2 de jul. de 2009

Pressão por deposição de Sarney continua

Por Zé Dirceu - 01.07.2009

A ela se uniram, agora, o PDT, e dando continuidade a seu papel de linha auxiliar da direita no país, o PSOL representou contra os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL). Lamentavelmente não o fizeram, não entraram com nenhuma representação contra os senadores Efraim Morais (DEM-PB) e Artur Virgilio (PSDB-AM).

A proposta apresentada pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) de, no caso da renúncia ou pedido de licença do presidente atual do Senado, José Sarney, nomear uma comissão para, na prática, dirigir a Casa, foi repudiada pelo seu próprio partido, pelo 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (GO).

Está aí a mais consistente prova do caráter oportunista e de oposição desse pedido de afastamento feito pelo PSDB. Sem falar no cinismo do DEM, cujo 1º secretário do Senado na Mesa anterior à atual, Efraim Moraes, está afundado em denúncias e tem responsabilidade em tudo o que aconteceu na Casa na gestão do diretor-geral Agaciel Maia. Sem esquecer que o DEM, de Efraim Morais, vem controlando esse cargo há anos.

Sérgio Guerra tem razão: punição para todos

A rigor o presidente nacional tucano, senador Sérgio Guerra (PE) tem razão: não tem sentido o senador José Sarney se licenciar, e a atual Mesa continuar, ou a anterior não responder, também, pelos desmandos e ilegalidades.

Muito menos tem sentido os 37 senadores beneficiados por atos secretos, e mais Efraim Morais e Artur Virgílio, ficarem impunes, sem sequer responder a uma representação ou processo na Comissão de Ética do Senado, ou mesmo a uma investigação pelo Ministério Público Federal no Supremo Tribunal Federal (STF).

Daí a reação do 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), repudiando a proposta do PSDB e propondo a renúncia coletiva de todos os atuais dirigentes do Senado.

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