Livro de Edwin Black/ 624 páginas |
IBM e o Holocausto é a história
surpreendente da aliança estratégica da IBM com a
Alemanha Nazista -- que se iniciou em 1933, nas primeiras semanas
da ascensão de Hitler ao poder, e perdurou durante boa parte
da Segunda Guerra Mundial. À medida que o Terceiro Reich
executava seu plano de conquista e genocídio, a IBM
ajudava a criar soluções tecnológicas
capacitadoras, passo a passo, desde os programas de
identificação e catalogação da
década de 1930 até os processos seletivos da
década de 1940.
Apenas depois da
identificação dos judeus -- tarefa gigantesca e complexa
que Hitler queria que fosse realizada de imediato -- foi possível
segregá-los para rápido confisco de seus bens,
isolamento em guetos, deportação, trabalho escravo e,
finalmente, aniquilação. Os desafios do projeto, em
termos de tabulação cruzada e de recursos
organizacionais, eram tão monumentais que exigiam a
utilização de computador. Evidentemente, na
década de 1930, ainda não havia computador.
Mas
já existia a tecnologia Hollerith de cartões perfurados da
IBM. Com a ajuda dos sistemas Hollerith da IBM, adaptados às
necessidades dos clientes e sob constante atualização,
Hitler foi capaz de automatizar a perseguição aos judeus.
Os historiadores sempre se espantaram com a velocidade e
precisão com que os nazistas conseguiam identificar os judeus
europeus. Até hoje, as peças do quebra-cabeça
ainda não foram totalmente encaixadas. O fato é que a
tecnologia da IBM organizou quase tudo na Alemanha e, em seguida,
na Europa Nazista, abrangendo a identificação
censitária dos judeus, os processos de registro, os programas
de rastreamento de ancestrais, o gerenciamento de ferrovias e a
organização do trabalho escravo em campos de
concentração.
IBM e o Holocausto conduz o leitor
ao longo da complexa trama de conluio entre a empresa e o Terceiro
Reich e destrincha a escamoteação estruturada de todo
o processo, entremeada de acordos verbais, cartas sem data e
intermediários em Genebra -- tudo empreendido enquanto os
jornais reverberavam relatos de perseguição e
destruição. Igualmente arrebatador é o drama
humano de uma das mentes mais brilhantes de nosso século,
o fundador da IBM, o Sr. Thomas Watson, que cooperou com os
nazistas por amor ao lucro.
Somente pela assistência
tecnológica da IBM Hitler foi capaz de atingir os
números assombrosos do Holocausto. Edwin Black
agora desvendou um dos últimos grandes mistérios do
Holocausto: Como Hitler conseguiu os nomes?
Edwin Black
conferiu uma nova e extraordinária dimensão à
história do Holocausto. Evidentemente, a
destruição da vida de seis milhões de judeus e de
uma quantidade incontável de não judeus não
teria sido possível sem as máquinas Hollerith da IBM.
Tampouco o Terceiro Reich teria aperfeiçoado a
arregimentação dos judeus em toda a Europa, a
deportação deles para os campos de
concentração e as estatísticas que avaliavam a
agonia das vítimas durante a Solução Final sem
os equipamentos IBM, programados sob medida para os clientes.
Essas revelações já são em si
desconcertantes, mas Black desenvolve uma história
monumental, que vai além desse terrível deslinde.
Ele descobriu o enorme poder corruptor de uma empresa
internacional. "O negócio da IBM nunca foi nazismo. Nunca
foi anti-semitismo. Sempre foi dinheiro", escreveu Black.
--
Abraham Peck, Diretor de pesquisa American Jewish Historical
Society.
IBM e o Holocausto é um trabalho formidável e oportuno. Ignorados por mais de 50 anos, os registros sórdidos que revelam a colaboração da IBM com o regime nazista, em busca do monopólio de mercado, foram agora exumados por Edwin Black. Seu relato abrangente e minucioso mostra como as bênçãos da tecnologia de cartões perfurados se converteu em maldição para os direitos humanos, ao possibilitar a execução do Holocausto.
-- Robert Wolfe Ex-chefe, especialista
do National Ar de Nuremberg capturados do
inimigo.
Neste livro cuidadosamente pesquisado, embora assustador, Edwin Black relata como o zelo organizacional e tecnológico da IBM e de seu CEO, Thomas J. Watson, contribuiu passo a passo para a ascensão do nazismo e para o avanço do Holocausto. Cabe apenas indagar quão diferentes teriam sido os números sobre a chacina do Holocausto em toda a Europa, caso Hitler não tivesse desfrutado dos serviços estratégicos da IBM e de sua tecnologia de cartões perfurados. Este livro é uma advertência assustadora em relação ao futuro.
-- William Seltzer, autor de
Population Statistics and the Holocaust
Filho de sobreviventes poloneses, o escritor Edwin
Black, residente em Washington, é autor de premiada
investigação sobre as finanças do Holocausto,
The Transfer Agreement, e especialista em relações
comerciais com o Terceiro Reich.
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