias contra a Globo
[Miguel do Rosário] A blogosfera tem sido a grande arma anti-mídia. Os canais fechados e, futuramente, a tv digital, também podem e poderão se tornar instrumentos para diluir o poder arbitrário de algumas empresas de comunicação.

Alguns casos escabrosos da TV Globo
[Altamiro Borges] Na sua longa história, esta poderosa emissora já cometeu várias barbaridades na sua cobertura de importantes fatos políticos do país.

Desmontando a Globotrix

Do site NOVA E


Estamos vivendo, possivelmente, a era mais paradoxal da história da humanidade: enquanto avançam de um lado a velocidade tecnológica e o acesso à informação, amplia-se de outro a cantilena que mais se ouve ultimamente: "isso ou aquilo não está funcionando". Empresas que se apresentavam como verdadeiros baluartes da solidez capitalista implodem perante nossos olhos num efeito de hipnotizante dominó. Crenças, conceitos, ideologias, relacionamentos, instituições, métodos, ferramentas, CEOs, CFOs, COOs e Chairmen of Boards são, de repente, trocados e descartados como copinhos de plástico sob a alegação de que não funcionam. Na ânsia psicótica de acertar a qualquer preço, indivíduos, corporações e sistemas inteiros afundam como bambis capturados em areias movediças.

No cenário das comunicações, a roda é reinventada a cada esquina, sob novos nomes e vocabulário fashion. A pressão por resultados utópicos no curtíssimo prazo acaba estimulando cérebros brilhantes a deixar a reflexão de lado e partir para o jogo medíocre do me-engana-que-eu-gosto.

Como conseqüência, rareiam os resultados legítimos e precipitam-se diagnósticos que levam ao que muitas vezes se critica na medicina alopática: apego aos sintomas e distanciamento da única coisa que pode levar à cura, ou seja, a consciência sobre as causas, a clara visão do todo.

Basta recuperar por um instante a lucidez para perceber que o mundo dos negócios desembestou na direção oposta ao caminho dos indivíduos e dos anseios que há mais de duas décadas vêm emergindo nas diferentes sociedades, que processam neste momento uma mudança de consciência e descobrem novas fontes interiores de autoridade e poder.

Grande parte das empresas parece ignorar isso, como se os chamados mercados fossem algo além de gente, apenas gente. Essa visão de um mundo regido exclusivamente por economias e mercados não pode funcionar porque o ser humano do século XXI rejeita ser reduzido a algo tão desinteressante.

Na verdade, já não é o marketing, a comunicação, o CEO ou o marido que não funcionam: é Matrix que está sendo desmascarada num processo irreversível.

O ser humano não agüenta mais a superficialidade, a indiferença, a frieza, a hipocrisia e sobretudo a voracidade de grande parte das corporações e, por reflexo, de suas marcas. Em nome da competitividade cometem-se abusos que asfixiam as raízes e os sonhos de nações inteiras. Nunca se viu tanto presidente de empresa fazendo planos profissionais e pessoais para curto prazo, loucos para chutar o balde (antes que o balde os chute).

A realidade é que, em grande parte dos ambientes executivos, os bolsos recheados de bônus tentam inutilmente compensar corações esvaziados de sonhos. São inúmeros os filhos de big bosses que viram seus pais e mães desembocarem no estresse patológico, alcoolismo, raiva, frustração, desencanto pela vida. Assustados e sozinhos, esses jovens rejeitam as trajetórias de seus progenitores e, neste exato instante, buscam novas saídas, caminhos que eles ainda não conhecem, mas que deverão nortear suas existências para um ponto com o qual jamais tiveram contato em seus lares: o ponto do equilíbrio.

Em meio a esse cenário de pré-mutação planetária e inexorável, talvez o mais eficaz seja começarmos pelo começo. Precisamos tratar a alma das corporações. Trocar o culto carnavalesco à informação pela busca profunda de conhecimento. Semear a ética, os valores mais nobres, a compaixão, o espírito de co-criação, a auto-estima, a esperança, o respeito, a dignidade. Permitir que esse novo e crucial oxigênio purifique e expanda os pulmões das pessoas físicas e jurídicas. E fazer com que o marketing e suas ferramentas, inclusive as diferentes disciplinas da comunicação, expressem algo que valha a pena.

Para chegar lá, o desafio é desmontar Matrix e resgatar a essência de tudo. Ao fazê-lo descobriremos, para alívio geral, que as empresas, as marcas, as disciplinas da comunicação, os CEOs, os CFOs, os COOs e até mesmo os Chairmen of Boards voltarão a funcionar.

Christina Carvalho Pinto é sócia-presidente do Grupo Full Jazz de Comunicação.





O drama do jornalista

A reflexão é válida, mas não desanime.

Temos por ai, muitos jornalistas éticos. A ética e a moral devem ser vinculadas em todos os meios, profissionais.

A imprensa, a meu ver, não está perdida, apenas vivendo um momento de mudanças e de avaliação de conceitos. Como a guerra, por mais que seja dolorosa, tragar dor e perdas, após certo período renasce o desejo de lutar, a esperança, a força e de restabelecer a estrutura.

Sofremos transformações dia a dia, crises financeiras e existenciais, depressão, perdas e ganhos, no metabolismo, nas células, no espírito, no nosso interior e exterior, com o ego. O positivo e negativo. Deus e o diabo. O bem e o mal. A morte e a vida. Renascimento !!

Renascemos a cada instante. Para tudo existe uma resposta.

Gosto muito deste pensamento: a crise é oportunidade. Confúcio.

Estamos entrando em uma nova era, digital. Os jornalões estão sofrendo esta realidade, crise, desespero, é isso que eu chamo, fazem de tudo para atrair telespectadores, leitores, vendem a mãe, propagam notícias ruins, querem te prender, precisam de ibope, para ter quem pague sua existência, se não caem. A grande mídia está vivendo seu momento de mudança. Aquela que não se adequar, sofrerá terrivelmente com as exigências do novo público, uns já quebraram.

As revoluções acontecem, para radicalizar as mudanças, são necessárias,
para mim e para você !!

Bom dia.

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Do Blog da Dilma - 27.05

Eduardo Guimarães: Faz alguns meses, convenci minha filha primogênita a estudar jornalismo. Ontem, porém, fui compelido a refletir sobre se agi bem ao fazer isso. É que conversei com um jornalista conhecido e empregado numa grande corporação midiática... Não mencionarei nomes, contudo, por razões que se tornarão óbvias no decorrer do texto. No âmbito de uma conversa sobre a realidade política brasileira, ficou claro a mim – e creio que também a ele, mas de uma forma que talvez nunca tivesse lhe ocorrido – como a sua profissão, hoje em dia, assumiu uma feição desalentadora. Foi aí que pensei na minha filha. Eu a estimulei a estudar para se tornar uma profissional que terá que se submeter ao que, para alguém como eu, talvez seja a maior das torturas, a torturante submissão intelectual.Analisamos juntos, eu e esse profissional tarimbado em mídia corporativa, quais os “predicados” que deve reunir um jornalista para “se dar bem” atualmente, pois os tempos em que jornalistas podiam trilhar sua profissão com brio e seriedade e subir na carreira, parecem terminados.

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Lula e seu povo

Da Carta Capital - Por Mino Carta

A maioria identifica-se naturalmente com o igual que chegou ao poder

Dizem que Luiz Inácio Lula da Silva é um predestinado, bafejado pela fortuna e protegido pelos deuses gregos. Pode ser. Teriam sido elas, a sorte e as divindades do destino, que, por exemplo, depositaram Fernando Henrique Cardoso no caminho de Lula. Ou atiçaram a gula chinesa e indiana por nosso minério de ferro e nossa soja.Sim, o príncipe dos sociólogos foi o grande cabo eleitoral do ex-torneiro mecânico nas eleições de 2002. O currículo presidencial de quem conseguiu quebrar o País por três vezes e o deixou à míngua é realmente imbatível. A bola quicou na pequena área, o goleiro agarrou ar puro, só faltou empurrar malhas adentro.É inegável também que a situarão mundial contribuiu para elevar os índices de crescimento ao longo do governo Lula. Mas ele não chegou lá por acaso. Não se desmereçam os senhores do destino, tampouco o nosso herói. Desde a adolescência, quando a mãe faxineira enterrava os filhos menores até o pescoço no quintal para que não se afastassem da casinhola enquanto trabalhava, Lula fez a sua própria sorte.Fosse ele um gato, diríamos que estes quinze anos devida de CartaCapital registram o ensaio do pulo e o próprio, pontualmente repetido graus às artimanhas do já citado FHC para alcançar a sua reeleição em 1998. Não imaginava que o espelho do futuro refletiria alguém mais bem-sucedido e infinitamente mais popular.Pois é, os senhores emplumados (de penas medíocres) não contavam com o povo, o que faz sentido em um país onde sonham e por ora realizam a democracia sem povo. Eis um aspecto muito relevante na eleição e na reeleição de Lula. A conexão entre este e a maioria dos brasileiros atingiu enfim uma definição clamorosa.Não é que a mídia, face peremptória do poder, não se tenha empenhado com força total para neutralizar o Sapo Barbudo, como se deu em 1989, 1994 e 1998. Desta vez não colou, em primeiro lugar, pela razão já apontada: o naufrágio do governo FHC, tragado de vez pelo redemoinho do segundo mandato.Como se sabe, o povo brasileiro vive no limbo, ao trazer no lombo a marca do chicote da escravidão. Inerte, resignado, em parte inconsciente da cidadania. O poder planta-se sobre esta apatia. Graças a FHC, em 2002 o mecanismo não funcionou, com a inegável colaboração do escasso apelo do candidato José Serra. E a vitória de Lula foi, inclusive, a derrota da mídia.Desde a campanha, com a Carta aos Brasileiros, o candidato do PT cuidou de exibir a sua vocação de conciliador. Em entrevista que me concedeu em fins de 2005, em meio à crise do chamado mensalão, lá pelas tantas ele disse, impassível: “Você sabe que eu nunca fui de esquerda”. Retruquei: “Espera aí”.O líder da brava resistência à ditadura representada pelas greves do ABC de 1978, 79 e 80 não podia deixar de ser de esquerda. Creio ter sido aquele o principal e eficaz movimento civil organizado contra o regime, fardado e à paisana. Não somente mostrou que no Brasil não havia apenas pelegos, mas também foi berço do Partido dos Trabalhadores, nascido, é bom sublinhar, com uma plataforma ideológica francamente de esquerda.As mudanças da política mundial e a queda do Muro de Berlim exigiram retoques, nem por isso o PT deixou de ser partido esquerdista, sem detrimento da tendência inegavelmente conciliadora de Lula. Não me surpreenderia se ele dissesse nunca ter lido Marx, suponho que um dos seus modelos seja Dom Quixote, representado na casa modestíssima do operário dos anos 70 por uma estatueta do herói de Cervantes. Enfeitava uma estante de poucos livros.Aposto, porém, em um Quixote mítico, intérprete de destemor e inconformismo, em lugar do tresloucado cavaleiro fora do seu tempo. Lula mantém os pés no chão e a cabeça na exata atmosfera do presente. Impossível imaginá-lo a navegar nas nuvens. Depois do “espera aí”, invoquei a necessária busca da igualdade em um país tão desigual, e acentuei que bastava caminhar neste rumo para ser de esquerda. Ele admitiu, sem pestanejar.Desde fins de 1977, quando conheci Lula, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, percebi, e até me pareceu tocar com a ponta dos dedos, seu Q.I. Altíssimo, aliado a uma simpatia invulgar, fatores decisivos da sua facilidade de comunicação. Do seu carisma, como se diz.Até hoje, não falta quem insista em proclamar sua lida árdua com a gramática e a sintaxe. Sobretudo a sintaxe. Aleivosias cada vez mais ridículas. Grotescas. Lula exprime-se muito bem, mesmo ao tropeçar, eventualmente, no tempo de um verbo.Já escrevi, e repito: orgulho-me de ter compreendido desde logo que o homem iria longe. Não ouso sustentar que cheguei a imaginá-lo na Presidência da República. Quando chegou, porém, não me caiu o queixo. Esperava dele um governo mais determinado, mais assertivo, mais corajoso, especialmente no combate ao insuportável desequilíbrio social, a meu ver o maior obstáculo à contemporaneidade do Brasil.Vislumbro no MST o único movimento envolvido nessa direção, mas não vi no governo a intenção de apoiá-lo na justa medida. Não me comovi com o Bolsa Família, conquanto lhe reconheça alguns méritos. De monta discutível, de todo modo. Em contraposição, assisti à tomada de medidas que favoreceram a onda neoliberal e obstaram a produção, conforme o figurino finalmente demolido pela crise global.Sim, não se tratou de um governo de esquerda, longe disso. Mesmo assim a personagem Lula é de porte notável, a merecer a exclamação de Barack Obama, este é “o cara”. Trata-se de um campeão da confiança em si mesmo, primeiro motivo da obstinação bem posta. O reconhecimento internacional premia uma política exterior afirmativa, digna de um país consciente das suas primazias, e, ainda mais, a devastadora empatia da figura presidencial.Os motivos do sucesso lá fora são, de todo modo, diversos daqueles que levam a índices de aprovação nunca navegados no País. O presidente mais popular da história do Brasil, para desespero da mídia nativa, deve seu êxito sem paralelos à identificação com seu povo. A maioria dos brasileiros enxerga nele o semelhante, no sentido mais completo da palavra, que se sentou no trono.Até hoje a mídia não perde a oportunidade, por mais vaga ou descabida, para apontar Lula e seu governo à execração pública. Furo n’água. Rapazes, desistam, enquanto ele for presidente. A maioria fecha com ele em quaisquer circunstâncias. Automaticamente. Roboticamente. Donde o retumbante fracasso da mídia, rosto do poder.Este também é fato inédito. Talvez se trate do maior mérito, da maior qualidade do governo Lula. De forma muito mais clara do que no caso de Getúlio Vargas, o velhinho sorridente, estabeleceu-se uma ligação direta entre a nação e seu líder.Não convém iludir-se, contudo, com a derrota da mídia. E, portanto, dos vetustos donos do poder. O próximo presidente não será um ex-torneiro mecânico habilitado à Presidência da República. Conquanto não venha a cair meu queixo se, ao contrário do que os analistas vaticinam, Lula conseguir mais uma façanha: transferir ao seu candidato, ou melhor, candidata, o peso da sua avassaladora popularidade.A verificar. Sobra a certeza: o sucessor, seja quem for, não contará com o apoio automático, robótico, da nação. Com todas as implicações desta situação. Suas escolhas terão de ser muito mais nítidas. À direita ou à esquerda. Lula é sempre entendido, se for o caso, sempre perdoado. Santificado, ao cabo. O destino do futuro presidente é muito mais complexo e difícil, porque não gozará de tais regalias. O burguês em lugar do operário.Vem à tona a memória do passado, o ABC, o sindicato naquela ladeira íngreme, o Estádio de Vila Euclydes lotado, Lula no palanque. Deitava sua oratória impetuosa, às vezes tropeçava no tempo dos verbos. Recordo também Fernando Henrique, esforçou-se para impedir que Raymundo Faoro subisse ao palanque do presidente do sindicato. Tentativa fracassada, 30 anos atrás.Estranhos, singulares, misteriosos cruzamentos de pessoas e pensamentos. Me ocorre um almoço em um bar de São Bernardo, entre Lula e FHC, não sei bem por que me sentei à mesma mesa. Creio ter sofrido sardinhas fritas e ovos duros. Lembro que murmurei aos ouvidos dos meus botões: “Sujeitos muito diferentes…”

Isto é um absurdo, vergonhoso. !! Escola municipal não teve aula de matemática neste ano

Problema número 1: governos precisam realizar concursos públicos para contratação de professores. Urgente !!!!!!!!!!

Do Agora - Gilberto Yoshinaga e Gabriela Gasparin - 27.05

Inaugurada neste ano pela gestão Gilberto Kassab (DEM), a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Vila Santa Maria, localizada em Cidade Dutra (zona sul de SP), está prestes a encerrar o primeiro semestre letivo com falta de professores. Alguns alunos de 5ª, 6ª e 7ª séries não têm tido aulas de matemática, história, português, geografia, informática e leitura.

"Só tive aulas de matemática na primeira semana de aula. Depois disso, o professor entrou de licença e não apareceu nenhum substituto", conta o estudante João Gabriel Silva Latuner Antunes, 12 anos, da 7ª série. "Não sei quando vou ter de repor essas aulas. Também fico preocupado com o que vai acontecer no ano que vem, porque neste ano ainda não aprendi nada", acrescenta.

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Greve dos Professores do Estado de São Paulo ?

Reunião centralizada de Representantes aprova indicativo de greve para 29 de maio. Professores exigem respeito do Governo de São Paulo, José Serra.

Pça da República - 12.05

Da Apeoesp - Maio/2009

A reunião centralizada de Representantes de Escolas (RE) e de Aposentados (RA) que aconteceu na terça-feira, 12, na Praça da República, em frente à Secretaria da Educação, aprovou o indicativo de greve a partir do próximo dia 29 de maio, data da realização da próxima assembleia (leia calendário de mobilização), se o governo não retirar os PLCs 19/2009 e 20/2009, não atender nossas reivindicações ou se deputados votarem contra os professores.

Fotos Márcia


EDUCAÇÃO

Do blog Periafricania - 27.05

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc.

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. Confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

8. Temos que produzir o máximo que podemos, pois na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio. Não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.

10. A gravidez é um sucesso biológico, e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

11. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para da droga fazer uso. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

12. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

13. Homem não gosta quando a mulher vem perguntar: 'E aí, como foi o seu dia?'. O dia, para o homem, já foi, e ele só falará se tiver alguma coisa relevante. Não quer relembrar todos os fatos do dia..

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Mães, muitas são loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).

19. Se a mãe engolir sapos do filho, a sociedade terá que engolir os dele.

20. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade. Na vida real, não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha. 'Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador'. O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder. Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. Não há hierarquia. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Tem que controlar e ensinar a gastar.

Você não pode evitar que os problemas batam à sua porta, mas não há necessidade de oferecer-lhes uma cadeira"

(Joseph Joubert)

Cinismo a granel

Do Blog Nassif - 27.05

"O PODER DA OBSERVAÇÃO ACURADA É GERALMENTE CHAMADO DE CINISMO POR AQUELES QUE NÃO O POSSUEM".
(George Bernard Shaw)


"UM CÍNICO É UM HOMEM QUE SABE O PREÇO DE TUDO E O VALOR DE NADA".
(Oscar Wilde)

"CLARO QUE NÃO! VOCÊ NÃO VIU A Noviça Rebelde?"
(Billy Wilder, quando lhe perguntaram se acreditava mesmo que o ser humano era corrupto, amoral e cínico)

"É PRECISO ACABAR COM ESSE NEGÓCIO DE QUE TODO HOMEM TEM SEU PREÇO. CUSTE O QUE CUSTAR."

(Fontes: "O Melhor do Mau Humor", edição e tradução de Ruy Castro; "Filhotes do Pasquim", Dodó Macedo).

Ministério Público questiona gastos da campanha do Kassab

Do Blog da Kika - Os amigos do Presidente Lula - 27.05

O Ministério Público Estadual (MPE) ingressou ontem com representação na 1ª Zona Eleitoral da Capital, pedindo a rejeição das contas de campanha do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e da vice, Alda Marco Antonio (PMDB). O promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes questiona a legalidade de R$ 9,2 milhões (31%) dos R$ 29,7 milhões gastos no ano passado pela coligação São Paulo no Rumo Certo. A maior parte das doações partiu de quatro empreiteiras - Camargo Corrêa, Serveng Civilian, CR Almeida e OAS -, todas com participação societária em concessionárias de serviços públicos.

Também foram detectadas contribuições da Associação Imobiliária Brasileira (AIB), pivô da investigação aberta neste mês contra 29 dos 55 vereadores da Câmara Municipal, e do Banco Itaú, responsável pelo pagamento dos salários dos 180 mil servidores públicos municipais(prefeitura) ativos e 35 mil inativos. "Há um autêntico festival de irregularidades nas contas apresentadas quanto aos doadores para a campanha a prefeito e vice-prefeito", escreveu o promotor. Se tiverem as contas rejeitadas pela Justiça, Kassab e Alda podem ser declarados inelegíveis por até quatro anos e terem os mandatos cassados.

Apesar de citar a AIB e o Itaú, a representação mira nas contribuições feitas pelas empreiteiras. O inciso 3 do artigo 24 da Lei das Eleições (Lei 9.504/97) proíbe "concessionário ou permissionário" de fazer doações de qualquer espécie a candidatos ou partidos políticos já que as empreiteiras tem grandes negócios com a prefeitura. O assunto é controverso porque, em tese, nenhuma dessas construtoras está registrada na Receita Federal ou na Junta Comercial como concessionária. Na prática, porém, sabe-se que elas integram consórcios que controlam essas empresas, seja como acionistas ou investidoras. "Em derradeira análise", diz o promotor, "seriam os concessionários diretos dos serviços públicos".

Embora a última manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2006, tenha considerado legal doações feitas por empresas com participação em concessionárias, Lopes incluiu na representação outros votos, proferidos no passado pelos ministros Cezar Peluso, Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie, em que a prática é repudiada.

Entre as empreiteiras mencionadas pelo MPE, a maior doadora foi a Camargo Corrêa, que repassou R$ 3 milhões ao Comitê Financeiro Único do Democratas. A construtora integra o Grupo CCR, responsável por administrar mais de uma dezena de rodovias em S.Paulo, como a rodoanel, além de ter contrato com o governo do Estado para operar a futura Linha 4-Amarela do Metrô. A Serveng Civilian e a CR Almeida, que repassaram ao partido de Kassab R$ 1,2 milhão e R$ 1 milhão, respectivamente, também integram o Grupo CCR. A OAS, com participação na concessão de estradas, portos, trens urbanos e aeroportos, doou R$ 800 mil.

IMORALIDADE

O promotor usou os mesmos argumentos aplicados às doações feitas aos 29 vereadores para questionar os valores transferidos pela AIB à campanha do prefeito. Para Lopes, a entidade não tem fins lucrativos e, portanto, estaria impedida de contribuir. Além disso, seria usada como "fachada" do Secovi (sindicato da habitação), uma vez que a legislação também veta repasses de sindicatos a candidatos ou partidos. A AIB realizou dois depósitos - de R$ 300 mil ao comitê municipal do DEM e de R$ 2,3 milhões para o diretório nacional do partido, dinheiro que retornou à campanha de Kassab. Pressionada pelo MP, a entidade assinou este mês termo no qual se compromete a nunca mais fazer doações.

Sobre as doações do Itaú, o MPE anotou: "Leva a manifesta imoralidade administrativa receber, nessa condição, doação daquele que tem máximo interesse em permanecer com contrato para movimentar milhares de contas de servidores municipais."

Os casos de cassação por irregularidades em prestações de contas não são raros. Em 2006, os candidatos a deputado federal Juvenil Alves (PRTB-MR) e Clarindo Ferraciolli (PSC-SP) tiveram as contas impugnadas e perderam o mandato. No ano passado, as irregularidades nas prestações de conta foram a 3ª maior causa de registros de candidaturas negados.

26 de mai. de 2009

Professores da USP paralisam aulas e fazem manifestação

Os professores pedem um reajuste salarial de 10%; proposta da reitoria psara os docentes é de 6,05%

Do Estadão - online - 25.05

SÃO PAULO - Os professores da Universidade de São Paulo (USP) paralisaram suas atividades nesta segunda-feira, 25, e promoveram um ato em frente à reitoria em defesa de melhores salários. No local, deve acontecer uma nova negociação do Fórum das Seis - que reúne entidades de professores e servidores das universidades públicas paulistas - com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp). Os funcionários da USP estão em greve desde o dia 5 de maio.

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25 de mai. de 2009

Socorro ao professor - Recebi esta notícia e as 4 matérias abaixo de um amigo, muito preocupado com a educação. Precisamos de ajuda - toda sociedade.

Editorial da Folha de São Paulo - 17.05

Debate pedagógico passa ao largo da questão disciplinar, um equívoco grave diante da violência crescente nas escolas A EDUCAÇÃO básica no Brasil ainda é precária, em particular nas redes oficiais de ensino. Mediocridade e letargia se patenteiam a cada resultado da pletora de exames e índices surgidos na última década. Bem encaminhada a meta da universalização do acesso e superada a controvérsia sobre avaliações de desempenho, resta roer o caroço duro do próprio aprendizado.A batalha terá de ser vencida com uma estratégia de requalificar professores e remunerá-los melhor. Essa classe desprestigiada já se vê, contudo, acossada por outra conflagração: a indisciplina, quando não a agressão praticada por uma parcela dos alunos.O aumento da violência juvenil é um problema das sociedades contemporâneas que não afeta apenas a escola. Agrava-se conforme pais de todos os estratos se omitem e transferem a responsabilidade primeira pela socialização de crianças e jovens ao educador.O tumulto de quinta-feira entre policiais militares e estudantes numa escola estadual da capital paulista constitui apenas mais um episódio a lamentar, não exceção. Após erupção semelhante em novembro, o governo estadual prometera um plano antiviolência, que até hoje não veio a público. Levantamento do sindicato de diretores Udemo indicou que 86% das 683 escolas que responderam a questionário (de um total de 5.300) tinham vivido casos de violência.Combater a escalada implica afrontar a mescla de democratismo e leniência que tomou de assalto o aparelho educacional brasileiro. Tornou-se pedagogicamente incorreto lançar mão de medidas disciplinares. O diálogo por certo representa o melhor caminho, mas não quando se trata de ameaça ou desrespeito ao professor.Em nome de incentivar a afirmação da individualidade do aluno, tolera-se todo tipo de abuso. Não é só de guias curriculares que necessita o docente, mas de orientação prática e eficaz sobre como proceder em casos disciplinares, dos simples aos graves. Todo projeto pedagógico tem de implementar medidas para assegurar a tranquilidade e a concentração sem as quais não há aprendizado possível.É injusto deixar só com os professores mais essa responsabilidade. Eles em geral figuram entre as vítimas dessa deterioração no convívio. Para reconquistar o prestígio em erosão, não é só de salários, carreiras e bônus que precisam, mas da intervenção decidida das autoridades educacionais na questão da disciplina.Cabe a elas rever gradação, condições e limites das punições aplicáveis, criar procedimentos para situações excepcionais e também serviços especializados de assistência ao professor ameaçado. Sem esse mínimo de garantias, cada vez menos talentos estarão dispostos a seguir a carreira de professor, decisiva para reduzir a iniquidade social no país.

24 de mai. de 2009

A Petrobras e o pré-sal

Da Dinheiro Vivo

LILIAN MILENA
Até 2008 as reservas de petróleo e gás do Brasil eram estimadas em 13,9 bilhões de barris, situando o Estado na 17ª colocação do ranking mundial das nações, com as maiores reservas.
A partir da descoberta da camada pré-sal, a Petrobras acredita que a esse total devam ser somados, pelo menos, 8 bilhões de barris, o que elevaria o Brasil a mais cinco posições ultrapassando o Canadá – 12º colocado, com 17,1 bilhões de barris.
A camada pré-sal tem aproximadamente 800 quilômetros e se estende entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina. O petróleo ali acumulado está a mais de 7 mil metros de profundidade, e graças a espessa camada de sal que o protege, tem melhor qualidade, portanto maior valor comercial.
A Petrobras não sabe como as bacias do grande reservatório se comportam. É possível que todas sejam interligadas, e caso essa informação se confirme, será importante que o Brasil tenha novas regras de exploração da matriz energética para garantir maior controle da riqueza por parte do Estado.
Em entrevista concedida a Luis Nassif, o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), Edmar Almeida, destaca que o “grande dilema”, do pré-sal brasileiro é justamente descobrir de que forma delimitar os campos de petróleo e como aplicar as licitações.
O desafio do país será o de criar um “novo arcabouço jurídico constitucional”, para permitir respostas a questões como essa. O governo federal instituiu uma Comissão interministerial, para discutir a nova regulamentação da Lei do Petróleo (9.478/97). O documento deverá ser concluído até o final do primeiro semestre deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiantou que os contratos já estabelecidos serão respeitados e que os recursos obtidos a partir da exploração do pré-sal devem ser investidos no desenvolvimento do país.
Antes que fossem concretizadas as descobertas em outubro de 2008, a Petrobras já havia licitado áreas para a exploração de outras empresas, como a britânica BG Group – com 25% das participações de prospecção no campo de Tupi (uma das bacias da região do pré-sal), e a portuguesa Galp, com participação de 10%.
Para o diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, mesmo correndo risco de afastar investidores, não seria inconstitucional repensar os contratos que já estão em vigor. Primeiro, porque quando foram licitadas as áreas localizadas no campo de Tupi, não estava comprovado o grande volume de petróleo no local. O segundo motiva seria o de contemplar a constituição em detrimento de interesses individuais.
“Se o governo leiloar, por exemplo, todo o pré-sal, considerando todas as empresas que têm interesse pelas licitações, em cerca de 13 anos as reservas poderão ser extintas. Enquanto que, sob o controle do governo, a produção atenderia os interesses do país podendo durar até 40 anos”, calcula.
Marco regulatório
No dia 1º de maio, durante a cerimônia que marcou a extração do primeiro óleo da camada pré-sal na bacia de Santos, o presidente Lula declarou serem urgentes mudanças na Lei do Petróleo.“Não tem um país no mundo que tenha encontrado muito petróleo e não tenha mudado a regulação”, disse. Estimativas sobre o pré-sal apontam para uma riqueza na ordem de US$ 20 trilhões de dólares.
Um dos artigos mais controversos do marco atual é o 26º, que concede a propriedade do petróleo a quem o produzir – o tópico está em desacordo com outras duas medidas presentes na mesma lei. No artigo 3º, está previsto que todas as jazidas do território nacional pertencem a União; já o artigo 21º diz que todo o direito de lavra (exploração) das jazidas pertence, também, à União.
Outro ponto controverso da regulação do petróleo no Brasil é o Decreto 2705/98, que estabelece a Participação Especial do Estado sobre a produção, de 0 a 40% - os governos dos países exportadores recebem, em média, 84% de participação.
O presidente da Aepet explica que de todas as concessões existentes hoje no país, a União detém, em média, 18% da participação dos lucros da exploração do petróleo. “A Bolívia, por exemplo, recebia 18% do lucro sobre a exploração da sua matriz. Quando Evo Morales assumiu o poder, o país passou a lucrar 80% e ninguém [investidor] foi embora, porque mesmo com a alta de porcentagem para o Estado, a proporção ainda é abaixo da média mundial”, ressalta.
Siqueira considera que, mesmo que o país receba quase 50% do lucro das explorações no pré-sal, as empresas estrangeiras estarão explorando em uma área já mapeada, enquanto que, em outras regiões prospectadas pelo mundo, além da média de lucro ser maior, as petrolíferas investem correndo risco de não encontrar óleo – o que não é o caso do pré-sal.
Nova Estatal
O governo também estuda a criação de uma segunda empresa para gerenciar o petróleo do mega-campo. A nova companhia poderá ser nos moldes da estatal norueguesa Petoro, criada em 2001, mesmo ano que a primeira estatal do país nórdico, Statoil Hydro (1985), teve 18% do seu capital privatizado.
A Petoro responde por todo o processo de concessão de áreas de energia e petróleo da Noruega. É responsável por promover as licitações, tendo participação (de 20% a 30%) em blocos exploratórios e campos sob concessão.
A estatal é uma empresa enxuta, com apenas 60 funcionários, responsável pela produção de 1,4 milhão de barris/dia de óleo e faturamento de US$ 30 bilhões – a Statoil Hydro, tem produção de 1,7 milhão de barris/dia e 14 mil empregados.
Os recursos advindos da produção da Petoro ficam inteiramente sob o domínio da União, pois a empresa não tem capital aberto – a estatal não recebe investimentos e participa nos projetos de exploração assumindo riscos e obtendo retorno posterior em caso de sucesso dos empreendimentos.
A receita do governo norueguês, a partir da Petoro, gira em torno de US$ 600 bilhões, dos quais US$ 400 bilhões estão depositados no fundo especial soberano que rende, em média, 6% ao ano. Esses recursos são investidos em segmentos ligados ao desenvolvimento do país, como educação e infra-estrutura.
Petrosal
Caso o governo consiga aprovação, o objetivo da próxima companhia brasileira, inicialmente chamada de Petrosal, é aumentar a participação financeira direta do Estado, isso porque, diferentemente da Petrobras – hoje com 60% de ações no mercado –, não terá capital aberto. A estatal trabalhará apenas na administração das reservas, estabelecimento de contratos com as empresas exploradoras do pré-sal, gerenciamento de todas as descobertas próximas do mega-campo e administração dos recursos advindos das explorações.
Na entrevista concedida a Luis Nassif, Edmar Almeida, explicou que o modelo ideal para explorar o pré-sal brasileiro é o de ‘repartição’. “Esse modelo, em geral, é aplicado nos países onde a propriedade do petróleo é de uma estatal que representa o governo [como é o caso da Petoro na Noruega]. Os contratos são firmados com empresas que vão investir e explorar o petróleo, e que vão pagar para a estatal [Pretrosal] o petróleo prospectado”.
Segundo Almeida, uma grande vantagem desse modelo é que os riscos da perda de investimentos não ficam restritos às empresas que alocam os recursos. A empresa concessionária investe na exploração, encontrando o petróleo, paga o custo do capital que investiu. Assim, o resultado dos lucros é que serão repartidos entre a estatal e a operadora.
O diretor da Aepet, Fernando Siqueira, ao contrário de Almeida, acredita que a Petrobras, ao gerenciar os recursos do pré-sal, não consideraria interesses empresariais em detrimento das necessidades do Estado. “A princípio, porque quem nomeia os diretores da Petrobras é o governo, ou seja, quem está sob as decisões do Estado é a Petrobras”, ressalta.
Siqueira explica que a petrolífera brasileira, além de conhecimento tecnológico avançado na área, tem recursos financeiros suficientes para prosseguir.”A Petrobras tem acesso aos recursos do sistema financeiro internacional igual a qualquer empresa multinacional, mas com vantagens de ter recursos maiores em caixa do que as companhias [interessadas no pré-sal]”.
Segundo Siqueira, durante 30 anos a Petrobras investiu em pesquisas na região do mega-campo correndo todos os riscos geológicos – o primeiro poço que perfurou a camada custou cerca US$ 260 milhões. Hoje, como já se sabe o funcionamento da camada, graças aos métodos e estudos desenvolvidos pela Petrobras, o custo da perfuração baixou para US$ 60 milhões e a tendência é cair. “Se a Petrobras fracassasse outras companhias não iriam investir no pré-sal mais do que fora investido”, diz.
Apesar de defender que a Petrobras tem capacidade para prosseguir com a gestão do mega-campo, Siqueira não é totalmente contra a criação de uma estatal, caso essa seja “a única forma do governo mudar o marco regulatório e aumentar o controle sobre o petróleo”.
“Se o governo sem força política, através de uma estatal conseguir valer a constituição por meio de contratos de partilha em vez de concessão, serei favorável [a Petrosal]”, conclui.