Trabalhadores da TV Cultura em Assembléia, na greve de 2009 |
É com desgosto que o povo paulista vê como sua TV Pública é tratada nas mãos de quem deveria ter a obrigação de zelar e não desmontar um patrimônio público. A demissão efetuada pela direção da TV Cultura, seguindo a linha de raciocínio do governo de Geraldo Alckmin, demonstra não só a debilidade conceitual, a respeito de uma TV Pública, mas também o descompromisso em fazer uma TV alternativa ao seguimento comercial que se apresenta com tão baixa qualidade. A tristeza desses 150 trabalhadores, por perder seus empregos, se soma a desesperança de termos uma TV Pública perdendo sua qualidade.
Os trabalhadores da Rádio e TV Cultura devem estar atentos. Ano após ano, os governos do PSDB no Estado de SP, já demonstraram inúmeras vezes que não tem compromisso nem com os trabalhadores, nem com o povo paulista. Por acreditarem que toda solução vem do "mercado", não titubeiam em aplicar receitas conservadoras e neoliberais, no sentido de ajustar uma empresa vocacionada para o lazer, a cultura,o ensino e o entretenimento de qualidade, para a configuração de uma TV sem qualidade. Por isso é imperativo que todos os trabalhadores, sejam eles jornalistas, radialistas, além de seu núcleo administrativo e artístico, se atentem ao seu único instrumento de defesa que é o Sindicato.
Somente um Sindicato classista e comprometido com essa visão de TV Pública, é que poderá liderar o combate a ser travado com quem tem apenas o interesse de atacar o conceito de TV Púlbica. O envolvimento da sociedade organizada e da população com os trabalhadores, é que poderá retroceder os ataques perpetrados e colocados em ação à emissora, no intuito de promover seu desmonte. A diretoria do Sindicato dos Radialistas, com a presença de seus diretores João e Sérgio Ipoldo, acompanham de perto as movimentações na emissora e de prontidão orientam todos os trabalhadores a se organizarem, pois somente a organização de classe é que pode combater, eficazmente, quem dilapida e destroi um patrimônio público como a TV Cultura.
Do Blog Pimentus Ardidus - 09.02.2011
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Depoimento de funcionário demitido da TV Cultura
Por Paulo Eduardo Franchini Fontes, no Luis Nassif Online
Eu sou um dos 150 dispensados da última leva e trabalhava no depto de computação gráfica da emissora como prestador de serviços “autônomo”. Sou um bom profissional e, como tantos outros, estou mais que apto a trabalhar em qualquer outra emissora ou produtora de vídeo, portanto não fico tão abalado financeiramente. O que me abala de verdade é a grosseria desse senhor João Sayad e seu staff .
Eu sou um dos 150 dispensados da última leva e trabalhava no depto de computação gráfica da emissora como prestador de serviços “autônomo”. Sou um bom profissional e, como tantos outros, estou mais que apto a trabalhar em qualquer outra emissora ou produtora de vídeo, portanto não fico tão abalado financeiramente. O que me abala de verdade é a grosseria desse senhor João Sayad e seu staff .
Imaginem um imenso barco a vela, cheio de cabos complicados, sistemas de roldanas e marinheiros especializado, gente que domina a navegação há anos, sendo pilotado por um motorista de ônibus daqueles bem xucros que sabem dois comandos: acelerar e frear. Então, esse motorista é o Sr João Sayad comandando o veleiro, que é a Tv Cultura.
Nossa querida Tv Cultura, que tem uma história brilhante, por onde passaram profissionais das mais variadas áreas e onde tanta gente famosa e de talento fez carreira, hoje é palco de escândalos, corrupção e muita sujeira, (que ainda virá a tona) principalmente dos que não possuem qualquer sensibilidade artística ou cultural. Pelo contrário, são déspotas que assumiram o controle em nome de uma pretensa “limpeza” na estrutura da emissora, mas que na verdade estão demitindo somente quem verdadeiramente trabalhava lá.
Hoje, quem comanda a Cultura, são os verdadeiros cabides de emprego. Querem todo o dinheiro pra eles e que se dane o telespectador que assiste a Tv.
A Tv Cultura é um direito do público que paga impostos para ter uma Tv digna para suas famílias. Ela foi fundada sob esses auspícios e tenho convicção que qualquer alteração em sua programação, deveria ser feita em plebiscito e não por ditadores corruptos como esse e tantos outros que por lá passaram.
E tenho dito…
Do blog Onipresente - 11.02.2011
Atualizado em 13.02.2011
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