Atualizado: 17/1/2011 15:36
Na Campus Party é possível conhecer vários exemplos de modificação estética e funcional
Acredite: isso é um computador!
Lembra-se de quando os os gabinetes de PCs se resumiam a caixas de metal cinza e sem-graça e como, de repente, começaram a surgir no mercado opções com outras cores, formatos e tamanhos? Pois sem saber você foi afetado pelo trabalho dos modders: pessoas que dedicam boa parte do seu tempo a modificar computadores (daí o termo modding), seja esteticamente, seja funcionalmente. A Campus Party 2011, claro, reserva um lugar especial para esses artistas.
No Brasil, essa história começa há cerca de 15 anos e tem entre seus primeiros adeptos o Daniel Augusto, consultor de informática e especialista em manutenção aeronáutica de Araraquara. Daniel se tornou um modder quase sem querer: “Comecei pintando o gabinete do meu computador. Depois coloquei uns pés mais altos para que ele ficasse mais longe do chão e instalei dois fans (ventiladores) por baixo do computador para criar um fluxo de ar mais eficiente”, conta.
Daniel passou a consultar fóruns de modificação e acabou se tornando administrador do fórum Case Mod Br, onde modders de todo o país trocam suas experiências na modificação das máquinas.
“Existem dois tipos fundamentais de modificação”, segundo Daniel, “as estéticas e as funcionais. A primeira é basicamente para deixar a máquina com a ‘sua cara’. Já a modificação funcional lida com o próprio funcionamento da máquina. Serve para deixá-la mais rápida, mudar seu desempenho”.
No fórum, Daniel começou a organizar encontros anuais para que os modders tivessem a oportunidade de apresentar seu trabalho e trocar experiências. Quando surgiu a Campus Party, porém, os membros do fórum entenderam que era mais interessante participar da Feira e passaram a fazer seus encontros anuais na CP.
Entre as máquinas que a equipe trouxe este ano está a de Omar Youssef, comerciante de 22 anos, modder desde 2008. O computador já era uma máquina de respeito (com processador Core i7 da Intel, um dos mais rápidos do mercado), mas ficou ainda mais rápido depois do trabalho de Omar que, aliás, não foi pouco: foram seis meses de trabalho e cerca de R$ 2 mil de investimento para chegar no resultado.
Outro trabalho interessante é o do estudante de direito de Campo Grande, Miguel Povh, 19. Miguel chegou a perder noites de sono por causa do equipamento deste ano. Miguel chegou ao segundo lugar em um campeonato mundial de modding patrocinado pela Cooler Master, fabricante de peças de PC.
Mas o modding hoje não está restrito aos computadores. Com a invasão de outros equipamentos como telefones celulares, notebooks e tablets a turma modder encontrou uma infinidade de possibilidades para exercer sua arte.
Saiba mais sobre o modding no fórum Casemodbr clicando no link.
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