8 de jun. de 2011

Battisti solto, decisão de Lula confirmada e Gilmar Mendes derrotado

Esta imagem foi superada pelo plenário do STF

O ministro Luiz Fux fez considerações sobre a reclamação da Itália, e repetiu a tese vencedora no STF, de que não cabe a um país estrangeiro interferir em decisões soberanas de uma República.

E criticou o ministro Gilmar Mendes:
“O que está em jogo aqui é a soberania nacional. Estimo a inteligência de Gilmar Mendes, mas fui criado com alta estima e posso discordar dos princípios por ele adotados”.

E quais seriam estes princípios?

Certa vez o ministro Joaquim Barbosa bradou no plenário do STF para Gilmar Mendes, que ele não tratava ali com seu pares, da mesma forma como o fazia com seus capangas...

STF não reconhece ação de governo italiano que contestava decisão de Lula sobre Battisti, que pode ser solto


São Paulo – O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu, por maioria, não reconhecer reclamação do governo da Itália que contestava decisão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a extradição do ex-ativista Cesare Battisti. Na ação, o país europeu pedia ao STF o cumprimento de decisão da própria Corte, de 18 de novembro de 2009, favorável à extradição. Os juízes também votaram, por maioria, pela soltura de Battisti.

Segundo o Supremo, seis ministros votaram contra o reconhecimento da reclamação: Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Ayres Britto e Marco Aurélio. O relator, Gilmar Mendes, foi favorável ao reconhecimento da reclamação da Itália. Ele foi acompanhado pelos ministros Ellen Gracie e Cezar Peluso.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em 1988 pela Justiça italiana. A decisão ocorreu à revelia, uma vez que ele estava refugiado na França desde 1979. Battisti fugiu da Europa em 2004, quando chegou ao Brasil. Foi preso no Rio de Janeiro. Desde então, está no presídio da Papuda, em Brasília, aguardando a decisão definitiva sobre o seu caso.

Após a decisão, os juízes passaram a analisar pedido da defesa de Battisti, pedindo o relaxamento da prisão. A maioria do plenário votou a favor. Às 20h55, o julgamento ainda não havia terminado.

No debate sobre a libertação de Battisti, houve tempo apenas para o relator expor seus pontos de vista. O ministro Gilmar Mendes tentou argumentar que Lula foi o primeiro presidente, desde 1911, a não efetivar uma decisão de extradição designada pelo Supremo. “A maior novidade deste caso é um presidente não cumprir a decisão deste tribunal e transformar isso num ato de soberania nacional”, disse.

"O refugiado é uma vítima, ou vítima em potencial da injustiça. Não alguém que foge da Justiça", defendeu. "Estamos a falar de quatro assassinatos, não de crime de opinião", insistiu Mendes.

No julgamento da reclamação italiana, o ministro Ricardo Lewandowski lembrou que se trata de uma disputa entre Estados soberanos, o que permite ao presidente ter a palavra final sobre a extradição. “É um ato político, restrito à atuação do Poder Executivo”, defendeu o ministro Marco Aurélio. Ambos votaram contra a demanda e contra o relator do caso.

Fonte: Anselmo Massad e Vitor Nuzzi / Rede Brasil Atual

Por Claudio  Ribeiro - Palavras Diversas - 08.06.2011

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