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15 de mai. de 2012

A Veja quer censurar a internet

A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sinal #, para destacar vozes numa multidão de internautas – bobagens em alguns casos, mobilizações, em outros.

22 de ago. de 2011

Emiliano José: A luta envolvendo a internet é política


por Emiliano José, na CartaCapital via Rede Castorphoto
Está em curso no Brasil uma clara luta política, envolvendo a internet.  Que ninguém se engane: é uma luta política. Há a posição dos que acreditam, como eu e vários outros deputados e deputadas, como Paulo Teixeira, Luiza Erundina, Jean Willis, Manuela D´Avila, Paulo Pimenta  e tantos outros, que primeiro é o caso de garantir a existência de um marco civil garantidor das liberdades, uma espécie de orientação básica do direito humano de acesso à internet, hoje um instrumento fundamental para o desenvolvimento da cidadania, da cultura, da educação e da própria participação política.
E a posição dos que se apressam a procurar mecanismos de criminalização dos usuários da rede, que hoje no Brasil, com todas as dificuldades de acesso, já chegam perto dos 70 milhões. Como pensar primeiro no crime face a essa multidão, e depois na liberdade de acesso? Só os conservadores, interessados em atender a evidentes interesses econômicos, podem pensar primeiro na criminalização e só então nos direitos democráticos dos usuários.
Creio que a internet, tenho dito isso com frequência, é uma espécie de marco civilizatório, que mudou a natureza da sociabilidade contemporânea, a relação entre as pessoas e os povos, mudou a própria política, impactou a própria noção de representação. Constitui um admirável mundo novo, a ser preservado sob um estatuto de liberdades, e não constrangido sob uma pletora de leis criminalizantes. Talvez seja o seu potencial revolucionário, a possibilidade que ela dá de articulação em rede, que provoque urticária nos conservadores. Talvez, não. Certamente.
Nos últimos dias, os defensores da criminalização navegam num cenário de representação terrorista, como se os últimos ataques de hackers a sites governamentais fossem uma absoluta novidade e como se uma legislação que criminalize usuários ou tente colocá-los sob o guante de um vigilantismo absoluto fosse segurança suficiente para a ação dos hackers. Os ataques aos sites governamentais não tiveram qualquer gravidade, foram coisas de amadores, como já se provou. E curioso é que só tenham sido atacados sites do governo. Não é que não haja leis ou que não deva haver. Deve. Mas, devagar com o andor que o santo é de barro.
Primeiro, vamos pensar nas liberdades. Não devemos nos apressar, como pretende o deputado Azeredo, com o projeto de criminalização de usuários, a pretender uma vigilância absurda ao acabar com a navegação anônima na rede, ao querer guardar por três anos os dados de todo mundo nos provedores, ao estabelecer uma espécie de big brother pairando sobre a multidão de navegantes, que tem o direito de liberdade de expressão e não podem estar submetidos ao grande irmão.
O governo federal se preocupou com isso, com as liberdades, e instalou uma consulta pública sobre o Marco Civil da Internet no Brasil de forma a construir democraticamente um sistema garantidor de princípios, garantias e direitos dos usuários da internet, o que é a atitude mais correta, e primeira, se quisermos tratar a sério das coisas da rede.
Entre outubro de 2009 e maio de 2010 a consulta se desenvolveu, com ampla participação, e, ao que sabemos, o marco civil foi elaborado, só faltando a assinatura do Ministério do Planejamento para voltar à Casa Civil da Presidência da República, para então, assinado pela presidenta Dilma, chegar à Câmara Federal.
Não se trata de primeiro chamar a polícia. Primeiro, vamos garantir liberdades e direitos. Depois, pensar na tipificação dos crimes. Até porque a ideia de que colocar na cadeia um bocado de jovens usuários resolve o problema é uma ilusão de bom tamanho. Os hackers, os mais competentes, os mais habituados aos segredos da rede, costumam entrar em sistemas sofisticados sem grandes dificuldades. A própria rede, no entanto, tem condições amplas de desenvolver sistemas de prevenção, de segurança, reconhecidamente eficientes, embora não se possa dizer nunca que invioláveis.
Creio que o melhor é baixar a bola, insistir junto ao governo para o envio o mais rápido possível do projeto do marco civil da internet para o Congresso, e depois disso, então pensar na tipificação dos crimes e nas punições possíveis, sem nunca mexer nas liberdades dos usuários, e sem estabelecer quaisquer medidas que visem acabar com a navegação anônima, até porque isso, sem dúvida, seria mexer com o princípio sagrado das liberdades individuais e confrontaria com a própria Constituição.
No dia 13 de julho, foi realizado um seminário na Câmara Federal, com a participação de especialistas e de setores da sociedade civil, para debater o assunto. O seminário foi resultado de uma proposta minha, com a visão que expresso aqui, e outra do deputado Sandro Alex, que tem uma visão diversa, embora, como me disse, disposto ao diálogo para chegar a um consenso. Nós juntamos as duas iniciativas, e o debate foi muito esclarecedor de que interesses estão em jogo.
De um lado, aqueles que defendem o projeto Azeredo, estiveram empresas de segurança da área da informática, escritórios de advocacia interessados nos clientes que o projeto Azeredo vai criar, e setores conservadores do Judiciário. Do outro lado, entre os que sustentam as posições que tenho defendido, os que defendem a liberdade na internet e que demonstraram o quanto de atraso poderia significar a aprovação desse projeto, que a rede dos libertários chamou com propriedade de AI-5 digital da internet.
Ficou evidente, durante o seminário, que o projeto Azeredo, além de tudo, atende aos interesses do mundo das empresas que defendem os direitos autorais no sentido mais conservador, inclusive dos grandes centros da indústria cultural dos EUA. É que o projeto pretende impedir a prática tão comum da maioria dos internautas de baixar músicas, por exemplo. Milhões de pessoas seriam criminalizadas se o AI-5 digital fosse aprovado. Os militantes digitais que se colocam contra o projeto entregaram ao presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Bruno Araújo, do PSDB, durante o seminário, por proposta minha, um abaixo-assinado com mais de 163 mil assinaturas contra o projeto, a evidenciar o quanto de revolta ele tem provocado.
Há a previsão de que o projeto seja votado logo no início de agosto deste ano. Lutamos para que não fosse votado imediatamente, como se pretendia, e justiça se faça, o deputado Azeredo concordou com o adiamento. Creio, no entanto, que o melhor seria, como já disse, aguardar a chegada do marco civil para só depois, então, pensar na tipificação de crimes. E vamos tentar isso. Na verdade, o projeto é muito ruim e não deveria ser aprovado. O importante é que todos estejam atentos para que a democracia não seja atingida, para que a liberdade na internet não seja violentada.
Emiliano José é jornalista, escritor, doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia

17 de jan. de 2011

O PODER DO WORDPRESS

The Power of WordPress, por Tech King

Por @Heliopaz  - 06.12.2010

É importante salientar que o WordPress é o sistema de gerenciamento de conteúdo mais robusto e utilizado no planeta. Sua base de usuários é composta por muitos desenvolvedores que vivem a filosofia e a política do Software Livre. Isso gera um círculo virtuoso, que oferece a uma base de usuários global uma infinidade de recursos, de inovações e de correções de bugs em uma escala outrora inimaginável.
Apesar de ser uma plataforma bem mais complexa do que o Blogger, o WordPress une amadores a profissionais, voluntários a profissionais de gabarito, cultura de nicho e cultura de massa.
Os impressionantes números acima representam uma adoção bastante ampla não de um mero aplicativo eficiente e bem divulgado a partir de um buzz geral: diferentemente do modismo ou da publicidade voltada ao consumismo, o WordPress significa uma necessidade constante de aprender e de colaborar em rede.

20 de dez. de 2010

Discussão sobre feminismo: a esquerda e suas divergências


Por Cristina P. Rodrigues - Somos Andando - 20.12.2010

A blogosfera – ou parte dela – está em crise. Discutindo o relacionamento. Não, não é o fim, é só um tempo, talvez. Fim de ano, bom momento para balanço.
O que deflagrou a crise foi um episódio em si pequeno, mas que trouxe à tona ressentimentos e dúvidas antigos, junto com alguns esclarecimentos. Confesso que não me envolvi na história porque não tive muito tempo nem vontade de ler todo o vai e vem, mas chegou a um ponto em que me obriguei a correr atrás.
Resumindo para quem ainda não está a par (quem já cansou de ler a respeito, pula esse parágrafo): o blog do Nassif publicou como post um comentário de um cidadão machista, que usava o termo “feminazi” para se referir às feministas, com o pretexto de que servia ao debate. Não acho que servia, acho que Nassif errou, mas prossigamos. Ele sofreu diversas críticas de feministas e de outras pessoas, algumas bastante legítimas, outras que pegaram carona na história. Nassif não se desculpou e ainda debochou de muitas daquelas pessoas. Errou mais uma vez.
O feminismo e o termo “feminazi” não são temas pequenos, antes que alguém possa me questionar a respeito, mas o episódio em si não justifica tal repercussão. A blogosfera (e a tuitera?) se dividiu, passou a se atacar, inclusive com ataques pessoais além das críticas gerais ou específicas, mas que fossem críticas, não ataques.

O sentido do feminismo
As mulheres, assim como os negros, os homossexuais e outros, têm um histórico de preconceito sobre elas. E o feminismo faz sentido ainda hoje, em contraposição ao machismo opressor, assim como é libertador utilizar uma camiseta escrito “100% negro” e uma com a inscrição “100% branco” pareceria preconceituoso. É o histórico de opressão que justifica essas diferenças. Por que se afirmar como homem ou como branco se o homem branco sempre teve espaço garantido?
O feminismo deve, pois, ser respeitado, mas as feministas também devem compreender as diferenças de pensamento, desde que respeitando determinados limites, é claro. Nassif ultrapassou alguns limites ao publicar um post tão preconceituoso, mas a blogosfera inteira não precisa ir para a fogueira e ele não deve se tornar o inimigo a ser eliminado por um erro crasso, mas pontual.
Alguns posts personalizaram a discussão, que não envolveu só a figura x ou a figura y, que está se caracterizando por uma ampla discussão do papel dos blogs. Alguns problemas surgiram. O episódio, tão específico, serviu de pretexto para se criticar o Encontro de Blogueiros Progressistas, acontecido em agosto. As críticas tiveram duas frentes: as que questionavam o termo “progressista” e as que questionavam o motivo do encontro. A crítica, então, ultrapassou a blogosfera e atingiu a esquerda.

Do feminismo à esquerda
A briga já está em um ponto em que um diz que a esquerda tem que se unir e outro diz que tem que manter a capacidade de crítica, sem aceitar qualquer coisa de olhos fechados.
Bem bem… Passamos do ponto. E sim, esse é um problema da esquerda, mas é um problema originado por uma causa bem específica, que o justifica. A esquerda se divide porque sua movimentação é motivada por ideias, não por interesses pessoais, que fazem com que a união seja uma estratégia pensada visando um retorno no médio prazo. E ideias divergem.
Então, o que fazer? Passar por cima das divergências e se unir de forma acrítica? Ou assumir as críticas e brigar e brigar, esquecer o entendimento e renunciar às lutas por falta de força, já que cada um lutando sozinho não chega muito longe?
Conversar, não discutir
Nem oito nem 80. Falta um tantinho de tolerância e de vontade de entendimento. Seria simples. A gente discute ideias, sem partir para o pessoal, concorda às vezes, diverge, mas se respeita e se une pelos pontos em que há identificação. Entende que às vezes a gente erra, mesmo que tentando acertar. Que a pessoa do outro lado é tão falível e tão humana quanto a deste lado e que às vezes diz uma besteira monstro. Percebe que há momentos em que o outro fulano pensa diferente mesmo, e isso faz parte. Afinal, quem pode dizer quem está certo?
Como em qualquer relacionamento, na política – e a blogosfera é política, e o feminismo é um movimento social e também político – a gente tem que ceder, tem que tolerar, tem que passar por cima de algumas coisas. Senão ninguém se entende.
Prova disso é encontrada ao reunir os diferentes posts produzidos sobre o assunto. Com cada um, tenho concordâncias e divergências. Algumas partes eu assinaria embaixo e outras eu jogaria no lixo. Ou seja, todos acertamos e erramos. E provavelmente o leitor também discordará de boa parte do que escrevi aqui, e outro leitor discordará de parte diferente. Ou seja, somos diferentes.
Mas temos um ponto de união. Queremos um mundo melhor, queremos melhorar o Brasil, queremos uma visão mais abrangente de sociedade, que não exclua pessoas por conta de sua renda ou do lugar onde mora. Prendamo-nos, pois, aos nossos pontos comuns. Façamos críticas, com o devido respeito e sem a arrogância de se achar dono da razão. Ouçamos as críticas. Aprendamos com elas. Mas não nos desarticulemos. Isso se chama diálogo.
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A seguir, alguns links que ajudam a compreender melhor a dimensão que a coisa tomou. Com alguns concordo mais, com outros menos. Não há nenhum tipo de ordenamento nesse sentido. A cada link, a ordem é o nome do post, nome do blog e autor do texto.

Elas mataram Orfeu – Gonzum – Miguel do Rosário
Sobre o debate Nassif, feminazis, Idelber e blogs progressistas – Conexão Brasília-Maranhão – Rogério Tomaz Jr.
Nassif pede desculpas às feministas de bom nível – Escreva Lola Escreva – Lola Aronovich
Feminismo não é partido! – O inferno de Dandi – Danilo R. Marques
Blogosfera progressista, feminismo e polêmicas – Conceição Oliveira – Vi o mundo
Como falar bobagens e ser publicado num blog famoso – Escreva Lola Escreva – Lola Aronovich
A agressividade como ferramenta de auto-afirmação – Escreva Lola Escreva – Lola Aronovich 


18 de set. de 2010

Ato contra o golpismo midiático


Altamiro Borges - Do Blog do Miro - 18.09.2010
Reproduzo convite do Centro de Estudos Barão de Itararé:
COMPAREÇA AO ATO EM DEFESA DA DEMOCRACIA!
CONTRA A BAIXARIA NAS ELEIÇÕES!
CONTRA O GOLPISMO MIDIÁTICO!


Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.

Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.

Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.

A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.

Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.

É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas - um ato em defesa da democracia.

Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!

Abaixo o golpismo midiático!

Viva a Democracia!
Data: 23 de setembro, 19 horas

Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo

(Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).


Presenças confirmadas de dirigentes do PT, PCdoB, PSB, PDT, de representantes da CUT, FS, CTB, CGTB, MST e UNE e de blogueiros progressistas.


28 de jul. de 2010

Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge

Por Altamiro Borges

Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert(o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

“Fim de uma era de infâmia”

Luis Nassif também suspeita que Mainardi vá deixar o país para evitar a Justiça. A referência ao medo de ser preso “é real. Condenado a três meses de prisão por calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga, como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho. Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Ele foge para todo lado”.

Para o blogueiro que já foi alvo das agressões do pitbul da Veja, o festejado anúncio representa “o fim de uma era de infâmia”. “O problema não é o Mainardi. Ele é apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra. Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro”.

“Sou um conspirador da elite”

André Cintra, editor de mídia do portal Vermelho, apresenta ainda outra hipótese. Ele constatou que Mainardi perdeu espaços na imprensa, inclusive na Veja. “Ele perdeu credibilidade e, talvez, renda”. Essa suspeita já fora apontada, algum tempo atrás, por Alberto Dines, do Observatório da Imprensa. “Há poucos meses, ele puxava o cordão dos que mais recebia mensagens; agora nem aparece no esfarrapado Oscar semanal. O leitor da Veja já não agüenta tanta fanfarronada”.

Levanto aqui outra suspeita. Filhinho de pai, Mainardi sempre fez turismo pelo mundo. Ele não tem qualquer vínculo com o país e seu povo. Até escreveu um livro sugestivamente intitulado de “Contra o Brasil”. Na fase recente, com a eleição de Lula, seu ódio ficou mais doentio. “Sou um conspirador da elite, quero derrubar Lula, só não quero ter muito trabalho” (Veja, 13/08/05). Ele chegou se gabar de “quase ter derrubado o presidente Lula” e ficou furioso com a sua reeleição.

Coitado do cão sarnento

Este “difamador travestido de jornalista”, como bem o definiu o ministro Franklin Martins, fez inimigos por todos os lados. Satanizou o sindicalismo, o MST, os intelectuais e as lideranças de esquerda no país e no mundo. Apoiou o genocídio dos EUA no Iraque e destilou veneno contra Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chávez. O seu egocêntrico “tribunal macartista mainardiano”, no qual fez acusações levianas contra vários jornalistas, gerou protestos das entidades do setor.

Odiado por todos e prevendo a derrota do seu candidato nas eleições de 2010, Mainardi anuncia agora: “Vou embora”. Talvez não sinta mais clima para ficar no país e perceba que suas bravatas fascistas não convencem muita gente. Teme até ser preso por suas difamações e calúnias. Não agüentaria a continuidade da experiência aberta pelo presidente Lula, com a eleição de Dilma Rousseff. No twitter, brinquei que sua fuga lembra o cachorro sarnento que abandona o próprio dono. Muitos reagiram: é sacanagem com o pobre animalzinho. Concordo e peço desculpas!

25 de jun. de 2010

INTERNET - Blogs: o surgimento de escritores populares no mundo virtual

Jéssica Balbino - Cultura Marginal - 23.06.2010

Por dia,
75 mil blogs são criados no mundo; a febre chegou a Poços de Caldas e blogueiros contam sobre a atividade

Jéssica Balbino o Jornal Mantiqueira
fotos: Marcos Corrêa

Poços de Caldas, MG – Por minuto, 270 mil palavras são postadas nas plataformas que hospedam blogs – diários virtuais – no Brasil. O número, de acordo com uma pesquisa do Technoratti, o número de blogs ativos no mundo é 70,6 milhões e por dia 175 mil novos blogs são criados. Ainda segundo o levantamento, são feitas 18 atualizações por segundo.
Se não fosse por causa deles, essa matéria nem existiria. A condição para que ela fosse escrita é de que todas as entrevistas fossem feitas virtualmente, por e-mail ou programas de conversação instantânea – como MSN e twitter - , onde as divulgações dos endereços sobre os mais variados tipos de assunto circulam.
Pode ser moda, jornalismo, política, sentimento, esportes e assuntos cotidianos. Esses são alguns dos assuntos que cativam cada dia mais leitores. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) aponta que o número de leitores pulou de 9,5 milhões para 11,6 entre dezembro de 2007 e 2008.
Esse crescimento já é superior ao da expansão da internet no mesmo período. O país já é o segundo país com maior número de blogs, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Na sequência aparecem países como Turquia, Espanha, Canadá e Reino Unido, respectivamente.
A febre tem se espalhado e na cidade, são poucas as pessoas que ainda não tem um endereço na web para tratar do assunto preferido.
Tal crescimento só é possível por conta da Web 2.0, um ambiente de interação utilizado no mundo, pela primeira vez, em 2004 e que hoje engloba inúmeras linguagens e motivações, como a oferecida ao mundo através dos diários virtuais.

Política na rede
Os blogs políticos são os mais famosos no universo batizado como blogosfera. Parlamentares criam endereços virtuais e postam notícias a seu favor. Entretanto, há jornalistas como Milene Guerra, 28 anos, que há quase um ano mantém um domínio na rede mundial de computadores para escrever sobre jornalismo político. “Atualizo diariamente, mas ultimamente tenho escrito bastante sobre relacionamentos e cotidiano”, conta.
Para ela, o surgimento dos blogs e a facilidade de criação abriram as portas para divulgar as próprias ideias. “A arte de blogar tem um crescimento exponencial e assume hoje um caráter abrangente que leva as entidades e pessoas a utilizarem a ferramenta como um meio alternativo de divulgação”, coloca.
http://www.mileneguerra.blogspot.com/

Jornalismo alternativo
Assim como os blogs políticos, os jornalísticos ocupam grandes espaços e levam os leitores e espectadores a outro ambiente: o virtual.
Assim aconteceu com o produtor de TV João Daniel Alves, 26 anos. Há 2,5 anos ele tomou a iniciativa de fazer um blog porque sempre gostou de interagir com o público. Por conta da profissão, criou um espaço para debates de assuntos cotidianos. “Apesar de serem noticias do dia-a-dia, as informações que parecem bem simples muitas vezes não chegam ao conhecimento de algumas pessoas”, diz.
Entretanto, a febre que o atingiu não durou muito tempo. Apenas seis meses. Há quase dois anos o blog não é atualizado, entretanto, durante o período em que o fez, confessa que se divertiu muito. “Eu andava para cima e para baixo com uma câmera fotográfica e qualquer flagrante eu registrava e punha no blog”.
A falta de tempo para se dedicar e fazer um produto jornalístico de qualidade desmotivou o jovem, que mesmo assim, até hoje, mantém o endereço ativo.
Porém, um ponto que congrega cada dia mais pessoas para o ambiente dos diários virtuais é a possibilidade de postar qualquer tipo de informação sem que esta tenha que passar por um filtro ou mesmo ser aprovada por um superior.
Esse também é um dos motivos que levaram o jovem Felipe Eduardo a começar a postar em blogs desde 2007. Atualmente ele alimenta o Escrita Hip Hop e se dedica às notícias do mundo da cultura periférica. “Os blogs são armas fortes de comunicação porque são gratuitos e administrados por pessoas comuns”, considera.
http://www.joaodanielalves.blogspot.com/ e http://www.escritahiphop.blogspot.com/


Desde os primórdios da web
Quanto o acesso à internet ainda era limitado e a conexão feita via linha telefônica, o jornalista João Fernando Baldan, 29 anos criou o primeiro blog. Isso aconteceu há cerca de 10 anos e o motivo é o mesmo dos demais blogueiros: expor ideias e pontos de vista.
Apaixonado por cultura digital e pela escrita, ele se dedica a postagens esporádicas, mas já teve um endereço que foi um dos mais visitados de um portal nacional de notícias. Hoje, passa mais tempo no microblog twitter, que permite postagens de apenas 140 caracteres. “Infelizmente o twitter roubou um pouco do charme dos blogs, mas por outro lado acho que isso deu uma peneirada nos diários virtuais”, coloca.
Mesmo assim, ele mantém o endereço onde posta textos literários de não-ficção, ligados a outra paixão: o jornalismo literário.
Quando questionado sobre a frequencia com que a atualiza o “diário” virtual, confessa que o ritmo se tornou lendo. “É um slow blog. Atualizo quando realmente acho que tenho algo interessante a dizer. Talvez de dois em dois meses. A preocupação de postar sempre foi transferida para o twitter. Porém, blogar é uma forma de exercer e melhorar a técnica de escrita. Não deixa de ser uma janela própria”, considera.
Em relação ao microblog twitter, que criou antes da novidade se tornar uma febre em todo mundo, o jornalista avalia como uma grande sacada, entretanto, pondera: “mas só quando não vira mero diário da pessoa”. Por outro lado, ele tem a mesma opinião em relação aos blogs. “É muito chato você ler alguém que escreveu algo como ‘estou comendo hambúrguer que minha mãe fez’. O trivial pelo trivial não é legal. Você pode até escrever sobre isso, mas de outra forma, com criatividade, ironia ou crítica”, avalia.
Neste caminho, ele lembra o escritor Manuel Bandeira, que disse existir muita poesia no lugar-comum. “Vai da sua intenção e do jeito que você escreve. O twitter tornou-se uma importante ferramenta de informação, crítica e nas devidas proporções, até um termômetro sócio-cultural”.
http://www.foradesintaxe.wordpress.com/

Novidade e diversão
Por hobby e diversão, o estudante Wagner Alves, 22 anos, criou, em companhia de dois amigos, o blog Ipochoclo, para divulgar as ideias criativas e risíveis que surgiram após uma vez em que os três participaram no último mês de setembro. “Por conta de outros compromissos, o blog não era inicialmente algo sério. Tentávamos fazer posts de humor e atualizações sobre o que estivesse acontecendo na mídia”.
Entretanto, postagens bizarras fazem parte do repertório dos amigos e o texto “Como se portar em banheiro público” é um dos que ele cita como uma das grandes criações.
Atualmente, o blog é atualizado semanalmente e mesmo sendo um hobby, permite aos jovens um espaço para mostrarem o que querem. “Você vira um colunista sem limites lá. O que vejo no blog é uma tendência contrária a que acontece no diário. Ambos tem a mesma intenção de exteriorizar um sentimento ou uma ideia, mas, o blog é o posto do que fica confidenciado no meio das folhas. É a oportunidade de mostrar para o mundo o que você está pensando e fazendo”, diz.
http://www.ipochoclo.blogspot.com/



Alterego e humor
Por falar em humor, um novo blogueiro é Alcebíades Cantão, personagem criado como alterego apenas para dar vida a um blog de notícias curtas, sempre com uma piada embutida.
Questionado sobre a febre, o criador do blog é taxativo: “O Alcebíades entrou na febre. No dia que fez o blog, estava com 48º, brinca.
O personagem tem 46 anos e é um jornalista de interior, casado com Jurema do Meio Cantão e não tem filhos, apenas um Chevette 78.
Em poucos meses, as piadas curtas já conquistaram quase quatro mil visitas e oito seguidores podem ser vistos numa das barras laterais da plataforma virtual. Recentemente, o personagem se tornou também colunista do jornal Mais Poços.
Entre os blogs que o assistente social Eduardo Herrera, 24 anos acessa diariamente estão humor, documentários e jornalismo.
Ponto para o criador do blog do Informanti, onde Alcebíades é o personagem e também colunista. Para Herrera, que não tem paciência para administrar um diário virtual mas não abre mão de ler o que circula pela web, os blogs acrescentam um conteúdo que não é encontrado em outras mídias. “A liberdade da internet faz com que se tenha acesso a uma linguagem versátil. O blog assume essa postura”, acredita.
http://www.blogdoinformanti.blogspot.com/


Sustentabilidade
Em setembro, o blog Atitude Eco completa um ano e surgiu durante a divulgação de um congresso de atitude sustentável no último ano. O assunto em pauta há algum tempo é considerado a tendência do futuro.
De acordo com o editor do blog, Túlio Lengi Malaspina, 23 anos, a afinidade com as plataformas e mídias sociais fizeram com que ele desse continuidade ao trabalho que passou a assuntos mais “hippies” como ele mesmo considera. “Passei a postar permacultura, agricultura familiar, agroflorestas e aos poucos fui colocando mais artigos sobre o dia-a-dia, compostagem, reciclagem e hoje gosto de trabalhar o lado educacional, mais social e ativista”, diz.
O canal é atualizado semanalmente com textos e vídeos, justamente para falar com o público mais apressado.

Histórias de família
A possibilidade de escrever sobre qualquer cosia que o leitor, que deixa o papel de receptor de informação e passa ao de emissor é produto de estudos.
Conforme explica a pesquisadora Érica Peçanha do Nascimento, a produção estabelecida entre as produções de uma determinada realidade social desencadeia relações de amizade entre as pessoas. “E promove uma atuação cultural em comum”, acredita.
É por isso que a revisora de textos Delma Maiochi, 49 anos criou, há poucos meses um blog. O Gli Antenati – os antepassados – permite a ela a publicação de histórias ouvidas ao longo da vida. Resolveu tornar públicas as memórias dos familiares, imigrantes europeus que fazem parte da história de Poços de Caldas. “Meus pais e tios sempre me contaram histórias do tempo que viviam em fazendas e de quando meus bisavós chegaram no país. Isso não poderia ficar perdido ou guardado apenas comigo”, diz.
Para ela, a internet, por meio do blog, é a maneira mais democrática de divulgar as memórias para o restante da família. “Escolhi este meio porque a maioria dos parentes tem acesso e também pelo custo. É mais fácil ter um blog do que publicar um livro”, pondera.
http://www.gliantenati.blogspot.com/


Um blog pede outro
Por dia, a publicitária, jornalista e blogueira Daniella Pimenta, 27 anos, visita cerca de 10 blogs. Isso acontece porque a jovem trabalha com mídias sociais e é obrigada a visitar domínios nacionais e internacionais para estar informada.
Há dois anos se dedica ao Groovin Mood, espaço onde posta sobre o mundo da música na Jamaica e assume a responsabilidade de transmitir um conteúdo informativo e profissional, com entrevistas com os artistas, notícias, biografias e agendas de festas.
A paixão pelo tema obriga a jornalista a conciliar o tempo e fazer atualizações semanais, mesmo com o tempo curto. “Hoje eu vejo os blogs como veículos alternativos de comunicação. Passaram de simples diversão para algo que define tendências”, pontua.
A opinião dela é confirmada pela desenhista Andresa Pires Reis, 27 anos, que já foi blogueira, hoje se dedica apenas a captar informações e pretende criar outro espaço na internet para divulgar pesquisas.
Ela já foi dona de um blog sobre música e política, mas por não ter tempo para se dedicar a um acompanhamento e por isso abriu mão. Fica apenas na leitura de postagens sobre arquitetura e moda, que ela acredita que ajudam a aprimorar a criatividade. “Ás vezes a ideia de alguém num blog e me desperta para outra. É como se eu não pedisse opinião, mas ganhasse uma”.
Andresa espera se reorganizar e voltar a blogar, só que desta vez sobre o estudo das religiões que vem fazendo há algum tempo. “É uma forma democrática de expor os pensamentos”.
Desta maneira, a Web 2,0 marca o amadurecimento do uso potencial e colaborativo da internet, interferindo no dia-a-dia de todas as castas sociais e pessoais, permitindo que qualquer pessoa com acesso ao universo online tenha a possibilidade de criar o próprio conteúdo e ainda interagir com os receptores deste material, proporcionando a sensação, mesmo que marginal, de pertencer ao mundo, ainda que virtual.

24 de jun. de 2010

Para Telebras telecentros e lan houses democratizam acesso à internet

Brasília - O presidente da Telebras, Rogério Santanna, destacou a importância dos telecentros comunitários e das lan houses para a inclusão digital no país, especialmente entre as pessoas de renda mais baixa que, mesmo com os incentivos do governo, não têm condições de comprar um computador.

"Há um conjunto de pessoas que não tem renda para comprar computadores, sobretudo da classe E. Mas o papel dos telecentros comunitários visa a suprir essa dificuldade. E nesses lugares é preciso que a banda larga chegue, então os telecentros devem estar conectados", disse Santanna, que participou da abertura da 9ª Oficina para Inclusão Digital, em Brasília.

Segundo ele, as lan houses não devem ser classificadas como locais de criminalidade, mas de apoio às políticas governamentais. "Queremos trazer a lan house para a formalidade para ser aliada importante da implantação das políticas públicas".

Santanna disse que a Telebras, reativada para implantar o Plano Nacional de Banda Larga no país, deverá ser uma empresa enxuta. Para ele, o principal desafio do setor é consolidar a inclusão digital como uma bandeira do Estado brasileiro, independentemente dos ocupantes do governo.

A 9ª Oficina para Inclusão Digital termina na quinta-feira (24) e vai fazer um balanço sobre as políticas públicas implantadas na área nos últimos dez anos. Cerca de 1,2 mil pessoas se inscreveram para participar da oficina.

Durante o evento, serão assinados os primeiros termos de cooperação técnica entre o governo federal e as instituições selecionadas pelo Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades (Telecentros.BR). Até o fim deste ano, três mil novos telecentros deverão se implantados por meio do programa. As instituições selecionadas vão receber equipamentos de informática novos e recondicionados, mobiliário, conexão à internet em banda larga, cursos de formação e bolsas para monitores.

Por Hudson Gomes - ABCID (Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital - 23.06.2010

16 de mar. de 2010

Nassif: A guerra política sem quartel

No dia 29 de dezembro passado recebi e-mail de um leitor, com informações sobre a guerra política a ser deflagrada este ano pela Internet.

Segurei as informações que me foram passadas, até ter uma ideia mais clara sobre os desdobramentos e conferir se as informações se confirmariam. Aparentemente estão se confirmando.

No final do ano passado, a FSB – empresa de assessoria de comunicações – foi incumbida pelo governador José Serra de preparar a guerra política na Internet, especificamente nas redes sociais. A empresa tem um contrato formal com a Sabesp e, aparentemente, outro com a Secretaria de Comunicação. Pensou-se em um terceiro contrato, com o Centro Paula Souza. Debaixo desses contratos, encomendou-se o trabalho.

Houve reunião em Brasília e a coordenação foi entregue ao jornalista Gustavo Krieger.

A primeira avaliação foi a de que a campanha anterior, pela Internet, tinha sido muito rancorosa e afastado o eleitorado. A nova estratégia consistiria em desviar os ataques para blogs críticos de Serra. Inicialmente, definiram-se quatro blogs: este, o do Paulo Henrique, o do Azenha e o da Maria Frô. Pessoas que tiveram acesso às informações da reunião não conheciam o da Maria Frô e estranharam sua inclusão. Mas quem incluiu conhecia.

Indaguei se, eventualmente, não poderia ser um monitoramento das análises, para se produzir argumentos contrários. Mas a fonte me garantiu que a ideia seria preparar ataques contra os quatro blogs através de um conjunto de blogueiros e twitteiros arregimentados na blogosfera: os «mercenários», como a fonte os definia.

O trabalho preliminar teria doze pessoas de escritórios de diferentes lugares do país. Durante o ano, a equipe seria enxugada, mas seriam mantidas cinco pessoas permanentemente dedicando-se à ofensiva contra esses blogs e outros que estavam em fase de avaliação. Haveria também a assessoria do ex-chefe de gabinete da Soninha – que está sendo processado por montar sites apócrifos injuriosos – e que se tornou o twitteiro de Serra.

Coloco a nota “em observação” porque, antes, busquei informações sobre Krieger e recebi avaliações positivas dele. Fica a ressalva.

Mas movimentações recentes em Twitters e Blogs indicam uma grande coincidência com o que me foi relatado. Especialmente o fato de parte relevante dos ataques contra os demais blogs estarem sendo produzidas justamente pelo assessor de Serra.

Lembro o seguinte: uma hora a guerra acaba. Passadas as eleições, os comandantes ensarilharão as armas e celebrarão a paz. Sobrará para os guerreiros contratados, que poderão ter sua imagem manchada indelevelmente. E, especialmente, para quem trabalha com comunicação corporativa.

PS: O Viomundo sente-se honradíssimo de figurar na lista dos blogs e sites a serem atacados.

Texto: Luis Nassif

Por Luis Carlos Azenha - Vi o mundo - 16.03.2010

8 de dez. de 2009

Renato Rovai: a BLOGOSFERA será protegida

Para Renato Rovai, a BLOGOSFERA não pode ficar à merce dos processos impetrados pela mídia corporativa contra blogueiros independentes ou contra aqueles que fazem bloguismo.



Professor Di Afonso - Terra Brasilis - 08.12.2009

6 de out. de 2009

FENAJ pede mobilização pela aprovação da PEC do diploma na CCJC da Câmara

Da Redação - (FENAJ) Federação Nacional do Jornalistas - 05.10.09

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 386/09 deverá ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, dia 7 de outubro. A diretoria da FENAJ e o Gruo de Trabalho da Coordenação da Campanha em Defesa da Profissão e do Diploma pedem empenho dos apoiadores do movimento para sensibilizar os membros da CCJC pela aprovação da proposta.

O debate em torno do tema no Congresso Nacional prossegue intenso. No dia 29 de setembro a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma voltou a se reunir. E decidiu priorizar o trabalho para colocar em votação na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC), nesta semana, o relatório elaborado pelo deputado Maurício Rands (PT-PE), sobre a Proposta de Emenda à Constituição 386/09, do deputado. Paulo Pimenta (PT/RS), que torna obrigatório o diploma de jornalismo. Já naquele momento o presidente da CCJ, deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF), havia firmado o compromisso de colocar a matéria na pauta da Comissão tão logo o relatório estivesse pronto.

“Estamos batalhando para aprovar essa PEC, porque ela é a proposta que está mais adiantada na Casa. Sendo aprovada na CCJ, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), irá instalar a comissão especial para analisar a matéria", disse a presidente da Frente Parlamentar, Rebecca Garcia (PP/AM). O relatório de Maurício Rands foi apresentado na semana passada.

Já no dia 1º de outubro houve audiência na CCJC do Senado. Participaram representantes da FENAJ, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Convidados, os representantes das empresas de comunicação não compareceram.

O relator da matéria no Senado, Inácio Arruda (PCdoB/CE), manifestou preocupação com a possibilidade de desregulamentação de profissões e com a confusão jurídica que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) poderia causar no cenário nacional. O senador disse, também, que deve entregar seu relatório em meados de outubro. Arruda, que subscreveu a questão de ordem apresentada pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB/RS), manifestou expectativa de que tal questão seja apreciada pelo Senado antes mesmo da votação da PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Mobilização pela aprovação

Esta semana começou com um apelo da FENAJ e do GT Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma às entidades integrantes do movimento. A ideia é que sejam feitos contatos e enviadas mensagens de sensibilização aos membros da CCJC da Câmara pela aprovação da matéria. Tais contatos já estão ocorrendo. O Rio de Janeiro é o primeiro estado onde todos os parlamentares que são membros efetivos da CCJ - Antonio Carlos Biscaia (PT), Marcelo Itagiba (PMDB), Arolde de Oliveira (DEM) e Índio da Costa (DEM), que, no entanto estará viajando e será substituído pelo suplente, o deputado Humberto Souto (PPS-MG).

25 de jun. de 2009

Emir Sader: crise não marcará fim do capitalismo

Por Beatriz - Carta Maior - 25.06

Para Emir, é preciso analisar a crise atual “sem analogia mecânica” com, por exemplo, a crise capitalista de 1929. “Já chegaram a dizer até que agora vem guerra. Guerra entre quem?”. A seu ver, a crise deve ser entendida nos marcos da trajetória do capitalismo no século 20. Como contrapartida, a crise trouxe novos parâmetros para o debate: “A História voltou a ficar aberta - se é que já chegou a fechar. As alternativas para a esquerda estão mais abertas que antes”, defendeu durante seminário promovido por PT, PC do B, Fundação Maurício Grabois, Fundação Perseu Abramo e Corint.

André Cintra - Vermelho

“É verdade que a hegemonia americana se enfraquece. Mas não aparece no horizonte nenhum país candidato a potência que possa substituir os Estados Unidos”, disse Sader às cerca de 250 pessoas presentes no Hotel Braston, em São Paulo, no seminário promovido por PT, PCdoB, Fundação Maurício Grabois, Fundação Perseu Abramo e Corint.

Como contrapartida, ele afirmou que a crise trouxe novos parâmetros para o debate: “A História voltou a ficar aberta - se é que já chegou a fechar. As alternativas para a esquerda estão mais abertas que antes.”

Emir ponderou que qualquer interpretação da crise deve levar em conta os princípios do marxismo - que “não são dogmas nem axiomas”. Um dos princípios mais relevantes - por refletir um drama atual do marxismo - é a ideia de que “sem teoria revolucionaria não há prática revolucionária”.

“A primeira geração de marxistas - Marx, Engels, Lênin, Gramsci, Rosa Luxemburgo - era de pensadores revolucionários que também eram ativistas revolucionários”, lembra Emir. “Hoje a ruptura provoca a tendência de a intelectualidade girar sobre si mesma e os partidos serem muito pragmáticos.”

Contexto da crise
Para Emir, é preciso analisar a crise atual “sem analogia mecânica” com, por exemplo, a crise capitalista de 1929. “Já chegaram a dizer até que agora vem guerra. Guerra entre quem?”. A seu ver, a crise deve ser entendida nos marcos da trajetória do capitalismo no século 20.

Da Segunda Guerra Mundial até a década de 1970, o sistema viveu um longo ciclo de prosperidade - o “período de ouro”, conforme a definição do historiador anglo-egípcio Erich Hobsbawn. “Houve um grande crescimento industrial até na periferia do capitalismo - no Brasil, no México, na Argentina”, lembra Emir. O ciclo seguinte, no entanto, é de recessão econômica - mas a queda do socialismo fortalece os Estados Unidos.

“Quem ganha reconta a história, narra os fatos - e a vitória ideológica do capitalismo foi de proporções vitais.” O socialismo sai da agenda, perde em atualidade. Países como China e Cuba passam a uma “situação de defensiva histórica”. Além disso, o neoliberalismo fragmentou a sociedade, jogou os trabalhadores no trabalho informal, dificultou a resistência. “A derrota do socialismo serve, afinal, para desqualificar a política.”

A financeirização
Com o anúncio da “vitória da economia liberal”, os novos embates em pauta se davam em temas como “democracia e totalitarismo”, “ocidente versus terrorismo”. Já na economia, “consolida-se a passagem do Estado de bem-estar social para a fase neoliberal, de desregulamentação”. É a fase da financeirização radical - ou, nas palavras de Emir Sader, “um câncer incrustado dentro do capitalismo”.

“Marx dizia que o capitalismo é o sistema que faz crescer as forças produtivas como nenhum outro - seu problema era não distribuir a riqueza. O que ocorre, sob a hegemonia financeira, é a transferência de recursos do setor produtivo para o setor especulativo, que não produz bens nem serviços”, explica Emir. Na América Latina, segundo o professor, a “euforia neoliberal não trouxe vantagens econômicas. As três maiores economias mostraram fragilidade - o México quebrou em 1994, o Brasil em 1999 e a Argentina em 2002 e 2003″.

Para Emir Sader, a atual crise do capitalismo emerge em meio a “um período de relativa estabilidade, com uma única grande potência. Existe uma turbulência prolongada sem resolução previsível, mas qualquer resolução será de alternativas dentro do capitalismo, sem ruptura”.

Daí sua conclusão de que “o capitalismo não termina com a crise - porque ele não cai por si mesmo, tem de ser derrubado -, nem tampouco o neoliberalismo acabou”. Nessas condições, o Estado age tal qual um “médico acionado quando o capitalismo sofre doenças”.

Reflexos
A crise abre cenários distintos nas várias partes do mundo. Barack Obama assume a Casa Branca para enfrentar não só a crise econômica - mas também os impasses de duas guerras abertas e não-resolvidas. Com uma vantagem, brinca Emir: “É praticamente o único país com iniciação política no mundo: ele faz a guerra e também inicia as negociações de paz”. Na geopolítica, o tom do discurso muda - com Cuba e Irã, por exemplo.

Por outro lado, Emir Sader sustenta que “a crise revela a falência da Europa como conglomerado autônomo. Em tese, se era para ter uma moeda alternativa agora, seria o euro”. Mas, ao contrário, as ideias da direita voltam com força no Velho Mundo, e o continente se comporta como um “aliado subordinado dos Estados Unidos”.

Num mundo dominado pelo “monopólio das armas, do dinheiro e das palavras”, há brutais “guerras humanitárias” seguidas de intervenções políticas. É um “braço imperialista renovado na época unipolar”. Por isso, afirma Emir, iniciativas como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) são importantes.

O “novo tempo” da América Latina possibilitou que a resolução do conflito entre Colômbia e Equador tenha ocorrido “no nosso âmbito”, sem o arbítrio dos Estados Unidos ou da ONU. O continente reage. “É extraordinário ver que o primeiro país a romper formalmente com Israel foi a Bolívia, num gesto de solidariedade baseada em seus próprios princípios.”

Saídas
Para a economia brasileira, a crise é um teste. “Estamos pagando um preço caro”, afirma Emir. Além de queda da demanda externa e, consequentemente, da exportação, houve um refluxo dos créditos. Na opinião do professor, o governo precisa “encampar a luta contra o monopólio da hegemonia neoliberal”, diversificar ainda mais o comércio internacional e aumentar o peso do mercado interno, taxando o capital externo.

“Lula manteve a hegemonia do capital financeiro e a autonomia do Banco Central, ainda que tenha retomado o papel do desenvolvimento. Sem abandonar a conciliação, a aliança de classes, sem deixar de ser parêntesis do modelo internacional, o governo Lula não será alternativa de um novo modelo”, criticou Emir. A seu ver, é preciso resistir ainda à precarização e à alienação do trabalho, voltando também a estimular a sindicalização. “Mesmo o Fórum Social Mundial nunca vai avançar muito se tiver só o tema da cidadania e não tratar do trabalho”.

Sobre a nefasta atuação da mídia na América Latina, Emir Sader opina que há “um único jornal bom” - o diário mexicano La Jornada, que tem oito edições regionais. “O Página 12, da Argentina, é bom, mas é um jornal pequeno.”. O Brasil, por sua vez, padece de um governo que, na área de comunicação, “não fez quase nada - apenas diversificou um pouco a distribuição de publicidade”. A TV Brasil, na sua opinião, “é um fracasso”.

“Teremos as heranças das transformações que o Lula fez e das que ele não fez”, sintetiza Emir. Além de “quebrar a hegemonia do capital financeiro”, o Brasil, “país mais desigual do continente mais desigual”, tem adotar “um modelo de desenvolvimento agrário que prescinda do agronegócio”.

Outra prioridade, segundo Emir, é “construir uma opinião pública alternativa - pela internet, com os blogs, mas também democratizando a comunicação, a TV, o lazer”. A maior dificuldade, diz ele, “é convencer as massas de que nossa utopia é a justiça social”. Seria uma resposta ao “individualismo brutal”, que leva as pessoas a pensarem apenas numa coisa: “O que vai acontecer comigo?”.

Fonte: Fundação Maurício Grabois

24 de jun. de 2009

Fisl10 começa hoje: presença do Presidente Lula

A décima edição do Fórum Internacional Software Livre (fisl10) acontecerá entre os dias 24 e 27 de Junho, Porto Alegre - RS.
Evento contará com a Presença do Presidente Lula, que aderiu de vez ao mundo high-tech.

Maior e mais antigo evento de software livre da América

O fisl10 já conta com mais de 5,5 mil participantes inscritos, sem contar integrantes da organização do evento, voluntários, veículos de imprensa e blogs. “Nossa expectativa é ter mais de 8 mil pessoas nos quatro dias do fisl. Ao longo desta semana o número de inscritos vai aumentar, e avaliaremos após este período a viabilidade de realizarmos inscrições durante o evento, tendo em vista a capacidade física da PUC-RS”, ressalta Ricardo Fritsch, coordenador financeiro do fisl10.

O valor da inscrição nas modalidades individual/empresa é de R$ 143,00; estudantes e caravanas é de R$ 71,50; e órgãos governamentais é de R$ 203,00. As inscrições haviam sido encerradas até dia 18.06.09. Para maiores esclarecimentos entre no site
www.fisl.org.br

O fisl10 acontece de 24 a 27 de junho, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, RS.

O Brasil é digital

Do Interney - O Escriba - 24.06.09

Acabei de ler a 4a. edição da pesquisa F/Radar (ago/2008) elaborada pela agência de publicidade F/Nazca. Ela confirma que o Brasil é um fenômeno mundial em termos de acesso à internet, que as lan houses e afins são agentes de inclusão digital no país e que a internet brasileira é dos mais jovens.

Foram feitas 3003 entrevistas por telefone, em 173 municípios de todo o país. Somos hoje, segundo a pesquisa, quase 65 milhões de internautas. Desse total, 28 milhões têm internet de banda larga em casa (52% da classe A/B e 13% da classe C). Quase 30% (quase 20 milhões) acessa a internet em lan houses e afins. Outros 13 milhões, de casa.

As regiões sudeste e norte/centro oeste têm mais internautas (52%), mas nordeste (41%) e sul (48%) estão logo atrás.

51% dos internautas acessa a internet para se informar - em todas as faixas etárias.

As ferramentas mais usadas: email, msn, orkut. Orkut pelos mais jovens, email pelos mais velhos. A pesquisa não detalha o uso das redes sociais no Brasil, mas Fernand Alphen, diretor de Branding, Planejamento e Pesquisa da F/Nazca, escreveu um interessante artigo no Webinsider em que afirma com todas as letras: no Brasil, rede social tem nome, Orkut. O resto ainda engatinha. Para se ter uma idéia, Alphen mostra que 33 milhões de brasileiros usam orkut, enquanto apenas (sic) 600 mil usam Facebook e pouco mais de 120 mil estão no Twitter.

Enfim, algumas conclusões da pesquisa:

1 - Brasil é um fenômeno mundial de acesso à internet
2 - Internet é democrática no Brasil
3 - Internet não reflete as desigualdades regionais do país
4 - A rede é dos mais jovens
5 - Lan house é o grande agente de inclusão digital do Brasil
6 - Internet, no Brasil, é fonte de informação
7 - Internautas brasileiros são assíduos
8 - Internet influencia as compras de metade dos brasileiros
9 - O consumidor sabe usar as ferramentas online disponíveis
10 - Internet é ferramenta de integração social no Brasil

18 de jun. de 2009

PiG* ataca a blogosfera: Liberdade e diversidade incomodam ex-donos da verdade!

Por André Lux - 15.06.09

Os jagunços do PiG* (Partido da imprensa Golpista) vira e mexe atacam a blogosfera independente, tentando acusar os blogueiros de serem pagos para defenderem o governo Lula, o PT e qualquer outra coisa que cheire a esquerda. Obviamente, estão julgando-nos a partir de suas próprias realidades. Afinal, são eles que recebem "mensalão" do PSDB para parir mentiras e distorções para que a realidade se encaixe nos delírios da turma do Partido Só De Bacana e seus apêndices.

Mas o que realmente incomoda esses capitães do mato pós-modernos (que se auto-proclamam "formadores de opinião") é o fato de, com a internet, o acesso à informação saiu do controle deles e, graças à blogosfera e às poucas publicações assumidamente de esquerda, a população pode escolher como quer se informar.

Abaixo, fiz dois esqueminhas para ilustrar isso, confiram (clique nas imagens para vê-las em tamanho real):



17 de jun. de 2009

Política - Sobre o AI-5 Digital

Demorei a entrar nessa discussão sobre o substitutivo do senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, sobre crimes cibernéticos no Brasil, basicamente porque tem gente muito melhor preparada do que eu para tratar do tema. Para, simplesmente, não dar pitaco sobre um assunto que não domino, fiz o que qualquer jornalista faz numa situação dessas: preparei uma pauta. Na edição de 10 de junho, publiquei uma matéria na CartaCapital intitulada “Um novo AI-5?” (o título não é meu, nunca é), justamente por remeter ao apelido de “AI-5 Digital” dado pelos críticos à chamada Lei Azeredo de Cibercrimes. Para escrever a matéria, peguei como gancho a crescente mobilização, via meio virtual, de gente decididamente contra o substitutivo, um fenômeno típico da internet que ganhou força e dimensão com a expansão exponencial (e maravilhosa) da blogosfera.

Então, fui atrás de três dos principais expoentes dessa reação, figuras muito odiadas, descobri em seguida, no ultra refrigerado gabinete do senador Azeredo, em Brasília. São eles: o advogado Túlio Vianna, de Belo Horizonte; o cientista político Sérgio Amadeu, de São Paulo; e o professor de literatura Idelber Avelar, da Universidade de Tulane, em Nova Orleans. Radicado nos Estados Unidos, há 20 anos, mas mineiro de tudo, Avelar mantém um dos mais conceituados blogs do país, O Biscoito Fino e Massa, espaço onde publica textos preciosos recheados de crítica e erudição. Para mim, tornou-se leitura diária e obrigatória.

Procurei o senador Azeredo, mas ele estava em viagem oficial aos Estados Unidos. Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Azeredo havia sido convidado pelo Congresso Americano para conhecer os trabalhos da comissão co-irmã do Senado dos EUA. Fui recebido por um assessor, na verdade, mais do que isso, o organizador do texto final do substitutivo, o engenheiro José Henrique Portugal. Expert em tecnologia de informação e dono de um conhecimento enciclopédico de legislação sobre o tema, Portugal tem a difícil missão de representar o senador Azeredo nas zonas de enfrentamento. Em suma, é ele que vai discutir o projeto em palestras, debates e eventos nem sempre amigáveis montados para discutir o substitutivo. Azeredo, no melhor estilo tucano, acha-se sofisticado demais para bater boca com estudantes e eleitores em palanques livres.

É uma pena, porque o senador do PSDB teria uma chance para rebater as sérias acusações de que ele estaria a serviço dos lobbies dos bancos, das corporações de informática e dos barões de direitos autorais. Antes, contudo, teria que ser confrontado com a seguinte informação abaixo que, infelizmente, por questão de espaço, não foi incluída na matéria publicada pela CartaCapital:

Eleito senador em 2002, depois ter sido governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo fez uma campanha, à época, que contou com doações de pelo menos três grandes corporações ligadas, direta e intrinsecamente, com bancos e empresas do ramo de informática, de acordo com dados coletados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Scopus Tecnologia, considerada o “braço eletrônico” do Bradesco, por exemplo, doou 150 mil reais à campanha do tucano mineiro. A companhia tem como clientes 28 das maiores instituições financeiras e de crédito do país, para as quais desenvolve plataformas de acesso bancário via internet e de comércio eletrônico. Também atende poderosos conglomerados de tecnologia como a IBM e a Microsoft.

Azeredo ainda recebeu doações de campanha (300 mil reais) da Sociedade de Empreendimentos, Publicidade e Participações (Sodepa), holding controladora do Banco Safra. E outros 50 mil reais da Icatu Holding S.A., do Grupo Icatu, com participações em empresas de administração de recursos financeiros, seguros, previdência, capitalização, incorporação imobiliária e entretenimento.

Pode ser só coincidência. Pode ser tudo, na verdade.

16 de jun. de 2009

Educação na Blogosfera - O despertar consciente de uma juventude telespectadora. O jovem pode revolucionar a TV?

Por Márcio Lacerda - Mion e sua Blogsfera - 16.06.09


Amigos blogueiros, gostaria de dividir com vocês essa informação que desnuda um pouco a nuvem da blogosfera, da mídia e dos brasileiros que navegam na internet.

O apresentador da MTV, Marcos Mion, mantém um blog no qual para cada post há uma quantidade de comentários na casa dos 6, 7, 9, 15 mil!!!

É muito? Não, relativamente. Isso ocorre pelo fato da molecada que assiste MTV ser muito mais conectada do que outros públicos, como também já faz parte da natureza desses jovens a comunicação bidirecional... ou seja, eles, mais do que ninguém, fazem uso intensivo da internet, e estão com tudo no Twiteer.

Interessante sabermos que quando esses jovens estiverem com um nível de consciência política mais avançado, eles saberão usar todos os meios de comunicação possível para exercerem sua cidadania. Novos tempos!!! :)

Relevante igualmente as observações de Marcos Mion sobre a influência das direções das emissoras de TV sobre o conteúdo dos programas, de modo que o apresentador, na maior parte das vezes, passa a representar o papel de um boneco de ventríloquo.

Senão vejamos:

"Afinal o público da RedeTv não tem a mesma freqüência de internet do que o da Mtv. Pq aqui na Mtv nós somos pequenos, mas no que nós somos bons, não tem ninguém melhor. E é muito raro alguém poder afirmar que é melhor que a Globo em alguma coisa relacionada a tv hoje em dia. (...) A minha leitura do que ela escreveu é a seguinte: ninguém, na tv aberta diária está ileso a errar, a colocar os pés pelas mãos uma vez ou outra, tem gente que faz isto até em pgm semanal! Eu já comandei o horário nobre diário da Band por mais de dois anos, sei o que ela passa, a pressão que cai na cabeça e sei que exagerei em algumas ocasiões, quer dizer, sendo extremamente sincero, pequei mais pela vontade de outros mais poderosos do que pela minha própria - mas sei que não justifica, afinal o microfone estava na mão de quem?! Tudo bem que eu tinha 22 anos e considero um absurdo exigir de um jovem inexperiente e entusiasmado o mesmo que se exige de profissionais que estão ha mais de 10 anos na televisão, já passados dos seus 40 anos (ou quase!) de vida, com filhos, etc...mas enfim, aceito ser colocado no meio da sacola! Penso que o que ela quis dizer é que mesmo um cara descolado, articulado, que tem reconhecimento como inovador por todo seu trabalho na Mtv, pode ser julgado negativamente pela imprensa quando entra na guerra da audiência"
Para não dizer que quantidade não é qualidade, vejam esse comentário rssss:

"Bruna: Eita povo analfabeto que comenta no seu blog hein, Mion?"

Do Blog do Magrelo - 16.06.09