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15 de mar. de 2012

"Os homens passam, os livros ficam." José Mindlin


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 papo_cabecaJosé Mindlin *

Não é exagero: este homem foi uma biblioteca. Mas não apenas por ser um leitor voraz, capaz de ler 100 livros por ano, e sim porque sua biblioteca de livros "ciumentos" é sua grande obra. A ela devotou a vida. E agora a entrega ao mundo. Foi secretário de cultura, combatendo o regime militar dentro do governo. Acreditou numa tecnologia brasileira, e na empresa que fundou, num tempo em que mal havia patrocínio cultural, viabilizou obras artísticas fundamentais. Mais do que um homem notável, José Mindlin foi uma figura encantadora. Na despedida, nos vem com essa: ” Não entendo por que todos que vêm aqui me visitar são tão simpáticos…”

28 de fev. de 2010

Morre, aos 95 anos, José Mindlin, da Academia Brasileira de Letras

Um dos maiores colecionadores de livros do Brasil, foi eleito para a ABL em 2006

Do R7 - 28.02.2010

O acadêmico da ABL (Academia Brasileira de Letras) José Mindlin morreu neste domingo no hospital Albert Einstein, em São Paulo, aos 95 anos.

Um dos maiores colecionadores de livros do Brasil, Mindlin foi eleito para a ABL em 2006. Seu corpo está sendo velado no hospital, e o enterro está marcado para as 15h deste domingo no Cemitério Israelita de São Paulo, na Vila Mariana.

A bandeira da Academia foi colocada a meio pau nesta manhã.

Mindlin nasceu em São Paulo em 8 de setembro de 1914. Formou-se em Direito em 1936, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi redator do jornal O Estado de S. Paulo de 1930 a 1934. Exerceu a advocacia até 1950, quando foi um dos fundadores e presidente da empresa Metal Leve, que se tornou uma das maiores empresas de autopeças do país.

Juntamente com sua mulher, Guita, que morreu em 2006, Mindlin formou uma das mais importantes bibliotecas privadas do país. O empresário disse que começou a reunir os livros aos 13 anos e montou uma coleção de 38 mil títulos.

Em maio de 2006, o casal fez a doação de cerca de 15 mil obras para a Universidade de São Paulo (Brasiliana), entre raridades como as primeiras impressões que padres jesuítas tiveram do Brasil, jornais anteriores à Independência e manuscritos de grandes obras, como Sagarana, de Guimarães Rosa e Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

Mindlin recebeu o Prêmio Juca Pato como Intelectual do Ano de 1998, além de numerosos prêmios e condecorações, no Brasil e no exterior, destacando-se em 2003 o Prêmio Unesco na categoria Cultura e a Medalha do Conhecimento concedida pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com apoio do CNI e Sebrae Nacional, além do Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras.

Ele é autor de Uma Vida entre Livros – Reencontros com o tempo e Memórias Esparsas de uma Biblioteca e lançou em 1998 o CD O Prazer da Poesia.

Em 1999, ele foi eleito para a Academia Paulista de Letras.

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