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4 de out. de 2012

Cultura com Haddad foi um ato para a história de São Paulo

Poucas vezes a cidade de São Paulo foi tão a cidade desejada quanto ontem no Teatro Jaraguá.

No centro o Diretor Teatral Zé Celso Martinez, com Fernando Haddad e vários intelectuais - Foto: Paulo Pinto

Quando se fala da São Paulo cosmopolita, criativa, antenada, global, fala-se dessa São Paulo que na noite de ontem declarou apoio a Haddad.

Por Renato Rovai - Revista Forum - 03.10.12

Quando se fala da São Paulo solidária, coletiva, participativa e que recebe a todos de braços abertos, fala-se dessa São Paulo que na noite de ontem declarou apoio a Haddad.

Quando se fala da São Paulo inteligente, questionadora, inquieta e fascinante, fala-se dessa São Paulo que na noite de ontem declarou apoio a Haddad.

Quando se fala da São Paulo displicente, irreverente, antropófaga, fala-se dessa São Paulo que na noite de ontem declarou apoio a Haddad.

Quando se fala da São Paulo que estuda, que rala, que não se entrega, que defende suas ideias, fala-se da São Paulo que na noite de ontem declarou apoio a Haddad.


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14 de jun. de 2012

O cinema segundo Carlão Reichenbach


Carlos Reichenbach
Por Andre Barcinski

Sempre admirei Carlos Reichenbach à distância.

Não posso dizer que fui amigo dele, até porque só o encontrei pessoalmente umas cinco ou seis vezes. Mas foram todos encontros marcantes para mim.

20 de abr. de 2012

Mostra em São Paulo leva o visitante ao mundo de Jorge AmadoA/E

Imagem: A/E

Autor baiano ganha mostra interativa com cartas, fotos e trechos de filmes adaptados de suas histórias, dentre outras atrações. Exposição tem entrada gratuita aos sábados


Dos autores brasileiros, Jorge Amado talvez seja o mais local, universal e internacional. Escrevia a partir da Bahia, sobre coisas da sua terra e sua gente, e seus livros encantavam leitores do mundo todo. Pelas contas da Fundação Casa de Jorge Amado, a obra do escritor baiano foi traduzida para 49 idiomas e premiada em lugares tão diversos quanto a ex-União Soviética, a Itália e a França, sem contar o Brasil. 

8 de abr. de 2012

O Ovo de Páscoa, uma tradição de consumo que movimenta milhões em vários países


Foto de Karl-Josef Hildenbrand/ AFP














Uma delícia tentadora, o Ovo de Páscoa chegou até nós oriundo de tradições milenares, que estavam fortemente arraigadas nas comunidades primitivas humanas de base agrícola, visto hoje como símbolo do renascimento para os católicos.

15 de mar. de 2012

"Os homens passam, os livros ficam." José Mindlin


papo_cabecapapo_cabecapapo_cabeca
 papo_cabecaJosé Mindlin *

Não é exagero: este homem foi uma biblioteca. Mas não apenas por ser um leitor voraz, capaz de ler 100 livros por ano, e sim porque sua biblioteca de livros "ciumentos" é sua grande obra. A ela devotou a vida. E agora a entrega ao mundo. Foi secretário de cultura, combatendo o regime militar dentro do governo. Acreditou numa tecnologia brasileira, e na empresa que fundou, num tempo em que mal havia patrocínio cultural, viabilizou obras artísticas fundamentais. Mais do que um homem notável, José Mindlin foi uma figura encantadora. Na despedida, nos vem com essa: ” Não entendo por que todos que vêm aqui me visitar são tão simpáticos…”

21 de dez. de 2011

As midias na educacao - desafios na Comunicação Pessoal.


“A simples introdução dos meios e das tecnologias na escola pode ser a forma mais enganosa de ocultar seus problemas de fundo sob a égide da modernização tecnológica. O desafio é como inserir na escola um ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo: experiências culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da comunicação, além de configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de aprendizagem conserve seu encanto”.
Jesús Martín Barbero

As mídias educam
Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação. 

3 de dez. de 2010

Plano Nacional de Cultura

Presidente Lula sanciona lei que orientará políticas culturais nos próximos 10 anos



Reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional brasileira; proteger e promover o patrimônio histórico e artístico, material e imaterial; valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais. Esses são alguns objetivos do Plano Nacional de Cultura (PNC), sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira (02.12) e publicado no Diário Oficial da União dessa sexta-feira (03.12), na forma de Lei 12.343/2010.
Juntamente com a aprovação do Plano, há a criação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC). As diretrizes, objetivos e estratégias contidas no Plano terão validade por dez anos. Serão fixadas pela coordenação executiva a partir de subsídios do SNIIC. Essas metas serão reavaliadas periodicamente. De acordo com o projeto de lei sancionado, a primeira avaliação deverá ser realizada daqui a quatro anos.
Veja aqui, na íntegra, a publicação no D.O.U.

Futuro

Após 180 dias da sanção do Plano Nacional de Cultura (PNC) pelo presidente da República, o Ministério da Cultura deverá estabelecer metas para implementação de seus objetivos. Nesse mesmo prazo, o MinC deverá criar o conselho e a coordenação-executiva do plano.
O Plano Nacional é uma diretriz a ser seguida pelos estados e municípios, para criarem seus próprios planos de cultura. A adesão, porém, não é automática ou obrigatória. O MinC irá criar protocolos de adesão para esses entes federativos, e então subsidiar, com consultoria técnica e apoio orçamentário, a elaboração desses planos.

Marcos Agostinho (Comunicação Social/MinC)

4 de jul. de 2010

Prêmio Cultura Hip-Hop últimos dias para inscrição


Do Blog do Ferrez


Prêmio Cultura Hip Hop
135 iniciativas serão premiadas com recursos investidos de R$ 1,7 milhão

O Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – do Ministério
da Cultura -, em parceria com o Instituto Empreender e a Ação Educativa. O objetivo é selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil.
Nesta primeira edição, o concurso presta homenagem póstuma ao músico maranhense Márcio Vicente Góes (1971-2004), o rapper Preto Ghóez, um dos líderes do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil (MOHHB).
A premiação conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão e contemplará 135 iniciativas de pessoas físicas, instituições e grupos informais nas seguintes categorias: Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento (5º elemento) e Conexões.
Oficina de Capacitação
Uma série de Oficinas de Capacitação serão realizadas em diversos estados brasileiros, e têm, como foco principal, dar esclarecimentos e orientações sobre o Edital. As oficinas serão ministradas por técnicos da SID/MinC, do Instituto Empreender e da Ação Educativa.
Inscrições
As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 12 de julho. Os interessados poderão encaminhar suas propostas pelos Correios, ou preencher os formulários eletrônicos por meio das inscrições online no endereço (http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/) já disponíveis na internet. Os critérios, procedimentos e formulários de inscrição, necessários para a participação, estarão nas seguintes páginas eletrônicas:
www.premiohiphop.org.br;
www.cultura.gov.br/diversidade;
www.institutoempreeender.org
Conheça as Categorias
Reconhecimento: destinada a honrar personalidades ou coletivos importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop no país, ao longo do tempo.
- 10 prêmios, sendo dois para cada macrorregião do país.
Escola de Rua: voltada para iniciativas que, por meio dos elementos do Hip Hop, desenvolvam ações sócio-educativas, seja a partir de pedagogias tradicionais ou inovadoras.
- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.
Correria: iniciativas que incidem sobre a geração de renda ou que criem oportunidades de trabalho para os envolvidos, tais como a criação de eventos e a confecção de produtos, dentre outras.
- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.
Conhecimento: iniciativas que fomentem a realização de encontros, seminários e debates, ou a produção de estratégias para a difusão do Hip Hop.
- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.
Conexões: iniciativas que promovam o intercâmbio com outras formas artísticas afins à cultura Hip Hop, em particular as expressões culturais afrodescendentes, criando novas associações, incorporações estéticas e políticas, para além dos quatro elementos consagrados (Break, MC, DJ e Graffiti).
- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.
O movimento Hip Hop é uma expressão da cultura urbana, com desdobramentos em diversas manifestações artísticas, tais como a dança, a música e as artes plásticas.
No Brasil, o movimento surgiu em meados da década de 80, nos tradicionais encontros que aconteciam na Rua 24 de Maio, região central da cidade de São Paulo. Grupos como os Racionais MC’s, representantes da segunda geração, tornaram o movimento conhecido e respeitado em todo o país.
Serviço
Período das inscrições: de 16 de abril a 12 de julho.
Endereço para envio das inscrições:
Instituto Empreender
SCS QD 01 Bloco nº 28 Edifício JK Sala 23
CEP 70 306-900
Brasília – DF
Telefone do Instituto Empreender: (61) 3225-2780
Contemplados: Iniciativas individuais, de grupos informais e instituições.
Valor do prêmio: R$ 13 mil para cada iniciativa.
Site: www.premiohiphop.org.br
Endereço eletrônico: premiohiphop@acaoeducativa.org
Twitter: @premiohiphop
Assessoria de Imprensa: Alexandre De Maio
Tel.:(11) 64077784
Endereço eletrônico: alexandre.de.maio@hotmail.com

4 de mai. de 2010

Kassab exclui periferia da virada cultural


Fora pobres, fora vagabundos!!!
Vermelho

HIp-hop fica de fora dos principais palcos da Virada Cultural

O hip hop perdeu espaço na Virada Cultural deste ano, pois não há apresentações do estilo nos palcos principais. No ano passado, um palco no Parque Dom Pedro foi destinado apenas aos shows de rap e, em 2007, o grupo Racionais MC's foi a atração principal na Praça da Sé.
Segundo o diretor do evento, José Mauro Gnaspini, alguns grupos de hip hop não estão na grade "ou porque a gente considera que o espaço não é adequado e a gente tem receio de segurança, ou por causa da nossa experiência pregressa". Nesse caso, ele cita o tumulto que ocorreu no show dos Racionais em 2007.

"Já se passaram dois anos do fatídico ocorrido, e acredito que deverão passar mais dez para os curadores do evento tratarem o rap com respeito novamente. No ano passado eles isolaram os grupos de rap em um lugar de difícil acesso", reclamou o rapper Macário, do Projeto Manada, em entrevista ao site Catraca Livre. “Salvo pequenas exceções, como o Marcelo D2 e o Costa a Costa, que tocaram em palcos independentes, o resto do rap ficou de castigo!”, conclui.

O Dj Cortecertu, do portal Bocada Forte, acredita que não existe um único responsável pelos incidentes. “Ninguém pode colocar a culpa no rap e simplesmente excluí-lo, são vários fatores sociais, educacionais, econômicos e culturais que transformam tudo num barril de pólvora. Algo além do rap”, afirma.


Do blog do Capaccete - 04.05.2010

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Veja o vídeo do Blog Cloaca News


24 de abr. de 2010

Psiquiatra afirma sofrer pressão para internar menores da Cracolândia

Médico que coordenou Caps do Centro de SP disse ter sido afastado.
Secretaria não comenta; para MP, laudo médico precisa ser respeitado.


 Uma queda de braço entre a direção de uma unidade de tratamento psicossocial de menores no Centro de São Paulo e a Prefeitura resultou na saída do diretor do local, o psiquiatra Raul Gorayeb. Em entrevista ao G1, o médico afirma que sua equipe sofria pressão por parte da prefeitura para internar os menores usuários de drogas recolhidos na Cracolândia – região do Centro marcada pelo tráfico e consumo escancarado de drogas -, mesmo quando o laudo médico concluía que eles não precisavam de internação. A Secretaria Municipal de Saúde não quis comentar as afirmações.
Confira a entrevista em vídeo
A gente ficou três meses avaliando crianças e nenhuma delas tinha indicação de internação. Eram pegos usando crack, fumando maconha, cheirando cola. Isso não é certo, mas não quer dizer que eu tenha o direito de trancá-la num hospital psiquiátrico."
Raul Gorayeb, psiquiatra
O médico coordenava os trabalhos do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil da Sé. Ele afirma que seria irresponsabilidade internar sem critérios. "A gente tem responsabilidade. A gente ficou três meses avaliando crianças e nenhuma delas tinha indicação de internação. Eram pegos usando crack, fumando maconha, cheirando cola. Isso não é certo, mas não quer dizer que eu tenha o direito de trancá-la num hospital psiquiátrico."
A legislação brasileira determina que a internação para os pacientes psiquiátricos precisa de laudo médico que comprove sua necessidade. Há três tipos de internação: a voluntária, com consentimento do paciente; a involuntária, no caso de menores de idade ou pacientes em crise; e a compulsória, quando a Justiça determina a internação. No caso de internação involuntária, o hospital deve comunicar o Ministério Público estadual em até 72 horas.
Para o psiquiatra, a prefeitura tinha intenção de "limpar" o Centro da cidade e acabava deixando o problema para os médicos do Caps.
"A gente estava fazendo o trabalho no Caps Infantil, e dá trabalho montar uma equipe para trabalhar bem, quando começou a operação que hoje eles chamam de Centro Legal e eu chamo de ‘varrição do entulho social’. Eles imaginam que varrendo uma coisa feia do centro, vão ganhar dividendos perante a população. E começaram a fazer isso de forma truculenta e inadequada", afirmou o médico.
Gorayeb ficou à frente do Caps Infantil por um ano e um mês, desde a inauguração da unidade em fevereiro de 2009 até o mês passado. Ele disse ter sido afastado das funções por não concordar com as determinações da Coordenadoria Regional de Saúde da Sé, órgão da Secretaria Municipal de Saúde que orienta os equipamentos da região sobre as políticas estabelecidas pela prefeitura.
Menores são 
revistados durante operação da polícia na 
CracolândiaOperação da polícia na Cracolândia (Foto: Mariana Oliveira/G1)
Assim como em vários órgãos de saúde na cidade de São Paulo, o Caps Infantil do Centro é administrado pela Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) em convênio com a Prefeitura. A SPDM, por sua vez, é ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), de onde seleciona os profissionais que gerenciam os equipamentos de saúde. O psiquiatra Raul Gorayeb é professor da Unifesp.
Além de Gorayeb, a reportagem também conversou com a psiquiatra Ana Cecília Marques, também da Unifesp, que coordenou o Caps Álcool e Drogas (AD) 24 horas da Sé, que fica no mesmo prédio do Caps Infantil. Ela confirmou a prática de pressão por internação mesmo nos casos em que a equipe técnica não julgava necessário.
O G1 procurou a Secretaria de Saúde, que recomendou que a reportagem buscasse informações com a SPDM. A SPDM admitiu que a Prefeitura pressionava os médicos para que os menores fossem internados, mas disse que se trata de uma "divergência técnica" de opinião. A entidade disse que, por apoiar os médicos, deixou a coordenação dos Caps Infantil e AD da Sé. O G1 voltou a procurar a secretaria, que não quis comentar.
Tem que prevalecer a ordem médica. A recomendação do Ministério Público é que esse tipo de internação seja ‘judicializada’, passe por um juiz, para ser legitimizada. Mas o juiz vai respeitar o critério médico"
Lélio Ferraz de Siqueira Neto,  promotor
O promotor de Justiça Lélio Ferraz de Siqueira Neto, coordenador da área de menores do Ministério Público de São Paulo, afirma que a recomendação médica deve ser respeitada em casos de internação de menores.
“Tem que prevalecer a ordem médica. A recomendação do Ministério Público é que esse tipo de internação seja ‘judicializada’, passe por um juiz, para ser legitimizada. Mas o juiz vai respeitar o critério médico”, explica.
“Não conheço o doutor Raul, mas conheço o seu trabalho e o da Unifesp no Centro, é um trabalho que precisa ser respeitado. Perder esse instrumento é uma pena”, afirma.
'Varrição social'
O programa Centro Legal foi lançado pela prefeitura em julho de 2009. Dados de fevereiro mostram que desde o início do projeto haviam sido feitas 50 mil abordagens no centro por 27 equipes e que 87% dos abordados recusaram tratamento ou conversa com agentes. No site da Prefeitura, uma nota diz que foram realizadas 170 internações de julho do ano passado até fevereiro último.
Raul Gorayeb afirmou que a Guarda Civil Metropolitanal era quem recolhia os menores e levava para o Caps, quando a abordagem deveria ser feita pela Assistência Social.
"A grande maioria das pessoas que usam drogas, sejam lícitas ou ilícitas, não tem problemas de saúde e nem precisa se tratar por causa disso. Há equivoco, às vezes, da autoridade de saúde e até de alguns profissionais. Então o que essa diretriz da política pública atual fez? Convocou a Guarda Civil para passar e recolher as pessoas que encontravam e quem se deixava apanhar era levada para o Caps.(...) E queria que a gente concordasse em internar em hospital psiquiátrico que eles fizeram convênio."
O promotor público confirma que a abordagem dos menores não pode ser feita pela Guarda Civil Metropolitana. “A GCM não tem autorização para abordar essa crianças”, afirma Siqueira Ferraz.
Na avaliação de Gorayeb, a prefeitura deveria privilegiar e fortalecer a Assistência Social. "O erro de querer interná-las está no fato de que para cuidar do problema eu não tenho que internar. Tenho que cativar confiança, levar para abrigo, ver se tem vínculos familiares que ele deseja ou possa retornar. Senão criar situação de lar substituto."
Ele disse ainda que o Caps não pode ser usado como "quebra-galho da falência do sistema social". O psiquiatra afirmou que foi afastado da função justamente por diversas vezes se recusar a internar os menores.

Bala de prata


  Por Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior – Editor.*
Bala de prata é, de verdade, a única coisa que extermina seres malignos: lobisomens, bruxas, vampiros... Já na política, bala de prata é a mentira usada pela direita para derrotar líderes políticos quando os recursos normais e éticos não resolvem. Será empregada exaustivamente pelo PIG e a Casa millenium no programa eleitoral gratuito.
Acontece que a munição é tão abundante e eles usam-na de forma tão despudorada e extravagante, que, às vezes, cega e as bala de prata atingem seus próprios pés. A Rede Globo é campeã nisso, um exemplo foi a tentativa de evitar a correta contagem dos votos do Brizola – a Globo simplesmente recusava-se a noticiar a vitória, nas urnas, do governador eleito do Rio de Janeiro. Terminou dando direito de resposta a Leonel Brizola. Acertou os próprios pés, está manca até hoje e continuará assim para o resto da vida.
Depois, a Globo solenemente desconheceu a campanha das Diretas Já! – só parou quando seus veículos começaram a ser depredados nas ruas das capitais brasileiras. Mais tiro no pé. Agora é a propaganda da campanha eleitoral embutida pelos profissionais da imprensa golpista, os pig do millenium, ao aproveitarem-se do aniversário da Rede Globo e fazerem propaganda política, antecipadamente, do candidato tucano na televisão, incluindo o slogan da candidatura a presidente de José Serra “Pó demais”, já plagiado da campanha do presidente americano Barak Obama “We Can”, como palavras de ordem criadas pela emissora para comemorar seu aniversário.
A coisa foi tão descarada, que o alerta imediato da Blogosfera tirou do ar, em menos de 24 horas, a propaganda política dos tucanos à presidência da República embutida, dissimulada e subliminarmente vinculada domingo, no aniversário da Rede Globo de televisão. O tiro saiu pela culatra! E, desde então, têm sido suspensas as falas dos maiores artistas da Rede Globo dizendo que o Serra é pó demais. Diga aí se pode? No aniversário da rede?
A chamada Direção da Casa, que só aparece nessas horas e por meio de marionetes, informa e defende-se dizendo que o filme do aniversario foi feito há seis meses. O certo é que eles mesmos noticiaram as gravações feitas somente quatro dias depois do lançamento da campanha a presidente da República de Jose Serra, e dizendo o slogan da campanha no aniversário da rede. A Globo dá mais um tiro no pé. Eles agora vão ter que colocar uma prótese no pé, vão ficar como o pirata da perna de pau... Pior é bala de fragmentação. Tem muito artista que não quer ficar coxo de jeito nenhum. E aí, como é que fica? E pode mais, pode caber direito de resposta de vários partidos.
Porém, às vezes os tiros são certeiros e fatais. Lula já foi atingido assim duas vezes nas campanhas eleitorais para presidente, como no episódio, armado e muito bem planejado, da prisão dos sequestradores do dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, na véspera da eleição. A ida da Mirian Cordeiro, mãe de uma filha do Lula, à televisão para dizer que ele queria fazer o aborto, quando fora ele quem criara e educara a menina é um outro exemplo de bala de prata fluminante no mais fundo do coração. Além disso, temos a farsa montada no debate entre Lula e Collor. Abordei isso no artigo anterior.
Nesses casos, as balas de prata cumpriram seu papel direitinho, e Lula foi derrotado nas duas vezes. E podem ficar certos, “como 2 e 2 são 4”, de que vai ter bastante bala de prata para nossa Dilminha. Vejamos algumas.
O inacabado caso Lina Vieira é uma espoleta contra a Dilma, um exemplo atual ensaiado de bala de prata, que começou com a resposta da então ministra da Casa Civil à pergunta do senador Agripino Maia, falando em Comissão do Congresso Nacional sobre ser ou não verdade que ela tinha mentido em depoimentos na policia. Dilma disse que sim. O porquê contou a verdade? Mentiu sob tortura. Naquela hora, para bom entendedor, ficou claro também que ela não era, neste aspecto, exatamente, a continuação do Lulinha Paz e Amor.
E tem mais: se o ministro Nelson Jobim tivesse (um tiquim de) vergonha na cara para ser cidadão brasileiro, como propõe Capistrano de Abreu, o ministro da Defesa tucana já teria feito a trouxa e se mandando “de fininho”. Mas ele não tem. E é tão cara de pau que vai ficar esperando o pé na bunda da Dilma, “podes crer”. Enquanto isso, continua arquitetando novas balas de prata, junto à canalha de sempre, a exemplo do que fez no caso dos aviões da aeronáutica, ou do golpe contra o Programa Nacional dos Direitos Humanos, ou mesmo quando queria que o Brasil apoiasse o golpe contra o presidente eleito de Honduras, Zelaia.
E o ministro, faz tempo, fraudou a constituinte, é réu confesso, para depois dizer que tinha sido o Ulisses Guimarães, estando o presidente da Constituição cidadã morto e desaparecido. Nelsom Jobim na Defesa é o que tem mais munição e outras armas de ataque abaixo da linha da cintura. E nisso, o maior fornecedor do seu arsenal é o parceiro Serra. É ele, por dentro, que você pode encontrar em toda nova republica, o que mais conspira para macular a democracia brasileira e o governo Lula.
Voltando a Lina Vieira, ela mentiu, dizendo que ouviu de Dilma, no Palácio do Planalto, que “maneirasse com a família Sarney”, não sabe o dia nem a hora. Dilma nega não só a conversa como, até mesmo, o encontro. Na verdade, Lina estava com duas balas de prata, uma para desmoralizar a Dilma, chamando-a de mentirosa contumaz, e, de quebra, tentar lavar a alma desmoralizada do patrão, o senador Agripino Maia. Essa bala ainda está em curso, vide a ficha de terrorista da Dilma que é só um rastilho de pólvora...
Algumas outras balas de prata vão ressurgir como terremotos, vulcões e tsunamis, na grande maioria, armadilhas e farsas requentadas dissimuladas, porém, por serem mais falsas que da primeira vez, com adornos e pirotecnias camufladas, por isso mesmo, mais explosivas. Lamentavelmente, poucas vão “bater catolé”. Breve chega a altura em que até fogo fátuo é nitroglicerina.
A outra bala é para realmente encobrir mutretas da família Sarney, que eles já tinham atingido com uma verdadeira bomba de prata amiga, “leal concorrente” à candidatura de Roseane Sarney ao Palácio do Planalto, com a foto-bomba da enorme pilha de dinheiro colorido vinculada em toda mídia, o que aniquilou definitivamente a candidatura à presidência do Brasil da filha do ex-presidente da República e atual mandatário do Senado, Jose Sarney. Mui amigo, si.
Hoje, nem Deus sabe o explosivo que nutre os artigos censurados no jornal Estado de São Paulo pelo filho do Sarney, isso há quase seis meses. Se é granada, bazuca, mina ou lança-chamas, e a quem mesmo se destina. Perdeu a validade, ou ainda fermenta? É relógio?
As balas de prata foram munição predileta da Operação Condor e da OBAN e vêm desde o Plano Cohen. Foram balas de pratas que deram o fim em J. K. e João Goulart, Marcos Freire, Zuzu Angel, Werzog, Rubem Paiva... são centenas... Bomba em banca de revista, na OAB, no Rio Centro... Bombardearam o palácio do governo chileno com o presidente eleito Salvador Alende dentro. Explodiram ministros de governo latino-americano em avenida de Washington, D.C. Foram balas de prata que deceparam as mãos de Victor Jará e ainda enlouquecem Geraldo Vandré.
Balas de prata podem, com certeza, ser autofágicas, fazem queima de arquivo, como o que aconteceu com Lacerda, Fleury, Von Baugarthenn, e outros mais. Há bem pouco tempo a linha dura, inesperadamente, mostra sua cara: o célebre General Newton Cruz reafirmou que o Maluf o procurou para dar uma bala de prata para o Tancredo Neves...
Podemos ficar certos tem muita bala de prata na próxima esquina.
* Memorialista, co-fundador do Partido dos Trabalhadores e editor do Blog da Dilma em Fortaleza/CE.

Fonte - Desabafo Brasil

Do Blog do Saraiva - 23.04.2010

23 de abr. de 2010

O jeito demo (e tucano) de governar

A propaganda da Globo, que escandalizou o Brasil por repetir o slogan da campanha de José Serra, dizia que a gente quer mais educação. É verdade, todos queremos uma educação melhor, mais estruturada, que possibilite o desenvolvimento pleno de nossas crianças e jovens. Mas é bom ver quem realmente tem essa preocupação.
Matéria da Folha de hoje diz que aumentou o número de crianças sem ensino infantil na rede pública municipal de São Paulo, administrada por Gilberto Kassab, um personagem inventado pessoalmente por Serra, que lhe entregou o mandato ao qual prometera não renunciar e apoiado à reeleição em detrimento até do próprio Geraldo Alckmin.
A fila de crianças esperando vagas em creches e pré-escolas tem 123 mil crianças esperando vaga, 22 mil a mais que no ano anterior.
É justo reconhecer que este não é um problema paulistano, apenas. Há carência de vagas deste tipo em todas as grandes cidades brasileiras. Mas não poderia haver um aumento deste tipo apenas com o crescimento da população. E olha que estamos falando da maior cidade e do maior estado do país em termos de capacidade econômica. Para o Brasil chegar a ser São Paulo em termos proporcionais de riqueza levaria uns 30 anos com o melhor governo possível.
O dramático é que o número de crianças na fila cresceu porque o governo fechou vagas em escolas com excesso de alunos. Preocupação louvável. Para funcionar bem, escolas não podem ter salas superlotadas, mas até que novas existam para absorver essa superlotação, seria recomendável uma solução intermediária e não condenar estas crianças ao abandono. Porque seus pais precisam trabalhar e não podem pagar por uma creche.
Não é a primeira vez que Kassab faz estas “melhorias” para pior no ensino pré-escolar. Em setembro passado, cortou uma refeição das creches, dizendo que seguia orientação de nutricionistas. As diretoras tinham de escolher entre dar café da manhã ou jantar. Depois da grita pública, voltou atrás.
A prefeitura anunciou ano passado que construiria 142 escolas e apenas oito estão em construção.
Mas uma coisa se pode dizer em favor de Gilberto Kassab: ele é um bom aluno. Afinal, antes de deixar o governo do estado de São Paulo para se candidatar à presidência, Serra zerou os investimentos em educação na proposta orçamentária de 2010. Todos – veja bem, TODOS – os investimentos em educação em São Paulo serão feitos com recursos federais.
É por isso que a gente diz: governar deste jeito não pode mais.

Brizola Neto - Tijolaço - 22.04.2010

15 de abr. de 2010

A administração "Tucana" na educação em São Paulo

Cartilha com palavrões, professores apanham da polícia ... e muito mais. E agora, alunos transferidos do 1o ano ao 2o ano nas primeiras semanas de aula?
Onde querem chegar?

SP muda aluno de série durante o ano letivo

Com nova regra do governo, cerca de 13 mil crianças que cursavam o primeiro ano já foram transferidas para o segundo

Governo diz que incentivou mudança por pressão do Ministério Público; secretário municipal da Educação criticou medida

FÁBIO TAKAHASHI – FOLHA SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 13 mil alunos da rede estadual de São Paulo que cursavam o primeiro ano do ensino fundamental foram transferidos para o segundo ano semanas depois do início das aulas.
As escolas têm consultado os pais para saber se eles querem que o filho mude de série.
O governo permitiu a mudança alegando estar pressionado pelo Ministério Público, devido à alteração em 2010 no ensino fundamental, que passou de oito para nove anos.
Segundo o Executivo, diversas famílias procuraram a Promotoria reclamando que o filho na casa dos sete anos deveria estar no atual segundo ano (considerado equivalente à primeira série no antigo fundamental) em vez de frequentar o primeiro ano (equivalente à antiga pré-escola).
O imbróglio ocorreu devido à polêmica sobre a data de aniversário usada para definir em qual série cada criança deveria ser matriculada na capital paulista. Determinou-se, inicialmente, que aquelas nascidas até fevereiro de 2003 deveriam estar no primeiro ano.
Nos anos anteriores, porém, escolas haviam estipulado junho como o mês de corte. Ou seja, uma criança de sete anos, nascida em março de 2003, pela regra adotada em 2010 está no primeiro ano. Mas, pela lógica anterior, estaria no segundo ano (antiga primeira série).
Segundo o governo, muitas famílias recorreram ao Ministério Público pedindo que a rede adotasse a lógica antiga.
Ainda na gestão José Serra (PSDB), em 25 de março, a Secretaria de Estado da Educação divulgou comunicado dizendo que poderia pular de ano a criança que já tenha cursado o ensino infantil e tenha nascido até 30 de junho de 2003, desde que os pais concordem e que a escola avalie que ela está apta para a transferência.
Cerca de 28 mil estudantes estão na faixa dos que, em tese, podem mudar de ano, mas as escolas já vetaram parte dos pedidos de mudança.

Críticas
“É um remendo pretendido por aqueles que não tomaram providências em prazo adequado”, diz o presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Cesar Callegari.
A lei de ampliação do ensino fundamental foi aprovada em 2005, com validade para todo o país. Este ano foi o prazo limite para que os Estados se adaptassem às novas regras.
“Imagine a criança que está começando a frequentar escola neste ano e já ser jogada, no meio do ano, para uma outra turma, com um outro currículo, que traumas pode sofrer.”
O presidente do Conselho Estadual da Educação, Arthur Fonseca Filho, disse que, “ao se encontrar um problema, é preferível que ele seja corrigido.”

Comunicado foi mal redigido, afirma secretário-adjunto

Segundo Guilherme Bueno, texto deveria tratar apenas de “casos específicos”

De acordo com ele, a intenção da Secretaria da Educação era padronizar o procedimento exigido pelo Ministério Público

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-adjunto da Educação de São Paulo, Guilherme Bueno, afirmou ontem em entrevista à Folha que o comunicado enviado às direções de escolas sobre a possibilidade de alunos da rede estadual pularem uma série no meio do ano letivo deveria tratar apenas de casos específicos, “de pais que procuraram algum órgão público”.
Ele admitiu, no entanto, que o texto foi mal redigido e deu a entender que a data de corte para definir as matrículas havia mudado.
Bueno disse que a intenção da Secretaria da Educação era padronizar o procedimento que estava sendo exigido pelo Ministério Público.
“Não achamos essa mudança boa. Mas tem sido a posição do Ministério Público”, disse o representante da pasta.
Guilherme Bueno negou que tenha havido atraso na implementação do novo ensino fundamental. “Em todo o Estado, isso já vem acontecendo há anos”, afirmou.
(FÁBIO TAKAHASHI)

FOLHA – Por que a secretaria divulgou o comunicado?
GUILHERME BUENO -
Por ser uma regra nova, tivemos muitas consultas, ofícios e pedidos de pais no Ministério Público para mudar a série dos filhos. Quisemos organizar os procedimentos. Em qualquer lugar do mundo, é preciso estabelecer um corte. Isso causa discussões como essa.
Mas a redação do comunicado não ficou boa. Deu a entender que havíamos mudado toda a regra. Era para tratar apenas de casos específicos, de pais que procuraram algum órgão público.

FOLHA – O sr. não conhecia o texto do comunicado?
BUENO -
Não. Foi feito pela Cogsp (coordenadoria da Grande São Paulo) e pelo CIE (centro de informações, ambos órgãos da Secretaria da Educação). Hoje [ontem] conversei com eles, e faremos uma nova redação.

FOLHA – Mas diversas escolas já completaram a mudança.
BUENO -
É verdade.

FOLHA – Não é prejudicial ao aluno mudar de série durante o ano letivo?
BUENO -
Pior seria ele ficar numa série inadequada. Veja, não achamos essa mudança boa. Mas tem sido a posição do Ministério Público.

FOLHA – O governo demorou para implementar a ampliação do ensino fundamental?
BUENO -
Discordo. Em todo o Estado, isso já vem acontecendo há anos.
Na capital, por ser um caso específico [as redes estadual e municipal têm quase o mesmo tamanho], demorou mais.

Prefeitura da capital critica medida estadual

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo criticou a flexibilização feita pelo governo do Estado na data de corte para definir a distribuição dos alunos entre as séries da rede de ensino.
Município e Estado têm um sistema integrado de matrículas na capital paulista.
A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) manteve rígido o corte em fevereiro, enquanto a gestão do ex-governador José Serra (PSDB), que acaba de passar o cargo para o vice, Alberto Goldman (PSDB), para disputar a Presidência da República, esticou para junho em alguns casos.
“O perfil dos alunos nas séries será diferente, o que não é nada bom. Vai atrapalhar as matrículas conjuntas no ano que vem”, afirmou o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider.
“E como vamos explicar aos pais que, dependendo da rede pública, o filho dele vai estar em uma série diferente? Eles não entenderão os critérios diferentes”, complementou Schneider.
Antes da entrevista do representante da prefeitura à Folha, o secretário-adjunto estadual da Educação, Guilherme Bueno, disse que o critério conjunto estava mantido. “O comunicado serve para exceções, não como regra.

Estamos acordados com a prefeitura.” (FT)

Do Blog do Favre - 14.04.2010

7 de abr. de 2010

ORIENTAÇÕES JURÍDICAS SOBRE O DIREITO DE GREVE

Foto Blog Repassando Tudo

Diante da existência de diversos professores categoria "O" em busca de informações sobre a suspensão de seus contratos, a coordenação da Apeoesp (Subesede SBC) entrou em contato com a D.E de São Bernardo do Campo e foi informada que "não existe nenhuma orientação de suspensão dos contratos".
No caso de qualquer ameaça os professores devem comunicar o sindicato. Para maiores informações sobre o direito de greve e justificativa das faltas leia o último FAX URGENTE (
clique aqui)


29 de mar. de 2010

Atenção: Gilberto Dimenstein critica e deturpa o movimento dos professores. Veja em troca do quê ?!?!$$*%$

Do Blog do Capacete - 28.03.2010

Do indefectível

Amor com amor se paga - Lição de um aprendiz esperto

De fato. Não se pode maltratar ou discordar de quem nos ajuda - seria falta de respeito, consideração, estima, bom senso; seria perder a noção do perigo etc..

Deve ser por isto que o nobre jornalista Gilberto Dimenstein, da Associação Cidade Escola Aprendiz (CNPJ/MF 03.074.383/0001-30) escreveu Professores dão aula de baderna e Uma greve contra os pobres e também Vocês desrespeitam os professores, da qual citamos o brilhante trecho:

Até que ponto o sindicato dos professores não está chamando uma manifestação para amanhã, na frente do Palácio dos Bandeirantes, à espera de um conflito e uma foto na imprensa? Nada contra a manifestação em si. Mas a suspeita é inevitável. Os dirigentes do sindicato são filiados ao PT, interessado em desgastar a imagem de José Serra, que está deixando o governo estadual para se candidatar à Presidência. Também sabemos que na cúpula do sindicato existem os setores mais radicais da esquerda como PSOL e PSTU.

Como se sabe, ali é área de segurança e se alguém passar da linha a polícia é obrigada, por lei, a intervir.

Seria mais um desrespeito à imagem do professor se fosse apresentado à sociedade como gente que não obedece a lei.

Você, que tem ao menos dois neurônios sadios, entendeu a mensagem, né não? Então nem vamos ousar explicar.

Por outro lado, por sermos adeptos de outras lições, resolvemos atender aos instintos mais viscerais e mostramos que a teoria é verdadeira na prática: não se pode morder a mão que nos afaga. Assim que, só por alto, mostraremos a palma carinhosa que só tem feito bondades ao importantíssimo educador de São Paulo.

Planilha do balanço e prestação de contas do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente” (FUMCAD)

Organização: Associação Cidade Escola Aprendiz

(ano – nome projeto – validade – atendidos – idade – valor)

  • 2006

    • Escola na Praça (de 02/05/06 a 01/05/07) – 170 – 04 a 16 anos – R$264.446,00

    • Trilhas Urbanas (de 02/05/06 a 01/05/07) – 95 – 15 a 17 anos – R$144.510,00

  • 2007

    • Projeto Trilhas na Vida (de 01/03/07 a 01/03/08) – 160 – 14 a 17 anos R$776.566,30

    • Aprendiz das Letras (de 01/07/07 a 29/02/08) – 60 – 04 a 15 anos – R$87.594,72

    • Percurso Formativo (de 01/07/07 a 29/02/08) – 70 – 12 a 18 anos – R$222.300,00

  • 2008

    • Trilhas na Vida (de 01/04/08 a 31/03/09) – 120 – 14 a 17 anos/11 meses – R$848.744,39

    • Aprendiz das Letras (de 01/05/08 31/12/08) – 60 – 04 a 15 anos – R$85.610,00

    • Percurso Formativo (de 01/05/08 31/12/08) – 115 – 11 a 18 anos – R$369.840,60

      (DO da Cidade de SP 5/fevereiro/2009 - e páginas seguintes)


Àquilo tudo acrescente as renovações que assim se iniciam:

CONSIDERANDO: - o artigo 7º, da Lei 11.123, de 22 de novembro de 1991, segundo o qual o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é órgão de decisão autônomo e de representação paritária entre o governo municipal e a sociedade civil; - que em 19 de abril de 2008, foi publicado no veículo oficial de comunicação desta cidade o Edital FUMCAD 2008, cujo objeto é estabelecer procedimento e realizar processo de analise e seleção de projetos que poderão ser financiados pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FUMCAD/SP/2008 que estejam em consonância com as políticas públicas da Criança e do Adolescente da Cidade de São Paulo e que sejam inovadores e/ou complementares, conforme reunião realizada no dia 17 de abril de 2008, que aprovou o texto final deste Edital; - que a Comissão Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no uso das suas atribuições, aprovou o projeto...

      • Comunidade Educativa - Escola na Praça: Despacho Processo nº 2008-0.311.233-1 - por 12 meses a partir de 02/04/2009 (para 75 adolescentes) = R$439.474,17 (DO Cidade 26/março/2009)

      • Formação - Agência de Notícias: Despacho Processo nº 2008-0.315.519-712 - por 12 meses a partir do dia 01/04/2009 (para 20 estudantes de 14 a 18 anos) = R$108.302,00 (DO Cidade 31/março/2009)

      • Trilhas: Despacho Processo nº 2008-0.315.522-7 - por 12 meses a partir de 02/04/2009 (para 60 adolescentes) = R$317.834,56 (DO Cidade 2/abril/2009)

Com a Secretaria de Cultura do Estado, firmou singelo contrato (Processo SC 001653 /2009 - Contrato 457 /2009) de 36 meses em referência ao projeto Escola da Rua, relativo ao Edital: Pontos de Cultura do Estado de São Paulo. Valor praticamente simbólico de R$60.000,00 (DO 25/dezembro/2009).

Total geral (parcial) daquele aprendiz que trata com amor aqueles que o amam: R$3.725.222,74.

Em breve teremos mais do mesmo parceiro da Microsoft, SEE-SP, Prefeitura de SP, Revista Nova Escola, Editora e Fundação Abril, Colégio Bandeirantes, COC, Fundação Vanzolini, Uninove, Universia, Camargo Correa, UOL... Aguarde neste aracno blog.

PS - Informamos que o cachorro apenas fez pose para a foto e não deve nada a ninguém.

Por Namaria News – 27.03.2010

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Gilberto Dimenstein da aula de ética

Gilberto Dimenstein, paladino da ética, do bom senso e da ordem, não pode se conformar com uma manifestação de professores, principalmente se ela descamba em pancadaria.

Professores dão aula de baderna

Fico me perguntando como os alunos analisam as imagens de professores desrespeitando a lei e atirando paus e pedras contra a polícia, como vimos na manifestação nos arredores do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo --afinal, supostamente são os professores que, em sala de aula, devem zelar pela disciplina.

É claro que, nem remotamente, a agressividade daquela manifestação representa os professores. Trata-se apenas de uma minoria organizada e motivada, em parte, pelas eleições deste ano.

A presidente da Apeoesp (o maior sindicato dos professores estaduais), Maria Izabel Noronha, disse que estava ali para quebrar a "espinha dorsal" do governador (Serra) e de seu partido (o PSDB) --ela que, no dia anterior, estava no palanque de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República.

Mas será que os alunos sabem disso? Será que vão imaginar que os professores são daquele jeito, sem limites, indisciplinados?

Todos sabemos como é difícil impor disciplina em sala de aula e, mais ainda, conter a violência. Não será com exemplos de desrespeito (de quem deveria dar o exemplo) que a situação vai melhorar. Muito pelo contrário: afinal, o que se viu foi uma aula de baderna.

Só espero que pelo menos essa lição os estudantes não aprendam.

Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Onlineàs segundas-feiras.

Dimenstein é um entusiasta dos governos do PSDB, sobretudo na área da educação, sua especialidade. Já que tudo está dando certo na educação paulista, correndo as mil maravilhas, não tem por que se posicionar contra, não é? Segundo Dimenstein, as diretrizes educacionais de José Serra são impecáveis. No entanto, uma breve investigação sobre os números da educação paulista indicam exatamente o contrário, o que nos faz pensar que o nobre colunista da Folha é: mal informado, relapso, ou desonesto mesmo. Leia a matéria abaixo e tire suas conclusões.


28 de mar. de 2010

Greve dos professores e o Massacre do Morumbi: Reação dos blogs e no Twitter


Do Blog do Tsavkko - 27.03.10

No mínimo controversa a ação da PM contra os professores durante o protesto - mais um - na sexta passada. Os PM's partiram para cima dos professores com extrema violência, deixando vários feridos com estilhaços de bombas de efeito moral e pancadas de cassetete.

Mais de 15-20 mil professores reunidos nas imediações do Estádio do Morumbi tentando chegar até o Palácio do Governo. No caminho, centenas de policiais fortemente armados impedindo a passagem e prontos para dar porrada. Não deu outra.
Um número aparentemente pequeno de professores, se contarmos os 50 mil do último protesto... Ledo engano! Serra impediu que professores chegassem ao local com "blitzes" nas estradas próximas à São Paulo, retendo centenas de ônibus e tornando impossível a chegada de milhares de manifestantes ao Morumbi.

Na pancadaria que se seguiu - ou podemos chamar de espancamento coletivo - alguns PM's ficaram feridos enquanto tentavam espancar os professores, que revidaram com pedras.

O caráter repressivo do governo Serra é conhecido, famoso, dispensa comentários. O que suscitou mais comentários foi a presença de um indivíduo - alegadamente professor - que carrega uma PM ferida no colo.

Para a maioria dos presentes e dos que comentaram sobre o assunto no twitter, o rapaz de mochila e barba era um professor. Um professor que, apesar de ter seus companheiros espancados e colocando sua vida em perigo, socorreu uma policia militar que precisava de ajuda.

A foto acabou na capa do O Globo do sábado (27 de março) e foi chamada pelo portal do Luis Nassif de "Foto do Ano".

Mas, em nota em seu site, a PM informou que o rapaz era, na verdade, policial!
Policial é socorrida
Em manifestação de Professores.

Com relação à foto publicada na grande imprensa de uma policial sendo socorrida, a Polícia Militar esclarece que trata-se da Soldado Erika Cristina Moraes de Souza Canavezi, que foi ferida com uma paulada no rosto e que está sendo socorrida por um policial militar a paisana.
A policial foi atendida no Hospital Albert Einsten medicada, liberada e passa bem.
A Polícia Militar agradece as manifestações de solidariedade.
A reação no tiwtter foi imediata, assim como a de alguns blogueiros.
Dito isso, se a PM disse isso e mentiu para retirar o simbolismo e a poesia da foto, isso é intolerável e se disse a verdade, i.e., colocou espiões na manifestação, além de intolerável, é obsceno, nojento e é uma mostra do perigo que é ter o inominável como presidente (imagine uma criatura destas comandado PF, FFAA e ABIN?).

26 de mar. de 2010

100 mil. É Hoje (26), às 15h. Em greve, professores prometem assembléia em frente ao Palácio de José Serra

Nesta sexta-feira, os professores paulistas que estão em greve, farão assembléia em frente ao Palácio dos Bandeirantes, 26/03, 15 horas. O sindicato espera a presença maciça de professores, podendo chegar a 100 mil. Na sexta-feira passada, na Av. Paulista, estimaram a presença de 60 mil.

O objetivo é se fazerem ouvidos em suas pautas de reivindicações, pelo governo José Serra (PSDB/SP).

José Serra se recusa a dialogar, e usa a Polícia Militar para reprimir manifestações pacíficas com truculência.

O salário base de um professor alfabetizador no Estado de São Paulo (PEB I) é, hoje, de R$ 785,50 (R$ 6,55 por hora aula). É muito pouco e não valoriza a profissão.

Os professores querem um reajuste de 34,3% para que seus salários voltem a ter o poder de compra de março de 1998. Pedem que o governo negocie um plano de reposição, mas em vez de diálogo, são recebidos com cassetetes e spray de pimenta.

Os presidentes das entidades do magistério (APEOESP, APASE, APAMPESP, CPP e UDEMO) estiveram na manhã do dia 23 de março, na Secretaria da Educação para protocolar mais um pedido de audiência para negociação da pauta de reivindicações.

As entidades rebateram as afirmações do secretário da Educação de que não havia sido procurado para negociar. Em 2010 foram protocolados pelo menos três ofícios pedindo audiência para negociar: 19/01, 16/03,23/03.

A falta de canais de negociação levou à greve.

Estudantes secundaristas e univertários, da UNE e da UBES, comparecerão em frente ao Palácio dos Bandeirantes, para dar apoio à luta dos professores.

Por Helena - Os amigos do Lula - 25.03.2010