UOL. 12-09-09
O "turno da fome" nas escolas municipais de São Paulo deve ser extinto somente no início de 2011, segundo a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Essa é a terceira vez que o órgão adia o fim do período de aulas que vai das 11h às 15h.
O adiamento, justifica a secretaria por meio de sua assessoria, é fruto da dificuldade em encontrar terrenos para a construção de novas unidades.
Atualmente há 29 mil alunos estudando com a carga horária reduzida, por falta de espaço para acomodá-los no turno "normal" de cinco horas. Segundo a secretaria municipal de Educação, somam 68 escolas que precisam utilizar o horário do almoço para as aulas.
Segundo a pasta, seria necessário construir 51 escolas para acabar com esse turno intermediário.
Calendário de obras
Das 51 escolas necessárias, a secretaria afirma que três estão prontas, nove estão em construção obras e 39 estão em projeto de implantação.
A Prefeitura estima que o custo para a conclusão das obras será de R$ 280 milhões. Em outras ocasiões, o secretário da Educação, Alexandre Schneider, já havia afirmado que verba não era o problema para o atraso.
Em outubro de 2008, Schneider havia apresentado um cronograma em que o número de escolas nesse regime passaria a 47 no início do segundo semestre de 2009 e para zero no início do ano letivo de 2010.
Promessa de campanha
O fim do "turno da fome" foi uma das promessas de campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP). Anteriormente, seu cumprimento já havia sido adiado por duas vezes: no final do mandato anterior, em dezembro de 2008, e no início do governo atual, quando disse que o horário das 11h às 15h acabaria no início de 2010.
As escolas utilizam o "turno da fome" por falta de vagas nos períodos da manhã ou da tarde. A carga horária desse turno é reduzida de cinco horas para três horas e quarenta minutos e coincide com o período de almoço - uma das críticas ao horário é o de que as crianças ficam com fome.
*Com informações da Secretaria Municipal de Educação
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