18 de ago. de 2009

GRÁVIDA DÁ AULA NA REDE MUNICIPAL

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Marici Capitelli e Elvis Pereira jornal da tarde 18-08-09

Uma professora grávida voltou ao trabalho dentro da sala de aula na rede municipal de ensino de São Paulo. “Falaram que eu só seria afastada se eu fosse infectada”, reclamou a professora de 27 anos, grávida de 5 meses. “Eu tenho 35 alunos na minha classe e teve um menino que mandamos embora hoje (com sintomas de gripe)”.

Diferentemente do governo do Estado, não há orientação para afastar as grávidas do convívio direto com o público no serviço municipal de São Paulo. A Secretaria Municipal de Educação informou que quem apresentar os sintomas ou “tiver dúvidas quanto aos cuidados” deve procurar um médico. Um eventual afastamento só ocorre se o profissional de saúde indicar.

Por meio de seu Twitter, o secretário Alexandre Schneider disse na última sexta-feira ter havido uma reunião entre os titulares de Saúde e Gestão para tratar do assunto. As duas pastas foram procuradas. A primeira disse que o assunto seria tratado pela Educação. A segunda não respondeu.

Não houve publicação de uma portaria em Diário Oficial - procedimento normalmente adotado - sobre o assunto. Isso deve ocorrer hoje, segundo a pasta.

Sem uma portaria, o assunto não tem um procedimento padrão nas escolas da rede municipal. Em um CEU da zona leste, a funcionária da secretaria foi orientada a encaminhar as grávidas para serviços administrativos.

Reposições

As escolas municipais têm até o dia 28 para enviarem às Diretorias Regionais de Ensino o plano de reposição das aulas. Os alunos precisam repor 10 dias para cumprir o calendário de 200 dias letivos. O encerramento do ano letivo foi mantido em 23 de dezembro.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) ressaltou ontem que as crianças vão dispor de transporte escolar nos dias de reposição, que podem acontecer aos sábados, em emendas de feriados ou em dezembro. Kassab acompanhou a volta às aulas na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) João de Deus, na Capela do Socorro, zona sul. Lá, os alunos ganharam cartilhas com desenhos sobre a gripe A e fizeram atividades sobre a doença.

“As salas estão lotadas”, destacou o coordenador pedagógico, Norisvaldo Vitrio, que temia que os pais não levassem os filhos à escola.

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