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22 de mar. de 2015

O ódio chega às crianças: por que esse prazer de se lambuzar de raiva?



Crescente maré de ódio no Brasil já atinge as crianças. Mães e pais usam seus próprios filhos para propagandear intolerância, raiva e discriminação. Como serão e como estarão esses meninos e essas meninas num futuro próximo?

28 de jun. de 2013

As manifestações de junho e a mídia



Venicio A. de Lima

Por  *Venício A. de Lima - Teoria e Debate

Apesar da proximidade cronológica, parece razoável observar que o estopim para as manifestações populares que estão ocorrendo no país foi o aumento das tarifas do transporte coletivo e a repressão violenta da polícia (vitimando, inclusive, jornalistas no exercício de sua atividade profissional) – não só à primeira passeata realizada em São Paulo, mas também à manifestação realizada antes da abertura da Copa das Confederações, em Brasília. A partir daí, um conjunto de insatisfações que vinha sendo represado explodiu.

15 de mai. de 2012

21 de mar. de 2012

O controle da massa


E essa mesma mídia ainda reclama quando a sociedade propõe uma regulação maior do setor, uma participação democrática nos conteúdos e opiniões publicados. Dizem eles que defendem a liberdade de expressão e por isso as empresas de mídia devem ser auto-reguladas. Ou seja, a Globo fala o que quer, a Veja fala o que quer e a gente ainda tem que acreditar que isso é liberdade de expressão...

Do Movimento Direito para Quem! - 21.03.12

20 de nov. de 2011

(Vídeo) BELO MONTE, QUEM MANDA NO BRASIL? A falência dos EUA será um pretexto para combater o nosso governo, já não basta o que fizeram com outros países para se apoderar do petróleo?

A melhor forma de acabar com o Brasil, é colocar o brasileiro contra o brasileiro.

É subverter valores, é ridicularizar o interesse vital e estratégico do Brasil em função de uma visão simplista criada e incentivada por ONGs internacionais as quais financiam simbioticamente os interesses de alguns indigenistas que usam ipod e falam inglês, financiam campanhas publicitarias para desmoralizar nosso governo quando este faz o certo. Nunca ví um artista global reclamar por educação de qualidade, incentivo à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, recamar do dinheiro que será disperdiçado com a copa do mundo... mas quando tem gringo a favor de "lutar pelos índios" alguns de nossos artistas abraçam a causa como se Sigouney weaver ou Cameron, ou DiCaprio fossem brasileiros.

Tornam a necessidade de energia do nosso País inferior a qualquer interesse externo e conclamam aos próprios brasileiros a assinar uma petição contra o desenvolvimento do Brasil.
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"Se internacionalizar a amazonia não será tão facil, então internacionalizem os brasileiros"
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Se vc concorda, e esta disposto a lutar contra os interesses de ONGs internacionais e modinhas de tirar o sutiã pra promover o subdesenvolvimento do Brasil, DISSEMINE ESTE VÍDEO, FAÇAM SEUS PROPRIOS VIDEOS.
COM A INTERNET, ACABOU O MONOPOLIO DE CERTAS EMISSORAS MANIPULADORAS. 

10 de ago. de 2011

O que é política?

Polis - Grécia antiga (imagem: arquivo)

"A desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta" - Platão

A palavra política tem origem no grego “ta politika” que, por sua vez, deriva da palavra grega “polis”. Mas o que é polis?

Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos ( no grego “politikos” ), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. (Convite a Filosofia, capítulo 7, Marilena Chaui, Editora Ática).

Polis é o que chamamos, ao estudarmos a Grécia Antiga, de Cidades-Estado. Os moradores dasPolis eram os “politikos” (cidadãos), aqueles que exercem a civilidade.

Polis Grécia antiga (interior - VIII sec a.C) - clique na imagem para ler a história
Res Publica é a tradução latina de Ta Politika, e corresponde ao que chamamos de práticas políticas. Já a palavra Civitas (origem de: civil, cidade, cidadão e civilizado) é a tradução latina para Polis.

Esparta, Atenas, Corinto, assim como as demais cidades gregas da época, eram Cidades-Estado, portanto, eram Polis. As Polis tinham sua organização política e militar autônomas, isto é, eram independentes umas das outras.

Péricles fala ao povo Ateniense (séc V a.C ) - clique na imagem para ler a história
Ok, mas afinal... O que é política?


A afirmação “não gosto de política”, pode ser verdadeira, mas na maioria das vezes demonstra desconhecimento do que quer dizer política. Na verdade “o homem é um ser político” como afirma a aluna Vanessa Dias.


Por desconhecimento, “a maioria das pessoas afirma não gostar de política, mas na verdade estes não gostam das pessoas que exercem a profissão ‘política’”, afirma Fernanda Sommer. “Política, hoje, é confundida com as ações dos políticos profissionais, principalmente os maus políticos”, reforça Vanessa e completa “... não podemos confundir política com o ato de votar ou ser votado, na verdade fazemos política quando tomamos atitudes em nosso trabalho, escola etc ...”.


Ana Raniele exemplifica política como “o momento em que duas ou mais pessoas divergem sobre um determinado assunto e, estas para defender suas idéias, se lançam em uma discussão”. “Quando pessoas conversam e uma não concorda com a outra, gera uma discussão”, isso é política, afirma Mariana Nunes.


Política também é:

“a arte de governar” (1);

 “um certo diálogo” (2);
 “quando exigimos nossos direitos” (3);
 “alguém se opõe às idéias do outro” (4);
 “a exposição de nossas idéias a outros” (5)


Mas, para você, o que é política?

Fonte: Estudos de um grupo do 3o ano do ensino médio - baseado em livros didáticos: Grécia antiga - História antiga

23 de jan. de 2011

O local e diverso como pontos de partida para uma informação democrática

 
O telespectador ou ouvinte de uma TV ou rádio, começa seu dia sabendo tudo sobre o que ocorre nos grandes centros urbanos do país, como trânsito, tempo, comércio e entretenimento.  Informação nunca é demais, não fosse o fato de que a maioria desses telespectadores ou ouvintes, muitas vezes, vive a centenas de quilômetros destes centros urbanos...

A programação e o conteúdo dos grandes veículos de comunicação privilegia a informação produzida nos grandes centros, esquece a periferia, ignora as manifestações culturais locais, mas quando o fazem, as reproduzem a partir de seus recursos, humanos e técnicos próprios e não daqueles que produzem, genuinamente, tais produtos culturais in loco.

A democratização da informação passa pelo local, pelas manifestações culturais, das mais diversas regiões e micro-regiões país adentro.  Pausterizar a informação do centro para os subúrbios, de cima para baixo, não atende a todos, descaracteriza o local, perde-se componentes históricos daquilo que comunidades historicamente representam ou são identificadas.

Da forma como é hoje, a maneira como os grandes veículos de comunicação tratam a informação, apenas contribui para a concentração do negócio nas mãos de poucos grupos, estendendo o alcance de marcas pelo interior do país, com programação central, destruindo ou absorvendo milhares agentes de comunicação no Brasil, tornando-os meros repetidores da "informação do centro", ocupando pouco espaço com o que é produzido no local.

A disseminação da informação é um negócio cada vez mais orientado pelo retorno fácil, em que a produção massificada contribui para o controle desses resultados, em detrimento de qualquer iniciativa local.  A informação aqui descrita não se trata apenas de noticiário, mas de toda sorte de informação cultural, política, econômica, histórica.  A concentração que hoje existe apenas serve aos interesses comerciais deste mercado, não há qualquer proteção ao que pode ser produzido nos rincões do país, o Estado brasileiro precisa entrar nessa arena e estabelecer nortes, protegendo o interesse social do interesse meramente comercial.

Uma legislação que obrigue este setor a produzir informação local e não apenas repetir o que já está pronto, pode significar um alento aos agentes locais que resistem ao ataque dos gigantes e suas representações externas daquilo que é feito "lá dentro", em sua originalidade cultural, perdendo essência em cada intervenção dessa espécie.  Uma "Ley de medios", como a que o governo de Cristina Kirchner implementou na Argentina seria uma resposta aos produtos manufaturados para faturar, as criações culturais sem origem e moldadas apenas para efetuar ganhos financeiros e dominar o pensamento uniformemente.

Desconcentrar é o caminho para o setor, mas a reação dos donos dos grandes veículos de comunicação brasileiros, tachando qualquer iniciativa de regulação da área como tentativa de censura ou controle, demonstra claramente a preocupação destes empresários em defender seus rentáveis empreendimentos.  Afirmam que a própria audiência pode exercer tal controle... Mas como o espectador pode exercer "tal controle" sem conhecimento da diversidade cultural que o país detém em sua plenitude, desconcentrado e plural? Conhecendo somente aquilo que, em sua esmagadora proporção, lhe é oferecida, controlar a programação central nos locais distantes parece pouco promissora...


Em novembro passado, durante um seminário internacional sobre comunicação em Brasília, Gustavo Bulla, diretor Nacional de Supervisão da AFSCA (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), órgão regulador argentino, declarou: “A Sociedade Interamericana de Imprensa é um grupo de empresários, donos de jornais, preocupados em defender seu negócio. A liberdade de expressão pertence aos cidadãos, não é propriedade deles”.

O modelo argentino parece assustar as grandes empresas de comunicação brasileiras, com o selo de legislação "chavista" conferido por elas, com o real objetivo de assustar as pessoas e torná-las inimigas de qualquer iniciativa governamental sobre a regulação da mídia. Lá, tanto como cá, o principal órgão de imprensa, o Clarín, declarou guerra ao governo e age como agourento partido de oposição, sistematicamente...Não é mera coincidência com o que ocorre aqui.  É uma reprodução de um comportamento central, disseminado em quase toda América do Sul.

Transmissão do futebol para todos, exemplo argentino
A criação de um  marco regulatório gera polêmica no Brasil, mas a Argentina, por exemplo, foi mais além, resolveu intervir no mercado televisivo e comprou os direitos de transmissão do campeonato argentino, que antes apenas passava em TV a cabo, sobre valorizando seu preço e alcançando apenas aqueles que podiam pagar a detentora dos direitos de transmissão, não concidentemente, o concentrador grupo Clarín.  A TV pública pagou o dobro do valor que pagavam a Associação de Futebol Argentino (AFA) e liberaram a transmissão em canal aberto, inclusive vendendo para outros canais que se interessassem em pagar pela transmissão dos jogos.  Este exemplo representa a desconcentração e a democratização da TV argentina, contrariando interesses financeiros e políticos históricos.

Bulla citando uma frase do popular locutor esportivo Victor Hugo Morales: “Os direitos exclusivos do futebol foram o cavalo de Tróia da concentração dos meios de comunicação na Argentina”. Além de democratizar o acesso ao futebol, a lei de medyos significou não só desconcentração econômica como cultural.

Com informações da Carta Capital
 
Do Blog Palavras Diversas -  23.01.2011

20 de dez. de 2010

Persons of the PIG/2010


Arnaldo Jaburanga Jabor, Supremo Dono da Verdade, Inteligência Arrombadora de Todos os QIs do Mundo (Desiclopédia), festejado Cineasta de um Filme Só, e que ficou com o título de Emo do Ano graças a fuga do seu parceiro e jornalista Diogo Maisnada que se picou pra Milão, muito antes da morte anuncidada do esquemão da pocilga. Para os desavisados, a riquíssima, badalada e segregacionista cidade de Milão, ou Roma, a eterna cidade dos gays brasileiros, de Sicília, é o nome que essa turma dá para a mais pobre região da Itália, a Sicília.


Vazou da sua rival, Época, que a pouquíssima verba pra assepsia na redação da ex-maior revista do país, está sendo repassada pela irmã, uma coelhinha da PlayBoy. Deve estar sendo difícil pra quem vendia 850 mil exemplares, ter que conviver com pouco mais de 200 mil que nem chegam aos seus destinos: se perdem nos depósitos de alguma Secretaria de Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, carimbada de EXEMPLAR DE ASSINANTE



Haja Dossiê Falso para saciar a fome das gigantescas impressoras da Folha que a cada dia imprime menos. Estão sentindo no papel a escacez de tinta tão abundante no período da dona Branda. Na mesma proporção do resultado das sessões de torturas.

 
Por Professor Di Afonso - Terra Brasilis - 20.12.2010

17 de dez. de 2010

Wikiliquidação do Império?

Por Boaventura de Souza Santos *

A divulgação de centenas de milhares de documentos confidenciais, diplomáticos e militares, pela Wikileaks acrescenta uma nova dimensão ao aprofundamento contraditório da globalização. A revelação, num curto período, não só de documentação que se sabia existir mas a que durante muito tempo foi negado o acesso público por parte de quem a detinha, como também de documentação que ninguém sonhava existir, dramatiza os efeitos da revolução das tecnologias de informação (RTI) e obriga a repensar a natureza dos poderes globais que nos (des)governam e as resistências que os podem desafiar. O questionamento deve ser tão profundo que incluirá a própria Wikileaks: é que nem tudo é transparente na orgia de transparência que a Wikileaks nos oferece.

A revelação é tão impressionante pela tecnologia como pelo conteúdo. A título de exemplo, ouvimos horrorizados este diálogo – Good shooting. Thank you – enquanto caem por terra jornalistas da Reuters e crianças a caminho do colégio, ou seja, enquanto se cometem crimes contra a humanidade. Ficamos a saber que o Irã é consensualmente uma ameaça nuclear para os seus vizinhos e que, portanto, está apenas por decidir quem vai atacar primeiro, se os EUA ou Israel. Que a grande multinacional famacêutica, Pfizer, com a conivência da embaixada dos EUA na Nigéria, procurou fazer chantagem com o Procurador-Geral deste país para evitar pagar indemnizações pelo uso experimental indevido de drogas que mataram crianças. Que os EUA fizeram pressões ilegítimas sobre países pobres para os obrigar a assinar a declaração não oficial da Conferência da Mudança Climática de Dezembro passado em Copenhaga, de modo a poderem continuar a dominar o mundo com base na poluição causada pela economia do petróleo barato. Que Moçambique não é um Estado-narco totalmente corrupto mas pode correr o risco de o vir a ser. Que no “plano de pacificação das favelas” do Rio de Janeiro se está a aplicar a doutrina da contra-insurgência desenhada pelos EUA para o Iraque e Afeganistão, ou seja, que se estão a usar contra um “inimigo interno” as tácticas usadas contra um “inimigo externo”. Que o irmão do “salvador” do Afeganistão, Hamid Karzai, é um importante traficante de ópio. Etc., etc, num quarto de milhão de documentos.

Irá o mundo mudar depois destas revelações? A questão é saber qual das globalizações em confronto—a globalização hegemônica do capitalismo ou a globalização contra-hegemônica dos movimentos sociais em luta por um outro mundo possível—irá beneficiar mais com as fugas de informação. É previsivel que o poder imperial dos EUA aprenda mais rapidamente as lições da Wikileaks que os movimentos e partidos que se lhe opõem em diferentes partes do mundo. Está já em marcha uma nova onda de direito penal imperial, leis “anti-terroristas” para tentar dissuadir os diferentes “piratas” informáticos (hackers), bem como novas técnicas para tornar o poder wikiseguro. Mas, à primeira vista, a Wikileaks tem maior potencial para favorecer as forças democráticas e anti-capitalistas. Para que esse potencial se concretize são necessárias duas condições: processar o novo conhecimento adequadamente e transformá-lo em novas razões para mobilização.


Quanto à primeira condição, já sabíamos que os poderes políticos e econômicos globais mentem quando fazem apelos aos direitos humanos e à democracia, pois que o seu objectivo exclusivo é consolidar o domínio que têm sobre as nossas vidas, não hesitando em usar, para isso, os métodos fascistas mais violentos. Tudo está a ser comprovado, e muito para além do que os mais avisados poderiam admitir. O maior conhecimento cria exigências novas de análise e de divulgação. Em primeiro lugar, é necessário dar a conhecer a distância que existe entre a autenticidade dos documentos e veracidade do que afirmam. Por exemplo, que o Irã seja uma ameaça nuclear só é “verdade” para os maus diplomatas que, ao contrário dos bons, informam os seus governos sobre o que estes gostam de ouvir e não sobre a realidade dos fatos. Do mesmo modo, que a táctica norte-americana da contra-insurgência esteja a ser usada nas favelas é opinião do Consulado Geral dos EUA no Rio. Compete aos cidadãos interpelar o governo nacional, estadual e municipal sobre a veracidade desta opinião. Tal como compete aos tribunais moçambicanos averiguar a alegada corrupção no país. O importante é sabermos divulgar que muitas das decisões de que pode resultar a morte de milhares de pessoas e o sofrimento de milhões são tomadas com base em mentiras e criar a revolta organizada contra tal estado de coisas.

Ainda no domínio do processamento do conhecimento, será cada vez mais crucial fazermos o que chamo uma sociologia das ausências: o que não é divulgado quando aparentemente tudo é divulgado. Por exemplo, resulta muito estranho que Israel, um dos países que mais poderia temer as revelações devido às atrocidades que tem cometido contra o povo palestiniano, esteja tão ausente dos documentos confidenciais. Há a suspeita fundada de que foram eliminados por acordo entre Israel e Julian Assange. Isto significa que vamos precisar de uma Wikileaks alternativa ainda mais transparente. Talvez já esteja em curso a sua criação.

A segunda condição (novas razões e motivações para a mobilização) é ainda mais exigente. Será necessário estabelecer uma articulação orgânica entre o fenómeno Wikileaks e os movimentos e partidos de esquerda até agora pouco inclinados a explorar as novas possibilidades criadas pela RTI. Essa articulação vai criar a maior disponibilidade para que seja revelada informação que particularmente interessa às forças democráticas anti-capitalistas. Por outro lado, será necessário que essa articulação seja feita com o Foro Social Mundial (FSM) e com os media alternativos que o integram. Curiosamente, o FSM foi a primeira novidade emancipatória da primeira década do século e a Wikileaks, se for aproveitada, pode ser a primeira novidade da segunda década. Para que a articulação se realize é necessária muita reflexão inter-movimentos que permita identificar os desígnios mais insidiosos e agressivos do imperialismo e do fascismo social globalizado, bem como as suas insuspeitadas debilidades a nível nacional, regional e global. É preciso criar uma nova energia mobilizadora a partir da verificação aparentemente contraditória de que o poder capitalista global é simultaneamente mais esmagador do que pensamos e mais frágil do que o que podemos deduzir linearmente da sua força. O FSM, que se reune em Fevereiro próximo em Dakar, está precisar de renovar-se e fortalecer-se, e esta pode ser uma via para que tal ocorra.

*Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

Do Arquivo FPA - artigos - 15.12.2010
Fonte: Carta Maior - 12.12.2010

13 de dez. de 2010

Serra e a Wikileaks, blog sujo?!


Durante a campanha presidencial de 2010 o candidato tucano José Serra acusou o governo Lula de financiar blogs para atacar a oposição e os nomeou de: ‘blogs sujos’. Agora a Wikileaks mostra que Serra prometeu algo em campanha, mas acertou que não cumpriria, caso vencesse. A Wikileaks é um blog sujo?!

   Polvinhos e Polvinhas, seria esse tal de Wikileaks um blog sujo? Seria, talvez, um blog patrocinado pelo governo Lula para falar mal de seus adversários políticos?
   Fechem os olhos {{sim, amigo, é uma metáfora, por gentileza continue lendo o texto}} e imaginem comigo a seguinte situação, ou melhor, vejam se não é um plano para desestabilizar os adversários de Lula.
   O maior alvo do Wikileaks são os Estados Unidos. Não se ouviu um ‘a’ sobre a Venezuela, ou melhor, se ouviu: uma preocupação com o sucesso do programa de saúde deles.
   Agora esse tal de Wikileaks mostra que José Serra, apesar de dizer que era favorável à Petrobrás e que, na verdade, quem fazia privatização era o governo Lula / Dilma ele pretendia mudar as regras de exploração e mantê-las como eram antes da descoberta do pré-sal.
   Segundo a definição de José Serra para ‘blogs sujos’:
José Serra, acusou nesta quinta-feira o governo federal de financiar "blogs sujos" que "dão norte do patrulhamento" a jornalistas.
{{não acredite em mim}}
"A pessoa é corresponsável porque não desautoriza. E ao não desautorizar há caráter de representatividade no blog."
{{não acredite em mim}}
   Ou seja, este blog aqui, patrulheiro da imprenÇa é um blog sujo, afinal, Lula nunca disse em público que o bloguinho aqui estava desautorizado…

   A Wikileaks, por sua vez, foi incentivada pelo presidente:

Prova irrefutável de que a Wikileaks é um blog sujo…

   Logo a informação que se segue não tem a menor importância ou relevância. Vou postá-la apenas para que meus companheiros comunistas {{quando será o próximo encontro para comer criancinhas?!}} não digam que eu abandonei a luta.

   Você que agora lê, pode ter plena certeza de que nada do que será dito a partir de agora tem significância, posto que falamos de uma pessoa cuja história não traz nenhuma mentira ou engano {{falo, claro, do irrefutável José Erra}}:
Petroleiras foram contra novas regras para pré-sal
Segundo telegrama do WikiLeaks,
Serra prometeu alterar regras caso vencesse
{{não acredite em mim}}

   Considerando a total falta de credibilidade dos telegramas americanos e a total irrelevância do “CableGate” {{não sabe o que é? Descubra…}} essa notícia deve ter sido uma daquelas sem importância.

   Diz o texto da matéria em questão:
"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron…
   Podemos logo concluir que o documento {{não acredite em mim}} não tem o menor senso de realidade, afinal, José Serra, em campanha disse que Dilma havia privatizado o petróleo e que estava mudando as regras por conta da eleição apenas. Como ele, Erra, disse que não ia privatizar nada, logo era contra as regras antigas.

   Se ele disse, quem é Wikileaks para desmentir?!

divinha quem está na mira?!
Adivinha quem será o alvo...
   Para finalizar é preciso dizer {{e agora sem ironias}} que eu, pessoalmente, não esperava outra coisa do PSDB que não a manutenção das regras anteriores de exploração do petróleo.

   Como já disse aqui, diversas vezes, não é por acaso que chamo o sujeito da foto acima de José Erra. Ao invés de afirmar claramente o que ele afirmou em reuniões privadas, ele preferiu fazer um discurso que se confundia com continuidade.

   Um discurso que não enganou quem queria continuidade e não agregou quem queria mudanças. Por essas e outras que o futuro do PSDB está nas mãos de um certo super-Aécio

Do ImprenÇa - 13.12.2010

24 de nov. de 2010

Marcelo Tas cala a boca é pouco !

Tas o que foi que você não entendeu ? 

    Sempre fui muito cortês e educado com qualquer "serrista" que já existiu na face da Terra. Mas hoje o cidadão Marcelo Tas foi demais. 
Hoje tínhamos uma entrevista que seria concedida aos blogueiros progressistas, a pedido dos próprios blogueiros. É claro que nessa entrevista não estariam os "limpinhos" Não era um debate , ERA UMA EXCLUSIVA! Deu pra entender ?
   Cansamos de ser massacrados pela velha imprensa, de ter notícias distorcidas, de ver a realidade contaminada. Chega disso! 
     O único espaço que temos é a NET, e vamos nos aproveitar disso. Nós os que buscamos a verdade não temos um programa semanal para ficar metendo o pau na vida dos outros (tudo bem que alguma coisa ali se aproveita). 

    Marcelo Tas teve a capacidade de comparar a primeira entrevista do Presidente da República  com o seu programinha CQC 2.0  (deve ser isso), (ja me corrigiram 3.0, kkk) que acontece na NET após o final do seu programa CQC. 

    Marcelo Tas, com todo respeito ao teu trabalho cara, CUSTE O QUE CUSTAR, nós não ficaremos quietos. Lula já deu o recado ao PIG, Dilma também quando deu sua primeira entrevista como eleita a Rede Record.  A grande massa não é mais controlada pela velha mídia. E sei muito bem o teu grande interesse nisso. Sei o grande colaborador que é desse novo "movimento. Já estive ali, frente a frente em uma das suas palestras sobre as Redes Sociais ( em Belo Horizonte - ao Colegiado Nacional da Rede Pitágoras). 

    Portanto Marcelo Tas, não fique enciumado se "não te convidaram pra essa festa pobre". (hahaha Serristas já me atormentaram que é festa podre). Pena que não tem lugar para os "limpinhos".  

Tas, companheiro que é companheiro, apoia Lula e Dilma, não o coiso !
Viva a Rede Liberdade ! 
@geisongunnar 

A quem interessar aí vai os TT de @marcelotas hoje durante a entrevista. 


Marcelo Tas

@marcelotas Sao Paulo
 
 
Do Professor Geison Gunnar - 24.11.2010

18 de nov. de 2010

DEM quer impedir que Telebrás explore serviço de banda larga. Eram eles e os tucanos que queriam governar o Brasil.

Serra bate martelo na privatização da Telebrás
 
Do portal vermelho - 15.11.2010

O DEM quer impedir que o governo federal execute o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) por meio da empresa estatal Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás). O partido ajuizou nesta quinta-feira (15), no Supremo Tribunal Federal (STF), ação em que contesta o propósito do Poder Executivo de implementar diretamente os serviços de telecomunicações. O PNBL é avaliado como grande incentivo a favor da inclusão digital.

Na ação, o partido pede, em caráter liminar, até o julgamento de mérito da ação, a suspensão da eficácia dos artigos da Lei que criou a Telebrás e dos artigos do Decreto editado pelo presidente Lula em 12 de maio último que ampliou os poderes da empresa para implementar o PNBL.

O PNBL é visto por especialistas do setor como o maior incentivo que já se promoveu no Brasil a favor da inclusão digital. Passados mais de 10 anos da privatização da telefonia no país, o acesso à internet rápida ainda é um privilégio. O alto custo da banda larga é um dos fatores para o atraso brasileiro.

Dos 58 milhões de domicílios existentes no Brasil, 79% não tem acesso à internet (46 milhões), segundo Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, do IBGE. O gasto médio com internet rápida representa 4,58% da renda mensal per capita no Brasil enquanto nos países desenvolvidos, essa mesma relação fica em torno de 0,5%, ou seja, o brasileiro gasta proporcionalmente quase dez vezes mais para ter acesso à internet rápida.

Ou seja, em pleno século 21, o principal fluxo de informações e conhecimentos à disposição da humanidade está, no Brasil, fora do alcance da grande maioria da população. Daí a importância dos investimentos governamentais no setor, já que está mais do que provado que a iniciativa privada não tem interesse em investir na inclusão digital.

Em defesa do mercado

O DEM, que defende a iniciativa privada, sustenta que os dispositivos impugnados ofendem os princípios gerais da ordem econômica, fundada nos valores da livre iniciativa, da livre concorrência e da conformação legal da participação do Estado na economia.

O DEM alega que a Emenda Constitucional de 1995, do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “aboliu a exigência de que a exploração de serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações se desse diretamente pela União, ou mediante concessão a empresas sob controle acionário estatal”.

O Democratas lembra ainda a Lei de 1997, também da era FHC, que estabeleceu o marco regulatório da prestação de serviços de telecomunicações em dois regimes jurídicos: um público, em que insere obrigatoriamente o serviço telefônico fixo destinado ao uso do público em geral, prestado mediante concessão ou permissão, com obrigações de universalização e de continuidade; e um privado, prestado após obtenção de autorização.

Foi essa mesma lei que autorizou o Poder Executivo a proceder à privatização da Telebrás e de suas subsidiárias, retirando o Estado da posição de prestador de serviços de telecomunicações. Em 1998, na esteira do processo neoliberal de privatização, foi editado o decreto 2.546 que serviu de base para a posterior desestatização do setor.

Assim, conforme o DEM, o setor de telecomunicações no Brasil “encontra-se desenhado para que empresas privadas realizem, sob regulação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a prestação dos serviços em regime público ou privado, sempre mediante uma das formas de delegação previstas, como a concessão, a permissão ou a autorização”. E, sustenta, a presença da Telebrás é incompatível com esse regime, “desenhado para instrumentar um mercado regulado e competitivo”.

De Brasília

Com informações do STF

9 de nov. de 2010

Franklin Martins critica propriedade de TVs por políticos

Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, criticou nesta terça-feira, 9, a propriedade de canais de televisão por políticos. Ele citou principalmente as emissoras de televisão que têm senadores e deputados como donos. "Todos nós sabemos que deputados e senadores não podem ter televisão", disse. Segundo ele, o setor virou "terra de ninguém" e os parlamentares usam "subterfúgios" para comandar emissoras. "A discussão foi sendo evitada e agora é oportunidade para que se discuta tudo isso", observou. O ministro disse ainda que os "fantasmas" não podem comandar o processo de regulação de mídias no Brasil. O maior "fantasma", segundo ele, seria a tese de que o governo quer ameaçar a liberdade de imprensa ao levantar o debate sobre o tema. "Essa história de que liberdade de imprensa está ameaçada é bobagem, fantasma, é um truque. Isso não está em jogo", disse.

As declarações foram dadas durante a abertura do seminário internacional "Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias", evento organizado em Brasília pelo governo para discutir o anteprojeto de regulação do setor que o Palácio do Planalto pretende enviar ao Congresso até o fim do ano.

"Não haverá qualquer tipo de restrição. Mas vamos com calma. Isso não significa que não pode ter regulação. Isso (ameaça à liberdade) entra na discussão para não se entrar na discussão. Liberdade de imprensa não quer dizer que a imprensa não pode ser criticada, observada", afirmou Franklin Martins. "Liberdade de imprensa quer dizer que a imprensa é livre, não necessariamente boa. A imprensa erra", ressaltou. O ministro abriu o seminário. Defendeu um novo marco regulatório nos setores de radiodifusão e telecomunicações e mandou um recado aos adversários: "Nenhum grupo tem o poder de interditar a discussão. A discussão está na mesa. Terá de ser feita, num clima de enfrentamento ou entendimento".

O ministro afirmou que as críticas são frutos de "fúrias mesquinhas". "Os fantasmas passeiam por aí arrastando correntes", disse. "Os fantasmas, quando dominam nossas vidas, nos impedem de olhar de frente a realidade. Os fantasmas não podem comandar esse processo. Se comandarem, perderemos uma grande oportunidade", afirmou. Segundo ele, a intenção do governo é dar uma atenção especial ao setor de radiodifusão na discussão sobre o novo marco regulatório do setor. "O governo federal tem consciência de que nesse processo de convergência de mídia é necessário dar proteção especial à radiodifusão", afirmou.

No Contrapontopig

Comentário do blog: o jornalista e ministro Franklin Martins está corretíssimo. A concessão de canais de televisão deve ser impedida para políticos. E não apenas as TVs, as concessões de emissoras de rádio também deveriam ser vetadas. O que vemos na Paraíba, por exemplo, são grupos políticos dominando os meios de comunicação. Na verdade, trata-se de uma infeliz realidade nacional.
 Do Blog do Júnior Miranda - 09.11.2010

7 de nov. de 2010

Se ler a Falha, tem que filtrar a informação para não ser manipulado.

Falha não dá para ler!

"A manchete da Folha (*) transforma golpistas em defensores do regime"

Conversa Afiada reproduz outro excelente artigo de Emir Sader, publicado em seu blog na Carta Maior:

Onde você estava em 1964?

Há momentos na história de cada país que são definidores de quem é quem, da natureza de cada partido, de cada força social, de cada indivíduo. Há governos em relação aos quais se pode divergir pela esquerda ou pela direita, conforme o ponto de vista de cada um. Acontecia isso com governos como os do Getúlio, do JK, do Jango, criticado tanto pela direita – com enfoques liberais ou diretamente fascistas – e pela esquerda – por setores marxistas.

Mas há governos que, pela clareza de sua ação, não permitem essas nuances, que definem os rumos da história futura de um país. Foi assim com o nazismo na Alemanha, com o fascismo na Itália, com o franquismo na Espanha, com o salazarismo em Portugal, com a ocupação e o governo de Vichy na França, entre outros exemplos.

No caso do Brasil e de outros países latinoamericanos, esse momento foi o golpe militar e a instauração da ditadura militar em 1964. Diante da mobilização golpista dos anos prévios a 1964, da instauração da ditadura e da colocação em prática das suas políticas, não havia ambigüidade possível, nem a favor, nem contra. Tanto assim que praticamente todas as entidades empresariais, todos os partidos da direita, praticamente todos os órgãos da mídia – com exceção da Última Hora – pregavam o golpe, participando e promovendo o clima de desestabilização que levou à intervenção brutal das FAA, que rompeu com a democracia – em nome da defesa da democracia, como sempre -, apoiaram a instauração do regime de terror no Brasil.

Como se pode rever pelas reproduções das primeiras páginas dos jornais que circulam pela internet, todos – FSP, Estadão, O Globo, entre os que existiam naquela época e sobrevivem – se somaram à onda ditatorial, fizeram campanha com a Tradição, Família e Propriedade, com o Ibad, com a Embaixada dos EUA, com os setores mais direitistas do país. Apoiaram o golpe e as medidas repressivas brutais e aquelas que caracterizariam, no plano econômico e social à ditadura: intervenção em todos os sindicatos, arrocho salarial, prisão e condenação das lidreanças populares.

Instauraram a lua-de-mel que o grande empresariado nacional e estrangeiro queria: expansão da acumulação de capital centrada no consumo de luxo e na exportação, com arrocho salarial, propiciando os maiores lucros que tiveram os capitalistas no Brasil. A economia e a sociedade brasileira ganharam um rumo nitidamente conservador, elitistas, de exclusão social, de criminalização dos conflitos e das reivindicações democráticas, no marco da Doutrina de Segurança Nacional.

As famílias Frias, Mesquita, Marinho, entre outras, participaram ativamente, no momento mais determinante da história brasileira, do lado da ditadura e não na defesa da democracia. Acobertaram a repressão, seja publicando as versões mentirosas da ditadura sobre a prisão, a tortura, o assassinato dos opositores, como também – no caso da FSP -, emprestando carros da empresa para acobertar ações criminais os órgãos repressivos da ditadura. (O livro de Beatriz Kushnir, “Os cães de guarda”, da Editora Boitempo, relata com detalhes esse episódio e outros do papel da mídia em conivência e apoio à ditadura militar.)

No momento mais importante da história brasileira, a mídia monopolista esteve do lado da ditadura, contra a democracia. Querem agora usar processos feitos pela ditadura militar como se provassem algo contra os que lutaram contra ela e foram presos e torturados. É como se se usassem dados do nazismo sobre judeus, comunistas e ciganos vitimas dos campos de concentração. É como se se usassem dados do fascismo italiano a respeito dos membros da resistência italiana. É como se se usassem dados do fraquismo sobre o comportamento dos republicanos, como Garcia Lorca, presos e seviciados pelo regime. É como se se usasse os processos do governo de Vichy como testemunha contra os resistentes franceses.

Aqueles que participaram do golpe e da ditadura foram agraciados com a anistia feita pela ditadura, para limpar suas responsabilidades. Assim não houve processo contra o empréstimo de viaturas pela FSP à Operação Bandeirantes. O silêncio da família Frias diante da acusações públicas, apoiadas em provas irrefutáveis, é uma confissão de culpa.

Estamos próximos de termos uma presidente mulher, que participou da resistência à ditadura e que foi torturada pelos agentes do regime de terror instaurado no país, com o apoio da mídia monopolista. Parece-lhes insuportável moralmente e de fato o é. A figura de Dilma é para eles uma acusação permanente, pela dignidade que ela representa, pela sua trajetória, pelos valores que ela representa.

Onde estava cada um em 1964? Essa a questão chave para definir quem é quem na democracia brasileira.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Do Conversa Afiada - 07.11.2010

26 de out. de 2010

Risco de tumulto na passeata de FHC?


Acabo de voltar da Universidade de São Paulo, onde acompanhei o ato pró-Dilma no prédio da História. O enorme saguão estava lotado. Emocionante. O professor Antônio Cândido mandou mensagem pela filha Laura de Melo e Souza. Alfredo Bosi leu um discurso preciso, elegante; mas ao mesmo tempo firme em defesa da candidata petista. A última fala foi de Marilena Chauí, aplaudida de pé. A professora de filosofia trouxe – ao público de estudantes e funcionários da universidade - uma preocupação: a possibilidade de atos violentos nos últimos dias de campanha. Fez referência a boatos que já circulam na internet.

Hoje, recebi de Fernando Macedo o seguinte relato.

“Sou morador de São Paulo do bairro Santa Cecília, que fica próximo a avenida São João, e ontém ouvi duas pessoas em um bar que fui nesta avenida, falando baixinho ( até certo ponto ), sobre a armação que tá sendo criada para o dia 29 de outubro.

Segundo estas pessoas um número x de camisas foi mandada ser feita com a insignia do PT, a estrelinha, e muitas pessoas vão estar na passeata que FHC promove neste dia, o 29 de outubro, criando um badernaço sem igual e que terá grande mídia cobrindo, com estas camisas sempre aparecendo.

Falavam as duas pessoas que toda a grande mídia já sabe deste fato, e que isso quer fazer as pessoas pelo JN dar cobertura, e outras mídias também, de isso fazer o voto mudar, por sentimentalismo das imagens demonstradas, como eles falavvam, de total vandalismo no centro de São Paulo, por parte de petistas.Serão apresentadas muitas pessoas ensanguentadas.

Escrevi para o Blog do Altamiro Borges, e estou escrevendo para quem pode fazer alguma coisa, no sentido de nos reunirmos e fazermos uma vigilia pública em local também público de São Paulo, por que o PSDB vai querer colocar fogo nas eleições, desacreditando a Dilma. Desacreditando no PT.

E preciso que alguém me ajude nisso.

Temos que colocar um local no centro de São Paulo, permanentemente visivel para todos, para que possamos fazer o que precisa ser feito, nesta reta final de eleições. escrevi para o Altamiro Borges no sentido do mesmo fazer um novo encontro pela liberdade de expressão, e em local público para que isso possa ser contido.

Não podemos dar bobeira alguma.

Eu ouvi estas pessoas conversando no bar e fiquei bastante preocupado, por causa de como elas tratavam disso, e pareciam saber demais para não ser verdade o que falavam.

Meu cel é: (11) 8606 XXXX

Me chamo Fernando e estou a disposição.

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Teoria conspiratória? Pode até ser…

Liguei para o Fernando agora há pouco. Ele existe, disse que é comerciante na região central de São Paulo. Explicou que os dois homens no bar tinham entre 35 e 40 anos – mais altos do que a média dos brasileiros. Um deles usava blazer e o outro usava jeans e camiseta.

É uma história que merece ser checada: um leitor escreve – dá detalhes, número do telefone. Uma professora da USP fala do mesmo assunto num ato com quase 2 mil pessoas.

Não estou dizendo que isso possa ou não acontecer. Mas diante do clima esquisito (pra dizer o mínimo) nessa reta final, acho que não podemos descartar nada.

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20 de out. de 2010

PSDB quer liberdade de imprensa só para sua turma

Revista do Brasil

Paulo Donizetti de Souza
19/10/2010

A Editora Gráfica Atitude Ltda. recebeu às 16h desta terça-feira, notificação do Tribunal Superior Eleitoral determinando a interrupção da distribuição da edição 52 da Revista do Brasil, bem como a não divulgação de seu conteúdo por esta página na internet. A decisão do TSE atende a um pedido de liminar da coligação do candidato José Serra à Presidência da República. A editora tomou as medidas técnicas em respeito à decisão, enquanto encaminha as medidas cabíveis visando à reconsideração do referido ato por parte do Tribunal.


A Revista do Brasil sofreu mais uma investida do PSDB. Por solicitação dos tucanos, na madrugada desta segunda-feira (18) o ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu a suspensão de circulação da edição 52, de outubro.
A ação da coligação "O Brasil pode mais", encabeçada pelo PSDB, de José Serra, foi atendida apenas em parte. Além da Revista do Brasil, suspende a circulação do Jornal da CUT, ano 3, nº 28. Mas três itens cruciais foram negados pelo ministro Dias. A demanda dos advogados tucanos queria silenciar o Blog do Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e pedia a busca e apreensão do material mencionado. 
O terceiro item negado é emblemático: o PSDB queria que a questão tramitasse em segredo de Justiça. Nenhuma informação sobre o processo poderia ser divulgada, caso o pedido fosse atendido. Isso denota intenções claras do tucanato de ocultar da opinião pública a própria tentativa de restringir, ou censurar, a circulação de informações e opiniões.
A divulgação foi feita pelo site do TSE e repercutiu em sites noticiosos ao longo do dia. A Editora Gráfica Atitude, responsável pela Revista do Brasil, só poderá se pronunciar quando for comunicada oficialmente pelo órgão sobre a decisão do juiz e seus eventuais desdobramentos.
De antemão, agradece as centenas de mensagens de apoio e de solidariedade recebidas ao longo do dia, fruto da mobilização da blogosfera. Qualquer ato dessa natureza – indispor o Judiciário contra às liberdades de imprensa e de expressão – merece no mínimo a condenação de todos os cidadãos que prezam pela democracia e pelo direito à informação.
Diferentemente de panfletos apócrifos destinados a difundir terrorismo, desinformação e baixarias das mais diversas – sejam eles de papel, eletrônicos, digitais ou virtuais –, a Revista do Brasil tem endereço, CNPJ, núcleo editorial e profissionais responsáveis. A transparência do veículo, ao expor sua opinião de forma tão clara quanto rara na imprensa brasileira, e o jornalismo independente e plural que pratica – patrimônio dos trabalhadores aos quais se destina – não merecem ser alvo de qualquer forma de cerceamento.

Quatro anos depois

A edição 52 da Revista do Brasil trazia, à capa, uma foto da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), com a chamada "A vez de Dilma: O país está bem perto de seguir mudando para melhor". A publicação explicita em seu editorial a posição favorável à candidatura Dilma, e traz também reportagem analisando circunstâncias da disputa do segundo turno.
O pedido de restrição de circulação de seu conteúdo assemelha-se a uma investida datada de junho de 2006. À época, o mesmo PSDB encampou pedido de suspensão de distribuição da edição número 1 da revista. Havia ainda a demanda de que a edição deixasse de ser divulgada no site da CUT e do Sindicato dos Químicos.
Repetida a investida, fica latente o lado em que estão as forças aliadas a José Serra. O lado de quem quer liberdade apenas para o tipo de imprensa e de expressão que lhes convém.

Nas páginas
A edição de outubro traz ainda reportagens especiais e exclusivas, características de seu perfil editorial diferenciado. Por exemplo, uma que descreve situação alarmante que acomete o mundo do trabalho: a prática do assédio moral, das pressões por produtividade à base de humilhações que tem levado pessoas à depressão e, em muitos casos, à tentativa de suicído.

O papel do Brasil na conferência de biodiversidade que acontece este mês no Japão. Relatos emocionantes de brasileiros que sobreviveram às bombas de Hiroshimsa e Nagasak. Uma entrevista pra lá de especial com o compositor Paulo César Pinheiro. Um passeio por um pedaço da Alemanha no interior de Santa Catarina. A opinião cortante de Mauro Santayana. A crônica irreverente de Mouzar Benedito. O drama da TV Cultura em São Paulo. E os rumos e rimas do hip hop nacional.