31 de dez. de 2009

Estréia do Filme 'Lula, O Filho do Brasil'


O longa-metragem Lula – O filho do Brasil, que narra a trajetória do atual presidente da república, entra em cartaz dia 1o de janeiro de 2010, mostra a história de Lula, presidente do Brasil, desde sua infância até o episódio da morte de sua mãe.

O filme tem roteiro de Denise Paraná, antiga assessora de Lula e escritora do livro Lula, o Filho do Brasil, direção de Fábio Barreto e no elenco os atores Rui Ricardo Dias como Lula, Glória Pires como a mãe de Lula, Milhem Cortaz é o pai de Lula, Cléo Pires a primeira esposa de Lula e ainda Juliana Baroni vivendo a atual esposa, Marisa Letícia.


Vejam o trailer:



29 de dez. de 2009

Confecom: uma primeira vitória, uma nova etapa na longa luta

Por Beto Almeida , Carta Maior - 28.12.09
 
A primeira Conferência Nacional de Comunicação representa indiscutivelmente uma importante vitória das forças progressistas no Brasil. Especialmente a TV Globo e o jornal “O Globo” dedicaram espaços para destruir a imagem desta primeira Confecom na história do Brasil, como se não fosse possível fazer um evento democrático na área da comunicação sem a anuência destes setores. Este era um tema proibido, hoje é agenda do Estado e da sociedade. O artigo é de Beto Almeida.

Beto Almeida
Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro
Quase meio
Encerrar meu cantar
Já convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei
Por inteiro
Eu espero não vá demorar
Esse dia estou certo que vem
Digo logo o que vim
Prá buscar
Correndo no meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar prá cantar…
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Ponteio!…
Ponteio - Edu Lobo e Capinam

Basta tomar as manchetes rancorosas da grande mídia capitalista contra a primeira Conferência Nacional de Comunicação para comprovar que o evento representa indiscutivelmente uma importante vitória das forças progressistas no Brasil. Especialmente a TV Globo e o jornal “O Globo” dedicaram espaços para destruir a imagem desta primeira Confecom na história do Brasil, como se não fosse possível fazer um evento democrático na área da comunicação sem a anuência destes setores. Este era um tema proibido, hoje é agenda do Estado e da sociedade.

Nestas manchetes, revela-se que os grandes magnatas da mídia sentiram o golpe, pois para eles é inadmissível que este tema Democracia na Comunicação seja tratado pública e democratimente. Muito menos aceitável, para eles, é que o governo patrocine tal evento. Para a oligarquia midiática qualquer ação feita com o sentido de criação de políticas públicas para a comunicação é inevitavelmente censura estatal, porque tratam a comunicação como se fosse um latifúndio, um indústria de alimentos contaminados, uma fábrica qualquer de medicamentos falsificados , embora bem embalados.

A grande diferença é que o governo atual não está interessado em censura mas em promover a democratização da comunicação. E para isto cuidou de construir uma aliança com os movimentos sociais e com setores não monopolistas do empresariado para viabilizar a Confecom, neutralizando, de certa maneira, a sabotagem organizada pela Abert, Anj e Aner. Primeiro é preciso reconhecer em geral o acerto desta tática de construir alianças entre governo e sociedade organizada, mas também com setores do empresariado dispostos a aceitar que a comunicação seja discutida por toda a sociedade e não apenas pelos pequenos círculos oligopolistas de sempre. Pode-se prever que o tom de críticas a Lula será ainda mais azedo e odioso, do mesmo modo como também condenam e insultam Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e Cristina Kirchner por promoverem medidas de democratização na comunicação e por terem tido a coragem de questionar e enfrentar os indecentes privilégios que aqueles magnatas da comunicação sempre tiveram. Eles não perdoarão jamais a Lula por ter convocado uma Conferência oficial para tornar a comunicação tema de todos os brasileiros.

Organizar o campo popular da comunicação

A Confecom aprovou temas importantes, seja medidas de aplicação imediata, consideradas exeqüíveis porque dependem exclusivamente de ato de governo legitimado por um presidente que teve 63 milhões de votos e agora tem o respaldo de uma conferência nacional. Exemplo disto é que quando em 2004 o presidente Lula assinou decreto-lei criando a Rede de TVs Institucionais, que levaria o sinal destas emissoras a todos os municípios ( que também poderiam ter espaço de produção local de uma pequena parte da programação ), encontrou ampla oposição da Abert taxando o decreto de estatizante. Mas, também a Fenaj se opôs à criação da RTVI especialmente por discordar da via do decreto. Sem respaldo, e com outras dificuldades, Lula recuou. Agora tem consigo as resoluções aprovadas da Confecom, legitimadas pela ampla participação da sociedade, inclusive de um setor do empresariado. O que não elimina a necessidade do fortalecimento do campo democrático e popular de comunicação para a implementação das resoluções, consistindo na manutenção da aliança entre governo, partidos políticos, movimentos sindicais, movimentos da sociedade e segmentos empresariais não monopolistas.

Agora a Confecom lhe dá o respaldo para que, por meio de atos de governo, seja portaria, seja decreto ou regulamentação, muitas resoluções aprovadas sejam transformadas em realidade. Aqui incluídas uma boa parte das 59 propostas que a Secom aprovou na conferência, tendo como linha o fortalecimento da comunicação pública, como a criação do Operador Nacional Único de Rede nas mãos da EBC, a mudança de critérios para a publicidade institucional que também alcançará a comunicação comunitária, a inclusão dos canais comunitários na TV digital em sinal aberto, a distribuição equitativa de concessões na era digital para os segmentos público, estatal e privado, uma nova relação com as rádios comunitárias a partir de estruturas específicas para desburocratizar seus pleitos, o fim da criminalização ao setor, inclusive porque passarão a fazer parte também, oficialmente, da pauta de publicidade institucional, o que é uma relação concreta entre estado e movimentos sociais que sustentam a radiodifusão comunitária.

Deste modo, o pessimismo ou o ceticismo de muitos delegados, que só durante o transcorrer da Confecom foram se convencendo que estão de fato fazendo avançar e concretizando um leque de reivindicações que, durante décadas, eram apenas alardeadas como algo muito remoto, devem ser transformados não em otimismo inconsequente, mas num realismo ativo, construtivo, indicando que foi feita uma Confecom possível, com resultados práticos e com conteúdo político e programático justo para a continuidade de uma luta que exige medidas de fundo, muito mais radicais, que só num outro governo e com outras relações de força poderão ser adotadas.

Bandeiras históricas e propostas exequíveis

Todas as demandas históricas do movimento pela democratização da comunicação também foram debatidas - a profundidade dos debates foi enormemente prejudicada pela péssima organização dos trabalhos a cargo da FGV, com erros tão primários que o governo está na obrigação de investigar - e em boa medida aprovadas. Há consciência de que estas bandeiras históricas, relacionadas à regulamentação do capítulo da Comunicação Social na Constituição, dependem de um acúmulo de forças muito maior na sociedade brasileira. Se aceitarmos uma estimativa de que a Confecom envolveu a participação de 30 mil pessoas que estiveram nas conferências municipais, conferências estaduais, conferências livres, seminários sindicais, encontros de segmentos, talvez estejamos diante da necessidade de aceitar que ainda falta muito para transformar radicalmente uma tirania midiática instalada há décadas, com poderes de fato para interferir nos rumos do processo político, econômico e social. Só agora, a partir da Confecom o debate da comunicação poderá deixar de ser coisa de especialistas, de comunicólogos, ou de jornalistas, para ganhar de fato a atenção de amplos setores da sociedade.

Desse modo, é importante vitória que as concessões de TV e rádio sejam debatidas e questionadas não apenas por círculos pequenos acadêmicos ou sindicais, que haja propostas para a democratização de suas outorgas e que a renovação destas concessões sejam obrigatoriamente submetidas ao crivo da participação da sociedade, por meio de audiências públicas. É também enorme vitória a aprovação pela Confecom de resoluções visando regulamentar a Constituição que já prevê a proibição do oligopólio e monopólio, que exige o uso educativo e informativo destes serviços, que estabelece a complementaridade entre os segmentos público, estatal e privado, apontando na direção do fortalecimento dos segmentos público e estatal, largamente preteridos na atualidade pelos indecorosos privilégios que o setor privado recebeu ao longo de décadas.

Conselho de Comunicação Social

A Confecom foi além ao aprovar resoluções contra a discriminação racial ou de gênero, contra a publicidade anti-saúde promotora de consumo irresponsável e destrutivo, contra as agressões publicitárias à criança. Especialmente por ter aprovado a criação do Conselho de Comunicação Social, proposta também de iniciativa do governo Lula. Sem desprezar a recuperação do Conselho de Comunicação do Congresso, hoje paralisado. Certamente, tais lutas demandarão enorme esforço de continuidade da ampliação das forças hoje em ação para que possam efetivamente virar realidade. Mas, para isto, já conta com o fortalecimento do campo público da comunicação, incluindo a expansão das emissoras ligadas à EBC, as TVs e rádios educativas, legislativas, comunitárias e universitárias, o que não depende de aprovação do Congresso Nacional, o que seria improvável a curto prazo. É fundamental que o Campo Popular da Democratização também aponte a sua luta para formar uma Bancada da Comunicação Democrática nas eleições de 2010, além de fazer com que os presidenciáveis se posicionem e se comprometam claramente com as resoluções da Confecom, como aliás, Lula mencionou na abertura do evento.

Propostas estratégicas

Há ainda um leque de medidas de cunho estratégico aprovadas na Confecom, especialmente aquelas reiteradas reivindicações para que o governo promova, como política de estado, um Plano Nacional de Banda Larga, democrático, inclusivo, chegando aos grotões deste país. Para isto é necessário um instrumento estatal, já que a participação dos empresários de telefonia na Confecom estava dirigida a arrancar privilégios tributários e orçamentários para que sejam eles os protagonistas desta ação, o que seria temerário. Sem a presença de um instrumento estatal o cinema brasileiro retrocedeu largamente, por isto, é importante a resolução aprovada no sentido de criação de uma empresa pública para estimular a produção, distribuição e exibição do cinema brasileiro. Da mesma forma, sem descartar a participação de segmentos empresariais no Programa de Banda Larga, sobretudo do pequeno e médio empresariado nacional, é indispensável a existência de uma empresa estatal capaz de operar e ditar as regras do jogo para que as amplas camadas de brasileiros pobres também tenham acesso á internet pública em banda larga.

Um grande equívoco

Houve notas negativas nesta Confecom, e não apenas pela precária administração e sistematização dos trabalhos a cargo da FGV. A aprovação da flexibilização do programa Voz do Brasil, atendendo a uma campanha antiga da Abert e da ANJ que nem presentes estavam, pode causar enorme prejuízo ao povo brasileiro. Trata-se de programa radiofônico que se constitui na única possibilidade de milhões de brasileiros que vivem nos lugares mais remotos, sejam ribeirinhos, caiçaras, indígenas e quilombolas, de terem algum tipo de informação de natureza pública. A mídia privada não lhes dá tal oportunidade.

A Voz do Brasil é a única informação que chega a todos os grotões deste país, numa população que majoritariamente não tem qualquer acesso à leitura de jornal. Flexibilizada, será exibida pela madrugada, tal como se faz com o Telecurso Segundo Grau, que embora produzido com verbas públicas, é escondido de seu público alvo. Tornar a Voz do Brasil inaudível é o primeiro passo neoliberal para eliminá-la. Desconsiderou-se nesta medida a última pesquisa de opinião pública realizada, quando mais 73 por cento dos brasileiros declararam-se favoráveis e ouvintes da Voz do Brasil e contrários à sua extinção. A estranha aliança entre setor público, um setor dos movimentos sociais e o empresariado contrário a qualquer forma de regulamentação de programação pode “proporcionar” mais uma hora de baixaria, de propaganda, de música de pouca qualificação.
Os gringos avançam com IV Frota e Voz da América…

O correto seria defender - como na proposta original - a manutenção da Voz do Brasil, sua qualificação e aperfeiçoamento. A começar pela destinação de um pequeno percentual de seu tempo como uma espécie de Direito de Antena para segmentos sociais atualmente sem voz. Com a flexibilização, prepara-se o terreno para que ela seja inaudível, facilitando sua extinção. É importante que tal equívoco seja corrigido. Que seja realizada uma consulta popular para que o povo brasileiro possa dar a última palavra. Especialmente num momento em que o programa Voz da América, do governo dos EUA, organiza e amplia uma rede de 400 emissoras de rádio na América Latina para, segundo declaração dos responsáveis pelo programa, impedir o processo de transformação comunicativa em curso na América Latina.

O Brasil também é parte de processo de mudanças, com seu ritmo próprio e diferenciado, seja pelas peculiaridades do desenvolvimento capitalista no Brasil e também porque ainda não se registra uma maioria parlamentar que viabilize, como em outros países, mudanças democráticas na comunicação social. Mesmo assim, foi realizada a Confecom possível, com medidas concretas de curto prazo e consolidação das bandeiras históricas da luta pela democratização da comunicação que vão nortear esta caminhada longa daqui em diante. Mas, já com o governo fazendo suas essas bandeiras. Não houve uma “virada de mesa”, era previsível que não houvesse. Mas, já há um leque de forças, um Campo Popular da Comunicação que precisa manter-se atuante, organizado, com plenárias regulares, reuniões periódicas, vencendo o desafio de ampliar a participação da sociedade nesta luta, que ainda é insuficiente para as metas gigantescas pretendidas diante de inimigos tão poderosos. Mas, já estamos numa etapa mais avançada desta caminhada.

Beto Almeida é presidente da TV Cidade Livre de Brasília.

Do site Comissão Nacional Pró-Conferência de Comunicação

20 de dez. de 2009

A opção pelas marginais: afogar os marginalizados


Por Sérgio Ricardo - Brasil Nova Era - 18.12.09

Enquanto o “avulso” exterminador do futuro, (presente e passado) “Sierra”, co
mo o chamou Schwarzenegger*, posa para as câmeras da Globo (mídia sem ética) em Copenhagen, a verdade emerge das águas pútridas que matam paulistanos pobres.
A opção foi pelas marginais (veja abaixo). Outra vez não foi pelos marginalizados. Esses, quando não são chamados de marginais, são culpados pelas enchentes. Eles e seus sofás jogados nos rios. Como explicou o penetra da COP15 quanto ao motivo do alagão. Essa é sua visão de desenvolvimento sustentável.
Os tucanos vivem um inferno zodiacal. Justo agora, quando aumentaram seus gastos publicitários, todo o dinheiro gasto perdeu o sentido. Suas obras caem, seus rios transbordam, diferente do que passa no intervalo da novela. Para piorar sua situação, o discurso da competência com moralidade, enfrentou a realidade quando o careca (do DF) foi pego com a mão na bufunfa. Justo quando Serra já o indicava como Vice p/ 2010. Como ele mesmo disse: vote num careca e ganhe 2 (veja o vídeo).
Agora, para a sujeira não colar na roupa, o PSDB renega os Demos. Azar do Taxab que deixou para agora tentae mudar seu salário de R$ 12,3 mil para R$ 22,1 mil (reajuste de quase 80%). O PSDB não quis mais brincar e o projeto de enriquecimento lícito ficou para 2010. Se o Arruda não fosse pego ... agora o Prefs, a vice e os secretários vão ter de se contentar com o 0,01% dos servidores.
Que ironia ...

Leia abaixo:

A opção paulista de inundar os pobres (Luis Nassif)


Comportas fechadas na barragem da Penha para proteger a marginal ajudaram a alagar a Zona Leste de SP


Povo Paulista desesperado, Governador de São Paulo José Serra (com Prefeito Kassab de SP) condena população ao Caos e a mídia brasileira omite informações.

Seca na Califórnia, e o encontro do governador Schwarzenegger com o Serra, muito estranho? Se o Serra gosta de privatizar (vender hospital, escola e tem intenção de vender a petrobrás) será que existe algum interesse da amazônia - promessa de venda - para os EUA caso Serra fosse eleito?


*Arnold Schwarzenegger (ator e governador da Califórnia - EUA)

Pesquisa Datafolha: Dilma sobe seis pontos e Serra despenca



Pesquisa Datafolha a ser publicada na edição de domingo no jornal Folha de São Paulo, traz uma péssima notícia para o governador de S.Paulo, José Serra(PSDB): "Cai diferença entre Serra e Dilma" Segundo a pesquisa, Dilma está com 23%, José Serra, caiu mais um pouco e agora tem 37%.

A diferença entre Serra e Dilma está agora em 14 pontos. Não se esqueçam que essa diferença já foi de 25 pontos até bem pouco tempo...

Na mostra anterior do Datafolha, realizada em agosto, a diferença a favor de Serra oscilava entre 19 a 25 pontos. Ou seja; Dilma sobe seis pontos e diferença para Serra cai de 19 para 14 pontos percentuais

A pesquisa entrevistou 11.429 pessoas entre os dias 14 e 18 últimos. A pesquisa diz ainda que, Serra é conhecido por 93% dos pesquisados, Ciro por 89%, Dilma 80% e Marina 51%.

O Datafolha vai publicar ainda um recorde na aprovação do Presidente Lula.De acordo com pesquisa realizada entre os dias 14 e 18 da semana passada, 72% dos brasileiros consideram o governo Lula bom ou ótimo, o maior patamar já alcançado pelo Presidente de acordo com o instituto. É também a maior aprovação de um presidente desde que o Datafolha começou a realizar esse tipo de pesquisa, em 1990.

Ainda de acordo com a pesquisa, 21% dos eleitores acham o governo regular, enquanto 6% consideram-no ruim ou péssimo. A popularidade de Lula é maior no Nordeste, onde tem 81% de aprovação, e mais baixo no Sul, onde aparece com 62%.

Na pesquisa anterior, 67% consideravam o governo do presidente ótimo ou bom, enquanto 25% o achavam regular e 8%, ruim.Em resumo, o datafolha, da Folha de S.Paulo, partido aliado do PSDB, desmente a Revista IstoÉ, também edição deste sabado.

Fonte: Blog Os amigos do presidente Lula

Governo Serra e Kassab trabalhando por você - Bairros têm suspeita de leptospirose

http://www.jt.com.br/editorias/2009/12/19/4.13.imagem_leptospirose.jpg


As unidades de saúde registram ainda pacientes com diarreia, dor de cabeça, febre e vômitos

Renato Machado, Eduardo Reina

Casa de Rosalina está infestada de larvas, que aparecem na água suja

Além dos transtornos provocados pelas ruas alagadas há duas semanas, os moradores da região do Jardim Romano e de bairros vizinhos na zona leste de São Paulo começam a sofrer com as doenças transmitidas pela água, como leptospirose e diarreias. A Secretaria Municipal de Saúde contabilizou pelo menos nove casos suspeitos de leptospirose, transmitida pela urina de ratos. A doença pode ser fatal, caso não seja adequadamente tratada. As sete unidades de saúde da região registram ainda grande demanda de pacientes com diarreia, dor de cabeça, febre e vômitos.

A casa da aposentada Rosalina dos Santos, de 63 anos, como muitas outras, está infestada de larvas que nasceram na água suja que inundou o local. “Estou morrendo de medo porque não sei se é dengue ou algo pior. Minha casa e de todos os meus vizinhos estão cercadas por essas coisas”, diz Rosalina.

O perigo de infecção por doenças transmitidas pela água contaminada “é imediato”, de acordo com o infectologista Artur Timerman, do Albert Einstein. “Essa população precisaria de antibióticos para evitar a leptospirose. O correto seria tomar vacina também contra hepatite e febre tifoide.”

Todos os casos suspeitos de leptospirose são de moradores com dor no corpo, febre alta e mal-estar. As primeiras suspeitas provocaram uma corrida em busca de atendimento e, por isso, a Assistência Médica Ambulatorial (AMA) registrou grande movimento. “Comecei a sentir fortes dores no corpo e febre alta. Fiquei preocupada porque todo mundo só fala nessa leptospirose”, diz Alda Rosânia Almeida, de 42 anos. Seu filho teve os mesmos sintomas na madrugada do dia 16. Um exame de sangue foi feito e não apontou nada. “Hoje (ontem) eu vim e não me pediram exame. Só me deram injeções de dramin e dipirona. E me disseram para voltar se continuar os sintomas. Aí não pode ser tarde?”

Um segurança da AMA e duas atendentes confirmaram que houve um aumento no movimento. Mesmo assim, a Secretaria de Saúde informou que houve somente 158 atendimentos até as 17 horas de ontem, ante uma média diária de 180

http://www.jt.com.br/editorias/2009/12/19/4.1.imagem_lixo1.jpg

Após a crise da varrição, lixo de feira deixa de ser recolhido

Nas zonas oeste, norte e leste, os resíduos de 63 feiras de quinta não foram retirados das ruas. Empresa afirma que cumpre contrato, que prevê o recolhimento apenas do que estiver ensacado. Prefeitura diz que multou empreiteira

Felipe Oda, felipe.oda@grupoestado.com.br

Lixo da feira de quinta na Rua Aimberê, em Perdizes, zona oeste da capital


Os moradores das regiões de 13 das 31 subprefeituras da capital amanheceram ontem com o lixo de 63 feiras livres realizadas na quinta-feira esparramado pelas ruas e calçadas. Os resíduos, espalhadas pelas chuvas e carros, deveriam ser recolhidos pela Loga, Logística Ambiental de São Paulo S/A, concessionária que presta serviço de coleta para a Prefeitura. Entre as áreas afetadas estão Lapa, Pinheiros, Sé e Mooca.

Em agosto, o corte dos gastos com varrição prejudicou o serviço de limpeza urbana. A queda de braço entre a administração e as empresas contratadas para o serviço foi agravado por uma forte chuva, situação que pode se repetir agora (leia texto abaixo).

A coleta do lixo das feiras só foi executada por volta das 16h de ontem, com quase 24 horas de atraso, pela própria Prefeitura. Normalmente, o serviço deve ser feito logo após o término das feiras. A administração municipal afirma que multará a Loga. O valor pode chegar a R$ 100 mil.

A Secretaria Municipal de Serviços afirma que a varrição das ruas foi mantida e creditou o problema à Loga, que não teria feito a coleta dos resíduos varridos. Porém, o presidente da empresa, Luiz Gonzaga, afirma que cumpre o contrato, que prevê que apenas o lixo ensacado pelos feirantes deve ser retirado. “Em nenhum momento a Loga deixou de cumprir suas responsabilidades contratuais”, afirmou (leia abaixo).

Moradores das ruas onde são realizadas as feiras livres confirmam que os caminhões e funcionários da empresa estiveram, anteontem, recolhendo apenas o lixo ensacado. “Eles costumam atrasar, mas nunca deixaram de recolher o lixo no mesmo dia. E pela primeira vez não levaram o lixo que não estava ensacado”, conta o segurança Wendell Correia Barbosa, de 23 anos, que trabalha na Rua Aimberê, em Perdizes, zona oeste. “A feira acabou e os garis juntaram o lixo em ‘montinhos’. O caminhão passou e só pegou os sacos, o resto ficou na rua”, diz a aposentada Nadir das Chagas Batista, de 63, que mora na Rua Augusto Gil, na Vila Dionisia, zona norte da capital.

Gonzaga afirma que a concessionária recolheu apenas o lixo ensacado para conscientizar a população. “A população precisa aprender a fazer a sua parte. É cômodo deixar para a empresa recolher todo o lixo. É uma forma de conscientizar as pessoas. Todos os resíduos que se encontravam ensacados foram coletados, transportados”, afirmou.

A Prefeitura e a Associação dos Feirantes de São Paulo culparam os feirantes irregulares por descumprirem as regras de ensacar o lixo produzido. “É uma questão antiga: os feirantes regulares cumprem o decreto, mas os irregulares, não. Eles não respeitam e não ensacam o lixo”, afirma Jorge Okawa, administrador da associação.

Em nota, a Secretaria de Serviços informou que a situação foi resolvida depois que “as subprefeituras providenciaram, emergencialmente, a limpeza para evitar que os resíduos se espalhassem e causassem problemas à população”. Na região sudeste, atendida pela Ecourbis, os serviços foram executados normalmente.

Mais da metade dos estudantes entre 13 e 15 anos praticam pouca atividade física, diz IBGE

da Folha Online 18-12-09

Mais da metade dos estudantes do 9° ano do ensino fundamental que estudam em capitais praticam pouca atividade física. Segundo a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira, 57% dos estudantes podem ser considerados inativos ou insuficientemente ativos em termos de atividade física.

Entre todos os estudantes consultados na pesquisa, as meninas inseridas nas duas categorias chegaram a 69% do total, enquanto os meninos somaram 44%. Em São Luís (MA) foi registrado o maior percentual de sedentários --65,8% dos estudantes. O menor ocorreu em Florianópolis (SC) --48,5%.

A pesquisa consultou 60.973 alunos do 9° ano do ensino fundamental em 1.453 escolas públicas e privadas de todas as capitais e do Distrito Federal. A idade média dos estudantes variou entre 13 e 15 anos --10% tinham mais de 16 anos. Quase 80% dos alunos estudavam em escolas públicas e o restante em particulares. O IBGE estima que 618 mil jovens cursam o 9° ano em todo o Brasil.

Pesquisa

A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar reúne informações sobre as condições de vida do estudante. É a primeira pesquisa da história do IBGE em que os próprios entrevistados responderam ao questionário nos computadores de mão --geralmente eles respondem as perguntas feitas pelos entrevistadores, que anotam os dados. Segundo o IBGE, isso deu mais privacidade aos estudantes para responderem questões sobre violência, uso de álcool e drogas e comportamento sexual.

Estudantes ultrapassam tempo recomendado em frente à TV, mostra pesquisa

da Agência Brasil 18-12-09

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que os estudantes passam mais horas do dia em frente à TV do que recomenda a OMS (Organização Mundial de Saúde). Cerca de 490 mil alunos entre 13 e 15 anos, das redes pública e particular, foram entrevistados durante o levantamento.

De acordo com o estudo do IBGE, 79,5% deles assistiam à TV por duas ou mais horas, enquanto a OMS recomenda que esse tempo não ultrapasse uma hora diariamente. O hábito de assistir à TV por mais de duas horas foi citado por 74% dos estudantes de Boa Vista e por 83% de Cuiabá.

Embora gastem horas em atividades sedentárias, a pesquisa do IBGE constatou que nem a metade dos entrevistados (43,1%) praticava atividade física regularmente (mais de cinco horas por semana). O percentual de homens ativos é maior que o das mulheres, 56,2% contra 31,3%.

Na rede privada, os alunos também são considerados mais adeptos às atividades físicas. Considerado um fator desestimulante para a prática esportiva, o aumento do tempo em frente à TV, computador e videogame podem provocar o sobrepeso e obesidade. "Esse tempo está associado ao consumo de alimentos calóricos, refrigerante e baixo consumo de frutas e vegetais, além de pouco gasto de energia", alerta a pesquisa.

17 de dez. de 2009

Comportas fechadas na barragem da Penha para proteger a marginal ajudaram a alagar a zona leste de SP

Fabiana Uchinaka - UOL Notícias 18.12.09

As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas às 2h50 do dia 8 de dezembro, dia em que a cidade enfrentou fortes temporais e viu diversos pontos alagarem como há muito tempo não se via. Somente dois dias depois, às 17h20, todas as comportas foram abertas. Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros.


"Mesmo fechando as comportas, encheu o [córrego] Aricanduva. Se eu não tivesse fechado aqui, teria alagado as marginais e toda São Paulo", justificou Sérgio, que explicou que a decisão vem da direção da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), apesar de a barragem pertencer ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica). Ele acrescentou ainda que no dia 9 duas comportas foram abertas às 10h10 e mais duas às 21h.Rogério Cassimiro/UOL Barragem da Penha, na zona leste, vista com todas as comportas abertas
O engenheiro argumenta que cada barragem (são quatro em São Paulo: Móvel, Penha, Mogi das Cruzes, Ponte Nova) é responsável apenas por administrar o fluxo de água do local e não sabe o que acontece nos outros pontos, porque não há comunicação. Mas ele acredita que as comportas foram abertas nas barragens de cima, em Mogi, e isso influenciou no alagamento da região da zona leste.

"Não recebo informações de outras barragens. As de cima são administradas pela Sabesp e as de baixo pela Emae. Eu só respondo por essa barragem e às ordens da Emae", disse. "Também acho estranho o nível da água não baixar aqui e não sei por que está indo para os bairros, mas não precisa ser especialista para ver que está assoreado [o rio]".

Ele trabalha há quase 15 anos no local e conta que desde o governo de Orestes Quércia (1987-1991) não são colocadas dragas para desassorear o rio na parte que fica acima da barragem. "O governo tentou colocar de novo, mas a própria Secretaria de Meio Ambiente não deixou, porque não tinha bota-fora [local para despejar a terra retirada]", afirmou.

O desassoreamento do rio daria mais velocidade ao escoamento da água e aumentaria a área de reserva de água perto da barragem, o que impediria o transbordamento para os bairros adjacentes.


Para Ronaldo Delfino de Souza, coordenador do Movimento de Urbanização e Legalização do Pantanal, o governo fez uma opção. "Ou alagava a marginal ou matava as pessoas no Pantanal. E matou", disse. "E ainda bota a culpa nas moradias. O Estado só se preocupa com o escoamento de mercadorias, só pensa em rodovia. Vida humana não importa".

Moradores e deputados estaduais fizeram nesta quarta-feira (17) uma inspeção no local para saber se a abertura das comportas tinha relação com o alagamento no Jardim Romano e no Jardim Pantanal, que já dura nove dias.

O movimento, formado por moradores de diversos bairros localizado na várzea do rio Tietê, acusa o governo do Estado e a prefeitura de manterem a água represada além do necessário como forma de obrigar as famílias a deixarem a região, onde será construído o Parque Linear da Várzea do Rio Tietê. Há anos, os moradores resistem em sair dali, porque dizem que o governo não apresenta um projeto habitacional concreto e apenas oferece uma bolsa-aluguel.

"Não era para as máquinas estarem trabalhando aqui? Cadê? Não tem um funcionário do governo aqui", reclamou, apontando para as ilhas que aparecem no meio do rio, logo acima da barragem da Penha. As dragas são vistas somente na parte de baixo da construção.Rogério Cassimiro/UOL O assoreamento do rio Tietê é claramente percebido na parte de cima da barragem
"Os córregos do Pantanal já estavam muito cheios três dias antes da chuva. Como não abriram a barragem sabendo que ia chover?", perguntou Souza, indignado. "O que a gente viu aqui é que não houve possibilidade de escoamento, porque a água ultrapassou o nível das comportas e não tinha velocidade para descer, não tinha gravidade", concluiu.

Segundo os registros da barragem, no dia 8 a água ficou acima do nível das comportas por 5 a 6 horas. Sérgio explicou que a queda do rio Tietê é de apenas 4% e por isso a vazão demora cerca de 72 horas desde a barragem de Mogi das Cruzes até o centro da cidade -- isso sem chuva. "É demorado, sempre foi", disse.

"Imagina o que uma hora de comportas fechadas não faz de estrago lá no Pantanal", falou Souza, diante dos dados. "Se fecha aqui, a água para de novo, perde velocidade e vai demorar mais 72 horas para descer", afirmou.Rogério Cassimiro/UOL Garoto utiliza cavalo para passar pelas águas represadas do Jardim Romano, na zona leste
Veja outras imagens da inundação na região

Os deputados estaduais que acompanharam a inspeção concordam con a teoria dos moradores. "Foi feita uma escolha e a corda estourou do lado mais fraco", afirmou o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL). "É uma questão grave. A falta de comunicação e de um gerenciamento unificado são prova de uma falta de governância e de um planejamento na administração das barragens, o que levou, em grande parte, ao fato do bairro do Pantanal ter sido alagado".

"Há uma estranha coincidência de que no momento da desocupação há um alagamento desses e ninguém consegue escoar a água. Não havia uma inundação dessas há 15 anos e o nível das águas está subindo mesmo sem chuva. É muito estranho e as autoridades têm que explicar", completou o deputado estadual Adriano Diogo (PT).

Eles farão um relatório sobre a inspeção e pretendem denunciar o caso, junto com a situação da estação de tratamento de esgoto (leia aqui), aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Sanemaneto e Energia, responsável pela Emae, informou que a escolha foi técnica e foram aplicadas as regras de abertura e fechamento das comportas estabelecidas pela Emae desde o início de 2007, quando a empresa assumiu o comando das operações da barragem da Penha.

12 de dez. de 2009

Chico Pinheiro chama Zé Alagão às falas. Dois meninos morreram afogados. A culpa é da Sabesp

Outro poste do Zé Alagão: Gesner de Oliveira, o Herói da Zona Leste

Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada - 12.12.2010

Outro poste do Zé Alagão: Gesner de Oliveira, o Herói da Zona Leste

Amiga navegante baiana liga para chamar a atenção da cobertura que Chico Pinheiro deu ao alagão do Zé Alagão, na Zona Leste – onde só mora pobre e onde morreram afogados dois meninos, dois dias depois do alagão.

No SP-TV de ontem, da Globo, Chico Pinheiro foi ao Jardim Romano, no extremo da Zona Leste.

E mostrou que o alagão continuava, mesmo debaixo do sol, porque as bombas da Sabesp não funcionavam.

E a Sabesp só ia enxugar a cidade da Zona Leste – são 21 bairros debaixo d’água -, depois que a água baixasse.

A Sabesp, como se sabe, é a agência de publicidade do Zé Alagão.

Ela faz campanha de esgoto do Zé Alagão no Acre.

A Sabesp demite funcionários quinze dias antes do Natal.

Provavelmente os funcionários que agora fazem falta para impedir que dois meninos morressem afogados.

Chico Pinheiro dizia aos moradores dos Jardins, dos bairros nobres, onde Zé Alagão tem 100% dos votos: é, vocês jamais viverão uma situação como a que eu mostro agora.

Ele estava indignado, ao vivo, no local, diz a minha amiga.

Dizia: “e ainda põem a culpa na chuva !”.

(O Zé Alagão pôs também a culpa nos pobres que jogam sofá no rio )

Chico não viu autoridade nenhuma ali – nem do Zé Alagão, nem do poste que ele colocou na cidade de São Paulo.

Claro, o Zé Alagão socorria um flagelado da Rede Globo

Zé Alagão fugiu do alagão, como fugiu da cratera do metrô e da viga do Robanel dos Tunganos.

Ele foge.

Chico Pinheiro usou como trilha sonora “O Haiti é aqui”, do tempo em que Caetano ainda não era da Globo.

Paulo Henrique Amorim

Em tempo: O emprego do Chico Pinheiro corre serio risco. Isso, o Zé Alagão faz como ninguém: perseguir jornalista que fale mal dele.

8 de dez. de 2009

Renato Rovai: a BLOGOSFERA será protegida

Para Renato Rovai, a BLOGOSFERA não pode ficar à merce dos processos impetrados pela mídia corporativa contra blogueiros independentes ou contra aqueles que fazem bloguismo.



Professor Di Afonso - Terra Brasilis - 08.12.2009

6 de dez. de 2009

Kassab, o incompetente.



Do Blog do Júlio Falcão - 06.12.09

Para quem não sabe, há um projeto de revitalização da Praça Roosevelt que está parado há 3 anos na mesa do prefeito Kassab. Foi desenvolvido pela Emurb, empresa municipal de urbanização. Já houve empenho de verbas. Mas várias vezes o processo de licitação das obras foi interrompido, por absoluta incompetência do afilhado do Serra.


Se tudo tivesse corrido nos conformes e desde o início o prefeito fizesse sua parte e cuidasse da cidade, provavelmente o dramaturgo Mario Bortolotto não estaria na UTI da Santa Casa de Misericórdia. Ele e um colega de teatro foram baleados durante um assalto no Espaço dos Parlapatões.


O projeto é uma beleza. Faz com que aquela aberração de cimento seja colocada abaixo e no lugar surja algo minimamente parecido com uma praça de verdade, habitável. Essa obra tem um custo baixo, R$ 40 milhões. E 85% serão financiados pelo BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a juros subsidiados e longuíssimo prazo. Faz parte da verba destinada aos vários projetos voltados para a retomada urbana do centro da capital paulista.


Moleza. Causaria um impacto extremamente positivo na região central e no chamado Baixo Augusta. É uma obra estratégica para a cidade, que diminuiria de imediato a insegurança que ronda a área. E daria alguma dignidade para a atual gestão.


A praça hoje é um lixo. Foi sendo degradada ao longo de anos de descaso e abandono. Já começou mal. Só uma mente doentia poderia criar um jardim de concreto, frio e desumano. Fica bem no início do famigerado Minhocão. Adivinha obra de quem é mais essa aberração urbanística? Bingo. Maluf.


É feia, suja, perigosa. Foi invadida por drogados, bandidos e moradores de rua. É uma minicracolândia. Desafio o prefeito a passar à noite por ela, sem seus seguranças. Seu destino seria o mesmo do dramaturgo.


Em seu entorno, de forma heróica, um grupo de artistas foi lá se instalando e, numa guerra de guerrilha, levantou teatros e bares repletos de gente jovem, inteligente e feliz. A companhia teatral Os Satyros, dos valentes Ivam Cabral e Rodolfo Vazquez, foi a pioneira desse movimento de resistência desarmada.

Ano que vem, em um edifício abandonado da praça, será implantada a SP Escola de Teatro, que funciona atualmente no Brás, na Zona Leste. É uma iniciativa dos Satyros patrocinada pelo governo do Estado. Sim, do Serra. O pai político do Kassab, o prefeito que nada fez. Nessa, ele vai ficar sozinho, sem álibi nem comparsas.

Um homem público se mede por suas obras. E por suas omissões. Muitas vezes, o que se deixou de fazer é mais determinante para se saber a grandeza de um homem. Ou sua pequenez. O Papa que se calou diante do nazismo. O presidente que nada fez para impedir a tortura nos porões do Estado. O prefeito que não revitalizou uma praça. E deixou um corpo lá, estendido no chão.

Fonte: Blog do Provocador