O mercado de trabalho exige cada vez mais profissionais com espírito de liderança, proativos, democráticos e que vestem a “camisa da empresa”, pois o foco está na produtividade e na garantia de espaço no mercado de trabalho.
Vivemos num mundo globalizado onde a concorrência exige vários diferenciais para competir no mercado global. Longe de avaliar se este modelo é o ideal, é o que temos e precisamos nos adaptar para garantir a empregabilidade, mas isso não é o mesmo que deixar de exigir um ambiente saudável e propicio a saúde física e emocional.
Neste sentido, poucas organizações mantêm o foco no humano, não percebem que o trabalhador motivado trabalha feliz e mantém um clima de parceria e maior produtividade. Não podemos ser ingênuos, a crença dessas empresas não está na mudança qualitativa de vida, no bem estar ou na distribuição de renda. O empregador tem a visão de lucro enquanto o empregado que "carrega o piano", muitas vezes se cala ao ver seus direitos desrespeitados pela questão de sobrevivência.
O mundo mudou e o capitalismo teve que aliar seus interesses moldando as novas demandas do cliente, porque este deixou de ser um mero consumidor receptivo para interagir; um ser mais exigente que vem aprendendo a se impor e cobrar seus direitos pois quer ser respeitado como cidadão e consumidor que tem outros leques de opções. Não se adaptar a esta perspectiva significa correr o risco de perder clientes para uma concorrência pronta a oferecer melhores (?) produtos.
Desta forma, o modelo de gestão foi obrigado a abrir mão do autocontrole e repensar suas estratégias, isso significou delegar competências e criar lideranças que nada tem a ver com o modelo de “chefia” controladora que por falta de referencial, desmotivava a equipe e mantinha o poder centrado nela mesma.
Para não perder o mercado e fechar suas fábricas tiveram que adaptar a novas tecnologias, a complexidade das privatizações e o acúmulo de informações de onde e como formar alianças produtivas. Isto vale até abraçar a consciência ecológica como meio de se tornar moralmente corretos.
É importante observar a mudança de paradigma de um passado onde a economia era baseada no consumo de massa, as mercadorias tinham que ter durabilidade, o ciclo passava de geração a geração e a procura era maior que a oferta. Mas, com as novas demandas dos séculos 20 e 21 o cenário ficou instável, o marketing mudou rapidamente o foco das necessidades e vemos maior fluidez tecnológica.
Para tanto, as empresas que querem manter-se no mercado tiveram que investir em lideranças que passaram a ser preparadas para incentivar e manter um clima organizacional de parceria, abandonando aquela figura de “chefe” arcaico que durante anos serviu de espião, manipulador, controlador, adestrador, que punia, disciplinava, cobrava, temente de perder o “respeito” adotando uma postura fria e distante.
Quem pretende construir uma carreira sólida e estável, cada passo pode influenciar o cotidiano com ações e projetos que melhore seu desempenho e a produtividade de todos os envolvidos. A oferta ainda é grande, e provavelmente, você será substituido por alguém mais competente que se esforça para melhorar o currículo, desenvolver maiores competências e ser uma liderança sábia e comprometida. Pense nisso antes de manter uma postura fechada para o novo se acomodando atrás de uma mesa feliz por dar ordens.
O certo é que para sobreviver numa empresa ou quem pensa em evoluir na carreira, tem que aprender a exercer a liderança. Há quem nasça líder, vemos crianças que desde a infância são líderes natos, mas há muitas formas de aprimorar esta habilidade com esforço e aprendizado.
De tudo exposto até aqui, o positivo está no movimento questionador onde o dinheiro não se configura o início, o meio e o fim, por isso assistimos grandes economias que se quebraram. Ainda vivemos numa panela de pressão mundial e quem ocupa algum cargo de comando tem de conviver de perto com as cobranças por resultados. Mas, quem escolheu estar nesta posição tem a árdua tarefa de ser interlocutor entre empregado e empregador, jogo de cintura com econômia mundial, talvez engolindo muitos sapos para manter uma performace efetiva nos momentos de crise.
O que acredito compor uma liderança comprometida, solidária e positiva está resumidamente nestes tópicos:
1. Valorização das pessoas e do talento humano: entender as limitações e dar o foco no que o empregado sabe e pode fazer de melhor, deve ser um canalizador de talentos.
2. Desenvolver equipes de trabalho: alternar as diferenças, valorizando as afinidades incentivando a equipe a trabalhar em grupo.
3. Desenvolver as competências visando os resultados de acordo com que cada um pode oferecer, se possível remanejar o funcionário até que encontre a melhor opção e aptidão de sua habilidade.
4. Estabelece uma parceria, mas isto não significa propriamente ser amigo, mas cúmplice da equipe, sempre aberto a desenvolver valores pessoais.
5. Acompanhar e orientar como as pessoas estão naquela atividade.
6. Gerar comprometimento e estar aberto a ensinar, influenciar, desenvolver inteligência emocional - exemplo disso é sua própria postura no trabalho que tem que ser ética e honesta, muito além do que apregoa.
7. Ser honesto e franco com seus próprios erros e os da equipe.
8. Ter compaixão e amar o ser humano mesmo diante de uma falha, mas se valendo diálogo até a compreensão e um consenso.
9. Ter polidez, pois ninguém tolera um líder mal educado e desrespeitoso que não sabe ouvir.
10. Contar com a lealdade de um líder que contempla a equipe e defenda o funcionário se este estiver correto.
11. Ser ético e fazer o que é certo, muito diferente de beneficiar A ou B, simplesmente porque é amigo de alguém importante.
12. Ter visão de futuro e se libertar dos resquícios daquela chefia autoritária, para estar antenado com a criatividade e possibilidades que sua equipe possa oferecer.
Quem pretende construir uma carreira sólida e estável, cada passo pode influenciar o cotidiano com ações e projetos que melhore seu desempenho e a produtividade de todos os envolvidos. A oferta ainda é grande, e provavelmente, você será substituido por alguém mais competente que se esforça para melhorar o currículo, desenvolver maiores competências e ser uma liderança sábia e comprometida. Pense nisso antes de manter uma postura fechada para o novo se acomodando atrás de uma mesa feliz por dar ordens.
O VERDADEIRO LIDER SE COMPROMETE COM O CRESCIMENTO PROFISSIONAL DE CADA INDIVÍDUO DE SUA EQUIPE!
Termino com um ditado Samurai:
AS PALAVRAS DE UM HOMEM SÃO COM SUAS PEGADAS....
VOCÊ PODE SEGUI-LAS AONDE ELE FOR
VOCÊ PODE SEGUI-LAS AONDE ELE FOR
PORTANTO TOME CUIDADO ONDE PISAR!
Se você quer se aprimorar nestes conceitos, podemos agendar uma consulta, escreva-me: valeria.psc13@hotmail.com
Contribuição do consultor de empresas e psicólogo, Luciano Cippini, no qual proferiu uma palestra intitulada, "O líder nos dias de hoje".
Por Valéria F. da Rocha - Psicoterapeuta - Do Blog Reflexões sobre os principais dilemas humanos
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