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15 de mar. de 2012

"Os homens passam, os livros ficam." José Mindlin


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 papo_cabecaJosé Mindlin *

Não é exagero: este homem foi uma biblioteca. Mas não apenas por ser um leitor voraz, capaz de ler 100 livros por ano, e sim porque sua biblioteca de livros "ciumentos" é sua grande obra. A ela devotou a vida. E agora a entrega ao mundo. Foi secretário de cultura, combatendo o regime militar dentro do governo. Acreditou numa tecnologia brasileira, e na empresa que fundou, num tempo em que mal havia patrocínio cultural, viabilizou obras artísticas fundamentais. Mais do que um homem notável, José Mindlin foi uma figura encantadora. Na despedida, nos vem com essa: ” Não entendo por que todos que vêm aqui me visitar são tão simpáticos…”

30 de jun. de 2009

Terra: Cartas distribuídas no fisl 10 dizem que "Lula é nerd"

A organização do 10º Fórum Internacional Software Livre (Fisl) fez cartas com uma fotografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segurando o Tux - pinguim símbolo do Linux - e distibuiu para os participantes do evento para que eles utilizassem o material para pedir autógrafo a Lula. Uma das montagens tinha a frase: "Lula é Nerd".

De acordo com os organizadores, o presidente, que foi ao fisl na tarde desta sexta-feira, recebeu o material e adorou, principalmente a versão do "nerd", uma alusão ao público do fórum. "Ele achou genial. Ele achou lindo o 'Lula é nerd'", disse Mario Teza, da comissão organizadora do fisl 10 e gerente regional da Dataprev (Empresa de Processamento de Dados da Previdência) do Rio Grande do Sul.

A idéia das cartas foi de Aurélio Heckert, que trabalha em uma cooperativa que desenvolve softwares livres, na Bahia, e faz parte da comissão organizadora. Ele se inspirou na tira humorística do colega Karlisson Bezerra, conhecido como Nerdson na blogosfera (http://nerdson.com/blog/). A tira também foi entregue ao presidente, que fez questão de tirar uma fotografia segurando o material, de acordo com os organizadores do fisl 10.

Após passar pelo que considerou "um corredor polonês", quando visitou a exposição e a área destinada aos grupos de usuários, onde distribuiu autógrafos, abraços e parou para tirar fotos, Lula falou para cerca de 300 pessoas. Ele disse que no governo dele é "proibido proibir". A frase de Lula foi uma referência ao projeto de lei do senador Eduardo Azeredo, que propõe vigilância na web. O presidente foi aplaudido pelo público, que mostrou uma faixa pedindo que Lula vete a Lei Azeredo.

Por Miguel Matiolla - 27.06.09 - do Software Livre Brasil

fonte: Terra

24 de jun. de 2009

O Brasil é digital

Do Interney - O Escriba - 24.06.09

Acabei de ler a 4a. edição da pesquisa F/Radar (ago/2008) elaborada pela agência de publicidade F/Nazca. Ela confirma que o Brasil é um fenômeno mundial em termos de acesso à internet, que as lan houses e afins são agentes de inclusão digital no país e que a internet brasileira é dos mais jovens.

Foram feitas 3003 entrevistas por telefone, em 173 municípios de todo o país. Somos hoje, segundo a pesquisa, quase 65 milhões de internautas. Desse total, 28 milhões têm internet de banda larga em casa (52% da classe A/B e 13% da classe C). Quase 30% (quase 20 milhões) acessa a internet em lan houses e afins. Outros 13 milhões, de casa.

As regiões sudeste e norte/centro oeste têm mais internautas (52%), mas nordeste (41%) e sul (48%) estão logo atrás.

51% dos internautas acessa a internet para se informar - em todas as faixas etárias.

As ferramentas mais usadas: email, msn, orkut. Orkut pelos mais jovens, email pelos mais velhos. A pesquisa não detalha o uso das redes sociais no Brasil, mas Fernand Alphen, diretor de Branding, Planejamento e Pesquisa da F/Nazca, escreveu um interessante artigo no Webinsider em que afirma com todas as letras: no Brasil, rede social tem nome, Orkut. O resto ainda engatinha. Para se ter uma idéia, Alphen mostra que 33 milhões de brasileiros usam orkut, enquanto apenas (sic) 600 mil usam Facebook e pouco mais de 120 mil estão no Twitter.

Enfim, algumas conclusões da pesquisa:

1 - Brasil é um fenômeno mundial de acesso à internet
2 - Internet é democrática no Brasil
3 - Internet não reflete as desigualdades regionais do país
4 - A rede é dos mais jovens
5 - Lan house é o grande agente de inclusão digital do Brasil
6 - Internet, no Brasil, é fonte de informação
7 - Internautas brasileiros são assíduos
8 - Internet influencia as compras de metade dos brasileiros
9 - O consumidor sabe usar as ferramentas online disponíveis
10 - Internet é ferramenta de integração social no Brasil

17 de jun. de 2009

Secretaria, do Ministério do Planejamento, lança revista sobre Software Público

A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento lançou nesta terça-feira, dia 16 de junho, uma publicação sobre o Portal do Software Público Brasileiro (www.softwarepublico.gov.br).

A edição de junho/agosto da Revista InfoBrasil, publicação especializada na área de tecnologia da informação, traz informações, textos e artigos sobre a iniciativa que inaugurou o compartilhamento de soluções na Administração Pública.

"Esse é um conceito que nasceu no Brasil e que nos coloca no cenário internacional como precursores de uma nova abordagem no uso do software livre", salientou o titular da SLTI, Rogério Santanna. Na sua opinião, o software livre desempenha um novo paradigma de compartilhamento de soluções, otimiza os investimentos em tecnologia da informação e reduz a dependência de fornecedores proprietários.

O Portal do Software Público entrou no ar em abril de 2007 e congrega atualmente mais de 44 mil pessoas e 22 soluções livres, auxiliando órgãos públicos de todas as esferas e poderes, empresas e sociedade civil no desenvolvimento compartilhado de softwares. Esse ambiente recebe mensalmente a adesão de cerca de 1,7 mil novos usuários.

Santanna disse que uma das grandes reclamações das comunidades ligadas ao desenvolvimento software livre era a de que o governo utilizava essas soluções, mas que não as compartilhava com o conjunto da sociedade. "O Portal do Software Público demarca essa mudança de direção e a publicação desta revista mostra a maturidade do ambiente", disse o secretário.

A publicação traz matérias e artigos sobre pesquisas que avaliam o impacto do uso do portal na sociedade e junto ao mercado de prestadores de serviço na área de software. Também aborda a criação de grupos de interesse vinculados ao portal como o ambiente 4CMBr focado aos municípios brasileiros, bem como informações mais aprofundadas sobre as soluções já disponibilizadas.

A Revista faz parte da política de disseminação do conhecimento do projeto do Modelo de Qualidade do Software Público coordenado pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Bem público
Para a diretora do Departamento de Integração de Sistemas da SLTI, Nazaré Bretas, os softwares desenvolvidos pelos órgãos de governo devem retornar à sociedade já que foram desenvolvidos com recursos públicos. Esse é o objetivo do Portal do Software Público. Ela destacou que o desenvolvimento do software livre contribuiu para a melhoria da administração pública e para a inclusão digital.

Também participaram da solenidade de lançamento da revista o diretor de Desenvolvimento do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), José Antônio Borba Soares, o presidente da Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu) no Distrito Federal, Anderson Damasceno, e o diretor de Infraestrutura de TIC da Dataprev, Daniel Darlen.

Lançamentos regionais
A publicação contará com lançamentos regionais em João Pessoa (18/06) na abertura do 3º Encontro de Software Livre da Paraíba; em Recife (19/06) na Universidade Federal de Pernambuco; em Porto Alegre (24/06) durante o 10° Fórum Internacional de Software Livre. Também devem ser agendadas datas em Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Campinas, Fortaleza e Florianópolis.

Por Miguel Matiolla - 17.06.2009

fonte: sepro

Política - Sobre o AI-5 Digital

Demorei a entrar nessa discussão sobre o substitutivo do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, sobre crimes cibernéticos no Brasil, basicamente porque tem gente muito melhor preparada do que eu para tratar do tema. Para, simplesmente, não dar pitaco sobre um assunto que não domino, fiz o que qualquer jornalista faz numa situação dessas: preparei uma pauta. Na edição de 10 de junho, publiquei uma matéria na CartaCapital intitulada “Um novo AI-5?” (o título não é meu, nunca é), justamente por remeter ao apelido de “AI-5 Digital” dado pelos críticos à chamada Lei Azeredo de Cibercrimes. Para escrever a matéria, peguei como gancho a crescente mobilização, via meio virtual, de gente decididamente contra o substitutivo, um fenômeno típico da internet que ganhou força e dimensão com a expansão exponencial (e maravilhosa) da blogosfera.

Então, fui atrás de três dos principais expoentes dessa reação, figuras muito odiadas, descobri em seguida, no ultra refrigerado gabinete do senador Azeredo, em Brasília. São eles: o advogado Túlio Vianna, de Belo Horizonte; o cientista político Sérgio Amadeu, de São Paulo; e o professor de literatura Idelber Avelar, da Universidade de Tulane, em Nova Orleans. Radicado nos Estados Unidos, há 20 anos, mas mineiro de tudo, Avelar mantém um dos mais conceituados blogs do país, O Biscoito Fino e Massa, espaço onde publica textos preciosos recheados de crítica e erudição. Para mim, tornou-se leitura diária e obrigatória.

Procurei o senador Azeredo, mas ele estava em viagem oficial aos Estados Unidos. Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Azeredo havia sido convidado pelo Congresso Americano para conhecer os trabalhos da comissão co-irmã do Senado dos EUA. Fui recebido por um assessor, na verdade, mais do que isso, o organizador do texto final do substitutivo, o engenheiro José Henrique Portugal. Expert em tecnologia de informação e dono de um conhecimento enciclopédico de legislação sobre o tema, Portugal tem a difícil missão de representar o senador Azeredo nas zonas de enfrentamento. Em suma, é ele que vai discutir o projeto em palestras, debates e eventos nem sempre amigáveis montados para discutir o substitutivo. Azeredo, no melhor estilo tucano, acha-se sofisticado demais para bater boca com estudantes e eleitores em palanques livres.

É uma pena, porque o senador do PSDB teria uma chance para rebater as sérias acusações de que ele estaria a serviço dos lobbies dos bancos, das corporações de informática e dos barões de direitos autorais. Antes, contudo, teria que ser confrontado com a seguinte informação abaixo que, infelizmente, por questão de espaço, não foi incluída na matéria publicada pela CartaCapital:

Eleito senador em 2002, depois ter sido governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo fez uma campanha, à época, que contou com doações de pelo menos três grandes corporações ligadas, direta e intrinsecamente, com bancos e empresas do ramo de informática, de acordo com dados coletados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Scopus Tecnologia, considerada o “braço eletrônico” do Bradesco, por exemplo, doou 150 mil reais à campanha do tucano mineiro. A companhia tem como clientes 28 das maiores instituições financeiras e de crédito do país, para as quais desenvolve plataformas de acesso bancário via internet e de comércio eletrônico. Também atende poderosos conglomerados de tecnologia como a IBM e a Microsoft.

Azeredo ainda recebeu doações de campanha (300 mil reais) da Sociedade de Empreendimentos, Publicidade e Participações (Sodepa), holding controladora do Banco Safra. E outros 50 mil reais da Icatu Holding S.A., do Grupo Icatu, com participações em empresas de administração de recursos financeiros, seguros, previdência, capitalização, incorporação imobiliária e entretenimento.

Pode ser só coincidência. Pode ser tudo, na verdade.

16 de jun. de 2009

Tecnologia e Educação - Do pen drive à sala de aula

Por Rodrigo Martins - Carta Capital

02/06/2009

Quando o vídeo começa a ser exibido, a turma fica irrequieta. Os rapazes gracejam diante das imagens de belas modelos que desfilam a coleção primavera-verão. “Essa aí está para mim”, zomba um garoto de boné, da turma do fundão. Àquela altura, a tevê laranja de 29 polegadas mostrava cenas de consumo nas grandes metrópoles. Após um corte seco, o filme traz imagens de africanos famélicos, cenas de guerra, crianças abandonadas, nossa miséria cotidiana.

A sala emudece e a professora de filosofia Beatriz Matos consegue expor seu argumento aos agora atentos alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Paulo Leminski, em Curitiba. “Este vídeo foi produzido por alunas da PUC. É um trabalho que fizeram na universidade para discutir a atualidade do Mito da Caverna”, explica a docente. A obra em questão trata de um diálogo atribuí-do a Sócrates, no qual o filósofo grego descreve uma caverna habitada por homens aprisionados por correntes desde a infância, que acreditavam ser expressão da realidade as sombras que viam projetadas na parede.

“O filme discute se a atmosfera de consumo também não está nos impedindo de enxergar a realidade além das marcas, das grifes e do modismo reinante”, argumenta Matos, que pediu auxílio aos alunos para conectar o pen drive à TV Multimídia, como foi batizado o equipamento, hoje presente em todas as 22 mil salas de aula da rede estadual.

Instalados no início de 2008, os aparelhos são apenas alguns dos instrumentos à disposição dos professores, desde que o governo estadual encampou um ambicioso projeto de tecnologia educacional. O primeiro passo foi a universalização do acesso à internet nas escolas paranaenses, com a aquisição de 44 mil computadores para montar os laboratórios de informática em mais de 2,1 mil escolas. Um investimento de 100 milhões de reais, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Além disso, a Secretaria de Educação criou, em 2003, o portal Dia a Dia, com conteúdos específicos para professores, alunos e a comunidade escolar. Um diferencial do modelo é o conteúdo produzido por 27 professores da rede, cedidos para a equipe do site, que também aceita a colaboração de qualquer docente, inclusive para a publicação de artigos e programas de aulas de sua autoria. “Neste ambiente pedagógico colaborativo, o material enviado ao site é avaliado por uma banca de professores, que sugere as alterações e revisões necessárias para a posterior publicação”, diz Mônica Schreiber, coordenadora de mídia impressa e web.

O portal, com quase 114 mil usuários cadastrados, praticamente o dobro dos 57,2 mil professores da rede, possui mais de 1,7 mil artigos e mil dissertações. O professor pode acessar ainda 8,9 mil arquivos de imagens, 2,2 mil de áudio e 3,4 mil de vídeos. Todo o material é público, com reprodução autorizada, como ocorre com livros didáticos criados por professores e distribuídos gratuitamente nas escolas. “O educador tem como consultar uma ampla biblioteca digital, além das sugestões de aulas feitas pelos próprios colegas, e apresentar isso aos alunos”, completa Mônica. “Os vídeos e imagens podem ser exibidos na TV Multimídia, basta transferir o arquivo da internet para o pen drive e depois plugá-lo na tevê.”

Não é tudo. No ar desde junho de 2006, a TV Paulo Freire, com transmissão via satélite, oferece uma programação voltada para a formação dos profissionais da educação básica, incluindo debates com especialistas e programas para dar visibilidade a experiências pedagógicas bem-sucedidas. “Diferentemente de outras emissoras do gênero, nós não trabalhamos com produções terceirizadas nem com uma equipe de profissionais majoritariamente da área de comunicação”, afirma Aldemara Pereira de Melo, coordenadora da emissora. “Dos nossos 42 profissionais, só nove são técnicos e editores de vídeo. Todo o restante é de professores da rede.”

Para dar suporte às várias mídias digitais, o programa mantém uma equipe de multimeios, que produz animações para a TV Paulo Freire, colabora com a produção de arquivos para o portal Dia a Dia e elabora conteúdos para materiais e projetos gráficos pegagógicos. “Um dos projetos é a tradução de softwares livres educacionais para o português”, comenta Ricardo Petracca, coordenador da equipe. “E o engraçado é que ninguém aqui é programador ou diretor de arte. São todos professores com certa afinidade com computadores. Em tudo há preocupação pedagógica.”

O foco no trabalho dos próprios professores é destacado pela secretária de Educação, Yvelise Arco-Verde, como o grande trunfo das iniciativas de tecnologia educacional. “Em 2004, reestruturamos os planos de carreira. À época, cerca de 80% dos professores estavam no último estágio, não poderiam progredir nem melhorar de salário, o que os deixava desestimulados para buscar especialização e investir em novos métodos de ensino”, avalia. “Com a reestruturação, passamos a exigir do professor investimento na formação ou participação nesses projetos de produção de conteúdo. Hoje, quem envia um programa de aula para o site e tem o material aprovado, ganha pontos para progredir na carreira.”

O gasto mensal com todo o sistema de tecnologia educacional, incluindo pessoal e manutenção, é de cerca de 1,2 milhão de reais, menos de 0,5% do orçamento de Educação.

Segundo a secretária, é cedo para avaliar o impacto das medidas, que começaram a ser implantadas em 2003, com a conexão de todas as escolas paranaenses à internet. Mas há sinais de que o estado tem obtido êxito na política educacional. Em 2007, superou todas as metas fixadas pelo Ministério da Educação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que leva em conta o fluxo escolar e as notas obtidas por alunos em exames nacionais. Pelos últimos dados consolidados, o Paraná ocupa a liderança no ranking dos anos iniciais do Ensino Fundamental (média 5,2) e só está atrás de Santa Catarina nos anos finais e no Ensino Médio (notas 4,0 e 3,7, respectivamente).

O articulado projeto de tecnologia educacional do estado foi recentemente destacado como referência pela secretária Nacional de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda de Almeida e Silva, durante um encontro da Universidade Federal do Litoral, em Matinhos. Mas especialistas acentuam que ainda há um longo caminho a ser trilhado. “O Paraná está à frente de outros estados porque conseguiu universalizar o acesso aos computadores”, avalia Gláucia Brito, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em tecnologias educacionais. “Mas ainda falta ouvir o professor, saber o que ele precisa, além de oferecer uma formação pedagógica consistente, para que possa fazer bom uso dessa estrutura.”

A professora Beatriz Matos confirma: “No início, eu não sabia sequer converter os arquivos no formato adequado. Quem muitas vezes me ajudava eram os próprios alunos. A secretaria oferece algumas aulas de capacitação, mas ainda é pouco”. Apesar disso, pondera: “Eu resolvi me aventurar, até porque os alunos me cobravam sempre. E, devo reconhecer, o desempenho deles melhorou muito após o uso desses recursos”.

O estado conta com 270 assessores técnicos e pedagógicos para visitar as escolas e orientar os professores no uso das novas tecnologias. “Cada um deles é responsável por acompanhar de dez a doze escolas”, afirma Elizabete dos Santos, diretora de Tecnologia Educacional da Secretaria de Educação. “Não se trata de uma simples capacitação técnica, eles têm a função de mostrar como os docentes podem usar os equipamentos de maneira pedagógica.”

Outra aposta é o Programa de Desenvolvimento Educacional (não confundir com o projeto homônimo, mantido pelo governo federal), voltado para a formação dos docentes. “Pelo PDE-PR, os professores recebem licença de dois anos para estudar na universidade e formular projetos que possam ser aplicados na escola em que atuam”, resume Yvelise. Até agora, 1,2 mil profissionais concluíram os estudos, que têm a validade de uma pós-graduação e contam pontos na progressão da carreira, e outros 4,4 mil estão nos bancos universitários, desenvolvendo seus projetos.

“O programa é uma via de mão dupla. Beneficia tanto as escolas como as universidades, que passam a contar com mais essa ponte para conhecer a realidade nas salas de aulas”, comenta Cleusa Valério Gabardo, professora de Educação da UFPR. “O problema continua sendo a volta dos professores para as escolas, porque eles nem sempre têm condições materiais ou ambiente propício para levar adiante o projeto.”

Alheios às dificuldades, os alunos avaliam positivamente as modificações tecnológicas. Alisson Schmit, de 15 anos, aluno da escola Paulo Leminski, é um dos entusiastas da TV Multimídia. “Tudo fica bem menos cansativo. Lembro de uma aula de história em que o professor descrevia uma vila medieval, enquanto apresentava imagens na tela. Acho que sem ver as fotos, eu não entenderia nada”, comenta. Já o colega de classe Pedro Rafael da Rosa não perde a oportunidade de dar um puxão de orelha nos mestres. “Quase todos os alunos apresentam trabalhos na tevê, mas só uma minoria dos professores usa frequentemente o aparelho”, lamenta.

A diretora da escola, Célia Luzzi, diz que esse tipo de reclamação é habitual. “Os alunos cobram mesmo e os professores se sentem compelidos a planejar a aula de maneira diferente, o que é muito bom”, avalia. “Muitos não tinham familiaridade com os equipamentos e é muito difícil um professor dizer ‘eu não sei’. Mas essa barreira inicial foi superada. E, em cada turno, todo dia, ao menos quinze salas usam a tevê.”

(foto: Julio Covello/BG Press)

14 de jun. de 2009

Amigos divulguem, por favor - Paraisópolis exige respeito

O Paraíso e o inferno, lado a lado.

Paraisópolis, uma favela cobiçada pelas grandes construtoras

Convido o leitor a conhecer o outro lado da notícia que a mídia antiga sonega. Paraisópolis vista pelos seus moradores, para além das mentiras de Kassab e Serra. Surgiu o blog Paraisópolis Exige Respeito - http://campanhaparaisopolis.wordpress.com/, uma demonstração clara do poder da internet para quebrar as barreiras que a mídia golpista ergue entre a informação e aqueles que necessitam dela, os cidadãos.

Muitas grandes cidades do mundo hoje têm esse contraste entre a riqueza nababesca e a extrema pobreza vivendo lado a lado. São Paulo e Rio, por exemplo. Em São Paulo, isso vai a um extremo que talvez não encontremos em nenhum outro lugar do mundo. Veja-se o caso do edifício Paço dos Reis. Ele tem, como se pode ver na figura, UMA PISCINA POR APARTAMENTO.

Uma piscina por andar, de um lado. Do outro, o mundo real

É o símbolo da era neoliberal, de exacerbação da exploração capitalista. Neste período de 10 a 15 anos que se encerrou junto com o século 20, os ideólogos desse sistema diziam que o Estado deveria ser tão pequeno a ponto de podermos "afogá-lo numa banheira". Estado mínimo significa serviços mínimos e absurda concentração de renda e poder.

O neoliberalismo, que teve como pontos de apoio o FMI, o Banco Mundial e os governos (quase todos) da América Latina, resultou em ricos indecentemente ricos e uma gigantesca massa de pobres empurrados ainda mais para a miséria e a condição de vida degradante.

Mesmo lá, nos EUA, a desregulamentação e o Estado mínimo deu no que deu: desastre. Aqui no Brasil, o PSDB e o antigo PFL, atual Demo, foram as forças políticas que representaram essa iniquididade política, econômica e social. Eles implantaram, a ferro e fogo, a política preconizada pelos neocons. Hoje essas forças políticas são viúvas de Wall Street.

A política da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado é de terrorismo contra os moradores de Paraisópolis. A intenção é arrancar, à força, a favela de lá, pois o metro quadrado da região é muito valioso e cobiçado pelas grandes construtoras, como a Camargo Correia (aquela do buraco do Metrô) e outras. Acompanhemos, pois, o novo canal de expressão dos moradores de Paraisópolis!! Viva a Internet Livre!!

Do RLocatelli Digital - 01.06

13 de jun. de 2009

Tecnologia - Lula 'high tech': um presidente de caso com a era digital

- 13.06

Antes de assumir a Presidência da República, o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que não tinha muita intimidade com as novas tecnologias. O tempo passou, Lula está há quase sete anos no poder e acabou por aderir de vez ao mundo high tech.

A partir de julho, ele poderá mandar mensagens pela internet, gravar vídeos no YouTube e até participar de chats. Todas essas ferramentas estarão disponíveis no blog do Planalto, nome provisório do site da Presidência, cujo pré-lançamento está marcado para a quinta-feira 24 em Porto Alegre, durante o Fórum Internacional do Software Livre.

O objetivo do governo ao criar o novo canal institucional é aproximar ainda mais Lula da população e ampliar a comunicação institucional. A linguagem utilizada no novo site será a mais simples e direta possível, recorrendo a mensagens curtas, vídeos e até infográficos.

Atualmente, no site do Planalto, apenas o áudio dos discursos de Lula é disponibilizado."A internet é o extravasamento da liberdade do ser humano", definiu o presidente, em recente conversa com representantes de portais.

Da Redação, com informações da Isto É

Eles ainda não entenderam... Pouca gente entendeu

rede.jpg

Identifique acima a "porteirinha" guardada pelo Ali Kamel e pelos outros patrulheiros da mídia

por Luiz Carlos Azenha

Em alguns minutos o blog da Petrobras terá mil seguidores no Twitter.

Se metade deles "repercutir" as manchetes enviadas pela empresa para sua própria rede de seguidores, esse número se multiplica em segundos.

Ou seja, a mensagem que a Petrobras manda para mil pessoas tem o potencial de chegar a 10 mil. Ou mais.

Se dessas 10 mil pessoas, 5 mil passarem a frequentar o blog da Petrobras diariamente, a empresa poderá vender anúncios no blog.

Ou seja: terá construído uma ferramenta de qualidade para se comunicar com o público, pode reduzir os custos com propaganda e ainda faz um dinheiro.

Uma excelente notícia para os acionistas da Petrobras.

Uma péssima notícia para os donos de jornais, de redes de TV e de emissoras de rádio.

Eles perdem dinheiro e autoridade.

Qual é a vantagem de você ter uma rede de TV se não pode extrair DINHEIRO E PODER dela?

Em tese, os empresários do ramo poderiam argumentar que "prestam um serviço público". Mas é preciso combinar com o público.

Isso me faz lembrar dos donos de jornais de antigamente, especialmente no interior. Que costumavam ameaçar com manchetes destruidoras quem não aceitasse pagar pedágio.

Quem diria que os Marinho, os Mesquita e os Frias chegariam a esse ponto?

Tenho 37 anos de Jornalismo, 29 de televisão. De todas as reclamações que li sobre o blog da Petrobras, só uma faz algum sentido: se a empresa tem ou não o direito de divulgar as perguntas e respostas feitas por jornalistas ANTES da publicação das reportagens pelos jornais que fizeram as perguntas.

A relação entre entrevistado-entrevistador é de confiança. Se o entrevistado não tem plena confiança de que será tratado de maneira correta pelo entrevistador, acho justíssimo que divulgue as respostas. Antes ou depois, já que considero que as respostas pertencem ao entrevistado.

Mas, sinceramente, acredito que isso é acessório. O essencial é a mudança de qualidade no relacionamento entre a mídia e as fontes, que vai pelo mesmo caminho da relação entre a mídia e os leitores/ouvintes/telespectadores.

Estou na internet desde o distante 2003. Aprendi muito com vocês, caros leitores. Aprendi que essa relação que travamos é, essencialmente, uma relação de respeito, mesmo quando há profunda diferença de opiniões.

Aprendi que o texto que publico às 6 da manhã será completamente distinto às 10 da noite, quando acrescido dos comentários dos leitores.

Serei corrigido. Contestado. Um leitor sugerirá novos links. Outro agregará argumentos. Um terceiro apontará para outro texto, dizendo algo muito distinto do que acabei de escrever. É da natureza da rede.

Que é exatamente o meu ponto: os Marinho, os Frias e os Mesquita ainda não entenderam a natureza da internet, nem do jornalismo colaborativo.

Eles acreditam que é possível preservar, no mundo digital, o mesmo tipo de relação de autoridade que existe na "mídia tradicional".

De um lado, as "otoridades": os donos da mídia e os jornalistas devidamente diplomados e com registro no Ministério do Trabalho.

Do outro lado, os pobres coitados: leitores, telespectadores e ouvintes cuja única tarefa no mundo é ouvir, acreditar e obedecer.

Sinceramente, não estranho que isso escape aos barões da mídia. Sou jornalista e convivo com jornalistas. E diria, sem medo de errar, que 90% dos jornalistas acreditam que farão Jornalismo amanhã da mesma forma que fizeram ontem. Eles não tem a mínima noção do que está mudando e do que virá.

Da importância do jornalismo colaborativo, do jornalismo feito para as redes de relacionamento, do poder propagador do twitter e das novas ferramentas que surgem todo dia.

Costumo contar duas histórias quando dou palestras sobre esse tema.

Numa, comparo preços. Quando fui para Nova York como correspondente da TV Manchete, em 1985, o preço de dez minutos de transmissão de satélite era de mil e quinhentos dólares. Hoje, essa mesma transmissão de imagens pode ser feita pela internet, de graça.

Na outra, pergunto a profissão de alguns dos presentes. Em geral há professores, médicos, engenheiros, pedreiros, marceneiros, bibliotecários e muitos outros profissionais na platéia. Depois de listar as profissões, interesses e aptidões de todos, faço uma pergunta simples: imaginem o blog do Azenha feito apenas pelo Azenha. Agora imaginem o blog do Azenha feito pelo Azenha e mais todos os presentes na platéia.

Qual será mais rico? Mais variado? Melhor informado? Qual vai errar menos?

Mas é mais do que isso. Se eu conseguir juntar todas essas pessoas em um blog E desenvolver uma relação de respeito mútuo e de parceria, temos um salto de qualidade, que vocês podem chamar de jornalismo colaborativo.

Que a Petrobras tenha aprendido a fazer isso ANTES que os jornalões é sintoma de que há algo de muito errado com nossos jornais. Ou de muito certo com a Petrobras. Ou ambos.

Ouça a palestra mais recente do professor Sergio Amadeu, quando falamos sobre internet para trabalhadores do setor de educação.

PS: O Jornalismo não acabou. Simplesmente ficou mais dificil enganar os incautos.

PS2: O blog da Petrobras só deu certo por penetrar no fosso que existe entre os jornais e os leitores. Quem cavou o fosso?

PS3: O blog obriga a Petrobras a assumir um compromisso de transparência não só com os jornais, mas diretamente com todos os leitores do blog. É um passo que poucas empresas são capazes de assumir. Vocês já imaginaram um blog da Folha em que a Folha responda sobre seu envolvimento com a ditadura militar? Ou o blog do Globo em que o jornal discuta seu apoio ao golpe de 64?

Do Azenha - Atualizado em 10 de junho de 2009 às 09:30 | Publicado em 09 de junho de 2009 às 21:18

Leandro Fortes e o blog da Petrobras

por Leandro Fortes, no Brasília eu vi

A criação do Blog da Petrobras é um ponto de inflexão nas relações da mídia com as fontes, embora tenha sido criado em meio a um ambiente de conflito decorrente da malfadada CPI da Petrobras, no Senado Federal. Mais do que uma discussão sobre liberdade de imprensa e o direito de sigilo nas relações entre jornalistas e fontes, a criação do blog suscita uma reflexão muito mais profunda porque, a meu ver, ele será lembrado como marco histórico, no Brasil, do fim do jornalismo diário impresso tal qual o conhecemos e de todas as idiossincrasias induzidas e adquiridas nas redações brasileiras ao longo dos últimos 50 anos. Em outras palavras, a fórceps e sob bombardeio, o Blog da Petrobras decretou o fim de expedientes obsoletos e, muitas vezes, desonestos, de apuração, edição e publicação de matérias jornalísticas. Colocou o jornal de papel e sua superada pretensão informativa na mesma estante de velharias do século XX onde figuram, lado a lado, a televisão a válvula, a geladeira a querosene e o platinado.

Ao tornar visível e, por isso mesmo, vulnerável, a rotina de apuração dos jornalistas, o Blog da Petrobras quebrou um falso pacto de cooperação, denunciado curiosamente de “vazamento de informações sigilosas”, sobre o qual pairava a seguinte regra mínima: eu pergunto, mas eu escolho o que você responde, se você não gostar, mande uma carta à redação, reze para ela ser publicada (na íntegra) ou vá queixar-se ao bispo. Primeiro, não há relação de sigilo em entrevista, muito menos com relação a perguntas feitas por escrito por repórteres. Não sei da onde tiraram isso. Quando o jornalista se dispõe a fazer perguntas por e-mail, não pode esperar outra coisa senão publicidade de um registro capaz de ser compartilhado, em tese, com milhões de pessoas. Se, nesse e-mail, ele passa informações exclusivas da apuração, tem que estar disposto, também, a correr esse risco. Há, no mundo todo, um exército bem pago de assessores de imprensa sendo treinado, diuturnamente, para desmontar pautas jornalísticas, minimizá-las o impacto e, principalmente, fazer um trabalho de contra-inteligência capaz de neutralizar o poder de fogo dos repórteres. E isso não é novidade. A novidade é a internet.

Ao invés de ficar choramingando em editoriais saudosos dos tempos de antanho, os jornais deveriam, finalmente, prestar atenção ao que está acontecendo no mundo, inclusive nas salas de aula desses meninos aos quais se pretende negar o diploma de jornalismo, uma, duas, três, dez gerações à frente. Aliás, tem coisa mais obsoleta, triste e anacrônica do que os editoriais da imprensa brasileira? Aliás, o que é um editorial senão o blog mais antigo e exclusivo do mundo, pelo qual os barões da imprensa sempre expressaram suas opiniões, livres, no entanto, do incômodo das caixas de comentários? O Blog da Petrobras é justamente isso, o anti-editorial, o contraponto imediato, em tempo real, às chamadas “linhas editoriais” dos veículos de comunicação que, no fim das contas, acabam por contaminar o ofício do jornalismo, submetendo jornalistas ao oficialismo privado dos aquários das redações, cada vez mais descolados da nova realidade ditada pela internet, pela blogosfera e do impressionante e muito bem vindo controle social trazido pela interatividade on line.

Foi um editorial da Folha de S.Paulo, aquele da “Ditabranda”, que deixou no cio a serpente que pariu o Blog da Petrobras. Foi a partir daquela analogia infeliz, turbinada por ofensas gratuitas aos que dela discordaram, que a blogosfera passou oficialmente a servir de espaço livre de direito de resposta, na íntegra, dos ofendidos. O rastilho digital daquela polêmica provocou um dano permanente na credibilidade do jornal, obrigado, a seguir, a desencadear uma série de envergonhados expedientes de capitulação. O legado da discussão, no entanto, foi muito maior. Ainda que agregados de maneira informal, os blogs passaram a ser uma rede de “grilos falantes”, para usar uma expressão empregada pelo jornalista Franklin Martins, da mídia nacional, o escape por onde os rejeitados pelas seções de cartas puderam, finalmente, se exprimir livre e integralmente.

As reações “conspirativas”, neologismo cunhado pelo jornalista Luiz Carlos Azenha para unir conspiração com mídia corporativa, ao Blog da Petrobras são, em tudo, emblemáticas. E não têm nada a ver com “vazamento” das perguntas e informações enviadas por e-mail à empresa. Têm a ver com a perda de poder das redações e com a necessidade de se estabelecer outros paradigmas para o jornalismo. Isso inclui o conceito de “furo”, que a vaidade dos jornalistas transformou em coisa mais importante do que o dever de bem informar – de maneira mais ampla e correta possível – a sociedade na qual está inserido. O “furo” é bem vindo, é um diferencial bacana, gera prêmios jornalísticos, aumentos de salário e promoções, mas interessa muito mais a nós, jornalistas, do que ao respeitável público.

O jornalismo brasileiro não carece de exclusividade, mas de honestidade e transparência.

Do Vi o Mundo Atualizado em 10 de junho de 2009 às 16:00 | Publicado em 10 de junho de 2009 às 11:59

Vá ao blog do Leandro Fortes

7 de jun. de 2009

O VERDE DA BLOGOSFERA VIOLENTOU O ESGOTO DO PIG -

Do Blog Coxidaponte - 12.04.2008

Lendo um post do Eduardo Guimarães, em seu necessário e impagável blog Cidadania.com (para acessar o blog do Eduardo clic aqui), ocorreu-me a idéia de escrever este post. Lá em seu blog, Eduardo revela os ataques que a blogosfera vem sofrendo dos veículos e de agentes midiáticos vinculados ao PIG (Partido da Imprensa Golpista). O último deles veio desferido por um assessor da vereadora paulistana Soninha (uma que era do PT e se bandeou para o PPS), um rapaz equivocado que se esconde sob o sugestivo pseudônimo de Gravataí Merengue (seja lá o diabo que isso signifique).

Mas por que os ataques virulentos à Blogosfera? O que os move nessa diabólica e mefistotélica cruzada do Mal contra o Bem?

Descartando teorias conspiratórias e teses diversas, vou logo ao cerne da questão: A Blogosfera retirou do PIG o poder que o PIG tinha de: eleger governos, de derrubar governos, de construir e demolir mitos políticos, de manipular desavergonhadamente a notícia e torcê-la em seu benefício; e de, ao fazer tudo isso, colocar seus agentes nos postos-chaves dos governos, em todas as instâncias, plugando suas ventosas no dorso magro do Estado e sugando, para si e seus agentes, os recursos que deveriam ser aplicados em benefício de todos. Em suma, a Blogosfera está retirando o ar do PIG (o processo é gradual)!

Eis aí caros leitores, exposto de forma sucinta e castiça, os reais motivos pelos quais o PIG ataca a Blogosfera! E que, por tabela, são os mesmos motivos pelos quais ataca violentamente o governo Lula. É que Lula, embora de forma inda tímida, promove a inclusão digital, ampliando o acesso dos brasileiros ao computador e à internet banda-larga!

Por isso a oposição golpista instrumentaliza o PIG e por ele se deixa instrumentalizar, numa parceria nefasta para predarem o país e mantê-lo manietado em nome da defesa de privilégios de uma casta de calhordas que sangraram e sangram os recursos do país desde sempre.

E nós, a Blogosfera, implodimos essa parceria! Já não mais manipulam impunemente a informação! Já não mais derrubam governos (Lula é um exemplo claro disso: quanto mais o atacam, mais alavanca sua popularidade)! A Blogosfera retirou o véu e a teia de enganos em que eles (oposição e PIG) mantinham a imensa massa de pobres deste país!

Por isso, este blog cumprimenta e parabeniza toda a Blogosfera de resistência!

Cada um de nós, com seu blog, está ajudando a construir um país mais livre e mais justo!

Igor Romanov

4 de jun. de 2009

A educação em São Paulo, segundo o The Economist

Do Blog do Nassif - 04.06

Por Enio

Na edição da revista economist desta semana (4 de junho - já está no site deles http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=13782570), um dos artigos descreve a péssima situação da escola pública, destacando principalmente a situação alarmante da educação em São Paulo. Achei o artigo bem equilibrado e reforça a necessidade de melhoria da educação pública.

Ficamos sempre preocupados com o dia a dia econômico como câmbio, taxa de juros, etc. Acabamos nos esquecendo de que um dos principais motores para o desenvolvimento econômico sustentável é educação de qualidade para todos.


Cometários:

  1. 04/06/2009 - 16:31 Enviado por: Hans Bintje

    O Azenha publicou um ótimo texto, “Pensar fora da caixa, sempre” (1), que me fez lembrar o conceito de Kaizen (2) “(do japonês, mudança para melhor) é uma palavra com o significado de melhoria contínua, gradual, na vida em geral (pessoal, familiar, social e no trabalho). (…)

    Uma analogia conhecida é a de uma história chamada ‘O Tesouro de Bresa’, onde um pobre alfaiate compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo, ele tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas, começam a surgir oportunidades, e ele lentamente (de forma segura) começa a prosperar. Depois, é preciso decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum - na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro. O processo de melhoria não deve acabar nunca, e os tesouros são conquistados com saber e trabalho. Por isso, a viagem é mais importante que o destino.”

    A revista Carta Capital mostra um tesouro semelhante numa matéria sobre material didático (3). Trecho:

    “Todo o material é público, com reprodução autorizada, como ocorre com livros didáticos criados por professores e distribuídos gratuitamente nas escolas. ‘O educador tem como consultar uma ampla biblioteca digital, além das sugestões de aulas feitas pelos próprios colegas, e apresentar isso aos alunos’, completa Mônica. ‘Os vídeos e imagens podem ser exibidos na TV Multimídia, basta transferir o arquivo da internet para o pen drive e depois plugá-lo na tevê.’

    Não é tudo. No ar desde junho de 2006, a TV Paulo Freire, com transmissão via satélite, oferece uma programação voltada para a formação dos profissionais da educação básica, incluindo debates com especialistas e programas para dar visibilidade a experiências pedagógicas bem-sucedidas. ‘Diferentemente de outras emissoras do gênero, nós não trabalhamos com produções terceirizadas nem com uma equipe de profissionais majoritariamente da área de comunicação’, afirma Aldemara Pereira de Melo, coordenadora da emissora. ‘Dos nossos 42 profissionais, só nove são técnicos e editores de vídeo. Todo o restante é de professores da rede.’

    Para dar suporte às várias mídias digitais, o programa mantém uma equipe de multimeios, que produz animações para a TV Paulo Freire, colabora com a produção de arquivos para o portal Dia a Dia e elabora conteúdos para materiais e projetos gráficos pegagógicos. ‘Um dos projetos é a tradução de softwares livres educacionais para o português’, comenta Ricardo Petracca, coordenador da equipe. ‘E o engraçado é que ninguém aqui é programador ou diretor de arte. São todos professores com certa afinidade com computadores. Em tudo há preocupação pedagógica’.”

    Notas:

    (1) http://www.viomundo.com.br/opiniao/pensar-fora-da-caixa-sempre

    (2) http://pt.wikipedia.org/wiki/Kaizen

    (3) http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=6&i=4179

  2. 04/06/2009 - 16:35 Enviado por: Michel

    Nassif, eu já publiquei um artigo no seu portal dando um panorama da gravíssima situação das escolas em SP (públicas e privadas) tomando por base o último Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Ao que parece, ninguém está muito preocupado com a gravidade da situação.

    http://blogln.ning.com/forum/topics/a-tragedia-da-educacao-em-sao

    Tal qual mencionou o artigo do Economist, toco no paradoxo que é o fato de um Estado ser tão rico e ter uma educação tão sofrível.

    Só para dar um exemplo, a melhor escola estadual de São Paulo ficou 2.596 posições atrás no ranking do Enem. Isto porque o diretor da tal escola é um “louco” que vai contra as orientações da secretaria estadual de ensino. Isto não é chute meu, mas reportagem da própria Folha. Veja o link:
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u560202.shtml


3 de jun. de 2009

Oferecer música grátis de boa qualidade áudio faz vender mais

Do site Remixtures - by Miguel Caetano - on Junho 3, 2009

Não é que tivéssemos ainda quaisquer dúvidas a este respeito, mas um estudo a ser publicado no próximo número do International Journal of Internet Marketing and Advertising chegou à conclusão que disponibilizar excertos de 30 segundos com uma qualidade medíocre no MySpace é a pior maneira de convencer os consumidores a comprarem o disco.

A pesquisa realizada por Yanbin Tu do Departamento de Marketing da Universidade Robert Morris no estado norte-americano da Pensilvânia e por Min Lu do Departamento de Finanças e Economia da mesma universidade revela que as amostras de música grátis de duração mais longa e com uma qualidade áudio superior fazem com que o ouvinte se sinta mais motivado a comprar e facilitem o processo de decisão da compra.

Segundo o site Science Daily (via Hypebot), na sua análise os investigadores “levaram em linha de conta os determinantes de cinco dimensões: avaliação, predisposição a pagar, utilidade da amostra, custo da amostra e probabilidade do consumidor de se converter num free rider (os chamados abusadores ou leechers) das amostras de música digital online.”

De acordo com o estudo, oferecer músicas com um bitrate superior não implica necessariamente que os consumidores irão encarar a amostra como um substituto da música original, sendo antes mais provável que eles acabem por comprar o CD ou o download digital.

Seria interessante obter mais dados sobre a metodologia desta pesquisa. Sem esta informação, torna-se impossível adiantar mais do que lugares comuns. No entanto, parece-me inegável que todos os verdadeiros fãs de música valorizam bastante a possibilidade de apreciar com a máxima fidelidade a música de modo a poderem fazer da forma mais completa possível as escolhas que determinarão a compra do álbum original.

(foto de Josh Russell segundo licença CC-BY-NC-SA 2.0)

Ato contra AI-5 Digital lota Teatro da Cidade em BH

Do Site Vermelho - 02.06
O debate contra o Projeto de Lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), que ficou conhecido como AI-5 Digital, por querer censurar e criminalizar usuarios da Internet, lotou na noite dessa segunda-feira (1º) o auditório do Teatro da Cidade, em Belo Horizonte. O espaço foi cedido pelo diretor e militante da área cultural, Pedro Paulo Cava. Os professores Idelber Avelar, Sérgio Amadeu e Túlio Vianna acusaram o projeto “de estar a serviço de grupos econômicos”, principalmente instituições bancárias e controladores de direitos autorais.

Belo Horizonte é a terceira capital a promover atos contra o AI-5 digital. Antes, São Paulo e Porto Alegre já haviam manifestado o “Mega-Não”. O evento em Minas foi organizado pelo Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Professores (Sinpro-Minas), Comissão Mineira Pró-Conferencia Nacional de Comunicação, Fórum Sindical Social e outras entidades do movimento social.

Leia mais

Veja aqui a 1a reunião do AI-5 Digital em São Paulo

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Do Simpro - 05.06.09

03/06/2009
Lotado, ato não poupa críticas ao AI-5 Digital


Os professores Sérgio Amadeu, da Faculdade Cásper Líbero (SP), Idelber Avelar, da Tulane University (EUA), e Túlio Vianna, da PUC Minas, participaram, nessa segunda-feira (1/6), no Teatro da Cidade, em Belo Horizonte, de ato em protesto ao projeto de lei substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PSDB) que dispõe sobre a criminalização de práticas na internet.

Eles não pouparam críticas ao projeto, que tem sido chamado de AI-5 Digital, em referência ao Ato Institucional da ditadura militar no Brasil, responsável por aumentar a perseguição aos opositores ao regime. Em tramitação na Câmara dos Deputados, os professores avaliam que, caso seja aprovado, o projeto vai colocar em risco a privacidade dos internautas e criminalizar práticas rotineiras na internet, como baixar uma música ou um vídeo.

Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas e um dos organizadores do ato, também demonstrou preocupação com as tentativas de limitar a circulação de informações e conhecimento pela internet. Segundo ele, o projeto do senador tucano representa um retrocesso na divulgação do saber.

“É uma lei descabida, mal escrita e genérica, que vai dificultar a inclusão digital e elevar o custo da comunicação no país”, destacou o professor Sérgio Amadeu, diante de uma platéia lotada, composta por jornalistas, blogueiros, estudantes e interessados no debate em torno da democratização da mídia.

>> Confira abaixo o depoimento de Sérgio Amadeu à reportagem do programa de TV Extra-Classe


Para Idelber Avelar, que também é autor do blog Biscoito Fino e a Massa, por trás desse projeto está o lobby de grandes grupos empresariais, como os bancos e as gravadoras. “A essência desse projeto é o pânico da indústria do copyright. Hoje, qualquer artista bem informado sabe que essa indústria não está agindo em seu nome”, avaliou o professor.

Segundo ele, não há razão no argumento usado pelo senador de que o projeto vai combater a pedofilia, pois o país já possui uma lei para isso. “Este projeto não tem absolutamente nada contra a pornografia infantil e a pedofilia”.

Na análise do professor Túlio Vianna, a “lógica por trás desse projeto é a criada pelos advogados da Febraban” (Federação Brasileira de Bancos), que preferem arcar com os custos de uma fraude financeira a investir em sistemas de segurança. “[Os bancos] não querem investir em tecnologia de segurança, mas sim criminalizar os usuários”.

>> Leia o artigo de Túlio Vianna com críticas à proposta do senador tucano

“O substitutivo do senador Eduardo Azeredo quer bloquear o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede. Dezenas de atividades criativas serão consideradas criminosas pelo artigo 285-B do projeto em questão”, afirma o texto da petição em defesa do progresso e do conhecimento na rede, que já conta com mais de 146 mil assinaturas.

Segundo a petição, “projetos como esses prestam um desserviço à sociedade e à cultura brasileiras, travam o desenvolvimento humano e colocam o país definitivamente para debaixo do tapete da história da sociedade da informação no século XXI”.

>> Confira abaixo o depoimento de Idelber Avelar à reportagem do programa de TV Extra-Classe




Repressão em Minas

O diretor teatral Pedro Paulo Cava, anfitrião do ato, disse que a “casa sempre esteve aberta para o debate político”. Depois de agradecer a presença de todos, Cava teceu críticas à perseguição que sofreu do governo estadual. Após enviar para os seus contatos pessoais um email com críticas à então secretária de Cultura Eleonora Santa Rosa, a polícia o intimou para dar explicações sobre a divulgação.

“Repassei um email com críticas e fui parar na polícia. Mandei [depois do episódio] um email para várias pessoas no Brasil dizendo que, em Minas, além de controlarem a imprensa no geral, querem controlar a internet. Controlar uma rede é absolutamente temerário”, afirmou o diretor teatral.

Antes do ato, assessores do senador distribuíram na porta do teatro um panfleto, sem assinatura, com conteúdo que tentava desconstruir as críticas ao projeto de lei. O assessor José Henrique Portugal foi convidado pelo presidente do Sinpro Minas a participar do debate, mas se recusou, alegando que não teria sido convidado para o evento.



>> Assista à entrevista com Idelber Avelar na TV Assembleia



> Escreva seu Comentário
Paulo Roberto | 19/6/2009 23:07:39
Eduardo Azeredo é um senador muito criativo! Criou o mensalão e sai agora com essa.

31 de mai. de 2009

Minas Gerais; agora é a vez de Belo Horizonte, ato contra o AI-5 digital.

Depois da manifestação em São Paulo chegou a vez de Belo Horizonte.
Ato contra a ditadura de colocar regras na internet, censura e criminaliza o seu uso, destruindo a liberdade dos internautas, lei imposta pelo Senador Azeredo (PSDB) de Minas Gerais.

Não dá para ficar calado. Professores, alunos, entre outros, participem. Vamos nos unir e dizer basta a esta ditadura digital.

Organizado pelo Sindicato dos Jornalistas,

com a presença dos professores Sérgio Amadeu e Idelber Avelar.
Dia 01 de junho, às 19:30 h, no Teatro Cidade (Rua da Bahia, 1341).

O Brasil tem que participar contra todas as ditaduras, vamos praticar o ato de cidadania em defesa da ética e justiça social.

Veja aqui maiores informações no site de
Idelber Avelar.
E no blog do professor Sérgio Amadeu, Sociólogo e Doutor em ciência política, você encontrará mais detalhes. Sérgio, ainda, cita no Twiter, outra matéria no Último Segundo em 22.05.

27 de mai. de 2009

A GLOBOTRIX e a manipulação da sociedade

Do site NOVA E


Desmontando a Matrix
[Christina Carvalho Pinto] Precisamos tratar a alma das corporações. Trocar o culto carnavalesco à informação pela busca profunda de conhecimento. Semear a ética, os valores mais nobres, a compaixão, o espírito de co-criação, a auto-estima, a esperança, o respeito, a dignidade.

Da Matrix ao Self: o desafio evolucionário da mídia e das organizações
[Rosa Alegria] Submersos pelos naufrágios noticiados da crise, estamos vivendo a dialética de uma era extraordinária, com potencial para a evolução da consciência e abrir as portas para novos estilos de vida. Mas ao mesmo tempo, a nossa capacidade de imaginar um futuro desejado tem sido cada vez mais precária.

O mundo ilusório da Matrix
[Carolina Borges] A humanidade vive e compartilha um mundo ilusório, um pesadelo coletivo, um mundo das representações, das formas fixas, das marcas, das referências, da homogeneização; porém criado e mantido não por computadores, mas pela mídia de massa, pelas instituições detentoras do poder.

Até quando estaremos plugados na Matrix
[Tanira Lebedeff] A "realidade" do "mainstream media": Jessica Lynch, após suposto "resgate", perde a memória. Rachel Corrie, após ser esmagada por uma escavadeira, some do noticiário. Plugados na matriz têm direitos a prazeres mundanos. Nem os Irmãos Wachowski fariam melhor.

"The Matrix" e o Mundo Real em que Vivemos
[Maurício F. Pinto] O paralelo que podemos fazer com o nosso "mundo real" é a insatisfação que cresce dentro das comunidades em relação aos ditames de uma economia globalizada e seus agentes financeiros transnacionais.

Menos Matrix ! Mais humanidade
[Gislene Bosnich] Todavia, para mim, um dos problemas da internet é que ela está desconectada da realidade. Desconectada das carências efetivas que as pessoas têm por informação precisa e de qualidade.

Matrix: Farsa e tragédia
[José Arrabal] A toda hora, no dia-a-dia, recebemos, por múltiplos canais de informação, adequados scripts de modelos comportamentais para nossa existência, lado a lado à insistência na idéia do desesperado perigo que é viver com autonomia, senso crítico, identidade precisa e segura do que se é.

O homem é o lobo do homem
[Hernani Dimantas] A pílula vermelha é o atalho para 'toca do coelho'. Estamos sempre atrasados para a vida. A pílula vermelha nos mostra a verdade. Transparente e real. Tira as máscaras de uma sociedade que vive num eterno sonho.

O dia da estaca zero
[Marcelo Estraviz] 11 de setembro será marcado como o dia estaca zero. Onde, ou tudo se transforma em espetáculo midiático ("o" espetáculo), ou então, e preferencialmente, as vidas passam a ser consideradas como o real valor. O dia que a economia humanizou-se. O dia que caiu a ficha. E o WTC.

Um livro para lembrar da resistência Venezuelana
[Manoel Fernandes Neto] O livro de Renato Rovai, "Midiático Poder", com certeza mostra a história de uma das frentes de resistência ao império da Matrix.

A GloboTrix:

Estratégias contra a Globo
[Miguel do Rosário] A blogosfera tem sido a grande arma anti-mídia. Os canais fechados e, futuramente, a tv digital, também podem e poderão se tornar instrumentos para diluir o poder arbitrário de algumas empresas de comunicação.

Alguns casos escabrosos da TV Globo
[Altamiro Borges] Na sua longa história, esta poderosa emissora já cometeu várias barbaridades na sua cobertura de importantes fatos políticos do país.

O drama do jornalista

A reflexão é válida, mas não desanime.

Temos por ai, muitos jornalistas éticos. A ética e a moral devem ser vinculadas em todos os meios, profissionais.

A imprensa, a meu ver, não está perdida, apenas vivendo um momento de mudanças e de avaliação de conceitos. Como a guerra, por mais que seja dolorosa, tragar dor e perdas, após certo período renasce o desejo de lutar, a esperança, a força e de restabelecer a estrutura.

Sofremos transformações dia a dia, crises financeiras e existenciais, depressão, perdas e ganhos, no metabolismo, nas células, no espírito, no nosso interior e exterior, com o ego. O positivo e negativo. Deus e o diabo. O bem e o mal. A morte e a vida. Renascimento !!

Renascemos a cada instante. Para tudo existe uma resposta.

Gosto muito deste pensamento: a crise é oportunidade. Confúcio.

Estamos entrando em uma nova era, digital. Os jornalões estão sofrendo esta realidade, crise, desespero, é isso que eu chamo, fazem de tudo para atrair telespectadores, leitores, vendem a mãe, propagam notícias ruins, querem te prender, precisam de ibope, para ter quem pague sua existência, se não caem. A grande mídia está vivendo seu momento de mudança. Aquela que não se adequar, sofrerá terrivelmente com as exigências do novo público, uns já quebraram.

As revoluções acontecem, para radicalizar as mudanças, são necessárias,
para mim e para você !!

Bom dia.

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Do Blog da Dilma - 27.05

Eduardo Guimarães: Faz alguns meses, convenci minha filha primogênita a estudar jornalismo. Ontem, porém, fui compelido a refletir sobre se agi bem ao fazer isso. É que conversei com um jornalista conhecido e empregado numa grande corporação midiática... Não mencionarei nomes, contudo, por razões que se tornarão óbvias no decorrer do texto. No âmbito de uma conversa sobre a realidade política brasileira, ficou claro a mim – e creio que também a ele, mas de uma forma que talvez nunca tivesse lhe ocorrido – como a sua profissão, hoje em dia, assumiu uma feição desalentadora. Foi aí que pensei na minha filha. Eu a estimulei a estudar para se tornar uma profissional que terá que se submeter ao que, para alguém como eu, talvez seja a maior das torturas, a torturante submissão intelectual.Analisamos juntos, eu e esse profissional tarimbado em mídia corporativa, quais os “predicados” que deve reunir um jornalista para “se dar bem” atualmente, pois os tempos em que jornalistas podiam trilhar sua profissão com brio e seriedade e subir na carreira, parecem terminados.

Leia mais



22 de mai. de 2009

RS, ato contra o AI-5 digital, hoje às 14h.


Gaúchos e vizinhos participem. Professores, alunos, entre outros. Na Assembléia Legislativa.

Todo o Brasil tem que estar unido.

Já aconteceu em São Paulo (veja detalhes)

Marcado para dia 01.06 em Belo Horizonte (leia aqui)

Os dez estragos de FHC na Petrobras

Do blog Os amigos do Presidente Lula - Maio

Para refrescar a memória do senador Sérgio Guerra (PE) e demais entusiastas da CPI da Petrobrás, o presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Fernando Leite Siqueira, selecionou dez estragos produzidos pelo Governo FHC no Sistema Petrobrás, que seguem:

1993 - Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de `anões do orçamento`, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás. Todavia, isto causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento;

1994 - ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas.

Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás, para o cartel dessas distribuidoras.

A forma de fazer isto foi através dos 2 aumentos mensais que eram concedidos aos derivados, pelo fato de a Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização.

Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao tesouro no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros em face da inflação galopante então presente. Quando o plano Real começou a ser implantado com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.

1995 - Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no go verno de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal.

Emitiu um decreto, 1403/95 que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos.

Assim, tendo tempo para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho;

Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás a s sinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro.

As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás naquele país só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isto pressionaram o Governo a determinar que Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a Taxa de Retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento. O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja, ficar dependente de insumo externo dominado por c or porações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte; foi ruim para a Bolívia que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado. E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de `Take or Pay`, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos sem conseguir vender o gás no mercado nacional.

Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que f oi ca ncelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes.

Além disto, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exercito nas refinarias, para acirrar os ânimos. Mas deixou as distribuidoras multinacionais de gás e combustíveis sonegarem os produtos, pondo a culpa da escassez deles nos petroleiros. No fim, elas levaram 28% de aumento, enquanto os petroleiros perderam até o aumento de 13% já pactuado e assinado.

Durante a greve, uma viatura da Rede Globo de Televisão foi apreendida nas prox im idad es de uma refinaria, com explosivos. Provavelmente, pretendendo uma ação sabotagem que objetivava incriminar os petroleiros. No balanço final da greve, que durou mais de 30 dias, o TST estabeleceu uma multa pesada que inviabilizou a luta dos sindicatos. Por ser o segundo maior e mais forte sindicato de trabalhadores brasileiros, esse desfecho arrasador inibiu todos os demais sindicatos do país a lutar por seus direitos. E muito menos por qualquer causa em defesa da Soberania Nacional. Era a estratégia de Fernando Henrique para obter caminho livre e sangrar gravemente o patrimÿnio brasileiro.

1995 – O mesmo Fernando Henrique comandou o processo de mudança constitucional para efetivar cinco alterações profundas na Constituição Federal de 1988, na sua Ordem Econÿmica, incluindo a quebra do monopólio Estatal do Petróleo, através de pressões, liberação de emendas dos parlamentares, barganhas e chantagens com os parlamentares (o começo do `m ens alão ` – compra de votos de parlamentares com dinheiro desviado do erário público). Manteve o presidente da Petrobrás, Joel Rennó que, no governo Itamar Franco, chegou a fazer carta ao Congresso Nacional defendendo a manutenção do monopólio estatal do petróleo, mas que, no governo FHC, passou a defensor empedernido da sua quebra.

AS CINCO MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS PROMOVIDAS POR FHC:

1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro (minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas fin anceir amente do que as empresas nacionais. A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimÿnio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a que um milésimo do valor real estimado.

2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle;

3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gastado na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada. Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento como capacitor ótico, f ibra ótica e TV digital;

4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação.

5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era um salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo c omo g arantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional;

1996 - Fernando Henrique enviou o Projeto de Lei que, sob as mesmas manobras citadas, se transformou na Lei 9478/97. Esta Lei contem artigos conflitantes entre si e com a Constituição Brasileira. Os artigos 3º, 4º e 21, seguindo a Constituição, estabelecem que as jazidas de petróleo e o produto da sua lavra, em todo o território Nacional (parte terrestre e marítima, incluído o mar territorial de 200 milhas e a zona economicamente exclusiva) pertencem à União Federal. Ocorre que, pelo seu artigo 26 -- fruto da atuação do lobbysobre uma brecha deixada pelo Projeto de Lei de FHC -- efetivou a quebra do Monopólio, ferindo os artig os aci ma cita dos, além do artigo 177 da Constituição Federal que, embora alterada, manteve o monopólio da União sobre o petróleo. Esse artigo 26 confere a propriedade do petróleo a quem o produzir.(do site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET)

21 de mai. de 2009

Domínio Público - É uma biblioteca digital com livros, músicas e mídias. Grátis.

"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."

Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Presidente da Índia - 09/set/2003

O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.

Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.

Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil.

Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.

Do blog Viver no Exterior