Blog do Zé Dirceu - Publicado em 29-Abr-2010
Serra e Aécio
Na surdina, bem ao estilo tucano que, dependendo da repercussão do fato, possibilita ir em frente, continuar no muro ou voltar atrás, o PSDB desencadeou a operação para jogar ao mar seu histórico e tradicional aliado DEM na eleição presidencial desse ano. Manobram a mil para retirar dos demos a vaga que estes pretendem de candidato a vice-presidente na chapa da oposição ao Planalto encabeçada por José Serra (PSDB-DEM-PPS).
Como quem não quer nada, com manobras desenvolvidas mais via imprensa, há semanas Serra vem alijando o DEM - hoje mais um fardo do que um apoio propriamente - do projeto de integrar sua chapa. A partir da eclosão do episódio José Roberto Arruda, ex-governador de Brasília (único eleito pelos demos em 2006), que ficou dois meses preso na Polícia Federal após ser descoberto no centro do escândalo de pagamento de propina a aliados políticos, o apoio da legenda se tornou um peso e os tucanos têm feito acrobacias para se livrarem dela.
Serra e o alto escalão tucano, então, fingem que até a eclosão do escândalo do DEM-Brasília, jamais tiveram como principal sonho a escolha de José Roberto Arruda para ser o companheiro de chapa do candidato da oposição a Presidência da República.
A manobra mais recente se desenvolve via ex-governador de Minas, Aécio Neves. Ontem e hoje, nos jornais e em onlines, Aécio assume estar conversando com seu primo, senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para este ser vice-presidente na chapa de Serra. Dornelles, como bom mineiro (é sobrinho do avô de Aécio, o ex-presidente Tancredo Neves), mantém-se em silêncio e diz que só fala a respeito se o convite for oficializado.
Quer dizer, enquanto Aécio opera - com o máximo interesse para encontrar o vice de Serra, para o deixarem em paz na insistência para que seja ele, Aécio, esse vice - toda a linhagem de primeira grandeza do grão-tucanato mantém-se muda. Se vingar a articulação Aécio-Dornelles, livram-se do incômodo de ter um vice do DEM. Se não, continuarão fingindo que a manobra não foi com eles tucanos.
Foto: José Cruz/ABr
Do ContraPontoPIG - 30.04.2010
Como quem não quer nada, com manobras desenvolvidas mais via imprensa, há semanas Serra vem alijando o DEM - hoje mais um fardo do que um apoio propriamente - do projeto de integrar sua chapa. A partir da eclosão do episódio José Roberto Arruda, ex-governador de Brasília (único eleito pelos demos em 2006), que ficou dois meses preso na Polícia Federal após ser descoberto no centro do escândalo de pagamento de propina a aliados políticos, o apoio da legenda se tornou um peso e os tucanos têm feito acrobacias para se livrarem dela.
Serra e o alto escalão tucano, então, fingem que até a eclosão do escândalo do DEM-Brasília, jamais tiveram como principal sonho a escolha de José Roberto Arruda para ser o companheiro de chapa do candidato da oposição a Presidência da República.
A manobra mais recente se desenvolve via ex-governador de Minas, Aécio Neves. Ontem e hoje, nos jornais e em onlines, Aécio assume estar conversando com seu primo, senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para este ser vice-presidente na chapa de Serra. Dornelles, como bom mineiro (é sobrinho do avô de Aécio, o ex-presidente Tancredo Neves), mantém-se em silêncio e diz que só fala a respeito se o convite for oficializado.
Quer dizer, enquanto Aécio opera - com o máximo interesse para encontrar o vice de Serra, para o deixarem em paz na insistência para que seja ele, Aécio, esse vice - toda a linhagem de primeira grandeza do grão-tucanato mantém-se muda. Se vingar a articulação Aécio-Dornelles, livram-se do incômodo de ter um vice do DEM. Se não, continuarão fingindo que a manobra não foi com eles tucanos.
Foto: José Cruz/ABr
Do ContraPontoPIG - 30.04.2010
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