As intervenções do grupo são uma das novidades da 9ª Feira Cultural LGBT – próxima quinta-feira, 11 de junho (feriado de Corpus Christi), das 10 horas às 22 horas, no Vale do Anhangabaú – atividade oficial do calendário do 13º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo.
Entre 13 horas e 17 horas, o grupo apresentará quatro esquetes que problematizam as relações familiares, escolares e trabalhistas, e a luta pela igualdade dos direitos e não-discriminação das diversidades sexuais. Entre elas, A Parada não é Carnaval mostra como que a simples participação do público provoca inúmeros enfrentamentos políticos; e O que você faz depois da Parada? trata da suposta suspensão do preconceito no Dia do Orgulho, mas que vem à tona na segunda-feira seguinte. O projeto aborda ainda a “discriminação internalizada”, sofrida por travestis e transexuais no próprio meio GLS, e como cada LGBT deve se comprometer na luta pela igualdade entre todos. Segundo Dodi Leal, coordenador do projeto, o Teatro do Oprimido tem sido usado freqüentemente como método de mobilização para as questões relacionadas à homofobia. “No Rio de Janeiro, por exemplo, além marcarem presença nas Paradas, grupos de TO conseguiram encaminhar e aprovar leis municipais”, acrescenta o arte-educador. O produtor do grupo, Cecéu Trajano, diz ainda que as indagações teatrais serão organizadas de tal forma que os transeuntes poderão entrar em cena literalmente para dar sua opinião sobre os temas. Para Antonio Ferreira, também produtor do Homofobobia, o Teatro do Oprimido não é uma proposta artística convencional, mas sim uma estética cujo engajamento político é definitivo. “As cenas populares de TO levaram ao reconhecimento legal direitos de saúde, educação e cultura. Intervenções como as que faremos na Feira Cultural LGBT certamente contribuirão para a aprovação do PLC 122/06, partindo da própria população”, conclui Ferreira. Método do TOO método do Teatro do Oprimido é praticado em mais de 70 países, entre América Latina, América do Norte e da Europa, e se constitui atualmente como o maior movimento político do teatro. Foi criado pelo brasileiro Augusto Boal, primeiro brasileiro indicado ao Nobel da Paz, em 2008, e nomeado pela Unesco como o Embaixador Mundial do Teatro. Boal faleceu aos 78 anos, no último dia 02 de maio, vítima de leucemia. - Para mais informações sobre o Grupo Metaxis, visite o blog http://metaxis.wordpress.com/ - Para programação completa da 9ª Feira Cultural LGBT e demais atividades do 13º Mês do Orgulho, acesse www.paradasp.org.br.
Por Vermelho.org, de http://www.athosgls.com.br.
Da Revista Forum - 10.06
Confira a entrevista de Augusto Boal concedida à Fórum.
Redação
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