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Feira de Livros. Foto: Hangar |
21 de set. de 2012
Na XVI Pan-Amazônica do Livro são aguardados cerca de 450 mil pessoas

16 de jun. de 2012
Flip 2012 já vendeu 15 mil ingressos

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O escritor Jonathan Franzen, um dos convidados da Flip 2012 |
15 de mar. de 2012
"Os homens passam, os livros ficam." José Mindlin


Não é exagero: este homem foi uma biblioteca. Mas não apenas por ser um leitor voraz, capaz de ler 100 livros por ano, e sim porque sua biblioteca de livros "ciumentos" é sua grande obra. A ela devotou a vida. E agora a entrega ao mundo. Foi secretário de cultura, combatendo o regime militar dentro do governo. Acreditou numa tecnologia brasileira, e na empresa que fundou, num tempo em que mal havia patrocínio cultural, viabilizou obras artísticas fundamentais. Mais do que um homem notável, José Mindlin foi uma figura encantadora. Na despedida, nos vem com essa: ” Não entendo por que todos que vêm aqui me visitar são tão simpáticos…”
20 de fev. de 2011
A PISADA NA BOLA DO ZIRALDO.




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Negra, escritora, autora de Um defeito de cor. |

OCUPAÇÃO HAROLDO DE CAMPOS H LÁXIA

A mostra se divide em vários núcleos. No instituto, a instalação H LÁXIA, de Livio Tragtenberg, permite a imersão na obra de Haroldo, com a participação ativa do público, que pode gravar seus depoimentos. Já na "bibliocasa" de Haroldo, marginálias, edições especiais de seus livros, fotos, manuscritos, datiloscritos e edições anotadas e com dedicatórias.
Viagem Poética
A Casa das Rosas exibe o percurso poético do autor de Galáxias. A sala "O Â Mago do Ô Mega" abriga a série de cartazes da histórica Exposição Nacional de Arte Concreta (MAM/SP). No mesmo ambiente, o visitante ouve uma composição musical com poemas declamados por Haroldo. Na sala "Percurso Poético", o foco é o cotidiano do autor: com base nos livros A Educação dos Cinco Sentidos e Crisantempo: no Espaço Curvo Nasce Um, sua relação com a esposa e com a poesia, entre outros.
Duas outras salas destacam alguns dos livros do poeta. "A Máquina do Mundo Repensada" é baseada no livro de mesmo nome e faz dialogarem Dante, Camões, Drummond e a física contemporânea. "Do Céu ao Chão" explora Signantia Quasi Coelum / Signância Quase Céu e percorre caminho inverso ao de Dante em A Divina Comédia: segue do paraíso ao inferno. Por fim, no espaço externo, uma instalação apresenta o poema "Servidão de Passagem".
Além das mostras físicas, o projeto prepara um site especial, com parte do material exposto e atrativos exclusivos.
A Ocupação Haroldo de Campos é uma parceria entre o Itaú Cultural, a Casa das Rosas e o Governo do Estado de São Paulo.
OCUPAÇÃO HAROLDO DE CAMPOS - H LÁXIA
ABERTURA
Quarta, 16 de fevereiro, 20h.
Leitura de poemas de Haroldo de Campos por Arnaldo Antunes, Frederico Barbosa e Livio Tragtenberg.
Entrada franca.
Espetáculos, palestras, mesas-redondas e debates complementam a mostra, a partir de quinta, 17 de fevereiro a domingo, 10 de abril.
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ITAÚ CULTURAL
Terça a sexta, das 9h às 20h
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h.
Av. Paulista, 149
Fone: (11) 2168-1777
www.itaucultural.org.br
twitter.com/itaucultural
Programação - Itaú Cultural
quarta 16 fevereiro
20h Abertura - Leitura de poemas de Haroldo de Campos. | com Arnaldo Antunes, Frederico Barbosa e Livio Tragtenberg
sábado 12 domingo 13 março
20h Multitudo - Recital multimídia tece um panorama da obra poética de Haroldo de Campos. | por Coletivo Mallarmídia Lab | com Frederico Barbosa, Marcelo Ferretti e Susanna Busato
sábado 9 domingo 10 abril
10h PARALÁXIA - Oficina de criação multidisciplinar. Os participantes desenvolverão criações textuais, musicais, videográficas e performáticas. | por Livio Tragtenberg
20h Ga-Galáxias - Show musical e visual concebido e dirigido por Livio Tragtenberg, com base em fragmentos de Galáxias.| por Livio Tragtenberg, José da Harpa Paraguaia, Peneira & Sonhador e banda
CASA DAS ROSAS
Terça a sábado, das 10h às 22h.
Domingo e feriado, das 10 às 18h.
Av. Paulista, 37
Fone: (11) 3285-6986
www.casadasrosas-sp.org.br
twitter.com/casadasrosas
Programação - Casa das Rosas
domingo 20 fevereiro
17h mesa-redonda Ocupação Haroldo de Campos - H LAXIA - debate sobre a concepção do evento, o processo de criação de Haroldo, seu percurso poético, suas relações | com Frederico Barbosa, Gênese Andrade, Livio Tragtenberg e Marcelo Tápia | mediação Claudiney Ferreira
domingo 27 fevereiro
17h palestra Convívio de Poetas: Ernesto de Melo e Castro e Haroldo de Campos - a relação pessoal do poeta português com Haroldo, seu olhar como leitor e crítico e a recepção de sua própria obra pelo escritor | por Ernesto de Melo e Castro |apresentação Gênese Andrade
domingo 13 março
17h mesa-redonda Haroldo de Campos, Poesia e Música - Os músicos falam da experiência de trabalhar com Haroldo e da convivência com o poeta | por Cid Campos e Péricles Cavalcanti | apresentação Livio Tragtenberg
domingo 20 março
17h palestra Haroldo de Campos e o Cinema - Abordagem sobre a relação da obra de Haroldo com o cinema, especialmente o trabalho realizado por Julio Bressane | por Donny Correia | apresentação Marcelo Tápia
domingo 27 março
17h mesa-redonda Literatura em Exposição: Mostras sobre Escritores em Museus e Espaços Culturais - Discussão sobre o papel de instituições que têm se dedicado a fazer exposições relacionadas à literatura | por Antonio Carlos de Moraes Sartini e Claudiney Ferreira | mediação Frederico Barbosa
domingo 3 abril
17h mesa-redonda Editar Haroldo de Campos - Dois editores que acompanharam a publicação da obra de Haroldo falam sobre essa convivência no âmbito profissional e pessoal | por Jacó Guinsburg e Plínio Martins Filho | mediação Marcelo Tápia
domingo 10 abril
17h bate-papo Fotografar Haroldo de Campos - Juan Esteves, que fez importantes registros fotográficos de Haroldo de Campos, conversa sobre seus encontros com o poeta | por Juan Esteves | mediação Gênese Andrade
Data da temporada: De 17/02/11 a 10/04/11
Preço: R$ Grátis
Casa das Rosas
Espaço Haroldo de Campos
de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37 - Bela Vista
CEP.: 01311-902 - São Paulo - Brasil
(11) 3285.6986 / 3288.9447
contato.cr@poiesis.org.br
3 de dez. de 2010
Utopia e barbárie

4 de jul. de 2010
Prêmio Cultura Hip-Hop últimos dias para inscrição


Prêmio Cultura Hip Hop
135 iniciativas serão premiadas com recursos investidos de R$ 1,7 milhão
O Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – do Ministério
da Cultura -, em parceria com o Instituto Empreender e a Ação Educativa. O objetivo é selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil.
Nesta primeira edição, o concurso presta homenagem póstuma ao músico maranhense Márcio Vicente Góes (1971-2004), o rapper Preto Ghóez, um dos líderes do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil (MOHHB).
A premiação conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão e contemplará 135 iniciativas de pessoas físicas, instituições e grupos informais nas seguintes categorias: Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento (5º elemento) e Conexões.
Oficina de Capacitação
Uma série de Oficinas de Capacitação serão realizadas em diversos estados brasileiros, e têm, como foco principal, dar esclarecimentos e orientações sobre o Edital. As oficinas serão ministradas por técnicos da SID/MinC, do Instituto Empreender e da Ação Educativa.
Inscrições
As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 12 de julho. Os interessados poderão encaminhar suas propostas pelos Correios, ou preencher os formulários eletrônicos por meio das inscrições online no endereço (http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/) já disponíveis na internet. Os critérios, procedimentos e formulários de inscrição, necessários para a participação, estarão nas seguintes páginas eletrônicas:
www.premiohiphop.org.br;
www.cultura.gov.br/diversidade;
www.institutoempreeender.org
Conheça as Categorias
Reconhecimento: destinada a honrar personalidades ou coletivos importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop no país, ao longo do tempo.
- 10 prêmios, sendo dois para cada macrorregião do país.
Escola de Rua: voltada para iniciativas que, por meio dos elementos do Hip Hop, desenvolvam ações sócio-educativas, seja a partir de pedagogias tradicionais ou inovadoras.
- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.
Correria: iniciativas que incidem sobre a geração de renda ou que criem oportunidades de trabalho para os envolvidos, tais como a criação de eventos e a confecção de produtos, dentre outras.
- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.
Conhecimento: iniciativas que fomentem a realização de encontros, seminários e debates, ou a produção de estratégias para a difusão do Hip Hop.
- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.
Conexões: iniciativas que promovam o intercâmbio com outras formas artísticas afins à cultura Hip Hop, em particular as expressões culturais afrodescendentes, criando novas associações, incorporações estéticas e políticas, para além dos quatro elementos consagrados (Break, MC, DJ e Graffiti).
- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.
O movimento Hip Hop é uma expressão da cultura urbana, com desdobramentos em diversas manifestações artísticas, tais como a dança, a música e as artes plásticas.
No Brasil, o movimento surgiu em meados da década de 80, nos tradicionais encontros que aconteciam na Rua 24 de Maio, região central da cidade de São Paulo. Grupos como os Racionais MC’s, representantes da segunda geração, tornaram o movimento conhecido e respeitado em todo o país.
Serviço
Período das inscrições: de 16 de abril a 12 de julho.
Endereço para envio das inscrições:
Instituto Empreender
SCS QD 01 Bloco nº 28 Edifício JK Sala 23
CEP 70 306-900
Brasília – DF
Telefone do Instituto Empreender: (61) 3225-2780
Contemplados: Iniciativas individuais, de grupos informais e instituições.
Valor do prêmio: R$ 13 mil para cada iniciativa.
Site: www.premiohiphop.org.br
Endereço eletrônico: premiohiphop@acaoeducativa.org
Twitter: @premiohiphop
Assessoria de Imprensa: Alexandre De Maio
Tel.:(11) 64077784
Endereço eletrônico: alexandre.de.maio@hotmail.com
28 de abr. de 2010
FEDERICO GARCIA LORCA – Leonard Cohen

Take this waltz – Leonard Cohen
Romance sonâmbulo
Federico Garcia Lorca
(A Gloria Giner e a
Fernando de los Rios)
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.
Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.
Mas quem virá? E por onde?…
Ela fica na varanda,
verde carne, tranças verdes,
ela sonha na água amarga.
— Compadre, dou meu cavalo
em troca de sua casa,
o arreio por seu espelho,
a faca por sua manta.
Compadre, venho sangrando
desde as passagens de Cabra.
— Se pudesse, meu mocinho,
esse negócio eu fechava.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Compadre, quero morrer
com decência, em minha cama.
De ferro, se for possível,
e com lençóis de cambraia.
Não vês que enorme ferida
vai de meu peito à garganta?
— Trezentas rosas morenas
traz tua camisa branca.
Ressuma teu sangue e cheira
em redor de tua faixa.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Que eu possa subir ao menos
até às altas varandas.
Que eu possa subir! que o possa
até às verdes varandas.
As balaustradas da lua
por onde retumba a água.
Já sobem os dois compadres
até às altas varandas.
Deixando um rastro de sangue.
Deixando um rastro de lágrimas.
Tremiam pelos telhados
pequenos faróis de lata.
Mil pandeiros de cristal
feriam a madrugada.
Verde que te quero verde,
verde vento, verdes ramas.
Os dois compadres subiram.
O vasto vento deixava
na boca um gosto esquisito
de menta, fel e alfavaca.
— Que é dela, compadre, dize-me
que é de tua filha amarga?
— Quantas vezes te esperou!
Quantas vezes te esperara,
rosto fresco, negras tranças,
aqui na verde varanda!
Sobre a face da cisterna
balançava-se a gitana.
Verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Ponta gelada de lua
sustenta-a por cima da água.
A noite se fez tão íntima
como uma pequena praça.
Lá fora, à porta, golpeando,
guardas-civis na cachaça.
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar.
E o cavalo na montanha.
Federico Garcia Lorca nasceu na região de Granada, na Espanha, em 05 de junho de 1898, e faleceu nos arredores de Granada no dia 19 de agosto de 1936, assassinado pelos “Nacionalistas”. Nessa ocasião o general Franco dava início à guerra civil espanhola. Apesar de nunca ter sido comunista – apenas um socialista convicto que havia tomado posição a favor da República – Lorca, então com 38 anos, foi preso por um deputado católico direitista que justificou sua prisão sob a alegação de que ele era “mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver.” Avesso à violência, o poeta, como homossexual que era, sabia muito bem o quanto era doloroso sentir-se ameaçado e perseguido. Nessa época, suas peças teatrais “A casa de Bernarda Alba”, “Yerma”, “Bodas de sangue”, “Dona Rosita, a solteira” e outras, eram encenadas com sucesso. Sua execução, com um tiro na nuca, teve repercussão mundial.
A poesia acima foi extraída de sua “Antologia Poética”, Editora Leitura S. A. – Rio de Janeiro, 1966, pág. 53, tradução e seleção de Afonso Felix de Sousa.
26 de abr. de 2010
Literatura Marginal ou Periférica?

Jéssica Balbino - Cultura Marginal - 25.04.2010

28 de fev. de 2010
Morre, aos 95 anos, José Mindlin, da Academia Brasileira de Letras


Do R7 - 28.02.2010
Um dos maiores colecionadores de livros do Brasil, Mindlin foi eleito para a ABL em 2006. Seu corpo está sendo velado no hospital, e o enterro está marcado para as 15h deste domingo no Cemitério Israelita de São Paulo, na Vila Mariana.
A bandeira da Academia foi colocada a meio pau nesta manhã.
Mindlin nasceu em São Paulo em 8 de setembro de 1914. Formou-se em Direito em 1936, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi redator do jornal O Estado de S. Paulo de 1930 a 1934. Exerceu a advocacia até 1950, quando foi um dos fundadores e presidente da empresa Metal Leve, que se tornou uma das maiores empresas de autopeças do país.
Juntamente com sua mulher, Guita, que morreu em 2006, Mindlin formou uma das mais importantes bibliotecas privadas do país. O empresário disse que começou a reunir os livros aos 13 anos e montou uma coleção de 38 mil títulos.
Em maio de 2006, o casal fez a doação de cerca de 15 mil obras para a Universidade de São Paulo (Brasiliana), entre raridades como as primeiras impressões que padres jesuítas tiveram do Brasil, jornais anteriores à Independência e manuscritos de grandes obras, como Sagarana, de Guimarães Rosa e Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
Mindlin recebeu o Prêmio Juca Pato como Intelectual do Ano de 1998, além de numerosos prêmios e condecorações, no Brasil e no exterior, destacando-se em 2003 o Prêmio Unesco na categoria Cultura e a Medalha do Conhecimento concedida pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com apoio do CNI e Sebrae Nacional, além do Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras.
Ele é autor de Uma Vida entre Livros – Reencontros com o tempo e Memórias Esparsas de uma Biblioteca e lançou em 1998 o CD O Prazer da Poesia.
Em 1999, ele foi eleito para a Academia Paulista de Letras.
Leia mais
23 de set. de 2009
Teatro na Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato

Fonte Catraca Livre - 21.09.09
Em comemoração do Ano da França no Brasil, a Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato apresenta programação especial que tem como tema a literatura infantil francesa: Charles Perrault e La Fontaine em Monteiro Lobato. De 21 a 25 de setembro, com entrada Catraca Livre.
Programação Teatral
Fabulinhas (Dias 22 e 24, às 15h)
Intervenções teatrais das fábulas de La Fontaine adaptadas por Lobato. Grupo Timol.
As fábulas e a infância: Educação e cultura (Dia 23, às 14h)
Com as professoras Azilde Andreotti e Ana Lúcia Brandão. Mediação: Nelson Somma Jr.
Mesa-redonda sobre a influência das fábulas na literatura infantil e na educação. Haverá apresentação da peça Fabulinhas, do Grupo Timol, durante os intervalos.
Narração de histórias de Charles Perrault
Contos de fadas recontados por Charles Perrault na França do século 17. As narrações ocorrem em sala da ambientada com mapas e fotos da França.
É necessário fazer agendamento pelo telefone: 3256-4438.
A Gata Borralheira (Dia 21, às 10h)
Com Maria Haila de Oliveira.
Rquette Topetudo (Dia 22, às 14h)
Com Maria Cecília Coscia Graner.
Os Presentes das Fadas (Dias 23, às 10h)
Com Aparecida Uliani.
O Gato de Botas (Dia 24, às 14h)
Com Irany de Lourdes Ferreira.
Serviço:
O Que: | Teatro na Biblioteca Monteiro Lobato |
Quando: | Seg 21/09 às 10:00 (Mais datas)Ter 22/09 às 14:00 Ter 22/09 às 15:00 Qua 23/09 às 10:00 Qua 23/09 às 14:00 Qui 24/09 às 14:00 Qui 24/09 às 15:00 |
Quanto: | Catraca Livre |
Onde: | Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato |
Endereço: | R. General Jardim, 485, Vila Buarque. Telefone: (11) 3256-4438. |
As informações acima são de responsabilidade do estabelecimento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. |
20 de jul. de 2009
Hoje: vida e obra de Paulo Leminski no De Lá Pra Cá da TV Brasil


Intelectual inquieto e fundador de um novo e único momento na poesia brasileira, a contracultura dos anos 60/70, Leminski morreu jovem e no auge de sua capacidade criadora, há 20 anos.
Para falar da vida e obra desse artista de múltiplas faces, o programa ouviu o jornalista e escritor Toninho Vaz, biógrafo de Leminski e de Torquato Neto, e que escreveu Paulo Leminski, o bandido que sabia latim.
O De Lá Pra Cá ainda conta com participações dos cineastas Paulo Munõz e Berenice Mendes (última esposa do poeta); do escritor e amigo, Wilson Bueno; da crítica literária Cassiana Lacerda e de outro biógrafo, o jornalista Fabrício Marques, autor de Aço em flor, a poesia de Paulo Leminski.
Os músicos Dadi Carvalho, fundador do grupo A Cor do Som, e Ivo Rodrigues, do grupo Blindagem, vão contar casos da época de parceria.
Dadi, que era muito jovem quando conheceu Leminski, logo se apaixonou pelo poeta e manteve uma parceria de quase 20 anos. A música de Leminski, intitulada Mudança de Estação, deu nome ao LP do grupo em 1981 e será relembrada no programa.
Ivo Rodrigues foi parceiro e conviveu com Leminski.
De Lá Pra Cá vai ao ar na segunda-feira (20), às 22h, na TV Brasil.
Fonte: TV BRasil - 20.07.09
18 de jul. de 2009
Livro e Vídeo: Balzac e a Costureirinha Chinesa


BALZAC E A COSTUREIRINHA CHINESA é uma crônica da vida na China durante a revolução de 68. Um romance sobre a felicidade da descoberta da literatura, a liberdade adquirida através dos livros e a fome insaciável pela leitura, numa época em que as universidades foram fechadas e os jovens intelectuais mandados ao campo para serem "reeducados por camponeses pobres".
Entre os que tiveram de abandonar as cidades está o narrador de BALZAC E A COSTUREIRINHA CHINESA e seu melhor amigo, Luo. O destino deles é uma aldeia escondida no topo de uma montanha. A vida não é fácil para a dupla, mas com muita coragem, senso de humor, uma forte imaginação e a companhia da Costureirinha — a menina mais bela da região — o tempo vai passando. Até que descobrem a mala repleta de livros banidos pela Revolução Cultural. As obras, sobretudo Ursule Mirouët, de Balzac, revelam aos adolescentes uma realidade que nunca haviam imaginado. E é por intermédio desse mudo novo além das fronteiras chinesas, e dos grandes mestres da literatura que o narrador, Luo e a Costureirinha compreendem que suas vidas pertencem a algo muito maior.
DAI SIJIE dirigiu três filmes de longametragem, dentre os quais Chine ma Douleur, e o BALZAC E A COSTUREIRINHA.
Fonte: Editora Objetiva
16 de jul. de 2009
O Pensamento Socialista Libertário de Noam Chomsky e a manipulação da mídia


Chomsky ficou conhecido, principalmente, pelos seus escritos contra a política externa norte-americana e suas análises da política e da economia do mundo, o que podemos encontrar em seus Novas e Velhas Ordens Mundiais, Contendo a Democracia, O Império Americano e Ano 501: a conquista continua. Além disso, apresentou instigantes análises da forma como as corporações vêm dominando o mundo, da economia global e do movimento de resistência, em O Lucro ou as Pessoas. Fez notáveis análises dos atentados terroristas em 11 de Setembro, interessantes observações em seus escritos sobre mídia, tais como Controle da Mídia: os espetaculares feitos da propaganda e A Manipulação do Público, entre tantas outras publicações. Chomsky ficou também conhecido por razão de seus importantes livros sobre lingüística tais como Estruturas Sintáticas, Aspectos da Teoria da Sintaxe, e Lingüística Cartesiana.[1] Isso geralmente é de conhecimento daqueles que admiram e conhecem um pouco da vasta obra do autor. Muitos, no entanto, não sabem dessa defesa explícita dos princípios do socialismo libertário. Por esse motivo, achamos por bem mostrar esse “outro” Chomsky. Dizemos um outro Chomsky, e assim fizemos questão de mencionar por diversas vezes na apresentação de seu livro Notas sobre o Anarquismo[2] – cuja organização e tradução também foi fruto de nosso trabalho –, pois seus escritos sobre lingüística, política externa dos EUA, etc. são facialmente encontrados e muito conhecidos. Ao contrário, seus textos discutindo anarquismo, são pouco conhecidos e até por isso, surgiu a proposta do livro, que seria mostrar esse “novo” Chomsky. Trazer à tona textos que estavam “perdidos” em antigos periódicos anarquistas, em livros nunca traduzidos ao português e mostrar a atualidade do pensamento libertário presente em Chomsky.
Há um fator de muita importância na forma com que Chomsky apresenta seu pensamento. Sua concepção do papel dos intelectuais, muito bem exposta em seu artigo The Responsibility of Intellectuals [A Responsabilidade dos Intelectuais] de 1967, coloca sobre estes o dever de “denunciar as mentiras dos governos, analisar as ações de acordo com suas causas, seus motivos e as suas intenções, que são freqüentemente escondidas”. Para ele, o mundo ocidental daria aos intelectuais esse poder, fruto de sua liberdade política, de seu acesso à informação e de sua liberdade de expressão. Mais ainda: por constituírem uma pequena e privilegiada minoria, os intelectuais acabariam sendo beneficiados pois “a democracia ocidental proporciona o tempo disponível, as habilidades e a instrução para a busca da verdade que está escondida atrás da máscara da distorção e da falsidade, da ideologia e do interesse de classe”, fatores esses, que acabam por influenciar os fatos que chegam até nós. Chomsky constrói seu pensamento do anarquismo sobre estes mesmos alicerces. Em momento algum, coloca-se como um explorado ou um simples proletário. Seria inclusive cínico de sua parte caso o fizesse. Ele acaba por colocar-se como um intelectual privilegiado, que mora num país que proporciona a seus cidadãos condições privilegiadas e cujo conhecimento e respeito que tem, terminam por propiciar-lhe maiores liberdades. É nesse sentido que Chomsky buscará transformar as realidades do mundo, utilizando como vantagens, as condições em que está imerso.
Algo que nos admira é que, apesar de um grande e erudito intelectual com quase 50 anos de academia, Chomsky consegue fazer-se entender por exemplos simples e um palavreado altamente acessível para qualquer um que queira compreender seu pensamento. Em grande medida, pode-se atribuir também a esse motivo, a relação que tentamos estabelecer entre o pensamento de Chomsky e de Errico Malatesta, anarquista italiano cujos textos tinham, apesar de um conteúdo de grande relevância, uma forma simples, de fácil compreensão. Apesar de Malatesta nunca ser citado nos textos e entrevistas de Chomsky, parece-nos inevitável que existam alguns pontos de convergência entre os dois, tanto na forma quanto no conteúdo de seus escritos. Por ora, entretanto, cabe-nos ressaltar apenas essa similaridade – dos escritos de forma simples e com grande conteúdo –, algo que acabamos por considerar uma qualidade.
Nosso intento, ao escrever sobre o pensamento de Noam Chomsky, reflete, como já dito, um esforço na atualização das idéias anarquistas, e Chomsky, apesar de polêmico – veremos o porquê durante o texto – tem a base de suas idéias construída sobre os clássicos anarquistas. Propõe, do nosso ponto de vista, uma interessante tentativa em trazer a discussão do anarquismo para os dias de hoje. Identificamos, por isso, para a compreensão de seu pensamento e das suas relações com os princípios libertários, dez aspectos que tentarão dar conta deste assunto. No entanto, para uma compreensão mais aprofundada, sugerimos a leitura do material selecionado por nós em Notas sobre o Anarquismo. Tentaremos também, relacionar alguns autores com esses dez conceitos chomskyanos do anarquismo e do pensamento libertário.
Por Felipe Corrêa - 15.06.09
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Veja também:
Zeitgeist
Alan Watt
15 de jul. de 2009
Não mais “tempo de homens partidos”


Alceu Amoroso Lima, sempre uma inspiração para o trabalho e compromisso com os pobres, dizia que devíamos substituir a disjuntiva “ou” pela conjuntiva “e”. A disjuntiva separa: ou isto ou aquilo, como se as coisas fossem sempre opostas. O “e” une, na perspectiva da cooperação, da integração, da complementação. A experiência histórica do Brasil comprova a importância desse ensinamento do mestre Alceu. Durante muito tempo vivemos a separação: ou o desenvolvimento econômico ou políticas de inclusão e justiça social. Como se o desenvolvimento econômico fosse incompatível com as políticas de distribuição de renda e de melhoria efetiva das condições de vida das populações mais empobrecidas. Por muito tempo vivemos esse mito desagregador. Assim, o país cresceu muito no século 20, mas não garantiu a sustentabilidade social e ambiental desse crescimento exatamente porque não integrou os pobres nesse desenvolvimento, não garantiu, portanto, a inclusão dos pobres. Hoje estamos vendo que é exatamente o contrário. É preciso crescer, sim, para distribuir. O crescimento econômico é condição básica para distribuição de renda, porém não suficiente. É preciso, para distribuir renda, adotar, como estamos fazendo, vigorosas políticas sociais que devem ser cada vez mais institucionalizadas, colocadas no campo das políticas de estado, de direitos e deveres. Estamos vendo, com a experiência concreta da rede nacional de proteção e promoção social, que estamos consolidando no Brasil, especialmente por meio de políticas públicas de transferência de renda de grande alcance, como o programa Bolsa Família, que as políticas sociais têm amplos alcances. Além da dimensão ética, humanitária,de assegurar direitos e integrar pessoas, famílias e comunidades mais pobres no projeto nacional, as políticas sociais têm ainda uma dimensão prática, econômica. Os pobres estão recuperando a cidadania e também se tornando consumidores e isso aquece economias locais. O comércio vende mais e, vendendo mais, o comércio também estimula a indústria. Isso gera mais possibilidade de trabalho, emprego e renda. Estamos vendo hoje que as políticas de transferência de renda estão tendo grande impacto anti-crise no Brasil. Como disse o presidente Lula, os pobres não guardam o dinheiro. O dinheiro que eles recebem do Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e dos programas de apoio à agricultura familiar por exemplo, são imediatamente colocados no mercado. Outra dicotomia que está sendo posta por terra é a que opõe o desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental. Vemos hoje que em muitas regiões do Brasil o desenvolvimento econômico e, vinculado a ele, o desenvolvimento social pressupõem o desenvolvimento ambiental. Isso porque o desenvolvimento, numa concepção mais integral e integrada, requer a promoção de todas as potencialidades de uma determinada região organizada em torno de suas características comuns do ponto de vista geográfico, econômico, histórico, cultural. O desenvolvimento dessas regiões passa sempre pela recuperação de rios e bacias hidrográficas e de ecossistemas que caracterizam essas regiões. Os estudos vão mostrando que a revitalização de rios e bacias não é questão meramente de preservação das águas, por mais sagradas que elas sejam. É também fator fundamental para indução do desenvolvimento. São importantes para viabilizar programas de irrigação racional da agricultura, para o desenvolvimento da agroindústria, da indústria, além, é claro, de outras possibilidades no campo da cultura, do turismo, e da qualidade de vida. O crescimento econômico hoje tem de ter o olhar voltado para o futuro para que a gente possa honrar nosso compromisso com as novas gerações. Temos de crescer, mas preservando a vida e os recursos fundamentais para que as pessoas possam continuar, de maneira adequada, a grande aventura humana na face da terra. Portanto, a exploração necessária dos recursos naturais pressupõe racionalidade, integração de políticas e também desenvolvimento de tecnologias que preservem esses bens para nossos filhos e netos. A implantação da rede de políticas sociais no Brasil enfrentou mesmos preconceitos do “ou”, “ou”. O principal exemplo é dado pela máxima “dar o peixe ou ensinar a pescar”. Geralmente essa é uma questão colocada por pessoas que nunca deram o peixe e nunca ensinaram a pescar. Porque as pessoas que vivem uma presença maior nas comunidades pobres sabem que as duas coisas são indissociáveis. Uma pessoa que não tenha comido bem o peixe antes não terá condições de pescar. Portanto a alimentação, que muitos veem como “dar o peixe”, não é uma questão assistencialista. É um direito, pressuposto básico da dignidade humana, do direito à vida, do desenvolvimento das potencialidades dos talentos pessoais, familiares e coletivos, comunitários. Temos cada vez mais de colocar a questão da alimentação, assim como a questão da família e da assistência social no campo dos direitos e das políticas públicas como estamos fazendo no Brasil e como já fizeram no passado os países socialmente mais desenvolvidos e equânimes. Para que uma pessoa possa pescar, e isso é um objetivo que temos também, claro, é necessário que ela tenha resguardadas as condições para isso. Da mesma forma, estamos superando a oposição entre políticas sociais e acomodamento. Essa falsa dicotomia se apresenta como se garantir alimentação, garantir condições básicas de vida, uma renda familiar básica acomodasse as pessoas. Nesse raciocínio, há um preconceito forte contra os pobres, como se eles não tivessem desejo, como se os pais pobres não quisessem futuro para seus filhos, como se não quisessem progredir na vida. O desenvolvimento pressupõe atendimento de necessidades básicas. O que acomoda as pessoas é a fome, a desnutrição e as doenças e enfermidades que daí decorrem. A história ensina que direitos respeitados com políticas sociais devidamente implementados implicam novos direitos, e também novos deveres e responsabilidade em face da coletividade. Essas reflexões me ocorrem no momento em que estamos vivendo no Brasil a integração de políticas, uma opção que vem sendo debatida internacionalmente. Estive recentemente na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e fiquei muito feliz porque estava sendo discutida exatamente a integração, com o exemplo e referência da experiência brasileira, das políticas sociais com o mundo do trabalho. Isso aponta para superação de mais uma dicotomia, a que opõe o mundo do trabalho às políticas de assistência social. Na OIT, os estudiosos do assunto partem da constatação de que não há pleno emprego. No dia que houver pleno emprego o sistema capitalista mudará seus pressupostos. E observam que além disso, as mudanças tecnológicas aumentaram mais ainda o fosso do desemprego e as políticas sociais são um vigoroso suporte para impedir que os trabalhadores resvalem para indigência e permaneçam excluídos. Estamos integrando desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e enfrentando o desafio cada vez maior de integrar o desenvolvimento econômico e social com o desenvolvimento ambiental. Defendemos a integração das políticas sociais, atendendo aqui e a agora as pessoas nas suas necessidades mais urgentes, que são também direitos, e articulando com direitos de médio e longo prazo. Temos o compromisso de ampliar nossas políticas emancipatórias que apontam também para benefícios futuros em relação aos filhos, netos dessas pessoas e famílias que estão sendo atendidas hoje. A lição do mestre Alceu nos indica a superação de tempos difíceis, como diz Drummond, “(...) tempo de divisas, / tempo de gente cortada. / De mãos viajando sem braços, / obscenos gestos avulsos”. Sabemos que o desafio é grande e o caminho, árduo. Mas estamos vencendo, porque, lembra o poeta, “a escuridão estende-se mas não elimina / o sucedâneo da estrela nas mãos.”
Patrus Ananias - é ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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