Do Agora - Gabriela Gasparindo - 17.05
A dona de casa Lucilene dos Santos Silva, 26 anos, faz uma verdadeira peregrinação para levar os filhos pequenos para a escola. Todos os dias ela acorda às 6h, sai de casa a pé, na ilha do Bororé, no Grajaú (zona sul de SP), acompanhada das crianças. No local, não existem creches nem escolas de ensino infantil para atender os moradores.
Na ilha, que na verdade é uma península, vivem aproximadamente 3.500 famílias e há cerca de 350 crianças fora da escola, segundo o Conselho Tutelar. O Grajaú, distrito onde fica o Bororé, é a região mais carente de vagas em creches. Em março, a demanda era de 3.858 crianças.
O bebê Daniel, de quatro meses, vai no colo de Lucilene. Jéssica, 3 anos, vai de mãos dadas com a mãe, enquanto o mais velho, José Victor, 5, segue na frente. O destino, por volta das 7h, são as creches onde os mais velhos estudam, no Jardim Helena.
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