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13 de jul. de 2012

Canadá define que músicas baixadas na internet não devem ser pagas

A Suprema Corte do Canadá decidiu ontem que compositores e gravadoras não devem receber pelos direitos de execução de músicas baixadas na internet. A decisão contrariou os interesses de artistas e foi favorável aos de empresas de telecomunicações. 

O tribunal decidiu também que as amostras de músicas em lojas on-line --como iTunes, da Apple-- não infringem as leis de direitos autorais e não resultam no pagamento de taxas. Já a música tocada em streaming (sem necessidade de download) continua tendo de ser paga. 


As decisões são "definitivamente boas para os provedores de serviços de internet e ruins para compositores e detentores de direitos autorais", disse David Donahue, especialista em direitos autorais do escritório de advocacia Fross Zelnick Lehrman & Zissu, de Nova York, que não estava envolvido no processo. 

Fonte: Folha

7 de mar. de 2012

"Acorde ... você colhe o que planta", na música "Wake up"

A bande Rage Against the machine com o MST em 2010

Rage Against the Machine, banda conhecida mundialmente como símbolo de protesto social na música. 

Em 2010, a banda Rage Against the Machine consagrou a esquerda brasileira em sua turnê no festival SWU, em Itu - interior paulista. No show o vocalista Zack de La Rocha usou um boné do Movimento dos Sem Terra (MST) e dedicou a música People of the Sun para a causa.

21 de jun. de 2011

Radiohead lança música inédita em site oficial

Thom Yorke, banda Radiohead, durante performance no show em Toronto, Canadá, 2008
 
O Radiohead disponibilizou nesta terça-feira uma música inédita em seu site oficial. Segundo o site NME, a faixa chamada "Staircase" foi gravada durante as sessões do álbum mais recente do grupo, mas acabou ficando de fora do CD.
A canção foi registrada em vídeo para o projeto "From The Basement", um programa de TV feito em parceria com o produtor Nigel Godrich que será transmitido para o mundo todo pela BBC em julho.
O programa mostrará a banda executando ao vivo, pela primeira vez, as faixas do álbum "The King of Limbs".

Fonte: FSP - 21.06.2011

Veja o vídeo 

24 de ago. de 2010

" Noites de Artes Cubana e Latino-americana na Casa Das Caldeiras".


Trata-se de um projeto que traz ao público paulistano a mais pura cultura cubana e latino-americana.

Os eventos vão ocorrer sempre as últimas quintas-feiras do mês a partir (26/08, 24/09, 28/10 e 25/11). Tem arte para todos os gostos desde artes plásticas a shows ao vivo animadíssimos.

Nesta primeira edição que ocorrerá no dia 26 de agosto (quinta-feira) o melhor do jazz cubano com "Yaniel Matos e Quarteto Emtrance", exposições de artes plásticas com os cubanos Henrique Silvestre (Kike) e Daniel Gafecom os espaços e de fotografias de Havana, do fotógrafo italiano Mauricio Longobardi.
Agosto - 26/08

Música: Yaniel Matos & Quarteto Emtrance
Exposições:
Henrique Silvestre (Kike) (Cuba)
Daniel Gafe (Cuba)
Mauricio Longobardi (Itália) (Fotografias de Havana – Espaço Havana Club)

Setembro - 24/09
Música: Pepe Cisneros - Cuba 07
Exposições:
Imagens Fotograficas da turnê realizada em junho de 2008 pela banda de heavy metal: Sepultura.
Merchan da gravadora “Big Papas Records”: (Exposição e Vendas de LP`s de Música Cubana)

Outubro – 28/10
Música: Ricardo Castellanos e trio (Cuba)
Exposições:
Sepultura em Cuba: a Turnê que você nunca viu (Última data)
Eduardo Sardinha (Brasil)

Novembro – 25/11
La Esfera: Arte e Poesia Latino Americana
Música: Guga Stroeter & HB – Latin
Exposições:
Martha Toral (México)
Alexis Iglesias (Cuba)
*Programação sujeita a câmbios
Acompanhe a programação : http://www.havana6463.com.br/

28 de abr. de 2010

FEDERICO GARCIA LORCA – Leonard Cohen


Take this waltz – Leonard Cohen


Romance sonâmbulo

Federico Garcia Lorca

(A Gloria Giner e a
Fernando de los Rios)


Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.

Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.

Mas quem virá? E por onde?…
Ela fica na varanda,
verde carne, tranças verdes,
ela sonha na água amarga.
— Compadre, dou meu cavalo
em troca de sua casa,
o arreio por seu espelho,
a faca por sua manta.
Compadre, venho sangrando
desde as passagens de Cabra.
— Se pudesse, meu mocinho,
esse negócio eu fechava.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Compadre, quero morrer
com decência, em minha cama.
De ferro, se for possível,
e com lençóis de cambraia.
Não vês que enorme ferida
vai de meu peito à garganta?
— Trezentas rosas morenas
traz tua camisa branca.
Ressuma teu sangue e cheira
em redor de tua faixa.
No entanto eu já não sou eu,
nem a casa é minha casa.
— Que eu possa subir ao menos
até às altas varandas.
Que eu possa subir! que o possa
até às verdes varandas.
As balaustradas da lua
por onde retumba a água.

Já sobem os dois compadres
até às altas varandas.
Deixando um rastro de sangue.
Deixando um rastro de lágrimas.
Tremiam pelos telhados
pequenos faróis de lata.
Mil pandeiros de cristal
feriam a madrugada.

Verde que te quero verde,
verde vento, verdes ramas.
Os dois compadres subiram.
O vasto vento deixava
na boca um gosto esquisito
de menta, fel e alfavaca.
— Que é dela, compadre, dize-me
que é de tua filha amarga?
— Quantas vezes te esperou!
Quantas vezes te esperara,
rosto fresco, negras tranças,
aqui na verde varanda!

Sobre a face da cisterna
balançava-se a gitana.
Verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Ponta gelada de lua
sustenta-a por cima da água.
A noite se fez tão íntima
como uma pequena praça.
Lá fora, à porta, golpeando,
guardas-civis na cachaça.
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar.
E o cavalo na montanha.


Federico Garcia Lorca nasceu na região de Granada, na Espanha, em 05 de junho de 1898, e faleceu nos arredores de Granada no dia 19 de agosto de 1936, assassinado pelos “Nacionalistas”. Nessa ocasião o general Franco dava início à guerra civil espanhola. Apesar de nunca ter sido comunista – apenas um socialista convicto que havia tomado posição a favor da República – Lorca, então com 38 anos, foi preso por um deputado católico direitista que justificou sua prisão sob a alegação de que ele era “mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver.” Avesso à violência, o poeta, como homossexual que era, sabia muito bem o quanto era doloroso sentir-se ameaçado e perseguido. Nessa época, suas peças teatrais “A casa de Bernarda Alba”, “Yerma”, “Bodas de sangue”, “Dona Rosita, a solteira” e outras, eram encenadas com sucesso. Sua execução, com um tiro na nuca, teve repercussão mundial.

A poesia acima foi extraída de sua “Antologia Poética”, Editora Leitura S. A. – Rio de Janeiro, 1966, pág. 53, tradução e seleção de Afonso Felix de Sousa.