No dia 1º de Junho às 5 horas da manhã a Universidade de São Paulo (USP) foi ocupada pela força tática da Polícia Militar. No momento em que a polícia chegou, funcionários da universidade bloqueavam de forma pacífica a entrada de oito prédios. Os piquetes faziam parte das ações de greve dos funcionários que teve início no dia 05 de Maio, 2009. Abaixo parte do comunicado publicado no mesmo dia pelo SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP):
Quanto à afirmação da reitoria de que "não pode se omitir diante de ações violentas" entendemos que violência é a invasão da Tropa de Choque ao espaço público universitário, portando armas de grosso calibre, escudos, cassetetes e bombas de efeito moral, estando todos os policiais sem a devida identificação.
Na Terça-feira 02 de Junho, 2009 a polícia foi retirada do campus sem nenhuma explicação. Durante a tarde o ADUSP (Associação dos Docentes da USP) deliberou em assembléia as seguintes ações:
- Nova paralisação dia 09/6 (terça-feira);
- Participação do ato público do Fórum das Seis, dia 9/6, às 12h00, em frente à reitoria da USP pela reabertura de negociações;
- Declaração de repúdio à presença na USP, por solicitação da Reitora Suely Vilela, de forte aparato policial.
Na Quarta-feira, 03 de Junho, a Polícia Militar voltou ao campus. Tropas da Força Tática da PM voltaram a ocupar os prédios fechados: Reitoria, Coordenadoria do Campus, Antiga Reitoria e Coordenadoria de Assistência Social. A Reitora, Suely Vilela, e o Governo Serra ao invés de optar pelo diálogo com os funcionários, estudantes e professores da Universidade estão optando pela repressão para 'lidar' com o assunto, retrocedendo 30 anos na nossa história e repetindo a invasão policial de 1979, quando ocorreu a primeira greve da USP durante a ditadura militar.
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