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Artilheiro indomável – as incríveis histórias de Serginho Chulapa
Serginho Chulapa foi um dos maiores ídolos para a torcida do Santos. Após ficar marcado como maior atilheiro da história do São Paulo, o atacante chegou ao Santos em 1983, sendo o artilheiro do Brasileiro daquele ano, com 22 gols. Junto como ponta-esquerda João Paulo, é quem mais marcou gols com a camisa peixeira depois da Era Pelé, com 104 tentos.
Chulapa
ficou até o fim de 1984 no Alvinegro, mas teve outras três passagens
pela Vila: em 1986, 1988 e 1990. Ídolo, fez o gol do título do
campeonato paulista de 1984, e os bastidores dessa partida e desse
campeonato estão no livro Artilheiro Indomável – As Incríveis Histórias de Serginho Chulapa(Editora Publisher Brasil), do jornalista Wladimir Miranda.
“A
gente sabia que não ia perder. O Castilho (ex-goleiro Carlos
Castilho, já falecido, que era técnico do Santos em 84) deu a preleção
dele na chácara Nicolau Moran Vilar. Eu pedi para falar com o grupo.
Disse: ‘Não vamos perder este título, gente. Se eles estiverem
ganhando, vamos arrumar uma confusão. Eles, durante a semana, fizeram
foto de campeões. Nós vamos ser campeões. Se tiver perdendo o jogo,
arrumo a confusão e todo mundo vai ter de entrar na briga’. Nosso time
tinha o Márcio Rossini, Rodolfo Rodriguez, o Dema. Nosso time era
problema. No braço, era problema. Saímos com essa determinação.
Qualquer eventualidade, a gente ia arrumar um rolo. Foi uma voz de
incentivo. O importante é que tiramos o tricampeonato do Corinthians. O
título teve um sabor especial para mim. Assim que cheguei ao
vestiário, tomei mais da metade de uma garrafa de uísque. Passei até
mal de tanto que bebi”.
Outro
ex-atleta daquele elenco, Dema, confirma na obra de Miranda o pacto
proposto por Chulapa. “Ele disse que se o Corinthians estivesse
ganhando, a gente ia bagunçar o jogo. Disse que ia bater em todo mundo. O
Serginho era encrenqueiro. Era meio louco. Era engraçado. Ele
apavorava os zagueiros. Eu via o que ele fazia e dava muita risada lá
atrás. Disse para ele assim: ‘Você é o Serginho, eu estou começando a
minha carreira. O que você mandar, eu faço’”.
O
ex-volante lembra que não foi necessário tumultuar o jogo para o
Peixe derrotar o Corinthians po 1 a 0. “Dei uma chegada no Arthurzinho
e no João Paulo, e eles foram armar no meio de campo. O João Paulo, a
gente já conhecia. Ele tinha jogado no Santos e nós sabíamos que
colocava a bola onde queria. Então, dei uma chegada nele e pronto”.
No
livro, Dema conta também que, ao contrário do que seria o normal do
futebol, com os zagueiros colocando medo nos atacantes, era Chulapa
quem amedrontava os defensores. E não só os defensores, como mostra uma
passagem contada pelo volante santista. “Ele estava treinando
cobranças de faltas. Sempre que errava o chute e a bola ia muito longe
do gol, alguns torcedores que estavam vendo o treino perto do
alambrado davam risada, mexiam com o Serginho. O Serginho ficou
nervoso e pulou o alambrado atrás dos torcedores. Os caras, uns dez
torcedores, saíram correndo. Os caras na frente e o Serginho atrás. E
os outros jogadores ficavam lá, morrendo de rir.”
Redação - SPressoSP
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Redação - SPressoSP
Livro: Artilheiro indomável – as incríveis histórias de Serginho Chulapa
Autor: Wladimir Miranda
Págs: 128 págs
Editora: Publisher Brasil
Preço: R$ 27,00 + fretePara adquirir o livro acesse o site aqui
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