A Rio+20 terminou e os desafios da sustentabilidade permanecem. Entre eles, o do lixo eletrônico – tema de evento paralelo à conferência, organizado pela Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações.
Por *Rodolfo Avelino - Do Coletivo Digital
Por *Rodolfo Avelino - Do Coletivo Digital
De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado em 2010, o Brasil ocupa a liderança entre as nações emergentes na geração de lixo eletrônico per capita, sendo 0,5 quilo por habitante/ano. Já a China gera cerca de 230 gramas. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil, em fevereiro deste ano, possuía cerca de 245,2 milhões de celulares (125,29 aparelhos para cada cem habitantes). Esses celulares têm tempo médio de utilização de 18 meses. A previsão para 2013 é de que o Brasil chegue aos 300 milhões de celulares. Já no cenário dos computadores pessoais, o grupo de pesquisa IDC divulgou que no primeiro trimestre de 2012, mais de 370 mil tablets foram vendidos no País, o que representa um aumento de 351% sobre o mesmo período do ano passado. Já em 2011, os computadores de mesa (desktops) totalizaram mais de 15,4 milhões de unidades vendidas, alta de 12% sobre 2010.
Doação: Para evitar a contaminação e a poluição do meio ambiente, o correto é realizar o descarte de seu resíduo eletrônico em locais onde o tratamento destes é feito de forma correta. Várias empresas, cooperativas e projetos sociais atuam nesta área. Em São Paulo, o núcleo da ONG Ação Comunitária Paroquial Jardim Colonial, CPA (Centro de Profissionalização de Adolescentes) Pe. Bello, realiza a coleta e o tratamento de resíduos de informática e telecomunicações, por meio do projeto Ágathon Ambiental (www.cpa.org.br). Já no centro oeste, a ONG Programando o Futuro desenvolveu uma metodologia de recondicionamento de computadores descartados (www.programandoofuturo.org.br).
Devolução: Diversos fabricantes de computadores e telefones celulares, bem como as operadoras de telefonia celular, recolhem os equipamentos de suas marcas quando estes serão descartados pelo seu consumidor. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela lei 12.305/2010, obriga as empresas fabricantes de celulares a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana após o término do ciclo de vida útil dos produtos. Estes pontos de coletas estão concentrados nas lojas das operadoras e nos centros autorizados dos aparelhos.
As fabricantes de computadores HP e DELL, por exemplo, possuem programas consolidados de recolhimento de equipamentos. Por meio de campanhas pontuais chamadas Tadre-in, a HP, em algumas lojas parceiras, recebe impressoras de qualquer marca ou modelo, que podem ser revertidas em descontos na compra de um novo equipamento de sua marca. Já a DELL oferece gratuitamente a reciclagem dos produtos de sua marca, por meio do programa Reciclagem Global.
*Rodolfo Avelino é professor do curso de Segurança da Informação da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID).
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