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28 de jun. de 2011

O que você não leu na mídia sobre Paulo Renato (1945-2011)

Foto: G/A

Morreu de infarto, no último dia 25, aos 65 anos, Paulo Renato Souza, fundador do PSDB. Paulo Renato foi Ministro da Educação no governo FHC, Deputado Federal pelo PSDB paulista, Secretário da Educação de São Paulo no governo José Serra e lobista de grupos privados. Exerceu outras atividades menos noticiadas pela mídia brasileira.

4 de dez. de 2010

O TRABALHO DE FERNANDO HADDAD



Por Stanley Burburinho 
Sobre o Haddad tenho algumas informações:   
O Método TRI: "ONU: metodologia aplicada no ENEM garante isonomia mesmo que prova seja reaplicada" - http://migre.me/2anXJ 
Em 2004, o Enem foi aplicado na Febem pela primeira vez - http://migre.me/27jKd
Haddad de 2007 a 2010, em todo o país, já fechou 20 mil vagas em cursos de Direito com avaliação ruim. Barões da educação perderam milhões. Haddad na educação superior à distância, de 2008 a 2010, fechou 3.800 pólos de apoio presenciais inadequados e suspendeu 20 mil vagas. A educação superior à distância é a mina de ouro para os barões por causa escala: baixo custo e possibilidade de aumentar nº de alunos sem precisar de grande infra-estrutura.
Os barões não se conformam com regulação na educação à distância. Eles pensavam que o Haddad não mexeria nisso.
Na gestão Haddad implantou-se o mais profícuo projeto de EAD público da história, a Universidade Aberta do Brasil (UAB)
Meta de Haddad é 50% com ensino superior nos próximos anos. Educação reduz a manipulação pela velha imprensa. 
Os barões não perdoam o Haddad por isto: "MEC mostra problemas no ensino a distância" -http://youtu.be/E-ByqHDeWK4 
Haddad revogou a DRU (Desvinculação das Receitas da União), criada por FHC e Paulo Renato, que surrupiou, desde 95, 10 bilhões da educação por ano. 
Haddad criou o FUNDEB. Fundo que financia não só a educação fundamental como no tempo do Paulo Renato, mas também à educação infantil e educação média. 
Todos os relatórios de organizações internacionais mostram que o Brasil avançou muito nesta década em educação. Isso incomoda. 
Nunca houve tantos concursos para professores das universidades federais, graças à expansão do REUNI. 
Haddad criou o SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) que permite a regulação do setor. O SINAES permite fechar cursos. Sistema privado odeia o SINAES.  
Haddad fechou cursos à distância da Unicid por falta de qualidade. Deputados não gostaram. Unicid contribui PARA campanhas.  
Haddad foi o mentor do PROUNI. Foi idéia dele com a esposa quando ele ainda era Secretário Executivo (Vice) do Tarso Genro. 
Em 2002, as receitas brutas da maior empresa de bebidas do Brasil (AMBEV), e da 2º mineradora do mundo (VALE), estavam pouco abaixo das receitas obtidas no setor de educação privada. 
Em 2002, as quatro maiores empresas de transporte aéreo juntas, na época, (VARIG, TAM, GOL, VASP), tiveram receita bruta inferior à receita do setor privado de educação superior. 
Na era FHC, Paulo Renato causou atraso de uma década na educação, diz deputado -http://migre.me/25NeO 
Paulo Renato distorceu a Lei Darcy Ribeiro. Confundiu "progressão continuada" com "formação de analfabetos" 
Em 1995, FHC assume e cria a "aprovação automática". Menos repetentes, mais vagas sem gastar nada. 
Sessenta países membros da OCDE submetem os estudantes ao ENEM – lá conhecido como teste PISA. 
Na gestão Haddad, o FIES passou a dispensar fiador. E, se o aluno cursar Medicina ou se tornar professor de escola pública não paga o financiamento – o Estado paga tudo -http://migre.me/26s39 
Para o ano que vem, o Haddad estabeleceu que o ENEM também será critério para receber financiamento do FIES- http://migre.me/24vxA 
Institutos federais também usam o ENEM. Previsão de 83 mil vagas públicas para este ano. 
Com avaliação mais rigorosa, Haddad fechou milhares de vagas de faculdades particulares. Faculdades particulares odeiam o Haddad. 
Haddad fez o IDEB que deu transpararência à avaliação da educação básica. Cada município tem IDEB. Tem prefeito que odeia Haddad por conta dessa transparência. 
Haddad fechou cursos à distância da universidade Castello Branco por falta de qualidade. 
Um dos mais recentes embates de Haddad, contra a mercantilização da educação, foi com o todo poderoso Di Genio, do Objetivo. 
Haddad criou a universidade aberta do Brasil com mais de 200 mil alunos estudando graduação à distância de graça  
Haddad foi quem começou a distribuição de livros didáticos para o ensino médio em 2005. Antes era só para o ensino fundamental 
Haddad criou 214 escolas técnicas e as transformou em institutos federais com cursos de graduação e pós-graduação. Especialmente licenciaturas para formar professores. 
Haddad aumentou o orçamento do MEC de 19 bilhões para 70 bilhões em 2011. 
Haddad estendeu o ensino obrigatório para nove anos e agora é obrigatório dos quatro aos dezessete anos. Emenda Constitucional. 
Haddad criou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) com compromisso de metas de qualidade até 2022, firmado por todos os prefeitos e governadores do Brasil. Acordo histórico. 
Haddad melhorou o IDEB do Brasil de 3.8 para 4.6 em quatro anos. Objetivo é chegar a seis em 2022 (média dos países da OCDE: mais ricos). 
Haddad mais que dobrou o nº de vagas de ingresso nas universidades federais. De 113 mil para 270 mil.  
Em 2009, número de novos alunos aumentou 17% em relação a 2008. E os formandos até 2008 são reflexos dos ingressos nas Federais até 2002. 
A aprovação automática do Paulo Renato inflou índices na Educação Básica, esvaziou salas e dispensou novos investimentos. 
Análise do Fernando Rodrigues da Folha de São Paulo: “Após Enem, chance de Haddad ficar no governo Dilma é quase zero” - http://migre.me/27HdT
OBS: O Haddad não ficará como Ministro da Educação nos próximos quatro anos do governo da Dilma porque em 2013 ele será o Prefeito de São Paulo
A quinta, aumento e melhoria da gestão do investimento em educação.

18 de nov. de 2010

Falam mal do Enem, e até estimulam alunos contra, mas a mídia omite sobre o Saresp do Serra.

Aluno da rede estadual fica até 6 meses sem professor
Governo não consegue contratar profissionais para cobrir licenças temporárias

 

Docente prefere esperar vaga com tempo maior de trabalho, pois lei ordena que, após 1 ano, fique 200 dias afastado
 

TALITA BEDINELLI
FSP
RAPHAEL MARCHIORI
 
AGORA

A prova do Saresp (que avalia o aprendizado anual de alunos da rede paulista) teve um gostinho amargo para Lia, 13, nesta semana.
Apesar de boa aluna, ela não soube responder a parte das questões de português.
E não foi por falta de estudo. "Foi por falta de professor", diz Cléo, 33, mãe dela.
A professora de português de Lia na Joaquim Leme do Prado, zona norte da capital, está de licença há três meses e nenhum outro docente a substituiu. Os alunos ficam na sala ou no pátio "sem fazer nada", diz a menina. Mesmo sem aulas, ou avaliação, ela teve nota 8 no bimestre.
Lia é uma das vítimas de um problema que aconteceu em muitas escolas estaduais de SP ao longo do ano.
Folha escutou relato semelhante em outras 11 escolas, de todas as regiões da cidade e da Grande SP. Em algumas, os estudantes chegaram a ficar até seis meses sem uma determinada disciplina.
Em Araraquara, interior do Estado, alunos do 3º ano fizeram um boicote ao Saresp, pois afirmam que não tiveram aulas regulares de química, história e física desde o começo do ano.
A falta de professores é consequência de uma lei estadual, de 2009, que determina que funcionários contratados sem concurso podem trabalhar por no máximo um ano. Depois, eles devem ficar afastados por 200 dias para evitar vínculo empregatício.
Por isso, poucos professores não estáveis (cerca de 10% da categoria) aceitam cobrir licenças temporárias. Preferem esperar por vagas com mais tempo de trabalho ou até desistem da profissão.
A situação deve piorar no próximo ano, pois os professores que deram aula neste ano terão que se afastar até o início do segundo semestre.
A Secretaria Estadual da Educação reconhece o problema e diz que tentará modificar a legislação neste ano.

AULA VAGA
Os alunos dizem ainda que a ausência dos professores não costuma ser suprida por atividades escolares.
"A gente traz jogo e fica jogando dentro da sala", diz Renata, 12, aluna da escola Castro Alves, na zona norte. Ela ficou dois meses sem ter aula de história neste ano.
Na escola, estudantes do 3º ano do ensino médio também ficaram cerca de seis meses sem aula de filosofia.

Leia mais 

Do blog Fabiana Soler - 18.11.2010

RESULTADO DA "POLÍTICA EDUCACIONAL" DO SERRA:

Saresp 2009: 20 mil provas trocadas, “vaquinha” para xerox, amigos empacotadores…

por Conceição Lemes
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1992 pelo ex-ministro Paulo Renato de Souza (PSDB), atual secretário de Educação do Estado de São Paulo.
Agora, de novo, Paulo Renato fez críticas pesadas aos erros ocorridos na prova de sábado do Enem 2010.


Paulo Renato sabe melhor do que ninguém que esses “problemas” não deveriam ocorrer, mas ocorrem. Mas parece que se “esqueceu” do que aconteceu com as provas Saresp 2009 ( Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar, da SEE_SP).
O Saresp é uma espécie de clone do Enem. Com diferenças fundamentais. No Enem, o aluno ganha, pois o resultado pode ajudá-lo a entrar na faculdade. Já o Saresp não beneficia em nada o estudante, já que ele avalia o sistema de ensino do estado de São Paulo. Como os resultados verdadeiros são pífios, acabam “manobrados” pelos tucanos que há 16 anos estão à frente da educação em São Paulo. O Saresp é uma autoavaliação do PSDB feita através dos alunos.
O Saresp também serve para a Bonificação por Resultados (BR), onde o professores a até funcionários das escolas “faturam”, conforme as notas obtidas pelos alunos.
Aliás, os números do Saresp “dizem” que a qualidade de educação pública em São Paulo vai bem, embora muitos alunos continuem saindo da escola sem saber ler. Mas isso vamos deixar para outra ocasião.
O importante aqui é que, em 2009, a mídia “comprou” a versão da Secretaria de Educação de São Paulo de que o Saresp do ano passado transcorreu maravilhosamente bem. Só que isso não é verdade.
Por exemplo, em Araraquara (273 km a noroeste de SP), no dia 18/11, 20 mil alunos perceberam, ao mesmo tempo, que as provas de português estavam misturadas com as de geografia — cujo conteúdo só poderia ser conhecido no dia seguinte, junto com a prova de história.
A assessoria de imprensa da SEE disse que o erro de empacotamento das provas foi isolado e não comprometeu a avaliação. Só as provas de geografia seriam substituídas, as demais deveriam ser guardadas.
Em alguns locais, sobraram provas. Em outros, faltaram. Os alunos tiveram de fazer “vaquinha” para xerocar o exame.
Segundo fontes da Secretaria de Educação de São Paulo, amigos dos funcionários foram convidados a ir à gráfica para ajudar a empacotar as provas do Saresp 2009 . Foi no dia em que deu apagão em vários estados brasileiros, devido a Itaipu. Todo mundo ficou no escuro.
São apenas alguns dos “problemas” do Saresp 2009, que Paulo Renato e a mídia corporativa ignoraram lá atrás. E continuaram esta semana, quando se uniram para detonar o Enem. Por que para problemas parecidos tratamentos diferentes? Cadê a isonomia tão alardeada pelos “especialistas” nos últimos dias?
Como o Viomundo defende a isonomia, reproduzimos do excelente NaMaria News dois posts sobre o Saresp 2009. O primeiro, publicado em 17 de novembro, mostra o caos e o descontamento dos alunos com a prova. O segundo, de 21 de novembro, faz um apanhado dos vários “problemas” ocorridos.
Em tempos de amnésia tucano-midiática, recomendamos que leiam para entender melhor o que está se passando. A propósito. O que aconteceu com aquela pessoa que foi pega roubando uma cópia da prova do Enem 2009 na Gráfica Plural, da Folha? Se alguém souber, por favor, nos mande informações.
*****

NaMaria News e Saresp 2009: Do caos à (pequena?) desordem – dia 1

O primeiro dia do SARESP 2009 foi realizado em SP. Um alívio, um sofrimento a menos. Uma maravilha.
Nem tanto, NaMaria, nem tanto. O que deu foi um montão de enrosco.
Confirmando as mensagens recebidas anteriormente e ampliando o quadro, tivemos o seguinte levantamento dos pequenos problemas que, para aqueles que os enfrentaram, foram verdadeiros pesadelos:
- Em 17/novembro; às 13:30 – de: —–Novaes (Vale do Ribeira)
Cara Namaria;
Finalmente as provas chegaram em nossa escola quase em cima da hora da aplicação assim quase não tivemos tempo de conferir tudo para entrega-las aos alunos. Tivemos que fazer cópias xerocadas das provas porque faltaram provas e sobravam alunos. Quer dizer que as provas não vieram em número suficiente para todos. Detalhe: nós pagamos as cópias de nosso bolso, fizemos a famosa vaquinha. Das duas uma: ou a listagem do banco de dados do CIE [Centro de Informações Educacionais, da Secretaria de Educação] está completamente furado, ou o mutirão convocado pelo secretário Paulo Renato para trabalhar lá na gráfica estava louco e não colocou a quantidade de provas suficientes nas respectivas caixas. Depois nós professores é que devemos ser avaliados e sempre somos os culpados de tudo? Assim é complicado, Namaria! Queremos só ver o que vai acontecer amanhã, manteremos você informada.

- Em 17/novembro; às 12:55 – de Sérgio—– (Litoral)
NaMaria, não apareceu nenhum fiscal aqui no período matutino. Foi uma desgraça de confusão mas no meio da desgraça ninguém sabia como resolver o problema. Você acha que merecemos tal desordem e ignorância dos nossos governantes? É melhor ser secretário ou qualquer outro burocrata do que ser professor ou aluno nesse São Paulo.

- Em 17/novembro; às 11:14 – de: Virgínia—– (Grande SP)
Olha NaMaria a coisa tah preta pro nosso lado. As provas chegaram aqui na escola parecendo uma caixa de lixo, sem o tal do lacre, faltando gabaritos, com provas rasuradas!! O pior eh que a gente deve notificar tudo para o CAED [empresa responsável pelo SARESP 2009] usando o fone 08007273112 que soh dah ocupado o tempo todo!!! Daí a gente liga para a FDE no 08007770333 e quando dah certo eles falam que eh tudo soh com o CAED. Se a gente deixar tudo errado como veio para a escola vai prejudicar todos que querem fazer o melhor. Eh para desistir? O QUE QUEREM DE NOS?

- Em 17/novembro; às 12:10 – de: José MF—– (Vale do Paraíba)
Uma desorganização tremenda, NaMaria! Nunca vimos tamanho descaso com a educação e ainda chamam isto de avaliação? Avaliar o que??? A falta de preparo, a falta de respeito deles conosco? Estamos aqui feito palhaços esperando e correndo para todos os lados para apagar os incêndios que a secretaria provocou. Essa porcaria de 0800 não atende a horas e horas. Dá vontade de largar tudo NaMaria. A gente só não abandona por causa dos alunos que não tem culpa dos nossos péssimos dirigentes. Esse saresp é uma vergonha igualzinho aqueles que o fizeram. Por favor Namaria denuncie tudo por nós. Abraços.

- Em 17/novembro; às 15:23 – de: Wellington—– (Noroeste de SP)
NaMaria as provas chegaram tudo trocadas aqui… kkkkkkkkkkkkk… a não ser que a gente passe todo mundo da 4ª para 3ª EM agora mesmo aí eles podem realizar as provas kkkkkkkkkkk Essa gente é piada. Vão ser desorganizados assim lá no Paraguai do Sul que eles inventaram naquele mapa deles … kkkkkkkkk… HELP NÓIS NAMARIA!

- Em 17/novembro; às 11:59 – de: Maria R—– (Vale do Paraíba)
Namaria vc sabe outro número diferente do 0800 do CAED? Essa droga de 0800 só dá ocupado ocupado ocupado… Como é que só dão um número de telefone para atender essa quantidade imensa de escolas? Está faltando um pedaço da prova, o que fazer? Nem a diretoria de ensino sabe.

- Comentário de La Pasionaria Ibarrure no post anterior deste NaMaria:
Pois é, depois de indas e vindas, de esquemas swuaterianos (da Swat) de segurança para evitar vazamentos, finalmente o Saresp está sendo aplicado.
Mas eu pergunto: Prá que tamanho esquema de segurança se, ao chegar a algumas escolas, os envelopes não continham provas suficientes para os alunos? Solução doméstica (ordem dos dirigentes regionais), tirem xerox das provas, a APM paga a conta, pois não há verba para xerox. Pode? (…)

Já deu para sentir o drama? Tem isto tudo e outro tanto. Pela WEB encontramos mais, como no dia anterior. Talvez dos relatos mais interessantes seja o que se lê no Professor Temporário – vale conferir a tragédia do Vazamento na prova do SARESP.
Enquanto isto a grande imprensa, a boa filha de sempre, não toca sequer numa vírgula dessas agruras. Não cita a Prova São Paulo para 350 mil estudantes municipais, justamente nos mesmos dias do SARESP. Como terá sido? Talvez muito bem, já que governo e prefeitura dão-se às maravilhas. Alunos, professores e demais podem se ajustar como for. Qualidade dos resultados? Como assim?
A mídia convencional cala-se geral, exceto pela manifestação de alunos contrários ao SARESP, na manhã de ontem (17). Mas o texto é tão pífio que não diz, por exemplo, nem de onde são os tais 300 alunos reunidos na Praça Coronel Fernando Prestes, perto da Avenida Tiradentes, como se fossem de todo e lugar nenhum. No entanto, qualquer micuim sedento sabe que em tal pracinha funciona o Centro Paula Souza, aquele que administra 167 Escolas Técnicas (ETEC’s) e 49 Faculdades de Tecnologia (FATEC’s) estaduais – as mesmas que o Governador Serra está divulgando desesperadamente nas emissoras de TV como suas pérolas mais caras e diletas.
Ali bem próximo está a Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETESP), no Bom Retiro. O que o jornalão não diz é que foi de lá que partiu a manifestação e esta escola manteve a posição de sempre: não aderir ao SARESP. Estavam presentes outras sete ETEC’s. A Getúlio Vargas, do Ipiranga, só participou da prova porque não foi avisada em tempo. As demais entraram no barco da avaliação porque seus grêmios ainda não são tão fortes. Muitos seguranças e PM’s estavam presentes durante as quatro horas de reunião estudantil, porém apenas vigiando, ao contrário do que aprontaram na USP. Alunos faziam imagens e um deles nos disse que queriam contato com o pessoal da Carta Capital
Os alunos tem toda razão.
porque não confiam na grande mídia – que já os tachou de baderneiros.
****

NaMaria News e Saresp 2009: O rescaldo

A narrativa fecunda em incidentes do SARESP 2009, a barafunda abissal, por enquanto, pode assim ser resumida:
* Nem todas as escolas/classes/turmas, como preferir, receberam as provas corretamente. Entenda-se: no caderno de provas de português deve constar apenas questões de português e não de geografia ou matemática, que seriam em outro dia, por exemplo. Então o Miguelito está lá respondendo sobre a metafísica de uma charge sobre cortadores de cana e quando vira a página encontra gráficos, números e equações sobre venda de banana a quilo. Miguelito pensa que pirou ou as regras mudaram repentinamente ou ainda, que transformou-se em vidente. Mas não: foi erro do grosso mesmo, daquele mutirão dos 350 (ou mais) levado às pressas para a gráfica tapa-buraco do SARESP, a IGB – Indústria Gráfica Brasileira (Barueri), com os ônibus da JWA Transportadora Turística, contratada sem licitação em caráter de urgência. Problemas desta natureza aconteceram aos montes, em graus vários e diversas localidades paulistas.
* Nem todos os gabaritos das provas chegaram, quando chegaram não correspondiam com as provas. Quer dizer, a Secretaria da Educação e a FDE disseram ter criado 26 provas diferentes, com 24 questões cada, para evitar o ocorrido com o ENEM, há pouco mais de um mês. Vai daí que cada prova tem sua respectiva folha de respostas – as questões são as mesmas, o que muda é a ordem das perguntas. Se o Miguelito faz a prova modelo 24, deve ter em mãos o gabarito 24, onde assinalará as opções de respostas que julgar corretas. Acontece que Miguelito recebeu o gabarito da prova 13. Entretanto, no modelo 24 a resposta da questão 1 é C, e no modelo 13 é A. Elementar a confusão em cascata a partir disto, no momento da correção. Vale ressaltar que muitas unidades escolares receberam apenas os gabaritos, prova que é bom, necas; é a lei da compensação.
* Nem todas as questões, por sua vez, tinham uma única opção correta, como costuma acontecer em avaliações corriqueiras e universais; assim sendo, ainda que o aluno tivesse chegado à resposta correta, teria que adivinhar qual era a alternativa correta. Da mesma forma, provas de matemática pediam que os alunos analisassem determinadas figuras, entretanto as tais figuras não estavam impressas para serem analisadas.
* Nem todas as escolas receberam provas em número suficiente para os alunos inscritos, enquanto que em outras era uma loucura e sobravam para todo lado. Isto é: provas das Escolas P, R e S foram parar na Escola X, que não precisava delas, deixando as Escolas P, R e S a ver navios enquanto a outra se afogava em celulose. Resultado: onde havia miséria de provas os professores tiraram cópias na base da vaquinha e/ou dinheiro da APM. Naquelas que as tinham de sobra, só Deus sabe o que foi feito com tanto papel, talvez o mesmo fimCaderno do Aluno, dado às montanhas de tão apropriadamente impressos pela Plural (a mesma gráfica do ENEM vazado), e outras de mesmo calibre.
* Nem todas as escolas tiveram a sorte de contar com os aplicadores (R$50,00/período) e fiscais (R$100,00/dia) das provas, treinadíssimos e contratados a preço de ouro, porém muito mais em conta do que aqueles que serão designados multiplicadores no Nordeste (R$2.000,00/aula). Solução: diretores e demais responsáveis nas escolas se viraram nos trinta para tudo não se encaminhar ao brejo mais próximo. Agora só falta saber como essas pessoas serão pagas e quando, já que não tinham contrato como o dos faltosos.
* Nem todos os professores, diretores, aplicadores e fiscais ou gente com problemas sarespianos conseguiram falar com o 08007273112, número fornecido pela empresa que levou R$ 27.418.148,80 para cumprir o contrato do SARESP 2009, o CAEd. Portanto, deve ter gente que até agora não sabe o que fazer da vida.
* Nem todos os alunos que ficaram sem responder à avaliação do sistema, por um fato ou outro, perderam a chance de demonstrar o que sabem. Benevolentemente foram marcadas novas datas: 20 ou 23/11, caso dia 20 tenha sido feriado na cidade. Portanto engana-se quem pensa que o bafafá terminou.
Embora a grande imprensa tenha se mantido taciturna, o tema foi cansativamente explanado pela assessoria de imprensa da Secretaria da Educação. Vejamos:
* Para o caso do sorumbático 0800 que não atendia ninguém, a assessoria de imprensa da SEE explicou que a Embratel comeu bola ao confundir milhares de chamados de professores em pânico com um furioso ataque de hackers, mancomunados que estavam para escangalhar com o SARESP. O procedimento é normal, disse a assessoria de imprensa da SEE.
* Para o caso das escolas em Mairiporã, Caieiras, Francisco Morato, Cajamar, Atibaia e outras que receberam provas de português pela segunda vez, quando deveriam ter recebido de matemática, a assessoria de imprensa da SEE informou que a ocorrência não foi significativa o suficiente para paralisar o andamento da prova e não terão [sic] grande influência no resultado da análise.
* Da mesma forma, os 200 alunos (6 turmas) da EE Dr. Júlio Prestes de Albuquerque, em Sorocaba (90 km distante de SP, Rod. Castello Branco), se estreparam. Primeiro receberam as provas de uma escola de Santa Bárbara d’Oeste (130 km de SP, pertencente à região metropolitana de Campinas, Rod. dos Bandeirantes). Quando as novas caixas finalmente chegaram a diretoria tinha ordens de só abri-las na hora de cada prova. No dia da avaliação de matemática, no momento da distribuição, souberam que estavam com a de português, de novo. Diante disto atrasou geral e só terminarão o calvário dia 23/11. A assessoria de imprensa da SEE informou que o processo de avaliação não será comprometido.
* No caso dos gabaritos trocados, a solução caseira foi simples: mandaram a gente riscar o número da folha de respostas e colocar igual ao da prova. Fala verdade, você aí não gostaria de participar dessas correções?
* Para o caso perdido de Araraquara (273 km a noroeste de SP), no dia 18/11, apenas 20 mil alunos perceberam, ao mesmo tempo, que as provas de português estavam misturadas com as de geografia – cujo conteúdo só poderia ser conhecido no dia seguinte, junto com a prova de história. A assessoria de imprensa da SEE disse que o erro de empacotamento das provas foi isolado e não comprometeu a avaliação. Só as provas de geografia seriam substituídas, as demais deveriam ser guardadas.
Resumo final: O que você pensaria sobre isto, então?
Pois saiba que a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação e seu Secretário, classificaram os problemas como “normais” para um exame do tamanho do Saresp.
Não obstante tamanha normalidade, temos algumas perguntas/pensamentos básicos:
- O SARESP é um exame para avaliar o sistema educacional do estado e serve-se dos alunos para tal fim.
- O SARESP não pode e nem deve ser usado como moeda de troca entre escolas e estudantes, ou seja: ninguém pode chegar no aluno e falar “olha, Zezão, você faz a prova e te aumentamos as notas, tá bem?” ou “em vez do provão final, a nota que vale é a que você tirar no SARESP” ou “Zezão, se tu não fizer a prova do SARESP tuas notas vão pras cucuias e você repete de ano” ou “escuta bem, se vocês forem mal no SARESP terão tanta lição, mas tanta que nunca mais conseguirão levantar nem pra ir ao banheiro”… Deu pra entender? Tudo isso não pode ser feito. Mas é.
- O SARESP funciona por adesão e não obrigação; não se pode obrigar os estudantes a participar, mesmo que a escola tenha aderido; não pode haver, em hipótese alguma, represálias aos estudantes pelo não comparecimento às provas. Mas elas existem.
- Os alunos não sabem para que serve o SARESP e ouvem explicações no mínimo furadas: vamos receber mais materiais de consumo pela participação, vamos poder contratar pessoal de limpeza, a merenda vai melhorar… Tudo engodo. Quem faz isto está mentindo.
- O SARESP, na verdade, é mais uma forma de poder dar umas migalhas aos professores, em vez de aumento real, como deveria ser. É como a coisa do bônus. É como o programa por mérito. Se tua escola for bem, se melhorar te damos um “aumento”. Daí o interesse em que alunos participem, sem eles, nada feito. Caso contrário é mais uma punição sob formas legais. Infelizmente muitas escolas por aí não revelam as reais intensões aos alunos. E quando o fazem, os alunos não estão nem aí.
- A avaliação, do jeito como é feita, não avalia nada – mesmo com todas as teorias e teóricos pedagógicos que a cercam, que fazem parte de grupos de seus estudos ou que estão metidos em suas comissões. Poderia ser séria, poderia ser uma maravilha. Mas não é.
- E já que o atual governo acredita tanto em pesquisas e estatísticas, por que não fazer o SARESP por amostragem? Seria mais barato, no mínimo. E menos estressante, com menores particularidades de logística etc..
- Está explicado porque tamanho caos é considerado completamente normal?
Agora, bacana mesmo é o que ocorreu entre as ETEC’s (Escolas Técnicas), escolas estaduais e o boicote ao SARESP no qual participaram. Você poderá acompanhar o barraco generalizado aqui, em breve. Emocionantes histórias com personagens do bem e do mal, pensadores cordatos, ativistas coerentes, acéfalos fascistas, alcaguetes inatos e outras personas mais. 

Fique ligado.

Ler mais
 

Nota do Viomundo: Nos dias 17 e 18 de novembro, ocorrerá o Saresp 2010. Professores, pais e funcionários, por favor, nos mandem informações sobre a prova.

Fonte: viomundo.com.br


Versão paulista do Enem também teve gabaritos trocados

Pau que bate em Francisco também bate em Chico e pau que bate no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do governo federal também tem de bater no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) do governo demotucano.

Na noite de quarta-feira, dia 17, o secretário estadual da Educação, Paulo Renato de Souza (PSDB/SP), desdenhava do Ministério da Educação, querendo jactar-se de uma inexistente maior competência demo-tucana:

– Vamos mostrar que é possível aplicar uma grande prova sem ter problemas. No Saresp, são 26 cadernos de provas diferentes e não tivemos problemas. No Enem, são só quatro cadernos e deu no que deu. Ficou provado que não é possível realizar um vestibular nacional sem erros.

Hoje o tucano do bico grande teve de engolir suas palavras. A diretoria regional da cidade de Assis recebeu gabaritos de respostas trocados, incompatíveis com o caderno de perguntas.

A Secretaria de Educação atribuiu o erro à Vunesp, empresa de processos seletivos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que foi responsável pela prova.

Secretário Paulo Renato e Serra (direita)
Política de arrocho salarial e “gorjeta”
O Saresp é uma versão paulista do Enem. As diferenças é que o Saresp avalia o ensino funda-mental (além do médio) e só é usado para avaliar as escolas, não servindo ao aluno como complemento/alternativa ao vestibular. Os resultados são computados em um índice, onde os professores e demais funcionários das escolas mais bem avaliadas recebem uma “gorjeta” no salário, como forma de cala-boca, que o governo demotucano chama de bônus ou gratificação.

O problema da política de bônus paulista é que, em vez de premiar professores, na prática, castiga 80% do professorado, deixando-os sem reposição salarial, e apenas uma minoria de 20% recebe uma “gorjeta”, como se fosse um “prêmio”, mas que não é mais do que uma obrigação que deveria ser estendida para todos, de forma a aproximar de uma reposição salarial.

Em 2009, extravio de provas e fraude
Na prova do ano passado, houve denúncias de fraude e pacotes com provas chegaram com exemplares a menos em alguns colégios. A suspeita é que cadernos tenham sido extraviados e divulgados antes do teste.

Na escola Benedito Aparecido Tavares, em Franco da Rocha (Grande São Paulo), houve a denúncia de que professores passaram cola aos alunos para ganharem o bônus.

A gestão José Serra (PSDB) disse que os problemas “eram pontuais” e que, onde houvesse comprovação de fraude, o resultado da unidade seria anulado e passaria a valer a média da região para o pagamento de bônus. Não se falou em refazer a prova e com o tempo, e a complacência da imprensa paulista para não atrapalhar a eleição de Serra e Alckmin, caiu tudo no esquecimento, bem diferente do sensacionalismo que fazem com o Enem, por muito menos.

Via  Os amigos do presidente Lula

4 de set. de 2010

O toma-lá-dá-cá da Educação de SP, a imprensa e as eleições 2010

No dia 16 de julho de 2010, o Secretário de Educação de São Paulo, Sr. Paulo Renato Costa Souza, mandou a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) assinar o seguinte negócio (publicado em 21/julho no DO):

Contrato: 15/00062/10/04
- Empresa: Empresa de Publicidade Rio Preto Ltda.
- Objeto: Aquisição pela FDE de 200 assinaturas anuais do Jornal "Diário da Região" destinados às escolas da Rede de Ensino da Região de São José do Rio Preto, do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 65.160,00
No mesmo jornal Diário da Região, em 25 de agosto passado, aparece a matéria Aloysio e o desafio de se tornar conhecido, cuja imagem grandiosa - pedindo votos ao seu genuíno latifundiário filho da terra - pode ser vista abaixo:



Para ler tudo na íntegra e conhecer melhor o candidato ao Senado Aloysio Nunes Ferreira Filho (como pede José Serra), recorra à página 6A (e/ou a estes links também caso queira confirmar a façanha). Por outro lado, lamentamos não saber informar se tal "santinho" do candidato está nos conformes da legalidade eleitoral.

Para o bom entendedor, uma assinatura basta

Há que ser justo neste vale de lágrimas. Há que se publicar as outras compras de mesma natureza feitas até o momento, pelo Secretário Paulo Renato de Souza, que servirão como incremento pedagógico nas escolas paulistas. Todas sem necessidade de licitação, é óbvio. Sempre visando facilitar a sua vida, ao final a soma dos valores parciais das aventuras. Vamos lá.
  • 22/junho/2010
    Contrato: 15/00060/10/04
    - Empresa: VS Publicidade Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 196 (cento e noventa e seis) Assinaturas do Jornal "Diário da Região" de Osasco, destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de Osasco do Estado de São Paulo.
    -Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 49.000,00
    -Data de Assinatura: 01-06-2010

    Contrato: 15/00068/10/04
    - Empresa: Empresa Jornalística Tribuna Araraquara Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 50 (cinquenta) Assinaturas do Jornal "Tribuna Impressa" de Araraquara, destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de Araraquara do Estado de São Paulo.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 16.140,00
    - Data de Assinatura: 10-06-2010.

    Contrato: 15/00071/10/04
    - Empresa: Fundação Ubaldino do Amaral
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 176 (cento e setenta e seis) Assinaturas do Jornal "Cruzeiro do Sul" de Sorocaba, destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de Sorocaba do Estado de São Paulo.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 50.160,00
    - Data de Assinatura: 11-06-2010

    Contrato: 15/00067/10/04
    - Empresa: a Tribuna de Santos Jornal e Editora Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 142 (cento e quarenta e duas) Assinaturas do Jornal "A Tribuna" de Santos, destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de Santos do Estado de São Paulo. - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 51.120,00
    - Data de Assinatura: 18-06-2010.

    Contrato: 15/00069/10/04
    - Empresa: Lauda Editora Consultorias e Comunicações Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 139 (cento e trinta e nove) Assinaturas do Jornal "Jornal de Jundiaí Regional", destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de Jundiaí do Estado de São Paulo.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 45.314,00
    -Data de Assinatura: 18-06-2010.

    Contrato: 15/00120/10/04
    - Empresa: Jornal da Cidade de Bauru Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 156 (cento e cinquenta e seis) Assinaturas do Jornal "Jornal da Cidade" de Baurú, destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de Baurú do Estado de São Paulo.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 46.761,00
    -Data de Assinatura: 18-06-2010.
  • 25/junho/2010
    Contrato: 15/00070/10/04
    - Empresa: Editora Folha da Região de Araçatuba Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE, de 113 (cento e treze) assinaturas anuais do Jornal "Folha da Região" destinados às escolas da Rede de Ensino da Região da Araçatuba do Estado de São Paulo - Projeto Salas de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 28.589,00
    - Data de Assinatura: 23-06-2010.

    Contrato: 15/00078/10/04
    - Empresa: Empresa Editora o Liberal Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE, de 135 (cento e trinta e cinco) assinaturas anuais do Jornal "O Liberal" destinados às escolas da Rede de Ensino da Região de Americana do Estado de São Paulo - Projeto Salas de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 29.646,00
    - Data de Assinatura: 23-06-2010.

    Contrato: 15/00063/10/04
    - Empresa: Valebravo Editorial S.A.
    - Objeto: Aquisição pela FDE, de 280 (duzentos e oitenta) assinaturas anuais do Jornal "O Vale" destinados às escolas da Rede de Ensino da Região de São José dos Campos do Estado de São Paulo - Projeto Salas de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 77.280,00
    - Data de Assinatura: 23-06-2010.

  • 23/julho/2010
    Contrato: 15/00079/10/04
    - Empresa: Jornal de Piracicaba Editora Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 53 (cinquenta e três) assinaturas anuais do jornal "Jornal de Piracicaba" destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de “Piracicaba” do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 12.455,00
    - Data de Assinatura: 15/07/2010

    Contrato: 15/00077/10/04
    - Empresa: Empresa Francana Editora de Jornais e Revistas Ltda.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 82 (oitenta e duas) assinaturas anuais do Jornal "Comércio de Franca" destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de “Franca” no Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 21.976,00
    - Data de Assinatura: 21/07/2010

    Contrato: 15/00065/10/04
    - Empresa: Empresa Jornalística Orestes Lopes de Camargo S.A
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 159 (cento e cinquenta e nove) assinaturas anuais do Jornal "A Cidade" destinado às escolas da Rede de Ensino da Região de “Ribeirão Preto” do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 56.604,00
    - Data de Assinatura: 22/07/2010.

Um ninho amigo para os amigos

Além de comprar de tudo em todo Estado de SP, não faltaram negócios com a grande imprensa. Já mostradas neste humílimo blog, entidades como Estadão, Folha, Veja etc., foram gentilmente agraciadas, de novo, pelo desvairado pacotaço e permanecerão nas escolas públicas por mais um ano (compare quantidades e valores de 2009). Alvíssaras!

A pergunta que fica é por que a Carta Capital nunca, jamais, em tempo algum mereceu as mesmas benesses do Estado? Estranho, né não?
Outra: quem mais se beneficia com tais "ações pedagógicas"?

Olha só que meiguice:
  • 27/maio/2010 (também publicado em 26/maio)
    Contrato: 15/00548/10/04
    - Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.
    - Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da "Revista Isto É" - 52 Edições - destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo - CEI e COGSP - Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 1.203.280,00
    - Data de Assinatura: 18/05/2010.

  • 28/maio/2010
    Contrato: 15/00545/10/04
    - Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO
    - Objeto: Aquisição de 5.200 assinatura do Jornal "o Estado de São Paulo" destinado as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo - Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 2.568.800,00
    - Data de Assinatura: 18/05/2010.

  • 29/maio/2010
    Contrato: 15/00547/10/04
    - Empresa: Editora Abril S/A
    - Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista "VEJA" destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo - CEI e COGSP - Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 1.202.968,00
    - Data de Assinatura: 20/05/2010.

  • 8/junho/2010
    Contrato: 15/00550/10/04
    - Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal "Folha de São Paulo" para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - CEI e COGSP - Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 2.581.280,00
    - Data de Assinatura: 18-05-2010.

  • 11/junho/2010
    Contrato: 15/00546/10/04
    - Empresa: Editora Globo S/A.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista "Época" – 43 Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - CEI e COGSP - Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 305 dias
    - Valor R$ 1.202.968,00
    - Data de Assinatura: 20/05/2010.

TOTAL PARCIAL DE COMPRAS DA IMPRENSA PELA FDE (pré-eleições):
  • Jornais regionais = R$ 550.205,00
  • Os de sempre = R$ 8.759.296,00
    • R$ 9.309.501,00

Em tempo¹ - Apesar de tantos e tão variados esforços descomunais com o dinheiro público, o candidato-(ex)guerrilheiro, hoje um homem de bens, Aloysio Nunes não está nem entre os seis primeiros colocados; pelo que tudo indica, não vai decolar nesta encarnação. O mesmo para José Serra, que fica a cada dia, por tudo e com tudo, mais por baixo que oritimbó de ofídio. Desesperación total.
Em tempo² - A próxima pesquisa desta casa será sobre um tema muito em voga na campanha do Sr. Alckmin, aguarde.


EDITADO EM 5/SETEMBRO, ÀS 16:10


Reproduzo aqui duas respostas que dei para um comentador no blog do Azenha, que gentilmente divulgou o texto. Disse lá um Sr. Gilton:
Justiça seja feita: o diario da região esta entrevistando todos os candidatos ao senado.
Menos,'rapaziada, menos.
Én isso que queima o filme da blogosfera petista: tem muita negada publicando "notícias", "grandes furos", sem checar. Não é assim que se faz. Presta atenção, pô!
Resposta 1:
Mas nenhum dos candidatos é unha da carne do comprador das milhares de assinaturas (ou ainda faz parte intestina dos quadros do comprador). É, Gilton? Além disso, e coincidentemente, nenhum dos candidatos ligados intestinalmente aos compradores, é também de São José do Rio Preto, onde exerce influência típica dos coronéis. É, Gilton?
É mais, Gilton, mais...
Resposta 2:
Caro Gilton;
retorno para te agradecer a oportunidade de nova "checagem", graças ao que me alertou. Depois do que te respondi acima, fui ao Diário da Região de São José do Rio Preto, o qual você diz estar entrevistando todos os candidatos ao Senado. De fato, encontrei a entrevista com a candidata Marta Suplicy do PT, a primeira colocada nas pesquisas - cujo Diário mesmo reproduz matérias confirmando a primeira colocação - desde sempre.

O interessante, entre tantos pontos, é a diferença de tratamento. Veja só que bacana:
- A entrevista do Sr. Aloysio Nunes Filho, em sexto lugar, atrás até do candidato Moacir Franco, foi feita em 25/agosto; a da Marta, primeira colocada, foi em 1/setembro;
- A manchete de Aloysio é "Aloysio e o desafio de se tornar conhecido"; a da Marta é "Ex-ministra, Marta defende verba para festas". Somente lendo é possível saber quais 'festas' são essas, as quais aliás, são tão propícias à região do jornal (a entrevista: http://www.diariodaregiao.com.br/novoportal/Notic...
- Aloysio teve publicadas as respostas para 20 questões; Marta apenas 8.
- Não houve menções ao passado do Sr. Aloysio como assaltante de trem; Marta respondeu sobre o "relaxa e goza" e "opção sexual do Kassab";
- Nas versões em papel (reproduzida em PDF) e digital aparece o santinho (recortável) em azul do Sr. Aloysio; Marta só tem o santinho na versão PDF (ver aqui: http://www.diariodaregiaodigital.com.br/Flip/Flip... - e comparar com o link da entrevista acima).

Ainda não fui pesquisar as entrevistas para o restante dos candidatos ao Senado, mas farei, fique tranquilo. Mas busquei por "Marta Suplicy" no Diário da Região. Novamente a forma de tratamento é absolutamente diversa. Nas 5 páginas mantidas no histórico do jornal (a partir de 18/10/2010), os links das "matérias" que tratam do PT não parecem receber os mesmos afagos que as do PSDB. Daí que posso estar redondamente enganada, me perdoe, mas parece que o tal Diário é adepto ferrenho do PSDB. Para que qualquer mortal possa ir até lá e me alertar novamente para o bom caminho, basta recorrer à ferramenta de buscas do Diário - e ao bom senso crítico.

Só falta aguardar (e achar) as entrevistas com Netinho de Paula, Orestes Quércia, Romeu Tuma, Ciro Moura, Moacir Franco, Ana Luiza, Dirceu Travesso, Alexandre Serpa, João André Dorta, Marcelo Henrique, Mazzeo, Ricardo Young, Ernesto Pichler e Toni Curiati. Em pouco menos de um mês todas estarão lá no Diário, certamente.

Do blog NaMaria News - 04.09.2010

26 de ago. de 2010

Obscenidades da Educação Paulista

Neste início de segundo semestre letivo fomos mais uma vez surpreendidos por polêmicas em torno dos livros distribuídos pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE). Juntamente com outros dois títulos que compõem o programa ‘Apoio ao Saber’, a SEE entregou aos alunos do terceiro ano do ensino médio a coletânea ‘Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século’. No centro da questão, que tem causado alvoroço entre pais, alunos e professores, está o texto ‘Obscenidades Para uma Dona de Casa’ do escritor Ignácio Loyola Brandão.
Nele, que narra fantasias amorosas de uma mulher, o autor se utiliza de palavrões e termos chulos, além de descrições apimentadas de um ato sexual. Os moralistas, notadamente pais e certos professores, sentiram-se ofendidos com o texto. Já os alunos, com toda irreverência e furor típicos da juventude, esbaldam-se com o conteúdo erótico.
Como em todo ambiente plural e democrático, as opiniões divergem e o debate pega fogo. As discussões vão desde a escolha dos autores, se mereceriam ou não figurar numa lista dos ‘cem melhores’, outros tantos autores que ficaram de fora, e principalmente, se os textos selecionados atendem as necessidades pedagógicas e linguagem adequada ao ambiente escolar.
Os progressistas apontam a necessidade de estimular o debate sexual tanto nas escolas quanto nos lares, e alegam que as ‘obscenidades’ ali constantes não são piores que aquelas presentes em outros setores. Ainda sim, cabe de novo perguntar se a abordagem é a mais apropriada do ponto de vista pedagógico.
Os desdobramentos são mais graves, na medida em que nem os pais, nem os alunos, nem os professores, participaram da seleção do conteúdo. Os livros, ainda que distribuídos gratuitamente, foram comprados com dinheiro do contribuinte, o que garante a cada pai ou mãe, cada professor e cada aluno o direito de questionar tal ação.
Além das questões pedagógicas, a compra de tal livro suscita outro tipo de preocupação. A dita coletânea é editada pela Objetiva, pertencente ao grupo espanhol Prisa-Santillana. Não haveria problemas se não fosse a reincidência das relações econômicas entre a SEE e tal grupo. Em outra ocasião, a Secretaria comprou, sem licitação, assinaturas do jornal espanhol ‘El País’, do mesmo grupo.
E mais, no site da Fundação Santillana no Brasil, descobrimos que seu conselho consultivo é formado pelos tucanos Fernando Henrique Cardoso e pelo atual Secretário de Educação do Estado, Paulo Renato Souza, além dos Senadores Cristovam Buarque e José Sarney e a Nélida Pinon. As práticas econômicas se assemelham àquelas tratadas neste espaço no texto ‘A Educação Estadual, os lobistas e a Editora Abril. Não parece deslize, parece método, que se repete a cada nova situação.
Todos esses eventos demonstram a necessidade de toda a comunidade escolar (alunos, pais, professores, diretores, funcionários) manter a vigilância tanto na aplicação dos impostos na área da educação, como na relação com a qualidade do conteúdo dos materiais distribuídos. Afinal, foram comprados com nosso dinheiro e oferecidos aos nossos alunos.

Leia ainda


Clipping ‘Obscenidades’

Ao dar início ao segundo semestre do ano letivo, os alunos do terceiro ano do ensino médio, da rede de escolas públicas estaduais, foram agraciados com uma caixa de livros constantes do projeto ‘Apoio ao Saber’. Na caixa foram incluídos três títulos: Canto Geral (Ed. Bertran BrasilGrupo Record), do poeta chileno Pablo Neruda, Casa de Bonecas (Ed. Vida e Consciência), do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen e a coletânea de contos ‘Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século’. 
A polêmica se desdobra em torno do conto ‘Obscenidades para uma dona de casa’, de Ignácio de Loyola Brandão (pág. 471-477), que integra a coletânea ‘Os Cem Maiores Contos…’. Nele, uma dona de casa solitária detalha cartas obscenas que recebe de um amante. No contexto da narração, o autor escreve palavrões e termos chulos. Os questionamentos aparecem quanto à razoabilidade ou não de proporcionar o contato com um texto de tal teor, por alunos, menores de idade, da rede pública estadual.
Através deste link, pode-se conferir, na íntegra, o referido texto.
http://www.releituras.com/ilbrandao_obscenidades.asp
            Repercussão na Mídia
08 de agosto 21010 – O Estadão.com.br informa a polêmica causada a partir da distribuição dos livros em escolas públicas de São Paulo.
http://www.estadao.com.br/noticia_imp.php?req=not_imp591716,0.php
17 de agosto de 2010 – A Gazeta de Piracicaba também aborda o tema, na editoria Cidade.
http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1701824&area=26050&authent=4C88DAE91243733DC9EDFD0132320A
19 de agosto de 2010 – O tema aparece no portal G1.com, sendo replicado em matéria na TV Globo e da TV TEM, filiada da emissora.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/08/livro-com-conto-erotico-usado-em-escola-de-jundiai-causa-polemica.html
20 de agosto de 2010 – O G1.com abre espaço ao autor do conto, Ignácio de Loyola Brandão.
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/08/pais-que-pedem-recolhimento-de-livro-sao-burros-diz-escritor.html
Em rápidas pesquisas realizadas sobre o assunto, verifica-se que a edição do  livro em questão é da editora Objetiva, que pertence a um grupo de mídia espanhol chamado Prisa-Santillana, também dono da Editora Moderna, forte atuante no mercado editorial brasileiro, com ênfase em material didático.
De acordo com o site da Fundação Santillana, o conselho consultivo no Brasil é composto por Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato Souza, José Sarney, Cristovam Buarque e Nelida Píñon. http://www.fundacaosantillana.com.br/06_releases_2.asp
As relações econômicas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e o grupo espanhol Prisa-Santillana não são inéditas. Sabe-se que também compraram, sem licitação, assinaturas do jornal EL País, que também é de propriedade do grupo Prisa-Santillana. http://namarianews.blogspot.com/2010/05/paulo-renato-y-sus-hermanos-de-espana.html 
O caso guarda semelhanças com as relações entre a SEE e o Grupo Abril, na compra das Revistas Nova Escola e Recreio.  Contratos milionários, sem licitação, tema discutido em artigo no blog do Tiago Pereira http://tiagopereira.wordpress.com/2009/06/12/a-educacao-estadual-os-lobistas-e-a-editora-abril/
Ainda sobre a questão dos conteúdos inapropriados, não parece haver ineditismos, como os jornais de cerca de um ano atrás podem confirmar:
Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u568059.shtml
ABIGRAF

http://www.abigraf.org.br/index.php/br/ultimas-noticias/4693-apolca-secretaria-exclui-cinco-livros-do-programa-de-leitura-de-sp
G1

http://busca2.globo.com/Busca/g1/?query=livros+eroticos+educa%C3%A7%C3%A3o

Por Tiago -  23.08.2010