Parafraseando o grande pastor Martin Luther King, há 15 anos – depois de passar por um câncer de mama, eu declaro que:
Eu tenho um sonho e o meu sonho faz parte do propósito de Deus para a minha vida.
Não desista de viver, não desista de você!
Pra Sandra de Andrade
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O pastor que tinha um sonho ousado
Por Carlos Gutemberg / Foto: Dick DeMarsico
O pastor protestante e ativista político Martin Luther King Jr. é visto como um dos maiores defensores da liberdade e igualdade. A dor de ver de perto a discriminação racial, levou esse grande pacifista a promover uma revolução em favor da justiça e da igualdade perante a lei e os costumes de sua nação. Infelizmente, a luta dele foi tragicamente interrompida na noite do dia 04 de abril de 1968, ocasião em que foi assassinado, em um hotel na cidade Memphis, nos Estados Unidos (EUA).
Como legado, King deixou sua pregação de heroísmo pacífico e pacificador, levantando uma bandeira em prol dos direitos igualitários dos negros, uma luta que continua, mas que já obteve vitórias significativas em seu país, a exemplo da vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais, tornando-o primeiro presidente negro norte-americano.
O pacifista nasceu em 15 de janeiro de 1929, na cidade de Atlanta (EUA). Ele é considerado um dos mais importantes líderes mundiais na luta pelos direitos civis, por sua campanha de não-violência e amor para com o próximo. Por conta disso, foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1964.
“Eu tenho um sonho”
Seu discurso mais famoso, “I have a dream” (Eu tenho um sonho), realizado no dia 28 de agosto de 1963, é lembrado até hoje. Naquele dia, cerca de 250 mil pessoas, de todas as idades, etnias, formações intelectuais e profissões marcharam na capital norte-americana, Washington, até o Lincoln Memorial, com o propósito de despertar a consciência da nação sobre a condição econômica e social do negro naquele país.
Na chamada “marcha pelo emprego e pela liberdade”, o pastor protestante foi apresentado como um “líder moral da nação”. Em seu histórico pronunciamento, não muito longo, mas bastante enfático e emocionado, King falou de um sonho que, embora não tenha tido a oportunidade de realizar, jamais será esquecido. “Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos viverão um dia numa nação em que não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!”, declarou ele naquele dia.
Seus últimos anos de vida foram marcados por muitas adversidades. Após o reconhecimento de sua luta, com a conquista do Prêmio Nobel da Paz, que trouxe visibilidade mundial ao movimento encabeçado por ele, muitos dos seus aliados até pensaram que as coisas se tornariam mais fáceis. Na prática, no entanto, não foi isso o que ocorreu.
Em fevereiro de 1965, apenas dois meses após o Nobel, um destacado líder negro, Malcom X, foi morto a tiros. Duas semanas depois, no estado do Alabama (EUA), a polícia usou cães para dispersar um grupo de eleitores negros que tentava se alistar em um prédio do legislativo local.
Distúrbios passaram a ocorrer em várias cidades dos Estados Unidos. Em agosto de 1965, em um bairro de Los Angeles, na Califórnia, deu-se início a uma onda de tumultos que tinham como origem a intolerância racial. O movimento negro passou a sofrer severas oposições, especialmente das regiões onde predominava a população branca.
Lutando por direitos básicos
Antes de morrer, King organizou e liderou inúmeras marchas com o objetivo de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação e das discriminações no trabalho, além de outros direitos civis básicos. Mais tarde, a maior parte destes direitos foi agregada à lei norte-americana.
Por sua histórica importância, um feriado nacional nos Estados Unidos foi estabelecido em 1986, para homenageá-lo, o chamado “Dia de Martin Luther King”, celebrado na terceira segunda-feira do mês de janeiro, data próxima ao aniversário dele. Em 1993, pela primeira vez, o feriado foi cumprido em todos os estados do país.
Confira uma parte do famoso discurso de Martin Luther King, “I have a dream” (Eu tenho um sonho):
Do Blog da Dilma
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